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Liberdade De Todas As Condições Do Ego

Dr. Michael LaitmanNós falamos muito sobre a importância da meta e a grandeza do Criador, sem o que não podemos trabalhar, pois precisamos de energia. Mas a questão: Para que eu preciso da grandeza do Criador? Esta é uma condição sob a qual eu concordarei em doar, ou eu quero alcançar a doação e para isso preciso da grandeza do Criador? Esta é toda a diferença: estou trabalhando dentro da razão e abaixo dela, ou estou trabalhando com fé acima da razão?

Eu tenho uma condição que quero sentir a grandeza do Criador, pois, caso contrário, não vou ser capaz de trabalhar; por isso é uma ação dentro da razão. Mas se eu disser que devo alcançar a doação, uma vez que é a coisa mais importante para mim, e peço o poder que não tenho no momento, de modo que ele me permitirá doar, e para mim é apenas um meio, isso significa que quero esta grandeza só a fim de trabalhar na fé acima da razão.

Esta é uma diferença muito sutil, que eu tenho que esclarecer internamente. É impossível expressar em palavras, uma vez que elas só nos confundem.

Rabash diz: “Portanto, quando a pessoa não sente a grandeza do Criador, o corpo não consegue se anular diante Dele com toda sua alma e coração”. É uma lei: o desejo de receber só se rende diante da grandeza do Criador.

“Mas se a pessoa coloca a condição de que só concorda em trabalhar para o Criador se ver a importância e a grandeza Dele, já parece que ela quer conseguir algo do Criador”. Isto significa que ela quer que o fardo que vai carregar seja leve. Se você sabe que uma mala pertence a uma pessoa importante, então não é difícil para você carregá-la. “Caso contrário, a pessoa não quer trabalhar com todo o seu coração, uma vez que está limitada e está sob o domínio da ocultação e não está livre para dizer que não quer nada, mas apenas doar”.

Se a pessoa coloca a grandeza do Criador como uma pré-condição para o seu trabalho, esse estado não pode ser um estado de Bina e não pode servir como uma “arca” para ela, onde ela pode ser salva de todas as dúvidas e problemas enviados pela linha esquerda.

Assim, o atributo de Bina é Hafetz Hesed, que não precisa receber nada; portanto, ele é livre. Somente aqueles que precisam receber alguma coisa são limitados e sujeitos às opiniões dos outros. Se alguém trabalha com os olhos fechados e não precisa da grandeza ou de qualquer outra coisa, isso é chamado de liberdade.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 31/10/12, Escritos do Rabash

Um Dilúvio Que Me Ajuda A Sair De Mim Mesmo

Dr. Michael LaitmanUm monte de trabalho é necessário para alcançar o atributo de Bina, o que significa alcançar a liberdade. Assim, a pessoa precisa de um grande apoio do ambiente, a fim de sentir constantemente a grandeza e a importância da meta.

O Criador pode endurecer o coração do Faraó na linha esquerda e enviar perguntas à pessoa como: “Quem é o Senhor que eu deveria ouvi-Lo?” e “Qual é o trabalho que você está fazendo?”, de acordo com o quanto ela permite este apoio. Todas estas questões, dúvidas e problemas assumirão cada vez mais o controle da pessoa, até se tornarem as ‘águas do dilúvio’, que estão prestes a afogá-la.

Então, ela vai ter que procurar refúgio, e a partir do medo e com a ajuda do ambiente, ela vai, finalmente, chegar à conclusão de que só pode ser salva na arca. A arca significa a doação incondicional, que é o único lugar onde ela pode se esconder do dilúvio.

“A pessoa pode sentir plenitude constante desde que esteja contente com o seu destino”. Mas ela não se esconde na arca a fim sentir paz e se contentar com menos. Suas análises estão acima do seu ego, acima do seu desejo de receber. Ela não leva em conta o que vai acontecer com o seu ego, com seus desejos, com a sua vida. Todas as análises estão acima disso: só para se conectar, unir, ou seja, com aquilo que está fora de sua pele, além de seus interesses egoístas.

Mas tudo isso acontece se a pessoa avança de forma persistente e, no final, chega à conclusão de que precisa de uma arca, que deve subir acima dos cálculos egoístas. As águas do dilúvio, as questões “Quem?” e “O que?”, todas vêm para ajudá-la a se desligar dos cálculos dentro de seu ego e para determinar uma conexão com o ponto interior do grupo.

A fim de fazer isso, ela precisa da ajuda do Criador, a quem ela se vira com uma oração, para avançar e se conectar mais fortemente ao grupo. “Muitas centavos acumulam uma grande soma” em todo este trabalho, por “sete anos de fome”. Mas isso é apenas se a pessoa os recolhe conectando todos os obstáculos e todo o seu esforço numa meta, constantemente tentando cumprir corretamente as condições que são reveladas a ela. Então, é possível dizer que ela está avançando.

Assim como a história de Noé, que não alcança a redenção imediatamente e de uma só vez. É uma longa história sobre como a pessoa constrói a arca, como chega à decisão de que tem que construir uma arca onde recolhe todos os seus atributos, todos os níveis de seu desejo, e somente quando todos os desejos e a arca estão organizados, ela pode se esconder na arca.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 31/10/12, Escritos do Rabash

Quando Tudo Está Bem

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como podemos transformar os vasos de recepção em vasos de doação?

Resposta: Nós criamos uma variedade de formas diferentes de metais. Criamos engrenagens, grades, barras, etc. Nós também trabalhamos com o desejo de receber de acordo com o mesmo princípio, embora ele nunca doe por si. Em termos Cabalísticos “vasos de doação” são vasos de recepção que podem doar quando agem de um modo especial. Em outras palavras, eles assumem uma forma especial. Afinal de contas, eles não podem fazer nada, exceto receber.

Portanto, a recepção é melhorada de tal forma que se tornará como doação.

Hoje, quer eu goste ou não, a minha intenção continua sendo egoísta. Para corrigir isso eu preciso de uma força especial externa. Para isso, nós estudamos a fim de evocá-la.

Eu não posso mudar nada por mim mesmo, e por isso eu não me preocupo com os meus desejos, pois eles vão se desenvolver de acordo com o plano. Eu não tenho que me preocupar se meus vasos estão cheios e se eles são o que há neles e quanto. Aqui está tudo bem, e eu estou apenas preocupado com a intenção, com a direção dos meus pensamentos. Eu diferencio entre a ação e a intenção e só na minha intenção eu estou constantemente aderido à meta. Enquanto eu mantenho o mesmo foco, não importa o que eu faça, eu estou corrigido e está tudo bem comigo. É por isso que se diz que a pessoa está onde os seus pensamentos estão.

100% de uma intenção para doar me garante 100% de correção. A intenção é que conta e não a ação. Assim, mesmo se eu roubar e destruir, eu roubo e destruo partes do meu desejo egoísta, a fim de realizar atos de doação. A pessoa não é responsável por seus atos; é a intenção que determina tudo.

O problema é que, quando olhamos para o outro, nós vemos ações e não intenções. Mas este problema nos traz a correção. Eu tenho que subir ao nível da conexão mútua, a fim de julgar os outros de acordo com suas intenções e não suas ações. Isto nos obriga a ser Cabalistas. Não há outra escolha; caso contrário, não conseguimos nos conectar corretamente. Os desastres estão aumentando; então, onde está a minha influência no superior?

Pergunta: Se a intenção é a mesma forma que está vestida na matéria do desejo, como vamos corrigi-la?

Resposta: Com a ajuda da Luz que Reforma. Nós tentamos agir em doação, tentamos nos conectar e nossos fracassos revelam a necessidade da Luz.

Afinal, há uma parte de Galgalta Eynaim (GE) em cada pessoa. Como resultado, algumas pessoas são atraídas para a Luz, e esta atração é revelada nelas quando surge a pergunta “Qual é o sentido da vida?”. Elas querem saber, descobrir o segredo da vida. Tais pessoas são especialmente egoístas. Elas estão muito longe de ser agradáveis e são até mesmo muito nojentas e não se preocupam com este mundo. Elas o desrespeitam e não estão satisfeitas com o seu “disparate”. Em suma, as pessoas que não são boas alcançam a sabedoria da Cabalá. Afinal, um grande desejo suprime pequenos desejos. No final, a pessoa arde por causa de uma única coisa: ela quer saber por que deve continuar a viver.

Além disso, ela pode estar preocupada com altas questões filosóficas, como: “O que é o universo? Por que tudo isso existe?”. Em outras palavras, ela sente que está sufocada aqui e não consegue suportar.

Tudo isso é causado pela parte de GE que despertou e está por enquanto em AHP, aumentando-a e forçando a pessoa a procurar, obrigando-a a se abrir a tudo, tentando “engolir” toda a realidade, incluindo o Criador .

Então, graças a suas ações no grupo e ao estudo, a pessoa começa a apreciar e classificar corretamente todos esses fenômenos e, em seguida, ela se aproxima da correção.

Além disso, isso depende da raiz de sua alma, da qualidade de seu GE. Alguém pode ansiar por conhecimento global de acordo com suas Reshimot (genes informativos). Afinal, certas Reshimot eram antes muito elevadas, e caíram tão fundo que exigem muito trabalho. Essas pessoas não têm êxito de imediato, mas depois de décadas conseguem ascender, enquanto outras não.

De qualquer forma, “Aquele que é maior do que seu amigo, o seu desejo é ainda maior”. É disso que depende o número de ações de correção que ela deve realizar.

De qualquer forma, as partes de GE e AHP estão inicialmente em todos, incluindo as nações do mundo. Afinal, todos nós atravessamos a quebra inclusive na antiga Babilônia. A crise também foi revelada como é hoje, e como resultado, apenas um pequeno grupo saiu da multidão: a nação de Israel. Agora, quando todos os outros “babilônios” estão sofrendo, não tendo escolha, eles vão ter que se corrigir juntamente com este pequeno grupo, a fim de finalmente deixar a Babilônia. Então, todo mundo vai ser chamado de “Israel”, que significa “direto ao Criador” (Yashar-El).

Não se trata de uma nação, mas de se assemelhar ao Criador. A diferença é a ordem das coisas: alguém começa o processo e alguém continua. Cada um faz a sua parte, e, no final, todos corrigem a quebra de Babel.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 02/11/12, O Zohar

“Como O Medo Pode Distorcer A Percepção Espacial”

Dr. Michael LaitmanNas notícias (da ScienceDaily): “Aquela cobra se dirigindo a você pode estar mais longe do que parece. O medo pode distorcer a nossa percepção de objetos que se aproximam, fazendo-nos subestimar a distância de algo ameaçador, descobriu um estudo publicado na revista Current Biology.

“‘Nossos resultados mostram que a emoção e a percepção não são totalmente dissociáveis na mente’, diz a psicóloga Stella Emory Lourenço, coautora do estudo. ‘O medo pode alterar até mesmo aspectos básicos de como percebemos o mundo à nossa volta. Isto tem implicações claras para a compreensão de fobias clínicas’…

“As pessoas geralmente têm um senso bem desenvolvido de quando objetos que se dirigem em sua direção vão fazer contato, incluindo um amortecedor de fração de segundo para se esquivar ou bloquear o objeto, se necessário. Os pesquisadores montaram um experimento para testar o efeito do medo sobre a precisão dessa habilidade. …

“Os participantes tenderam a subestimar o tempo de colisão para imagens de objetos ameaçadores, como uma cobra ou aranha, em comparação às imagens não-ameaçadoras, como um coelho ou borboleta.

Os resultados desafiam a visão tradicional da aproximação, como uma sugestão puramente óptica para a abordagem de objeto. ‘Nós estamos mostrando que o que o objeto é afeta a forma como percebemos a aproximação. Se temos medo de alguma coisa, nós a percebemos como fazendo contato mais cedo’, diz Longo.

“‘Ainda mais impressionante’, acrescenta Lourenço, ‘é possível prever o quanto um participante irá subestimar o tempo de colisão de um objeto através da avaliação da quantidade de medo que ele tem em relação a esse objeto. Quanto mais medo alguém relatou ter sentido de aranhas, por exemplo, mais ele subestimou o tempo de colisão da aproximação da aranha. Isso cria um sentido adaptativo: se um objeto é perigoso, é melhor desviar meio segundo antes do que meio segundo tarde demais'”.

Meu comentário: O sentimento deriva do desejo de obter prazer; essa é a nossa essência, e é por isso que o espaço que nós sentimos é uma função da nossa relação com ele, com o que encontramos nele. Nós só vemos o que queremos ver, seja devido à alegria ou medo. Se o objeto não causa qualquer impressão em nós, nós não o vemos. Os outros órgãos sensoriais funcionam da mesma forma. É somente através da oportunidade adicional de se relacionar com o mundo através da propriedade de doação que revelamos parte adicional do mundo: o mundo superior, oposto ao nosso.

Geração Perdida Da Europa

Dr. Michael LaitmanNas notícias (do The Guardian): “Uma geração perdida de 14 milhões de jovens europeus desempregados e desocupados está custando aos Estados membros um total de € 153 bilhões (£ 124 bilhões) por ano – 1,2% do produto interno bruto da UE – concluiu o maior estudo de jovens desempregados.

“O relatório, da própria agência de investigação da UE, a Eurofound, descobriu que os europeus entre 15 e 29 anos que não têm emprego, educação ou formação (conhecidos como NEETS) alcançaram níveis recordes e estão custando a UE € 3 bilhões por semana em benefícios sociais e perdas de produção. …

“Desde a recessão global em 2008, houve um aumento de 28% nos custos associados aos NEETs em toda a UE, com a Itália se deparando com uma conta anual de € 32.6 bilhões por ano, a França € 22 bilhões e o Reino Unido € 18 bilhões. …

“A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) disse que a Europa estava ‘falhando em seu contrato social’ com a juventude e o crescente desencanto político poderá atingir níveis semelhantes aos que desencadearam revoltas no norte da África durante a primavera árabe”.

Meu comentário: É claro que alguma coisa vai forçar os governos a mudar a sua atitude em relação à crise e, em vez de tentar voltar no tempo, entender que o futuro está na integração do mundo. Antes de tudo, isso requer reeducação, e é por isso que a geração mais jovem está liberada e isso deve ser levado como vantagem. (Veja “Educação Integral).

Mesmo As Crianças Mantém Suas Reputações

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (da LiveScience) : “Mesmo crianças de cinco anos de idade sabem proteger seus representantes. As crianças são mais generosas quando sabem que suas ações serão vistas, de acordo com um novo estudo.

“Os resultados, publicados em 31 de outubro na revista PLoS One, sugerem que mesmo crianças no jardim de infância aprenderam a jogar o jogo social e a criar estratégias para dar novo brilho a sua reputação. …

“A equipe de Leimgruber deu adesivos a crianças de cinco anos completos e disse-lhes que podiam compartilhar 1 a 4 adesivos com outra criança da mesma idade. Algumas crianças podiam ver seu parceiro de partilha, enquanto outros eram escondidos da vista. A equipe descobriu que as crianças eram sovinas quando a outra criança estava escondida delas. As crianças também pilharam mais quando tiveram que dar adesivos numa caixa opaca em vez de uma transparente que mostrava o que elas estavam dando.

“No geral, essas crianças foram muito egoístas: somente as crianças que viram seus parceiros e deram suas etiquetas numa caixa transparente consistentemente doaram o máximo de quatro adesivos. Curiosamente, estudos anteriores mostraram que as crianças eram mais generosas do que o estudo atual.

“‘Os estudos anteriores que observaram níveis elevados de generosidade podem inadvertidamente ter incluído o mesmo público e pistas de transparência’, que motivam as crianças a partilhar, escreveram os pesquisadores no artigo”.

Meu comentário: Bem, as crianças são como os adultos; a natureza não muda, mas só evolui e se adapta. De qualquer forma, nós temos que ter consciência deste mal com as nossas mentes ou através do sofrimento e corrigi-lo; em qualquer caso, teremos que fazê-lo. A Cabalá nos convida a fazer isso de forma rápida e fácil através de “Achishena” (aceleração).

Vamos discutir nossa natureza, revelar seus fluxos, e expor nossos pensamentos e desejos naturais até o ponto de nos tornar conscientes deles como o único mal no mundo. Tanto é assim que ele está nos matando. Na realização do nosso mal comum, vamos descobrir o seu criador: o Criador; vamos encontrar como se dirigir a Ele para que Ele corrija o que Ele criou. Estudar os principais artigos do Baal HaSulam nos ajuda a nos familiarizarmos com a nossa natureza como mal.