Opinião (Marcus Walker e Charles Forelle, do The Wall Street Journal): “Em toda a Europa, muitos eleitores, políticos e investidores estão se preocupando com a fraqueza econômica e o alto endividamento, buscando o equilíbrio entre o crescimento e a disciplina fiscal. A divisão está crescendo entre um campo liderado pela Alemanha, que argumenta que não há alternativa à austeridade para todos, e os críticos que dizem que a estratégia é empurrar a zona euro numa espiral descendente”.

Meu comentário: Isto porque a integração deve ser completa; não há meia independência, virgindade ou amor! A falta de preparo da sociedade na forma da educação integral será manifestada com mais força até que esta seja executada ou até que fujam. Só que é terrível imaginar isso, porque isso não ocorreria de uma maneira agradável!

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Pergunta: Por que nós organizamos workshops (seminários, oficinas), e como eles são úteis?

Resposta: A Cabalá é uma ciência prática. É por isso que por milênios, enquanto não tínhamos que realizar o trabalho prático, ela foi ocultada das pessoas, e apenas poucos cientistas (Cabalistas), desenvolveram este método e o ajustaram para a geração em que viveram.

Mas eles não mostraram este método às pessoas; simplesmente, de geração em geração, à medida que elas se desenvolveram, eles modificaram o método até que toda a humanidade chegasse à nossa geração e se encontrasse na crise global e integral, isto é, no evidente Egito egoísta, no sentimento de exílio de algo bom, agradável, natural e normal.

Nós vemos que a nossa natureza está nos destruindo; não conseguimos sair de nós mesmos e somos reféns do nosso egoísmo, que nos leva a tais ações perigosas que podem destruir toda a civilização. Nós estamos destruindo a natureza, a Terra, e o ambiente em que vivemos, e em geral estamos criando um futuro terrível para os nossos filhos.

Por que nós os criamos? Eu olho para os filhos cujos pais criam, antecipadamente, condições intoleráveis. Por que eles nasceram? Hoje você os ama, mas o que vai acontecer com eles amanhã? Você faz as coisas de modo que eles não sejam capazes de viver! Eles terão uma morte dolorosa! Vocês não sentem isso? Não, o ser humano não sente isso, ele ainda está cego.

No entanto, ele está lentamente começando a perceber isso. Mas mesmo sabendo disso, ele não pode mudar a si mesmo e ainda age de forma diferente. No entanto, ele ainda usa todo o que é possível, sem poupar nada, sem levar nada em consideração; não importa o que é deixado para seus filhos. É assim que nos relacionamos com a natureza, a sociedade, tudo.

Portanto, a ciência da Cabalá se revela hoje para explicar que isso se chama escravidão, é o que chamamos de expulsão da espiritualidade; ou seja, este é o pior estado, o mais oposto à espiritualidade. Para nos ajudar a sair dele, para nos tirar dele, a ciência da Cabalá é revelada. Por isso, ela foi revelada hoje, quando devemos praticar todos os seus conselhos, leis e regras.
Mas, para colocá-los em prática, primeiro precisamos aprender.

E nós temos que aprender isso, como de costume, nos grupos, na escola, ajudando um ao outro, estudando livros e realizando workshops em pequenos grupos: um protótipo para o trabalho futuro com toda a humanidade.

Portanto, os worshops são necessários, pois eles são a coisa mais importante! Eles são, em princípio, a verdadeira realização da Cabalá; ela existe para este propósito. Ela não é uma ciência teórica, uma filosofia, mas uma prática.

Da Lição Virtual 22/04/04, Preparação para o Congresso

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Pergunta: Como devemos nos relacionar com os novatos durante a Convenção?

Resposta: Eu não diria que exista uma grande diferença entre os novatos e os alunos veteranos. Isso porque quando todas as pessoas se incluem umas nas outras, a diferença está sempre lá, e, em princípio, neste caso não importa quanto uma pessoa sabe ou em que nível ela existe, já que isso é um reflexo de toda a humanidade, que consiste de menores até maiores, aqueles que já entendem e talvez até mesmo sintam parcialmente o mundo superior. Portanto, o mais importante é que todos se incluam um no outro.

Os estudantes veteranos devem ajudar os novatos. Eles devem trabalhar a pleno vapor, participar ativamente e colocar tudo em movimento. Nós teremos palestras preliminares com eles sobre como conduzir workshops, como falar com todos e envolvê-los, e como se relacionar com todos com cordialidade. O mais importante é dar o exemplo.

Da Palestra sobre o  Dia de União ao Redor do Mundo, “Preparação para a Convenção” 22/04/12

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As Convenções representam o passo necessário para se criar o Kli (desejo, vaso) unificado.  Se acima de todos os nossos problemas, contradições, distâncias e diferenças de mentalidade e compreensão, tentarmos nos unir, então, devido às diferenças entre nós e a conexão acima delas, vamos chegar a um forte desejo medido pelas contradições dentro dele e a conexão acima dele. Este é o propósito das Convenções. 

Eu entendo que existam enormes problemas em cada grupo e distâncias internas entre os grupos. É por isso que a principal coisa nas Convenções é tentar superá-los. Não destrua, mas aprenda a superar os problemas, unindo-se acima deles através da “fé acima da razão” ou do amor que “cobrirá todos os pecados”´. Vamos cobrir tudo dentro de nós com esse “cobertor” e construir o nosso desejo comum pelo Grupo acima disso. Deve ser exatamente assim, no topo, acima de todas as contradições. 

Tudo o que nós temos que passar, todos os problemas, o endurecimento do Faraó interno – o Faraó pessoal de cada um e o Faraó comum entre nós – tudo isso nós recebemos de Cima, do Criador. Agora, nós só precisamos pensar na união: como nesta união, de acordo com a lei de equivalência com a Luz, nós descobrimos a Luz superior em nós mesmos, em nossa conexão mútua.

As Convenções, que consistem de palestras e exercícios diversos sobre a conexão, são dedicadas a isso.

Da Palestra sobre o Dia de União ao Redor do Mundo, “Preparação para a Convenção” 22/04/12 

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Pergunta: Como podemos nos preparar melhor para o período das Convenções, de modo a criar a sensação de um grupo unido?

Resposta: Nós também vamos trabalhar nisso durante as Convenções. Para fazer isso, precisamos voltar a ler o artigo “A Liberdade”e os artigos do Rabash sobre a unificação. Precisamos estudar novamente a quebra do Kli (vaso) espiritual, como ela moldou a percepção terrena que temos de nós mesmos: agora, nós vemos que estamos distantes um do outro, existindo em oposição um ao outro, num crescente egoísmo, ódio e vários desejos egoístas.

Nós temos que compreender que a nossa natureza é feita para ser oposta ao Criador de propósito, a fim de nos elevarmos acima dela especificamente a partir da contradição, do estado oposto e, portanto, sermos capazes de senti-la, pois, caso contrário, seríamos incapazes disso. Nós começamos a sentir e a construir-nos em equivalência a Ele, especificamente com base no contraste entre a nossa natureza e a Sua.

Daí que a preparação mais importante é repetir o material que estudamos o tempo todo: um pouco da própria Cabalá – sobre a quebra do vaso e sua correção -, assim como um pouco do tema do desenvolvimento do egoísmo de Adão até os nossos dias, coberto em uma das “Discussões sobre uma Nova Vida”. Em geral, nós temos um monte de material sobre este assunto.

Mas o mais importante é simplesmente saber por que você veio para a Convenção. Você chega lá para participar do Kli geral, do desejo geral, que todos nós criamos e no qual vamos sentir o Criador.

Da Palestra sobre  Dia de União ao Redor do Mundo, “Preparação para a Convenção” 22/04/12 

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Diz-se: “Aqueles que amam o Criador, odeiam o mal”. Isto é, nós recebemos um ponto de referência: se você está no estado de amor pelo Criador, você odeia o mal, o ódio, o egoísmo e isso deve ser sentido simultaneamente; caso contrário, você está se desviando do caminho, da direção. Você vai pensar que ama o Criador, mas se ao mesmo tempo você não sente o ódio pelo egoísmo, então, você não tem direção, ele desaparece. A fim de alinhá-lo, para torná-lo uma linha reta, por um lado, você tem que fortalecê-lo no ódio pelo mal, e depois o segundo ponto será precisamente dirigido ao amor pelo Criador. Nós não sabemos o que é o Criador e o amor por Ele. Mas se começarmos com o ódio pelo egoísmo, isso já é uma direção.

Diz-se neste caso: “Aqueles que amam o Criador, odeiam o mal”, e são estes que o Criador salva deste mal. Portanto, nosso trabalho é rejeitar e repelir o egoísmo e atrair o bem, a doação e o amor.

Da Convenção de Vilnius 25/03/12, Lição 5

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Qual é a conexão entre o ódio ao mal e a salvação do mal? Por um lado, simplesmente por ser humano, entendemos que, quando eu odeio algo, eu me distancio dele. Isso me guarda e protege, me ajuda a estar a salvo do mal. Mas isso não funciona na espiritualidade. Lá, eu devo evocar a Luz superior para me corrigir.

Há outra instrução para entender isso, que declara que o mundo é criado apenas para dois estados, seja o estado, a percepção e a compreensão do mal absoluto ou o estado da bondade absoluta. Não há outra opção. Em outras palavras, o mundo é criado, quer para pecadores absolutos ou justos absolutos; é um ou outro, não há terceira opção. É por isso que é pior ser um justo incompleto do que um pecador absoluto. Como pode ser isso? Isto é o que está escrito. Então, o que os professores nos mostram?

Eles escrevem que, da perspectiva do Criador, não há nada no mundo que possa ter duplo sentido, um pouco de bondade e um pouco de maldade. Do ponto de vista do Criador há apenas o absoluto: a bondade absoluta ou o mal absoluto, a doação absoluta ou a recepção absoluta.

Por esta razão, quando uma pessoa deseja avançar em direção à meta, ela não tem direito de aceitar que exista um pouco disto e um pouco daquilo nela! Esta é a pior qualidade, o pior estado!

Aceitar é uma qualidade ruim. Estar nisso e consolar-se de que não há nada horrível nisso é um mau estado: “há um pouco disto e um pouco daquilo em mim”, “eu não sou pior ou melhor do que outros”, “há estes e aqueles”. Quando eu me consolo com esses tipos de pensamentos, eu não serei capaz de alcançar o estado de pecador absoluto ou justo absoluto. Quando eu não consigo chegar a esses estados, eu fico suspenso em algum lugar e me falta o ponto de referência para o avanço.

Do ponto de vista do Criador, não há diferença entre o bem e o mal. Não há duplo sentido do seu ponto de vista: tudo é totalmente bom.

Em nosso estado, em nosso mundo, quando uma pessoa começa a perceber que tudo vem do Criador, ela já está analisando a sua atitude para com o mundo. Se tudo vem do Criador, eu percebo que o mundo vem de uma fonte boa, eterna e perfeita ou percebo que o mundo está cheio de sofrimento, contradições e falta de sentido. Se assim for, eu não acredito, sinto e reconheço que o mundo é realmente eterno, perfeito e bom como Aquele que o criou e o preenche.

Por que precisamos disso? Quando, desde o início, percebemos o mundo como perfeito, bom, eterno e cheio de luz, então o problema está em nós, em nossa percepção do mundo, nas nossas sensações. Quando eu sinto que ele é oposto a esta perfeição que sou capaz de imaginar, então eu avalio a mim mesmo, as minhas qualidades, como oposto e egoísta. No entanto, quando eu não vejo nada de bom no mundo, então eu sou um pecador, eu não estou justificando o Criador, eu O acuso de criar isso. Se eu não sinto nada, então eu nem sequer reconheço o fato de que Ele existe e que Ele criou e mantém tudo isso, em outras palavras, eu nego a presença da força superior.

A pessoa deve entender claramente sua atitude para com o mundo do qual ela vem e como é em relação ao Criador.

Da Convenção de Vilnius 25/03/12, Lição 5

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O Livro do Zohar foi publicado em Português para a próxima Convenção em São Paulo, Brasil.

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O mundo à nossa volta está na calma absoluta, todo preenchido com a Luz superior. Nós temos que corrigir nossos sentimentos, nosso órgão de percepção. Não há outro além Dele. O que mais você quer? Eis que Ele está em frente de você, em torno de você, dentro de você.

Remova o seu “eu”, e você começará a sentir que tipo de mundo nos rodeia, na forma da Luz Circundante (Ohr Makif), e que tipo de mundo está dentro de nós, na forma da Luz Interior (Orh Pnimi). Basta remover a divisória, e tudo ficará bem.

A separação é anulada pela restrição e, em seguida, pela tela. No início, o egoísmo é anulado, e a Luz passa através de você livremente. Este estado é chamado de “Ibur” (concepção), o estado de estar dentro do vaso da mãe, quando você está completamente cercada e existe dentro da Mãe Natureza, o Criador.

Então, você começa a crescer como um embrião dentro de sua mãe, nasce e se desenvolve ainda mais. Quando você começa a converter o seu egoísmo em doação, à semelhança do Criador, algo que existe independentemente, à semelhança da Luz, sai de você. Você não obstrui a Luz que passa por você, mas a amplifica.

Somente a partir da configuração inicial “Não há outro além d’Ele” é que continuamos a nos sintonizar com o fato de que o mundo está cheio do bem absoluto. Se eu não sinto isso no coração, nos desejos, e não entendo isso completamente na mente, eu não sou corrigido. Então, eu descubro o quanto não sou corrigido.

Esses estados são tipicamente intermediários e exigem um maior desenvolvimento. Isso ocorre no grupo. Quando eu faço um esforço e vou abertamente estabelecer relações harmoniosas com os amigos, eu imediatamente percebo o quanto não quero isso! Meu egoísmo se manifesta imediatamente, afastando-me dos amigos. Isto ocorre naturalmente. Eu revelo que sou um pecador, e um pecador grave. Então, eu tenho a oportunidade de ir mais longe para pedir a correção. Esta é próxima pedra que tropeço e o próximo ponto de referência.

O primeiro ponto de referência é “Não há outro além Dele”.

O segundo ponto de referência é ver que tudo é bem absoluto com este foco, como através de um telescópio.

O terceiro ponto de referência é o grupo, através do qual eu devo ver tudo, a fim de chegar a um entendimento claro se sou um pecador ou um justo.

Não há estados intermediários. Nós devemos evitá-los. Esse é o apaziguamento que não nos levará a lugar algum. Nós só perdemos tempo!

Da Convenção de Vilnius 25/03/12, Lição 5

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O trabalho espiritual é diferente do trabalho que fazemos neste mundo. Este mundo é o mundo das ações. Eu realizo determinada ação, a fim de obter determinado resultado. Há um pensamento, há uma meta, um plano, e, portanto, eu começo a trabalhar para concretizar a ação, a fim de alcançar a meta – é assim que eu realizo todo o processo.

Porém, no trabalho espiritual nós temos outro parceiro chave que faz o trabalho. Nós só criamos o trabalho para Ele. Ele trabalha e realiza todas as ações, o plano é Dele e Ele faz tudo. Nós somos apenas responsáveis pelo fato de que podemos ativá-Lo.

O chefe aqui é o Criador. Ele tem seu próprio plano, todos os materiais e o poder de realiza-lo, tudo que é necessário. Tudo se passa de acordo com um plano pré-determinado, mas apenas se nós o acelerarmos.

É como se houvesse um empreiteiro preguiçoso que se comprometeu a construir uma casa para nós, mas nós sempre temos que ir com ele e pedir que ele faça alguma coisa. Enquanto você exige, ele faz; no momento em que você para de exigir, ele para imediatamente. Nós alimentamos esta máquina e só depois é que ela começa a trabalhar.

É muito difícil para nós internalizar isso, entender e sentir, porque não sentimos aquele que realiza esse trabalho e pensamos que temos que fazer tudo por nós mesmos! Além disso, este trabalho é feito em nós, e nós realmente não percebemos o que está acontecendo.

Se eu pudesse ver o Criador e entender que tudo depende Dele, eu certamente pediria constantemente a Ele, imploraria e O estimularia. O problema é que eu não O sinto! Esta é a essência da ocultação do Criador, que eu não sinto que estou em Suas mãos e, portanto, eu não peço que Ele faça algo.

Eu não sinto que dependo Dele, mas acho que tudo está dentro de minhas capacidades. Esta ocultação criou o poder egoísta em mim, uma casca, fazendo-me ter certeza de que eu governarei! Então, o Faraó em mim diz: “Quem é o Senhor, que eu deveria ouvi-Lo? Faça tudo por si mesmo!”.

Este é o ponto onde o domínio do ego é revelado, este é o lugar onde a “casca” e a “Santidade” em mim se chocam.

“Eu governo!”, significa que farei tudo sozinho e não o Criador. Eu prefiro fazer tudo sozinho, em vez de pedir a Ele para fazer algo. Mas nós sabemos que nosso trabalho é alcançar o pedido. Esta é a única coisa que precisamos. Então, tudo acontece por si mesmo.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 25/04/12, Escritos do Rabash

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