Dissolver-Se No Grupo

Dr. Michael LaitmanTodos os nossos vários anos de estudo (temos pessoas que já estudam por 10-15 anos) são destinados apenas a fazer você alcançar o estado onde começa a trabalhar no grupo, à medida que você percebe que não há mais nada além dele. E tudo o que você fez ao longo de muitos anos foi destinado apenas para finalmente fazer você entender que a única coisa que pode mudá-lo e revelar-lhe que o que você quer está bem na sua frente, mesmo que este seja o último passo.

Normalmente, nós levamos muito tempo para chegar lá, para convencer a nós mesmos; de alguma forma, nós tentamos nos esquivar disso, tentando ir para algum outro lugar. Nós estudamos a Cabalá, fazemos qualquer coisa que precisamos fazer no que diz respeito à disseminação, tudo mesmo, só para evitar o trabalho no grupo.

E mesmo quando já entendemos que não há outra solução, ainda, no último momento, fugimos encontrando razões para não participar deste processo. Nós não nos permitimos fechar os olhos, joguar-nos dentro do grupo, como na água, e desaparecer completamente nele. Passa-se muito mais tempo, meses, algumas vezes anos, até que a pessoa finalmente entra no grupo.

Mas nós podemos encurtar este tempo com o nosso esforço conjunto, e vamos tentar fazê-lo.

O período de tempo que a pessoa estuda não importa, nem seu conhecimento, se ela é inteligente ou não, forte ou fraca, persistente, estável ou preguiçosa. Quando você entra no grupo e participa de sua força comum, você “desaparece” nele, se dissolve nas qualidades comuns de seus amigos, a tal ponto que adquire a integração de todas as suas habilidades, e todos elas se tornam suas.

Não precisa vir com desculpas, tais como eu ainda sou jovem, não estou pronto para isso, talvez depois de algum tempo, na próxima convenção. Agora! Não deve haver outro pensamento! Não há mais nada além deste lugar e desta ação que devemos tomar.

E a ação é muito simples: tente realizar a chamada Primeira Restrição (Tzimtzum Aleph), suba tanto quanto possível acima do seu egoísmo, sem levar em conta quaisquer das suas persuasões, razões, truques e peculiaridades. Nós devemos entender que isto aponta para as falhas em nossa aspiração, em nossa intenção.

Quando a minha intenção e aspiração não são fortes o suficiente, vou sentir que algo me distrai. E cada perturbação aponta para o que eu preciso adicionar a minha intenção de para dirigi-la de forma séria e torná-la forte o suficiente no seu tamanho e vetor. Em outras palavras, eu preciso ir direto ao objetivo e ter força suficiente para dirigir-me a ele.

É por isso que nós percebemos os distúrbios como um presente. Nós nunca nos ressentimos deles, nunca ficamos com raiva de nós mesmos; pelo contrário, cada vez que eles aparecem, nós subimos acima deles e nos esforçamos ainda mais, nos tornando mais próximos dos outros.

A principal coisa é ter paciência para com os nossos amigos, como somos pacientes com as crianças pequenas, com nosso filho favorito. Não há nada que possamos fazer sobre isso; isso também é o nosso egoísmo, que não nos permite nos conectar com os outros e nos mostra onde devemos nos aproximar e nos posicionar.

Da Convenção de Vilnius 23/03/12, Lição 2