Receita Para A Paz

Dr. Michael LaitmanPergunta: Os movimentos extremistas de direita na Europa estão ficando mais fortes. Em geral, quando uma pessoa não vê uma solução para um problema, ela tende a aceitar a aparente simplicidade das reivindicações radicais. Como podemos apresentar nossa mensagem em contraste a isso?

Resposta: Em primeiro lugar, há muitos fatos científicos. Mas os cientistas não podem fornecer uma plataforma séria no momento. Por isso, nós temos que organizá-la de uma maneira que irá mostrar a “semente” racional nas nossas recomendações.

Além disso, nós não devemos esquecer que as tendências radicais unem as pessoas por um lado, mas por outro lado, levam a conflitos e guerras. Aqui nós temos que explicar que essas tendências estão em contraste com a natureza. Nas condições atuais de conexão mútua total, qualquer conflito terá sérias implicações.

É por isso que a Europa não pode quebrar agora. Em primeiro lugar, não é a favor da Alemanha. Os alemães estão dispostos a pagar bilhões de euros apenas para impedir que isso aconteça. Afinal, eles vêem para onde isso levará: à perda de seu mercado. Se você se isola, no dia seguinte a sua economia começará a sufocar. Então, todo mundo vai perder como resultado da desintegração da União Europeia.

Dia a dia torna-se mais claro que o protecionismo não é a solução para os problemas atuais. Ele é usado de forma muito limitada, mas, no geral, todo mundo já entende o fato de que estamos todos mutuamente conectados e que esta conexão não pode ser quebrada. Ela só pode ser destruída pela guerra, ou seja, pelas ações extremas, mas não há formas intermediárias.

Eu espero que sejamos capazes de preparar o nosso método e envolvê-lo de uma forma que permitirá que as pessoas entendam a idéia básica. Nós oferecemos, “Vamos verificar juntos a sua eficácia”, “Vamos continuar a desenvolvê-lo juntos”; como resultado, nós precisamos criar uma plataforma que leve a conexão mútua entre as pessoas a um novo nível qualitativo, que é a base para todas as mudanças que ocorrem no mundo, na humanidade.

O ambiente é o fator que trará a mudança nas pessoas de uma forma que as ajudará a se adaptar à conexão que já existe entre nós, a concordar com ela, a compreendê-la e, não tendo escolha, a participar dela. Eu não preciso ser um anjo. Eu simplesmente entendo que não há outro caminho, e que eu tenho que estar em boas relações com todos, e tentar ajustar-me à mesma onda internamente: nos pensamentos e desejos. Por quê? Porque eu dependo deles.

Apenas a influência externa é necessária para conseguir isso, e todos vão entender a essência do que está acontecendo. As pessoas têm de receber diferentes exemplos e explicações, e assim as diretrizes básicas da mensagem serão compreendidas. Isto por si só é suficiente para trazer mudanças positivas no mundo.

O nosso problema é o egoísmo. Ninguém duvida do fato de que ele é a força negativa no nível pessoal, a nível político, e em todos os outros níveis. Ele só deve ser “adoçado” um pouco, isso é tudo. Se sentirmos a dependência mútua entre nós, vamos sentir que não temos que mentir um para o outro, e nós vamos ser capazes de concordar, também no nível do governo, não destruir o nosso planeta.

Tudo depende da educação, que deve ser baseada numa verdade simples: nós dependemos uns dos outros, e não há nada que possamos fazer sobre isso. Não há outra maneira. O mundo se tornou nossa casa coletiva e nesta casa coletiva não há nada mais sensato do que concordar. Que outras formas pode haver? É tempo de pararmos de chamar isso de “utopia”. Hoje, isso já é uma necessidade crucial.

Nós já falamos sobre isso na ONU e na UNESCO. No futuro, iremos apresentar esta plataforma para o público e seus representantes. Primeiro, nós vamos obter a opinião de especialistas e depois vamos implementá-la. Em primeiro lugar, nós devemos abrir, desenvolver e adaptar o método para a humanidade.

Da 4ª parte Lição Diária da Cabalá 1/1/12, “A Liberdade”