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100% De Doação Hoje!

Dr. Michael LaitmanPergunta: Qual é o “bom sinal” que devemos alcançar nos estudos, e como podemos verificá-lo?

Resposta: O “bom sinal” nos estudos é a obtenção da doação, “Lishma“. Obviamente, nós temos que cuidar dele para que não percamos tempo em vão. Ninguém tem uma garantia prévia de que alcançará o sucesso.Mas você diz: “Não, eu quero uma recompensa: deixe-me vê-la e senti-la!”. No entanto, isso poderia arruinar todos os seus esforços na disseminação. Agora você está revelando o nome do Criador para o mundo e quer que todos alcancem a redenção plena, o fim da correção, conforme o planejado. E você não recebe qualquer benefício para si mesmo – e isso é maravilhoso!

Talvez você deva apenas concordar com isso com todo o seu coração e alma e não queira mais nada! Então, você só pode começar a receber…

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 05/01/12, Talmud Eser Sefirot

Você Deve Investir Num Grupo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se eu invejo muito os meus amigos, como eu faço para transformar essa inveja destrutiva em construtiva?

Resposta: A pessoa não ouve palavras que dizem que o vaso espiritual é um vaso comum. “Vou fazer alguma coisa agora e avançar”, ela pensa. O nosso egoísmo continua nos convencendo de que a meta espiritual pode ser alcançada da mesma forma que uma meta corporal: de forma individual e pessoal. Isso só é necessário para nos dar a força de resistência, que impele o homem dentro de si. Quanto mais forte a materialidade impelir, mais ela vai dar depois, porque a pessoa se aproveitou dela. Porque está escrito: “A pessoa engoliu abundância e depois a expulsou”.

No entanto, nós devemos acelerar o tempo, e a única oportunidade de fazer isso é resistir às correntes centrípetas. Caso contrário, nada sairá disso.

“Não é o inteligente que aprende”. O caminho espiritual não é indicado para o perspicaz, mas para aquele que investe (se envolve). Este caminho consiste em ações simples, da mesma maneira que um computador executa cálculos muito complicados por uma seqüência de operações elementares.

Só pode haver um conselho para o homem: anular a mente e realizar a ação. Seus pequenos passos criarão um caminho que levará você para o sentimento de entrosamento. É como um pai que se torna imbuído do amor pelo seu filho recém-nascido quando cuida dele. Os cuidados diários despertam sentimentos. E isso se aplica a tudo: o seu coração se liga ao que você investe.

É por isso que você precisa fechar os olhos e investir toda sua energia no grupo. Esta é a única maneira de você sentir como ele está perto de você, como ele é seu e, assim, você será capaz de construir um Kli (vaso) comum, em conjunto com ele. Seu investimento, que passou de uma conta egoísta excessiva para a conta do grupo, é o seu vaso espiritual.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 21/11/11, “A Arvut”

Nós Nos Encontraremos Amanhã No Deserto

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como eu posso despertar o grupo para uma deficiência tão grande de modo que eles estarão prontos para ir para o deserto se conectar amanhã?

Resposta: A única coisa que precisamos é de uma preocupação interna. Todas as outras coisas deixam de funcionar. Nossa percepção do nosso mundo se transforma ao ficar mais e mais próxima da espiritualidade, e notamos que existem forças mais “sutis”, por assim dizer, “não corporais”, operando nela.

Existem tais ações, que podem ser descritas como simplesmente mecânicas – elas já são mais “espirituais”, relativas à força do pensamento, ao cuidado e preocupação emocional que ocorrem na mente e no coração. No nosso mundo atual existem forças que não podem ser atribuídas às forças físicas ou campos eletromagnéticos.

Se você quiser doar aos outros, a principal influência é realizada dentro do pensamento e do desejo, e através deles estamos todos ligados uns aos outros.

É claro que é possível alcançar isso também através de algumas ações físicas, mas isso é muito difícil. Nós vemos que, de acordo com a aspereza da força, mais tempo e energia são necessários para ativá-la. Observamos isso a partir do desenvolvimento do planeta Terra. Por exemplo: no nível inanimado, a criação da Terra levou milhões de anos para ser criada. Para o surgimento do nível vegetal, outros milhões de anos, e depois para o mundo animal, um tempo um pouco menor do que fora exigido. E quando os estágios de desenvolvimento alcançaram o homem, então, no total, apenas algumas dezenas de milhares de anos foram necessárias.

Na medida em que a força é de maior qualidade, o tempo para desenvolvê-la é mais curto: a quantidade muda para qualidade. Se você quer influenciar os amigos de uma forma rápida e forte, então vale a pena que isso aconteça amanhã. O principal é a preocupação do coração, do pensamento e do desejo.

Nós não usamos isso o suficiente. E é especialmente aqui que a força da Aviut está oculta. Ela não significa assinaturas num papel de contrato ou ter bens em comum. Tudo é esclarecido internamente, com a ajuda da força comum: o nosso desejo, como aprendido na preocupação, e com o intelecto, como aprendido na intenção, a fim de sacudir e despertar a rede que nos conecta. É como quando você tira uma peça de roupa e a sacode; nós também precisamos sacudir a conexão entre nós, de modo que as vibrações do nosso coração e mente passem através dela.

Tudo isso acontece como num jogo. Não é real, afinal, pois nós ainda não a alcançamos. Nós somente queremos que isso aconteça, até que no final, realmente acontece. E trabalho como este com respeito aos amigos, nós devemos realizar com respeito ao Criador. Isso significa provocar o acasalamento espiritual (retornar à coroa). Nós estamos chegando cada vez mais perto disso, até recebermos uma direção na seriedade e pensamentos, apesar de sermos opostos a isso. O acasalamento espiritual é chamado de Zivug de Haka’a, “acasalamento (acoplamento) por golpe”. Isto porque ele é uma colisão real. Caso contrário, ela não seria sentida.

Está escrito: “a semente da pessoa também é abençoada”, já que de um lado há resistência e do outro lado a conexão irrompe. E ambos os atributos opostos criam a sensação de acasalamento, a clareza da conexão, o ponto de união, o orgasmo espiritual.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 02/01/12, Escritos do Rabash

Lições Sobre Um Novo Mundo: Formato do Curso

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como serão organizadas as aulas para os adultos? Eles vão se sentar na carteira escolar, olhando para o professor, escrevendo no quadro negro?

Resposta: Eu acho que se esta é uma aula ou palestra, ela pode ser conduzida como numa sala de aula. As pessoas estão acostumadas a esta forma de estudar, e ela ainda é aceita em toda parte. Eu não penso que devemos romper imediatamente o quadro convencional. Pelo contrário, precisamos mostrar que continuamos com o que era antes, de modo que isso seja percebido como algo familiar e habitual, por isso eles ficarão “a vontade” com isso.

Tudo permanece exatamente como era, somente que eu frequento um curso além do meu trabalho. Então, gradualmente, à medida que as pessoas forem mudando sem qualquer coerção, será possível envolvê-las em novas formas de comunicação entre elas e seus estudos. Os cursos serão mudados gradativamente de acordo com as mudanças que ocorrerem nos alunos.

De “Lições Sobre Um Novo Mundo ” 01/12/11

Amigos Inseparáveis Com Dentes Muito Afiados

Dr. Michael LaitmanPergunta: Quais os desejos que devemos revelar quando nos conectamos? Por que eu preciso ver os desejos de receber (AHP) se não sou capaz de usá-los?

Resposta: Cada um de nós é como uma engrenagem, um roda dentada. Meus desejos de doar (Galgalta ve Eynaim) estão dentro da roda, e os dentes do lado de fora são meus desejos de receber (AHP). Eu me conecto com os outros através desses desejos de receber.

Eu só desejo doar (Hafetz Hesed) dentro do meu Galgalta ve Eynaim. Em outras palavras, eu não preciso de nada, e não há nada que eu possa fazer com ele.

Galgalta ve Eynaim é a condição da minha presença no sistema sem causar nenhum dano. Eu possuo esse poder de resistência contra meu desejo egoísta.

Galgalta ve Eynaim não são apenas pequenos desejos de pouca força (Aviut 0, 1. 2). Eles representam o fato de que eu posso suprir todos os meus 620 desejos com uma intenção em prol da doação, como Bina. Eu não trabalho com esses desejos, e não quero usá-los para o meu próprio benefício.

Quando eu faço um cálculo para todo meu vaso (desejo), sem querer receber para meu próprio benefício, eu coloco uma tela (Masach) na minha frente. Isso se refere a estar dentro dos desejos de doar: Galgalta ve Eynaim.

Esta não é uma restrição. Isso porque eu simplesmente me recuso a receber durante a restrição. Aqui, eu sinto meus 620 desejos, e digo: “não” em resposta a cada desejo, porque eu prefiro me unir com o superior. A conexão com o grupo, através da qual eu alcançarei o Criador, é mais importante para mim. No entanto, eu sinto todos esses desejos, e isso significa estar dentro de Galgalta ve Eynaim.

Se eu também posso trabalhar com esses desejos e me conectar ao superior ainda mais fortemente, para empregar esses desejos para receber o AHP (os dentes), e usá-los para me agarrar e conectar com alguém, em vez de simplesmente ficar no caminho de alguém, isso significa que eu trabalho com os Kelim de recepção, AHP.

Da Lição de 23/12/11, “Estudo das Dez Sefirot

O Malabarismo Dos “Anjos” E “Demônios”

Baal HaSulam, “A Liberdade”: “Embora nossa força não seja suficiente para enfrentar o primeiro fator(a “fonte”), nós ainda temos a capacidade e o livre arbítrio para nos proteger contra os outros três fatores, pelos quais a fonte muda suas partes individuais, e algumas vezes sua parte geral, bem como, através do hábito, que confere a ela uma segunda natureza”.

Eu sinto diferentes influências e embora eu não possa resistir a elas, eu posso “brincar” com suas “combinações”, “fazer malabarismo” com elas e tomar uma decisão. Mas, que decisão exatamente?

Embora as minhas ações sejam artificiais, existem diferentes fatores que podem evocá-las. Se houvesse apenas um fator, eu conseguiria fazer nada. Quando há dois fatores, eu já posso dirigir a relação entre eles e influenciar o equilíbrio do poder. Assim, eu posso influenciar o meu destino e as mudanças em mim; agora, existe o meu “eu” que toma decisões.

Aqui há um grande problema filosófico que obrigou as pessoas a dividir a realidade em bem e mal. Uma força é inconcebível, inatingível. Somente a idéia de múltiplas forças, em certa medida, permite que as pessoas ajam e façam “malabarismos” com elas. Mesmo que as pessoas reconheçam a existência de uma força superior, elas ainda têm a necessidade de acreditar em diferentes “anjos” e “demônios”, que separadamente as governam.

Nós vemos que no trabalho espiritual este problema é resolvido de uma forma totalmente diferente. A pessoa está sob diferentes tipos de influências vindas do Criador e pode preferir uma em detrimento da outra. Ainda não está claro como isso acontece, mas vemos que a solução para a nossa participação independente no processo está aqui.

Pergunta: Acontece que eu estou tentando jogar com as razões (causas), embora eu realmente não tenha controle sobre elas, porque eu mesmo sou um resultado.

Resposta: Eu posso mudar certa influência em mim e, por isso, há outro fator. Eu adiciono o meu fator às leis da natureza e quero saber o que eu evoco com isso. Assim, eu posso realmente decidir algo e aprender novos fenômenos. Isso pode ser feito pela investigação científica e pela investigação espiritual; com a ajuda do meu fator eu começo a estudar a força superior.

A fim de fazer isso eu tenho que ser feito de duas forças, e eu as tenho: por um lado, o ego, que é uma grande ajuda, e por outro lado, o grupo, no qual o Criador (a Luz superior) está oculto. Entre eles, na resistência entre eles, nasce o meu “eu”. Assim, eu descubro o Criador conforme eu consigo conectar essas duas forças dentro de mim. Eu não posso descobri-Lo com apenas uma delas. Nós precisamos da combinação das duas.

A questão é que o termo “um” é revelado acima da matéria e acima da Luz. A Luz é a medida de doação; a matéria é a medida de recepção, e o Criador acima delas é a consciência, o pensamento da criação, e não a duplicidade das forças do bem e do mal, luz e escuridão, doação e recepção. Isso ainda não é doação, mas o desejo de doar que a precede.

Neste desejo essas são partes que se desprendem da verdadeira doação. Eu quero alcançá-las, saber quem é o Criador, não em relação a mim, mas quem Ele realmente é. Na Cabalá isto é chamado de “Atzmuto”, a essência do Criador, à qual não temos acesso hoje, embora nós também queiramos alcançá-la. É para isso que nossa curiosidade é atraída.

Então, eu tenho que criar todas as condições, como num laboratório projetado para estudo de campo. Tudo deriva do Criador, mas sua doação me rodeia por todos os lados. Eu procuro o meu lugar, a oportunidade de descobrir o Criador através desse experimento. Na verdade, nós sempre nos comportamos assim quando estudamos algo novo. Só temos que organizar tudo em seu lugar, entender com o que estamos lidando e como alcançamos o resultado.

Em geral, por trás de cada experiência nós descobrimos uma atitude, uma fórmula e a conexão entre diferentes fenômenos. Além disso, nós descobrimos a lógica por trás deles. Estes não são apenas fatos áridos que nos deixam no mesmo nível em que nós os descobrimos. Não, nós sempre procuramos pela razão: por que eles estão conectados assim? O que os obriga a ser assim? Qual é a razão? Por trás de cada fenômeno que eu vejo na matéria, eu quero ver o que o causou, a parte superior do Partzuf. Eu quero saber a razão para os dados que recebi; esta razão é o resultado real do experimento.

Então, no meu trabalho espiritual eu desenvolvo uma espécie de “laboratório” da atitude em relação à realidade. O “laboratório” neste caso sou eu e a abordagem permanece totalmente científica.

Não Há Ser Humano Sem Conhecimento

Dr. Michael LaitmanPergunta: Qual é o propósito de obter conhecimento no novo sistema de educação integral?

Resposta: É impossível fazer um humano a partir de um estudante sem conhecimento, ou seja, a consciência, o entendimento e sua participação voluntária no processo de distinguir o ser humano do animal. Tendo recebido conhecimento sobre o mundo, ele saberá onde vive, como é governado, e como deve agir. A meta é tornar cada um parte da humanidade integral, para que ele possa ver que é impossível de outra forma, e que ele precisa participar em tudo junto com os outros e ser parte de um quadro completo.

Mesmo se ninguém disser a ele, ele verá que não há outra maneira, porque nós damos à pessoa a educação integral. Com base nesse conhecimento, ele precisa gradualmente chegar às suas próprias conclusões. E o treinamento prático lhe dará as emoções e sentimentos apropriados, isto é, nós trabalharemos em paralelo tanto com a mente como com o coração.

Das “Lições sobre o Novo Mundo” 01/12/11

De Volta À Escola!

Dr. Michael LaitmanPergunta: Em nossa metodologia de educação integral das crianças, existe alguns princípios fundamentais: educação separada para meninos e meninas; os mais jovens são ensinados por seus colegas mais velhos; crianças aprendem “num círculo” e através de discussões. Atenção particular é dada à educação prática e realista, em oposição à sua parte abstrata. Esses princípios são diferentes de qualquer forma para os adultos?

Resposta: Praticamente não, porque com relação a isso nós somos totalmente como crianças que estão prestes a dominar algo novo. Nós estamos agora começando a revelar um novo mundo, uma nova vida, e uma nova atitude para com ela. Nós temos que mudar e revelar um mundo novo para nós. Nós somos como crianças que têm que entender esse novo mundo integral que está se aproximando de nós.

Para evitar experimentar essa abordagem como uma crise moderna, todas as nossas ações devem ser dirigidas para entrar num estado de harmonia com esse mundo integral.

Hoje, a natureza está começando a nos tratar como um sistema integral, interconectado e reciprocamente equilibrado no qual todas as partes existem em equilíbrio, apoio, e concessões mútuas. Nós somos o elemento mais importante nesse sistema! Para isso, nós precisamos trabalhar duro em nós mesmos e entender que tudo isso não é algum capricho, invenções ou especulações filosóficas de alguém, mas verdadeiramente uma lei da natureza.

Essa lei se realiza de forma gradual e inevitável dentro da sociedade humana, exceto se não correspondermos a ela. Digamos que alguém está tentando nos inserir numa estrutura circular, mas nossa forma é quadrada e não pode funcionar dentro de uma estrutura redonda – aí reside a crise. Assim, todos os adultos terão que se sentar novamente nos bancos escolares e aprender a viver num novo mundo, se preparando para ele.

Pergunta: Você falou sobre o fato de que baseado em sua experiência com a educação de crianças em seu centro, as aulas precisam ser dadas num círculo e filmadas em para que as crianças possam mais tarde ver como elas se parecem vistas de fora. Esse é uma metodologia muito efetiva. Pode-se aplicá-la aos adultos?

Resposta: Você pode aplicar absolutamente o mesmo método, porque a idade não importa. A única coisa que importa é nosso status com relação a esse novo mundo, o novo sistema social no qual precisamos entrar. Com relação a isso todos nós somos crianças, e temos que estudar e, gradualmente, nos transformar, nos moldar para corresponder a ele.

Da “Palestra sobre Educação Integral” 12/12/11

O Novo Paradigma Do Universo

Dr. Michael LaitmanO desenvolvimento atual da humanidade nos leva a uma conclusão muito interessante: se antes nós dedicávamos pelo menos dez horas por dia ao trabalho, hoje a nossa atitude em relação a ele deve mudar em sua própria origem. Não deveríamos procurar por trabalho. Cada pessoa tem que trabalhar somente na medida necessária para garantir uma qualidade de vida normal e digna.

Isso não é o mínimo, mas precisamente o padrão aceito como necessário. Nós não nos esforçamos em adquirir acima desse nível, entendendo que essa é a única maneira de entrar em equilíbrio com a natureza circundante.  O equilíbrio entre a força de recepção e a força de doação – a quantidade que cada um recebe da sociedade é a quantidade que dá a ela em retorno – nos equilibra, e equilibra toda nossa humanidade, em relação à natureza.

Como consequência, uma grande quantidade do tempo da pessoa ficará livre. O vazio resultante deve ser preenchido através da conquista da sua harmonia. A pessoa tem que se desenvolver interagindo e se unindo com outras pessoas. E o fato de que sete a oito horas do tempo diário das pessoas ficará livre e permanecerá vago é algo que já foi proposto com antecedência pelo programa da natureza. Não é por acaso que nós desenvolvemos nossa tecnologia, comunicações, negócios e serviços internacionais de tal forma que podemos, enquanto trabalhamos literalmente duas horas por dia, suprir a nós mesmos com tudo o que é necessário.

Isto é preparado pela natureza, e nós temos que ver isso como uma realidade objetiva. O tempo livre é especificamente destinado para nos levar ao equilíbrio necessário. Assim, nós revelaremos um nível totalmente novo de existência na natureza: o nível do seu plano, a governança superior. Começaremos a sentir os mecanismos que governam todo o universo, inclusive nós.

Nós precisamos explicar isso às pessoas e durante certo tempo conduzi-las em direção a uma nova percepção na vida. Esse é o paradigma moderno que as pessoas necessitam entender e se acostumar. Elas precisam mudar absolutamente todos os seus pensamentos, planos e atitudes em relação à vida, o mundo, e tudo o mais. Em outras palavras, o ideal mais importante, o valor mais supremo deveria ser “nós” – a conquista da união entre nós e o equilíbrio com a natureza.

Da “Palestra sobre Educação Integral” 12/12/11

Um Jogo Como Oportunidade De Auto-Expressão

Dr. Michael LaitmanPergunta: No sistema integral de educação para crianças, os grupos não devem ser grandes, apenas com cerca de dez pessoas, duas das quais são instrutores. Este princípio também vale para os adultos?

Resposta: É muito mais fácil com os adultos, uma vez que eles são pessoas mais responsáveis. Eles se concentram alegremente no instrutor e participam das discussões com ele. Um instrutor é mais do que suficiente para 30-40 pessoas, ou talvez dois para 50 pessoas. Você não precisa manter os adultos unidos, motivá-los, ou ser brincalhão com eles, mas apenas educá-los na forma de um jogo. Essa é a primeira coisa.

Em segundo lugar, precisamos entender que as pessoas devem passar por uma transformação interior muito séria. É um tremendo trabalho psicológico da pessoa no seu próprio eu; é sua introdução em si mesma: Quem sou eu? É por isso que é necessário filmá-la neste jogo para que ela se veja de fora.

Afinal, nós estamos jogando o tempo todo. Eu represento certa imagem que eu vi há muitos anos atrás, adotei-a e estou recriando-a hoje. É assim que conduzimos a nós mesmos. Isso está claro na psicologia. É por isso que a tarefa mais importante nesses cursos práticos é prover a pessoa com o máximo sortimento dessas imagens para que ela possa reproduzir depois.

Baseado no fato de que a pessoa as criará e controlará, ela entenderá quem realmente ela é, porque suas faculdades e atributos interiores constantemente se revelarão em relação à imagem que ela representou no jogo. Essa distância, a diferença entre quem eu sou e o que estou interpretando, ajudará a pessoa a finalmente alcançar e conhecer a si mesma. Essa é a coisa mais importante. Então, ela vai realmente ser capaz de expressar a si mesma, suas qualidades internas, propriedades e talentos inatos. É aí que o mundo vai realmente tornar-se integral, porque cada um terá a oportunidade de se expressar.

Além disso, temos que preparar instrutores para a nova sociedade integral de todos e cada um dos nossos estudantes, mesmo os mais atrasados. A pessoa não tem o direito de ser apenas um aluno passivo e estudar somente para si: ela tem que estudar a fim de educar os outros. Ela tem que sentir que, na medida em que adquire essa nova forma de conexão entre as pessoas, ela mesma se torna parte ativa desta conexão e deve necessariamente levá-la adiante.

Assim, os estudantes que estudam conosco por meio ano a um ano devem necessariamente conduzir grupos de iniciantes. A princípio, claro, eles devem abranger apenas tópicos muito limitados e trabalhar com instrutores seniores. Para eles isso é totalmente necessário. É precisamente ali onde eles desenvolvem suas habilidades!  É exatamente assim que os outros aprendem com eles!

Nós não precisamos esconder o fato de que estamos preparando nossos alunos para se tornarem professores, e devemos colocá-los imediatamente numa estrutura de ensino apropriada. Primeiro de tudo, isso deveria forçá-los a estudar o material mais cuidadosamente e compreendê-lo melhor. Em segundo lugar, isso vai desenvolver uma conexão mais estreita entre eles e os outros. A coisa mais importante em todo esse estudo é precisamente as atividades práticas.

Da “Palestra sobre Educação Integral” 12/12/11