Opinião: (Pankaj Ghemawat, economista, estrategista, professor de Estratégia Global da Escola de Negócios IESE, Barcelona ): “O DHL lançou o primeiro Índice Global de Conectividade DHL (GCI), um estudo abrangente de dados geo-políticos de comércio. O estudo indica que a globalização econômica ainda não é tão profunda como percebida e o potencial para a integração econômica continuada poderia representar ganhos de cinco a 10 por cento ao ano no produto interno bruto. O GCI classifica 125 países de acordo com a profundidade e a amplitude da integração na economia mundial e analisa as conexões entre a conectividade global e o bem-estar. O estudo documenta que a conectividade global tem enorme espaço para se expandir, mesmo entre os países mais ‘conectados’.

“‘Nossa pesquisa mostra que a integração econômica global não é tão profunda quanto percebido. Portanto, vemos um potencial inexplorado de crescimento para cada país e globalmente. Aumentar a conectividade global provavelmente estimulará o crescimento ainda mais, adicionando trilhões de dólares para o volume de negócios econômicos’, acrescentou Ghemawat.

“‘O impacto positivo da conectividade global sobre a prosperidade mundial continuará a ser de grande importância. As dúvidas que alguns líderes políticos têm sobre o aumento do comércio global são infundadas; seus benefícios superam qualquer desvantagem em potencial’, disse Ghemawat”.

Meu comentário: É verdade! Não somente a natureza a nossa volta e dentro de nós, a conexão externa e interna de todos os objetos, manifesta-se cada vez mais, mas como o estudo acima mostra, o ser humano se torna mais individualista, mais distanciado dos outros porque seu egoísmo cresce. Pessoas numa sala, cônjuges num apartamento, as crianças com os pais, e assim por diante, não podem se dar bem.

Então, é preciso enfatizar qual globalização estamos falando: por enquanto, o mundo tornou-se assim, mas não nós.

Ultimamente, uma conexão interna entre as pessoas se manifesta mais e mais. Mas ela está em conflito com a crescente alienação por causa do crescente egoísmo pessoal. Assim, o egoísmo em grupo (nacional, família) se manifesta menos.

Esta diferença crescente entre as relações internas e externas causa a crise (educação, pessoal, familiar, social e, finalmente, financeira), que é a discrepância entre os dois sistemas:

• Crescente conexão interna da humanidade como um todo, que cresce de acordo com o programa da natureza, levando-nos rumo a uma sociedade integral e à interdependência completa, como a própria natureza externa;
• Nossa crescente alienação egoísta um do outro.

Assim, a solução para a crise é trazer a humanidade como um todo à realização de sua conexão total e a disponibilidade para esta conexão. Assim que começarmos a nos aproximar, descobriremos a influência benéfica da natureza em nós, porque começaremos a estar de acordo com a lei de nossa equivalência com ela.

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