Como Renunciar Aos Desejos Destrutivos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se uma pessoa vai para o caminho errado, por exemplo, mergulha no alcoolismo, como regra, ou ela atinge o fundo do poço e se destrói, ou alguma transformação interior ocorre. Basicamente, toda a humanidade está indo por esse caminho agora. A nossa tarefa nos cursos de educação integral é fornecer à pessoa uma ferramenta que a impeça de se destruir, de destruir em pedaços a sua vida. Será que pode ocorrer uma virada no meio do processo e não no seu final?

Resposta: Uma das qualidades do homem é a empatia. Se nós mostrarmos a alguém que está partindo para um caminho vicioso (digamos, abuso de drogas) um outro indivíduo cuja vida está por um fio devido a estas mesmas drogas, eu acho que isso vai ter um forte impacto sobre ela, independentemente dela querer parar ou não.

Se levarmos pessoas a uma enfermaria de câncer num hospital, elas verão o que fumo faz. Pessoalmente, eu fumo, muito moderadamente (na minha opinião), mas mesmo assim eu fumo. Então, eu sei por mim mesmo que se eu tivesse andado por tais lugares no meu tempo, isso teria me afetado fortemente. E se eu me encontrasse num ambiente que desdenha o fumo e manifestasse o seu desprezo para com os fumantes, eu teria naturalmente uma sensação que me obrigaria a perceber o vício desta ação.

É por isso que tudo depende do quanto eu posso absorver do meu ambiente a quantidade de realização do mal que me falta, a fim de romper com o estado de transição, onde eu ainda estou recebendo prazer e não destruí totalmente a mim mesmo.

Para isso eu preciso de um ambiente sério, uma comunidade, um grupo ou uma classe onde eu estudo. Nós sabemos que, se a opinião pública de um grupo de pessoas segue certa tendência ou adere a alguns princípios especiais, todo mundo está involuntariamente obrigado a segui-la. O instinto de rebanho é inerente às pessoas, porque uma pessoa avalia a si mesma somente em relação a outras. Ela não se permiti ser melhor ou pior do que o resto. O que importa para as pessoas é a sua importância aos olhos da sociedade, mas em que direção (positiva ou negativa), não faz diferença. Portanto, se nós criarmos um determinado padrão social, todas as pessoas serão obrigadas a lhe obedecer; assim nós somos criados.

Da “Discussão sobre a Educação Integral” # 5, 13/12/11