Eu Sou do Meu Amado e Meu Amado É Meu

Laitman_706Pergunta: Qual é a diferença entre a Luz que estamos tentando atrair do Zohar e a Luz que nos anula e nos faz retornar ao nível animado?
Resposta: Só existe uma Luz, mas o jeito que ela se expressa depende de nós. É como a eletricidade, que esfria ou esquenta algo dependendo a que está conectada.

Como a Luz se expressa depende da preparação da pessoa, mas a Luz mesma não muda – nem sua intensidade muda, nem sua natureza. Está escrito que o Criador permanece em repouso. Ele é “Bom, que faz o bem”, o Mundo Infinito.

O sistema da conexão das almas que foi criado pelo Criador no Mundo Infinito se revela a mim gradualmente, passo a passo. A natureza dessa revelação depende de minha preparação, de minha atitude com respeito a esse processo – se eu o desejo ou não.

Quando eu vejo o processo como desejável, desde que ele me leva para perto do Criador e isso é a coisa mais importante para mim, então eu sinto que “Eu sou do meu amado e Ele é meu”. Isso significa que eu estou sempre no estado de ascensão; eu sou justo porque eu justifico todas as ações do Criador, Eu estou no Mundo Infinito, em paz.

Porém, se eu desejo estar perto d’Ele somente quando isso me beneficia, então meu amor depende do que eu recebo. Isso significa que eu vou de ascensos a descensos dependendo do modo como eu me sinto, e por essa razão eu sou um pecador. Eu dependo das condições, não do amor. Tudo muda – algumas vezes para melhor e algumas vezes para pior. Assim, o que muda não é a Luz, mas eu mesmo – minha atitude com respeito ao meu Amado.

Podemos ver isso através do famoso exemplo: uma jovem senhora (a alma, Shechina, Malchut) aspira estar com seu pobre amado (Zeir Anpin, o Criador) em consideração ao amor acima de qualquer cálculo, enquanto sua família (parentes egoístas, Klipot) é contra essa união, e ela oferece a ela outro pretendente – um que é rico e só se preocupa com satisfações, e tudo é calculado.