“Moídos Pelos Moinhos”

Dr. Michael Laitman

Da Minha Página No Facebook: Michael Laitman 12/07/20

Com a COVID-19, por um lado, e enxames de gafanhotos, por outro, a natureza parece ter nos dado um golpe duplo este ano, e recém passamos apenas pela metade dele. Como se fosse moída por pedras de moer, a natureza despojou a humanidade de sua riqueza. Nós sabíamos que estávamos explorando a natureza; sabíamos que estávamos destruindo nosso próprio planeta e sabíamos que éramos abusivos e exploradores um com o outro. Nós sabíamos, mas realmente não fizemos muito para impedir isso, então a natureza tombou a civilização como um baralho de cartas.

Agora, pouco mais de seis meses no ano, nada fica em pé, a não ser a Amazon. Mas, à medida que os empregos desaparecem, o varejo on-line também desaparece, e ficaremos com nada além do básico.

Esse é todo o propósito. Chame isso de natureza, chame Deus, ou chame vida; qualquer que seja o título, a realidade está nos ensinando que devemos construir uma sociedade que atenda às necessidades de todos. Há comida e água suficientes para todos, e também haverá no futuro, mas a civilização sobreviverá apenas se perceber que todos têm acesso a esses princípios.

Nós construímos uma civilização baseada na exploração, onde nações, raças, religiões e governantes disputam a hegemonia, e o vencedor leva tudo. Justificamos nossa depravação dizendo que o caminho da natureza é a sobrevivência do mais apto. Mas nós entendemos o conceito de forma errada. Não são os mais aptos que sobrevivem; são aqueles que mais se encaixam em seu ambiente. Ajustar-se ao ambiente significa contribuir, fortalecer, enriquecer e sustentá-lo, em vez de explorá-lo. Nós não apenas entendemos mal; revertemos completamente o significado do termo “ajustar”.

Agora a natureza nos forçará a recomeçar. Não deixará nada da velha economia, do capitalismo que idealizamos. A natureza nos ensinará como construir uma sociedade baseada em cuidar, compartilhar e cuidar um do outro. Ela nos ensinará a tratar estranhos como uma família, a dar de nós mesmos não porque devemos, ou porque queremos que os outros sejam devedores de nós. Daremos porque dar parecerá viver, e receber será uma vergonha. Uma vez que nosso direito próprio esteja acabado, uma nova humanidade surgirá.