Textos arquivados em ''

Black Friday, Parte 1

Laitman_409Pergunta: Nós vivemos em um mundo que está passando por mudanças radicais na sociedade, na política, na psicologia humana e, em particular, na psicologia do consumidor.

Há um entusiasmo extraordinário em torno do dia 25 de novembro, a chamada “Black Friday”, porque esse é um dia em que os bens são vendidos por preços especiais com desconto nos EUA e em muitos outros países do mundo. As compras se transformaram em entretenimento e em meios de receber realização. As pessoas enlouquecem, se alinhando em filas muito longas, dormindo em tendas em frente às lojas, esperando elas abrirem. Houve um caso em 2008, quando a multidão que irrompeu pelas portas pisoteou um funcionário do Walmart. As compras e aquisições se tornaram o principal valor da sociedade e da cultura moderna. O que causou essa sede de consumismo no mundo moderno?

Resposta: O fato é que nos acostumamos a avaliar uma pessoa de acordo com sua riqueza: o quanto ela vale, o quanto ela possui. Nós olhamos para o exterior da pessoa, verificando como ela está vestida, como se comporta, o carro que dirige, a casa em que vive, quem são sua esposa e filhos, e qual é a sua posição na sociedade.

Ainda que no nosso tempo, a forma externa tenha começado a perder o seu significado. Antes ela era muito importante e todos tinham que se parecer exatamente de acordo com o seu status. Uma pessoa era aceita de acordo com sua aparência, que determinava quem ela era e a qual estrato social e classe pertencia.

Isso não é bem verdade em nosso tempo. Quando vemos um homem em um terno preto, camisa branca e gravata, estamos propensos a pensar que ele é um advogado. Mas mesmo entre os empresários essas roupas não são consideradas mais obrigatórias. E quando eu me encontrei com cientistas, eles estavam vestidos de maneira muito simples, de suéteres. As pessoas começaram a prestar menos atenção à roupa.

Mas o interesse em fazer compras ainda é muito forte, porque uma pessoa se sente mais segura se compra algo agradável para o seu egoísmo. Se eu tiver uma geladeira cheia, guarda-roupa completo e um carro, isso significa que tudo está bem comigo. A confiança de uma pessoa na vida é medida por esses valores.

Por exemplo, os americanos se sentem confiantes se têm várias armas em casa, “no caso de precisar”. As pessoas ricas, para se sentirem seguras, constroem para si bunkers e abrigos antiaéreos. Outras cultivam vegetais em seus jardins para terem algo para comer em caso de necessidade.

No nosso tempo, as pessoas estão sob tanto stress que começam a se preocupar com o futuro. Nesses dias de “Black Friday”, essa histeria se espalha por todo o mundo. Para a pessoa moderna, a cultura do consumo é muito importante. No entanto, à medida que nos desenvolvemos, prestamos menos atenção à beleza externa, mas apreciamos mais roupas convenientes, o conforto em casa e em tudo o mais.

Essa é uma característica especialmente da nova geração que não pensa em sua boa aparência, mas no conforto. Afinal, eles já estão preocupados com as questões sobre o sentido e a essência da vida; eles obscurecem a vida material e a empurram para o fundo.

Pergunta: Ainda há um interesse exagerado em compras que pode ser comparado com bulimia, onde uma pessoa compra as coisas e as devolve para a loja. De onde vem essa doença?

Resposta: A pessoa sente um vazio interior que espera preencher com as compras. Mesmo ao escolher uma profissão, ela não presta atenção em sua inclinação natural, mas pensa onde pode ganhar mais para comprar mais. Afinal, a nossa necessidade interior natural é o desejo de desfrutar e receber, e as pessoas aspiram constantemente pelo que lhes falta.

Todo mundo tem um conjunto padrão de desejos que tenta satisfazer: comida, sexo, família, dinheiro, honra e conhecimento. Mas eles estão presentes em cada um em diferentes proporções, de modo que todos são atraídos para diferentes satisfações. Mas todas essas satisfações são aquisições através das quais esperamos nos satisfazer. Compras comuns são causadas por um desejo natural, normal de ser preenchido, bem como por influência do ambiente. Se os outros correm para comprar, eu também me entusiasmo, uma vez que estamos no mesmo campo de desejos que estão conectados e se influenciam. Portanto, se há alguma tendência da moda, eu também sou atraído por ela.

Se nesse dia os bens são vendidos com grandes descontos, por que não preparamos uma lista de coisas realmente necessárias com antecedência e as compramos? O único problema é que, geralmente, ao chegar a tal evento de vendas, a pessoa não compra a partir da lista de coisas que precisa, mas começa a ficar louca e a agarrar tudo, como todo mundo. Afinal de contas, as pessoas comuns agem de acordo com as leis da multidão que afetam a sua opinião.

Só uma educação especial pode elevar a pessoa um pouco mais alto para que ela entenda como isso funciona. Ela exige uma preparação psicológica para isso que lhe permita entender por que isso acontece dessa forma, para quê, de onde vem, e como ela pode se relacionar com isso de uma forma mais racional. Toda essa excitação é alimentada artificialmente, e uma pessoa comum é vendida para essa publicidade.

Como resultado, uma pessoa gasta mais dinheiro do que o esperado, mas obtém a sensação de que vive como todos e não pior do que outros, e que está tendo sucesso na vida. Ela vê que agiu da mesma forma que os outros, e em algo ganhou ainda mais do que eles. Há uma competição aqui e a satisfação do nosso egoísmo é maior do que o habitual. Como resultado, nós enchemos o mundo com coisas que nunca precisamos e, portanto, estão destinadas a serem jogadas fora: alimentos, aparelhos, e nunca roupas e sapatos usados.

Nós nos limitamos dessa maneira. Afinal de contas, seguindo a multidão, por detrás da maioria, não vamos conseguir nada de especial. A fim de alcançar um objetivo especial, precisamos nos separar da multidão, subir acima dela, e nos desprender da “cultura de massa”, dos filmes vazios com que as pessoas se entretêm e aceitam sem crítica.

De KabTV “Nova Vida” 24/11/16

Ynet: “Registro De Unidade: O Que Nos Faz Israelenses Felizes?”

Da minha coluna no Ynet: “Registro De Unidade: O Que Nos Faz Israelenses Felizes?”

O questionamento de tantas pessoas sobre o sentido da vida é o que me motivou a ir em uma jornada transnacional, de norte a sul, para me reunir com lideranças locais e prefeitos, e falar com milhares de pessoas sobre como realizar o método de conexão entre nós. Como a temporada de férias terminou, o Rav Laitman resume sua jornada transnacional em Israel.

Eu passei os últimos dois anos no meu quarto, profundamente envolvido nos escritos Cabalísticos, escrevendo artigos para a imprensa mundial, tentando explicar a autêntica sabedoria da Cabalá e sua relevância para as nossas vidas através de uma variedade de canais de mídia. Todas os dias entre as três e as seis horas da madrugada, como os Cabalistas têm estudado por muito tempo, eu dou lições diárias para milhares de estudantes. Centenas de pessoas se sentam diante de mim no centro de Cabalá La’am em Petach Tikva e milhares mais se juntam a eles pela Internet em Israel e no mundo inteiro: desde Berlim, Nova York, Moscou, Tóquio, América do Sul, África, e até mesmo países árabes. Eu ensino apenas de fontes Cabalísticas autênticas e, juntos, estudamos essa sabedoria antiga de como se conectar.

O fluxo de perguntas enviadas a mim diariamente por estudantes e pessoas que navegam na web e redes sociais, juntamente com a preocupação genuína com o que está acontecendo na sociedade israelense, me estimulou a me levantar da minha mesa e a quebrar minha rotina diária para sair em uma turnê de palestras e reuniões em todo o Estado de Israel para falar com as pessoas em todos os lugares sobre o método de conexão que pode unir Israel.

No próximo ano, o povo e o Estado de Israel enfrentarão sérios perigos. A ONU e a UNESCO estão agindo contra o nosso direito de existir, negando a nossa conexão com nossa herança judaica. As organizações BDS estão dando o seu melhor para deslegitimar o Estado de Israel. O antissemitismo está levantando sua cabeça feia na medida em que judeus de todo o mundo estão sendo perseguidos, e os meios de comunicação mundiais continuam a difamar o nosso nome. Essa tendência, que ameaça nossa própria existência, não vai parar e só vai continuar crescendo. Há um bom número de organizações no mundo hoje que estão agindo para destruir o Estado de Israel, e se fosse possível, a comunidade internacional se esforçaria em nos eliminar do mapa histórico. A única solução a qual podemos recorrer é estreitar as relações entre nós, unir forças e cumprir o nosso papel singular.  Assim que começarmos a nos conectar, a atitude hostil da humanidade em relação a nós irá mudar imediatamente para uma atitude de apoio. A jornada para “conectar Israel” que eu realizei me fez sentir que a nação de Israel está pedindo unidade e me deu esperança de que o seu povo se aproximará mais.

Tempos Críticos

Nós começamos a jornada no ponto mais ao norte, ao pé do Monte Naftali, no Kibutz Kfar Hanasi. A audiência, que incluía membros do kibutz da área e pessoas de assentamentos e aldeias da alta Galiléia, não ficou indiferente e exigiu uma explicação de como eu sei que Israel está enfrentando tempo críticos. Eu expliquei que, de acordo com a perspectiva global da natureza, a nação de Israel tem uma missão. Se adiarmos a missão que nos foi dada de realizar o método de conexão por nós mesmos e transmiti-lo à humanidade, poderemos perder a oportunidade que nos foi dada de melhorar nossas vidas. Tudo o que devemos aprender é como cobrir todas as nossas transgressões com o amor, como a sabedoria da Cabalá nos fala.

Minha jornada continuou em um evento impressionante na “cidade da energia” de Hadera. Eu tive uma conversa muito interessante com o Sr. Tzvi Gendelman, prefeito de Hadera, e nós conversamos sobre a contribuição dos círculos de discussão que meus alunos estão realizando com o povo de Hadera. Eu estava feliz em atender um público muito animado e intrigado no centro de Cabalá La’am local que perguntou sobre como eu acredito que podemos mudar a face da sociedade israelense. Eu expliquei que, de acordo com a sabedoria da Cabalá, a mudança só pode vir do fortalecimento da força de conexão entre nós.

Na verdade, foi no meu encontro com o povo de Tel Aviv, na terceira parada ao longo da minha jornada que eu senti uma espécie de virada. A cidade que não dorme mudou, e enquanto a imagem de Tel Aviv tem sido por anos a da capital do egoísmo, da audácia e desconsideração, eu realmente senti um espírito totalmente diferente no público jovem que veio em massa ao centro de Cabalá La’am de Tel Aviv. Eles me fizeram perguntas provocativas e relevantes, mas eu fiquei especialmente impressionado com o desejo de entender para onde está dirigida a nossa vida no século XXI. Parece que, na verdade, é porque Tel Aviv é uma cidade tão global que a consciência do que está acontecendo no mundo tem um impacto muito forte sobre ela e desperta dúvidas entre as pessoas. Portanto, o meu encontro com o povo de Tel Aviv, tal cidade aberta, amigável e moderna, revelou um grande potencial para a realização do sentimento de unidade.

Eu ou Nós?

Em Haifa, eu tive uma série de reuniões com vários líderes locais – incluindo o prefeito de Haifa, Sr. Yona Yahav, o prefeito de Nesher, Sr. Avi Binemo, e o prefeito de Acre, Sr. Shimon Lankri. Os três líderes são muito diferentes entre si, e cada um entende à sua maneira quão profunda é a crise em que se encontra a sociedade israelense. Sendo representantes do público e, como resultado do seu trabalho diário com as pessoas, eles compreendem e se identificam com a necessidade de unidade na sociedade israelense como a solução para todos os problemas que estamos enfrentando.

“Todo mundo tem sido contra os judeus durante séculos, e eu não vejo qualquer mudança no futuro”, concluiu o prefeito de Haifa. “Infelizmente, não estamos protegendo o nosso precioso Estado, e eu não estou surpreso que a geração mais jovem queira sair do país. Essa é a razão de eu sair para ensinar estudos de cidadania para alunos do décimo segundo ano escolar. Eu digo aos alunos que setenta anos depois deles nos queimarem no Holocausto, a história se repete. Nós destruímos o Primeiro Templo, destruímos o Segundo Templo, e da mesma forma também iremos destruir o Terceiro Templo, a última chance que Deus nos deu após o golpe do Holocausto. Eu fico devastado depois de cada lição. A divisão na nação está crescendo, e o ‘eu’ domina o ‘nós’.  É nosso dever combater esse fenômeno o mais rápido possível e com toda a nossa força”.

O encontro perturbador com os prefeitos, as reações opostas, e a rejeição que encontrei no que diz respeito à mensagem de conexão na humanidade e no que diz respeito aos artigos que publico na imprensa global, juntamente com a crescente crise na Europa, aguçam o meu entendimento do quanto o mundo se deteriorou e em que medida o seu ódio por Israel tem crescido. Não, eu não estou falando apenas de antissemitas, mas também da atitude dos judeus que vivem no exterior que exibem uma atitude cada vez mais negativa em relação ao Estado de Israel. Infelizmente, são eles que estão liderando as organizações que estão tentando deslegitimar o Estado de Israel.

De acordo com a sabedoria da Cabalá, há uma razão para isso: a hostilidade que os nossos irmãos judeus no exterior exibem em relação a nós decorre do fato de que não estamos cumprindo o nosso papel na correção do mundo. O nosso direito de existir na nossa terra depende da estreita conexão entre nós e em aproximar os nossos corações. O Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam) disse há cem anos que estamos vivendo aqui em um tempo emprestado e que a oportunidade que nos foi dada é apenas para permitir que cumpramos o nosso papel de Luz para as nações do mundo, o que significa se conectar como um homem em um só coração, dando assim um exemplo para todas as nações do mundo. A escolha de implementar isso ou perder a oportunidade está em nossas mãos.

O Novo Israelense

Apesar dos perigos que a nação de Israel enfrenta, eu estou muito esperançoso de que seremos bem-sucedidos. Meus alunos dedicados em vários centros de Cabalá La’am em todo Israel e o público que anseia em entender a sabedoria da conexão, que conheci na minha jornada por todo o Israel, me fazem acreditar que a mensagem de conexão acabará por permear as pessoas e que tudo vai mudar para melhor.

Eu continuei minha jornada para Ashkelon, Beer Sheva, Rehovot, e outras cidades. Eu fui calorosamente recebido em todos os lugares, e a atmosfera era boa. Eu gostei de ouvir as muitas perguntas intrigantes e avançadas sobre como implementar o método da conexão. No final do último evento em Ashkelon, eu recebi um grande buquê de flores e desejei que o povo de Ashkelon e todo o povo em Israel comemorasse o ano novo em paz.

Nós temos uma nação muito especial e pessoas incríveis, e eu espero e oro que despertemos, nos conectemos e entendamos que a chave para o nosso sucesso está nas boas relações entre nós, restaurando assim a vida próspera do passado, da época em que o amor fraternal florescia entre nós, e as nações do mundo eram nutridas pela força da união entre nós. Agora que as férias acabaram, eu desejo ao povo de Israel um bom ano novo, um ano de mudanças positivas.

Do Artigo no Ynet 25/10/16

O Que A Minha Alma Quer?

laitman_534Pergunta: Como é possível saber exatamente o que a minha alma quer?

Resposta: Uma pessoa sente isso quando começa a “ouvir”. Enquanto estuda a sabedoria da Cabalá, ela começa a sentir que a Cabalá está falando sobre ela. Algo dentro dela começa a acontecer, nada mais do que isso. Não é possível trabalhar com o intelecto aqui.

Pergunta: Isso significa que a lógica não vai ajudar aqui?

Resposta: A lógica é muito simples: você encontrou um método que cria uma reação dentro de você que diz que isso é certo, mas você não tem evidência egoísta, emocional ou intelectual para isso. Afinal de contas, isso está falando sobre a alma, sobre algum tipo de força superior que corrige você, revela novas possibilidades de sentir que existem dentro de você. Tudo isso é muito empírico.

Assim, somente as pessoas que realmente querem descobrir o estado verdadeiro, eterno e perfeito para si permanecerão na sabedoria da Cabalá.

Da Lição da Cabalá em Russo 28/8/2016

Fantasias E Realidade, Parte 2

laitman_219_04O mundo que vemos a nossa frente não é uma realidade externa, mas uma espécie de filme 3D. Nós pensamos que vemos as pessoas, mas, na verdade, vemos nossas próprias qualidades que supostamente existem fora de nós.

Pergunta: Como duas pessoas diferentes olham para uma terceira e veem a mesma coisa?

Resposta: Obviamente, não vemos a mesma coisa. Não podemos nem comparar o que vemos e avaliar o que a outra pessoa sente. Nós apenas temos um acordo para chamar essa imagem de nosso mundo. Podemos até mesmo discutir as qualidades de alguém; Afinal, nossa percepção difere.

Todos nós vemos a mesma realidade ilusória que imaginamos, por meio da qual todos como que se olham através de seus óculos 3D.

Pergunta: Por que vemos a mesma realidade?

Resposta: Porque a realidade que percebemos tem que ser impressa nos cinco sentidos: visão, audição, olfato, gosto e tato. Há uma matriz através da qual todos são capazes de olhar para o mundo e é por isso que percebemos apenas certas qualidades. No entanto, todo mundo as interpreta e percebe de acordo com seu caráter.

Só pode haver uma realidade – a força superior chamada Criador, que devemos revelar. Ela é a verdadeira e única realidade existente. Tudo o mais é uma ilusão, incluindo nós e todo esse mundo, que é chamado de mundo imaginário na Cabalá.

Parece-me que existe eu e tudo o que imagino: todas as outras formas e bilhões de pessoas, a Terra, nossa galáxia e o universo. Mas tudo isso só existe na minha imaginação.

A tecnologia moderna é capaz de produzir lentes que pintam a imagem holográfica e dão à pessoa a impressão de que uma xícara de café está na sua frente, enquanto na verdade a xícara é inexistente.

Mas mesmo que não usemos tais óculos agora, nós nascemos com outras lentes. Eles estão localizados dentro de nossas cabeças e é por isso que sempre percebemos a realidade imaginária. Não podemos tirá-los porque eles estão implantados em nós desde o nascimento.

Isso significa que, mesmo sem colocar os óculos 3D, nós residimos dentro da ilusão 3D. O mundo inteiro é uma ilusão que imaginamos desde o momento em que nascemos.

De KabTV “Nova Vida”, No. 787, 01/11/16

Tudo Pela Ascensão Espiritual

laitman_236_02Torá, Deuteronômio, 12:29 – 12:30 Quando o Senhor, o seu Deus, cortar as nações para as quais você virá para expulsá-las de diante de você, e quando você expulsá-los e morar em sua terra, Ser atraídos depois deles, depois de serem exterminados de diante de você; E para que não perguntas sobre os seus deuses, dizendo: Como estas nações serviam aos seus deuses? E farei o mesmo.

As nações são as qualidades internas de uma pessoa. Quando ela entra na terra de Israel, revela terríveis problemas: suas qualidades malignas chamadas “nações do mundo” que a asfastam. Portanto, ela deve ter muito cuidado. Por um lado, um novo nível de realizaçaõ é revelado a ela, mas, por outro lado, ao mesmo tempo, é o nível de uma maldição.

Como está escrito: “Eu te dou subida e descida, elevação ou queda, bênção ou maldição”. Tudo isso corre em paralelo, porque você não pode subir os graus espirituais se não descobrir terríveis, desagradáveis e vastas camadas egoístas dentro de você e corrigi-las. A subida é construída exatamente na correção delas.

Uma pessoa que avança na realização do mundo espiritual deve se alegrar que seu egoísmo esteja crescendo e ela esteja sentindo que se torna pior. Ela perde o desejo pela elevação espiritual. Ela não quer nada e se torna cada vez mais dura com os outros. Todos os tipos de problemas aparecem em sua vida. Ela vê o mundo inteiro, incluindo a si mesma, como feio e não pode fazer nada sobre isso.

Revela-se um nível egoísta internamente sobre si mesma e externamente sobre todo o resto, at´o Criador. Esse é o egoísmo que se tornou muito maior do que antes da entrada no nível egoísta chamado terra de Israel. Agora, nesse nível, a pessoa terá que trabalhar seriamente com ela mesma.

O mais importante para ela é perceber que todas as quedas, adversidades, problemas e agressões de todos os lugares são necessários para sua elevação espiritual. De repente, ela é culpada por algo, submetida a todos os tipos de reivindicações da sociedade circundante, derramando o seu desgosto, ódio e desrespeito. Tudo isto a machuca gravemente, dá golpes no seu “eu”.

Além disso, os problemas também vêm de sua família: esposa, filhos, amigos e parentes.

Portanto, o mais importante é entender que o Criador faz tudo isso por amor a nós; Ele nos envia adversidades, desejando nos atrair a Ele. E nós devemos aprender a “beijar a vara”.

Quando passa por cima da nossa carne, não podemos fazer nada. Porém, mais tarde a pessoa começa a pensar, a comparar um com o outro, a chegar lentamente à compreensão, e dá um pequeno passo a frente. Assim ela se move em pequenos passos. Toda vez a revelação do mal indica que há uma ascensão à frente.

Pergunta: Você pode justificar o que está acontecendo neste momento?

Resposta: De jeito nenhum! Está escrito: “Não há homem justo na terra que tenha feito o bem e não tenha cometido pecado primeiro”. O Criador preparou todos os pecados com antecedência e está apenas revelando-os a nós.

A partir dos sentimentos dentro das “transgressões”, você percebe que é todo o seu mundo e que você está nele, então não pode vê-los de fora. As pessoas podem falar lindamente sobre isso, mas quando entram nesses estados se tornam participantes totalmente completos e é impossível dizer qualquer coisa a elas.

Ao nos afundarmos nos chamados pecados, não podemos fazer nada, não temos nenhum livre arbítrio nisso.

O livre arbítrio está apenas na criação de tal ambiente, de tal atmosfera, que, apesar da queda, nos ajude com sua iluminação à distância para subir mais rápido e começar a ascensão espiritual.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 13/07/16

Educar Uma Pessoa

Pergunta: Por milhares de anos, os seres humanos têm domesticado muitos tipos de animais. Mas alguns dos mais cruéis e perigosos, nós nunca sequer tentamos domesticar.

Entre eles está o bípede vicioso que inapropriadamente apelidou-se de “homo sapiens”; extermina sua própria espécie em tão grande escala que não vemos em outros habitantes carnívoros e herbívoros do nosso planeta.

Domesticar um ser humano requer apenas uma coisa: não matar uns aos outros. Essa qualidade pode ser muito facilmente alcançada por meio de uma educação adequada. Então, por que a partir do dia em que nascemos, somos ensinados a matar nossa própria espécie em grandes quantidades através de filmes, jogos de computador, canções e histórias?

É porque estamos sendo preparados para a vida em um ambiente competitivo, que a qualquer momento pode transformar-se em guerra. Essa é a nossa cultura atual, que é chamada de capitalismo. E todo aquele que protege o capitalismo torna-se cúmplice de assassinato.

Resposta: O problema não está no capitalismo, socialismo ou comunismo, não está em qualquer um desses “ismos”, e em geral não está em qualquer sociedade. Em vez disso, a raiz do problema está na natureza humana que está em constante mudança, para pior. [Leia mais →]

Nova Vida # 788 – Os Cinco Sentidos

Nova Vida # 788 – Os Cinco Sentidos
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Yael Leshed-Harel

Resumo

Tudo na natureza é dividido em cinco, essa é a natureza da criação.

Principais tópicos do programa:

  • Cada um dos cinco sentidos – visão, audição, paladar, olfato e tato – é composto de cinco subsistemas.
  • Há pessoas cujo alcance dos sentidos é muito maior que o de outras.
  • O sentido do tato consiste em impressões do ambiente que não são absorvidas pelos outros quatro sentidos.
  • O sentido da visão possibilitou o desenvolvimento da leitura e da escrita, a transferência de informações.
  • A função dos sentidos é possibilitar que uma pessoa esteja em conexão com o ambiente e retrate dentro de si uma imagem interna da realidade.
  • Há muita informação que não é percebida através dos nossos sentidos. Não absorvemos a realidade completa, apenas parte dela.
  • Para desenvolver a capacidade de absorver, devemos estudar a sabedoria da Cabalá.
  • As plantas sentem se uma pessoa próxima a elas é boa ou má.
  • O desejo de receber prazer e satisfação, o desejo de prazer, que é a substância da criação, desenvolveu os sentidos para servi-lo.
  • Um desejo é uma falta. Se falta algo, um desejo por isso se desenvolve dentro de mim.
  • As pessoas, como os animais, têm cinco sentidos porque são uma parte do mundo animal, e as plantas estão em um nível mais baixo de desenvolvimento.
  • Além dos desejos corpóreos do nível animal – alimentação, sexo e família – os seres humanos têm desejo por riqueza, respeito e conhecimento.
  • O grau de sensibilidade dos nossos sentidos depende de nossas necessidades. Os animais sentem mais do que nós porque têm que caçar para comer.
  • Nós estamos prestes a adquirir um sentido adicional que é fundamentalmente diferente do resto dos sentidos. É chamado de “sentido de doação”, amor, cujo significado é sair de si mesmo.
  • O desejo de receber será substituído pelo desejo de doar, dar, amar, que irá desenvolver cinco novos sentidos em nós.

De KabTV “Nova Vida # 788 – Os Cinco Sentidos”, 08/11/16