Como Nos Voltamos Ao Criador?

Laitman_931-01Pergunta: Eu valorizo ​​o que está escrito nas fontes e no livro de orações porque você disse que eles foram escritos pelos Cabalistas, membros do Grande Knesset, mas eu imagino o que é dito lá na forma mais corpórea. Como eu devo me voltar ao Criador? Devo orar a Ele se não senti-Lo?

Resposta: Nós não sentimos o Criador, de modo que, sem termos escolha, O imaginamos em diferentes imagens corporais. Se quisermos alcançá-Lo ou pelo menos imaginar a quem nos voltamos corretamente para que possamos realmente nos voltar a Ele, temos que compreender quem Ele é, ou seja, atingir gradualmente Seus atributos.

A necessidade de um homem de revelar o Criador vem deste mundo, a partir do qual nós gradualmente começamos a descrevê-lo corretamente na medida em que podemos adquirir o atributo de doação, ou seja, na medida em que começamos a nos assemelhar ao Criador de acordo com a regra “do amor da criatura começa o amor do Criador”.

Se fizermos isso de outra maneira, não vamos nos voltar ao Criador, mas a Sua oposição, ao nosso ego, ao Faraó. Quando nos voltamos a ele pedimos por satisfações corporais, não para adquirir o atributo de amor e doação. Essa é a razão do Baal HaSulam dizer que primeiro temos que imaginar o Criador e, em seguida, orar a Ele.

Só se os nossos esforços são destinados à conexão com amigos, que estimula e evoca a influência da Luz Circundante (Ohr Makif), a Luz da Torá que reforma, à fonte, ao atributo de amor e doação, é que a imagem do Criador se revela na pessoa. Ela é revelada como a única força superior semelhante à maneira como a imagem dos pais é formada em uma criança pequena como algo que é pleno, seguro, protetor, a fonte de si mesma e do mundo inteiro.

Uma pessoa que começa a estudar a sabedoria da Cabalá se afasta do ponto de vista religioso do Criador se essa for a forma como ela foi criada, e parece deixar o caminho religioso. Após a correção do primeiro nível do ego, corrigindo-se em um grupo de amigos que tentam se aproximar uns dos outros, cumprindo as instruções dos Cabalistas na conexão entre os amigos do grupo, atraindo a Luz que Corrige, a Luz Circundante (Ohr Makif), pelas tentativas de se aproximar dos amigos, ela se aproxima de cumprir a regra principal na Torá, “ama teu amigo como a ti mesmo”. É somente sob a influência da Luz Circundante (Ohr Makif), que salva e corrige a pessoa, que um estudante começa a sentir a presença do Criador no mundo. Assim, os nossos patriarcas ​​avançaram em sua realização do Criador na medida em que se assemelharam a Ele.

Depois veio o período dos filhos, quando o sentimento do Criador através da união no grupo tornou-se mais real. Um desejo de se voltar a Ele aparece e é sentido como a fonte da vida e de todos os atributos e ações de uma pessoa. A pessoa se torna totalmente focada na conexão com o Criador porque sente que o Criador gere todos os seus pensamentos, desejos e ações.

Assim, a única coisa que resta a pessoa fazer é pedir ao Criador pela capacidade de fazer a escolha certa em seus pensamentos, desejos e ações, porque é como se ela quisesse ultrapassar o Criador em sua ânsia em se assemelhar a Ele. O período da correção da natureza de uma pessoa é chamado de período dos filhos e é dito, “Meus filhos Me derrotaram”, o que significa que os filhos derrotaram o Criador em seu anseio de se assemelhar a Ele.