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O Amor É O Paraíso

Dr. Michael LaitmanPergunta: Muitos dos meus amigos se sentem infelizes porque não conseguem encontrar um parceiro adequado. O que a pessoa deve fazer para encontrar o amor verdadeiro?

Resposta: Em primeiro lugar, você precisa parar de esperar algumas qualidades extraordinárias dos outros e encontrar uma pessoa que entenda como uma relação de amor deve ser construída.

O amor é baseado apenas em concessões e no fato de que cada um cede ao seu parceiro e desfruta ter a oportunidade de fazer isso.

Eu não exijo do meu parceiro especial atenção e cuidado; pelo contrário, todo o meu prazer está no fato de que eu estou me anulando por sua causa.

Pergunta: Que prazer há em ceder a alguém?

Resposta: Isso é chamado de amor. Quando você dá algo a seu filho, você não recebe grande prazer? O mesmo pode acontecer em relação ao seu cônjuge. Você só sente que o filho está mais perto de você numa maneira animal, natural, uma vez que você o sente como parte de si mesmo.

Sua esposa é também um pouco sua, mas, no entanto, ela existe separadamente, está ao seu lado, e tem uma opinião independente. Mas, através da correção do amor, essa distância é apagada, que é a diferença entre meus desejos e seus desejos.

Atualmente, eu sinto apenas o meu próprio desejo e quase nenhum desejo do meu parceiro. Meu desejo é mais importante para mim do que o dele. Mas, é dito, “Torne o seu desejo como o Dele, para que Ele torne Seu desejo como o seu”. Esta é a condição do amor.

Nossos desejos precisam se unir em um só. Isto é chamado de adesão. “Marido e mulher, e a Shechina (Divindade) entre eles”, como se nós fôssemos um só corpo. É muito simples, só falta uma educação adequada.

Para ser capaz de amar, a pessoa precisa ser criada, educado e preparada em cursos especiais. Há uma falta de uma educação desse tipo para toda a humanidade. Até que aprendamos como alcançar tais relações, vamos continuar insatisfeitos.

Pergunta: Todo mundo está buscando o amor, mas como você convence as pessoas a frequentar os cursos? Duvido que elas vão gostar desta condição de se sacrificarem.

Resposta: Isso é porque nós estamos nos enganando. Nós pensamos que estamos vencendo, sempre insistindo em tomar uma posição. Mas quem se beneficia com esse engano? Nós queremos amar e satisfazer apenas a nós mesmos, usando nossos entes queridos, nossas famílias. Em última análise, isso não nos traz nem prazer ou amor.

Nós precisamos ensinar uma pessoa como satisfazer-se de forma correta, que é perfeita e eterna. Esta realização só é possível amando-se outro, uma vez que a pessoa sempre pode dar aos outros e satisfazê-los sem parar, continuamente obtendo prazer disso.

É um ciclo contínuo que sempre volta para mim, e desta maneira, eu alcanço um sentimento de amor eterno e absoluto, e até mais: a vida eterna.

Desde então, eu não estou consumindo a mim mesmo e o meu ambiente, mas, pelo contrário, trago à vida todos a minha volta com meu amor. Assim, eu alcanço o sentimento de ascensão sem fim a uma dimensão mais elevada, ao Jardim do Éden, à vida eterna. O amor é o paraíso.

Portanto, não há necessidade de procurar o amor em algum lugar, você simplesmente precisa construí-lo.

De KabTV “Uma Nova Vida” 30/07/15

Acordo Nuclear Do Irã? Não É Problema Nosso

Minha coluna semanal aparece no Ynet, site israelense de notícias e conteúdo geral. Aqui está um dos meus artigos publicados recentemente, “Acordo Nuclear do Irã? Não É Problema Nosso”.

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Você pensou que a questão nuclear iraniana é o nosso principal problema? Pense de novo. O problema nuclear está, na verdade, aqui. É nas relações obscuras entre nós e não nas relações de Israel e o mundo. “Nossa nação é fundada sobre a unidade e o amor fraternal”, diz o Rav Dr. Michael Laitman, que encontra uma ligação profunda entre a situação atual e o tempo antes da destruição do Templo.

Não temos tempo para jogos do ego. O mundo está dirigindo suas flechas de boicote para a muralha da fortaleza de Israel, colocando-nos num campo de prova. Poucos países vão derramar lágrimas depois de apertar o botão vermelho, e não há nenhuma liderança israelense que possa inclinar a balança a nosso favor por si só.

Em vez de liderar a unidade nacional, e não o governo, os nossos políticos concentram toda a sua energia brigando como crianças numa caixa de areia, sem saber da ameaça existencial que paira sobre nossas cabeças.

Bibi e Buji sugerem a criação de um governo de unidade nacional e, ao mesmo tempo, espalham calúnia mútua, e os políticos dançam sobre o aumento do custo de vida e, na retaguarda, se eleva uma cortina de fumaça. A única coisa que resta para o cidadão comum é fechar os olhos com força e tentar escapar dos pensamentos das consequências fatais do acordo nuclear iraniano.

No entanto, os fatos falam por si mesmos. O problema nuclear está, na verdade, aqui, nas relações obscuras entre nós e não nas relações entre Israel e os árabes, os iranianos ou os norte-americanos. Estes são todos apenas sintomas do choro central. Nossa nação está fundada na unidade e no amor fraterno.

No momento em que nos desviamos desse caminho, as forças negativas do mundo surgem imediatamente, forçando-nos a se esconder em abrigos e a lembrar que somos uma só nação. Isso é exatamente o que aconteceu durante a operação militar, “Rocha Sólida” [Operação de Proteção de Fronteira] e aquelas que a precederam. No entanto, no momento em que a ameaça se foi, voltamos a ser teimosos, recusando-se a preparar o remédio para o próximo golpe – agir de bom grado juntos e não sendo forçados pelos iranianos, o Hamas ou outros.

O ódio é uma força poderosa que leva à separação e destruição.

Hoje é o dia nove de Av, e nós estamos acostumados à atribuir conotações religiosas e históricas a esse dia, esquecendo que ele se refere a nós, à sociedade israelense que foi fundada no espírito de união, assim como no tempo da destruição do Segundo Templo, quando Israel foi dividido em dois campos acusando-se mutuamente e lutando entre si, queimando inclusive intencionalmente os estoques de alimentos de Jerusalém e causando fome na cidade durante o cerco. É o mesmo hoje; o mal vem de nós.

Nós vivemos o momento, mas em negação contínua do nosso estado de deterioração que nos leva à destruição.

Os primeiros a cravarem facas de crítica em Israel diante de todo o mundo são os judeus, e, infelizmente, mesmo aqui em casa, nós cortamos a carne um do outro na rua, no Facebook, e na fila das clínicas de saúde, assim como o Imperador Romano César que esperou o momento certo para atacar Israel.

As lágrimas sociais enchem nossa vida diária com o mal até o nível do indivíduo, e o ódio infundado ainda nos domina. O prazer de ferir os outros nos motiva para melhor ou para pior.

Nós não aprendemos que os sentimentos negativos e as relações hostis entre nós são, na verdade, o que afeta e formata a nossa realidade. Quanto mais forte é a força, mais escondida ela é. O ódio é uma força poderosa que leva à divisão e destruição. Nosso ódio esmaga o mundo.

Nenhum movimento político levará a uma solução. Nenhuma cobertura externa de um governo de unidade nacional será capaz de curar as aflições humanas que causamos um ao outro. Nós precisamos liderar um movimento transnacional desde setores interpessoais até setores múltiplos que colocarão um fim à divisão entre nós em todos os aspectos da vida e refletirão positivamente sobre a nossa segurança nacional e a situação política. Agora, assim como no passado, é somente através da melhoria das relações entre nós que seremos capazes de reconstruir a sociedade israelense de suas ruínas.

Do artigo no portal Ynet (em hebraico).

A “Multidão Mista” E O Maná Do Céu

Laitman_632_4A Torá, “Números”, 11:1-6: Aconteceu que o povo começou a queixar-se das suas dificuldades aos ouvidos do Senhor. Quando Ele os ouviu, a sua ira acendeu-se e fogo da parte do Senhor queimou entre eles e consumiu algumas extremidades do acampamento. Então o povo clamou a Moisés, este orou ao Senhor, e o fogo extinguiu-se. Por isso aquele lugar foi chamado Taberá, porque o fogo da parte do Senhor queimou entre eles.

Uma multidão de estrangeiros que havia no meio deles encheu-se de gula, e até os próprios israelitas tornaram a queixar-se, e diziam: “Ah, se tivéssemos carne para comer! Nós nos lembramos dos peixes que comíamos de graça no Egito, e também dos pepinos, das melancias, dos alhos porós, das cebolas e dos alhos. Mas agora perdemos o apetite; nunca vemos nada, a não ser este maná!”

Por que razão o povo começou a se queixar? Afinal, eles não tinham presunções antes disso.

Foi porque havia uma “multidão mista” (ou “misturada”) entre eles. Isso significa que todos os desejos das pessoas ainda não tinham sido purificados do egoísmo, uma vez que havia desejos como estes entre eles que são chamados de multidão mista. Eles estavam com medo do Criador, mas trabalhavam para si mesmos, para o seu Faraó.

Imagine uma pessoa que tem medo do Criador e realiza tudo o que é dito nos livros sagrados, nos livros de oração, e no Shulchan Aruch. Para que? “Eu estou realizando tudo o que você me disse para fazer, então você deve realizar o que você me prometeu!” Isso é chamado de multidão mista.

A pessoa aparentemente está vivendo perto do Criador, e, supostamente, está provendo a si mesma um paraíso futuro. Ela poderia até mesmo morrer, sabendo que o nirvana (descanso completo) está esperando por ela. Há casos conhecidos quando pararam terroristas no último minuto, e eles gritaram que queriam morrer. Isso é porque eles já estavam prontos para entrar no paraíso, no minuto seguinte.

A multidão mista tenta o povo – ou seja, desejos que existem em cada pessoa – e eles começam a reclamar. Eles não obtêm o que precisam. Todo o movimento no deserto é um movimento dentro do nada. A pessoa não obtém nada. Ela deve se mover para a frente, e isso é tudo. Eles só lhe dão um pequeno sinal, uma pequena nuvem imaginária de que ela está indo em direção a algo.

Quando ela será capaz de sentir mais claramente a presença do Criador? Quando ela violar alguma coisa e sofrer um golpe, “Oh! Agora eu estou convencida de que isso é proibido”. Então, segue-se que é preciso fazer alguma coisa. Estes desejos egoístas dizem: “Nós não queremos ser satisfeitos com um pedido ao Criador”.

Pois qual era a intenção de MAN no deserto? É precisamente graças a minha presença no deserto e não ter nada. De um estado de completo desespero, eu posso encontrar o único caminho, o caminho para o Criador. Eu não tenho mais ninguém a quem me voltar, e quando me volto a Ele, isso é chamado de MAN.

Isto significa que MAN é a elevação da minha oração, o meu pedido especificamente ao Criador e só no deserto! Só quando estou completamente vazio e não tenho nada – nem em prol do corpo, nem em prol do que está por vir, e nem mesmo em prol do mundo vindouro – eu posso me voltar a Ele e sou preenchido por isso. Esse voltar-se ao Criador me preenche.

Na verdade, eu não obtenho nada além de uma conexão unilateral com o Criador. Se eu atuo assim, o maná vem até mim do céu. Eu sou alimentado com ele, e começo a preencher a minha alma.

No entanto, ela é preenchida apenas quando eu me dirijo ao Criador! Portanto, isso não se refere a MAD, à satisfação de cima (a resposta do Criador), mas, especificamente, ao voltar-se de forma unilateral, imaginária, sem uma resposta que não se baseie em nada pelo Criador, de um estado de desespero.

Se eu não quero nenhum favor e prazer do mundo, se não quero outra coisa senão um deserto que me possibilite me voltar a Ele unilateralmente (quando, em geral, eu não sei se estou me voltando ou não), isso é o suficiente para mim. Isso preenche a minha alma. Se eu posso avançar desta maneira, eu entro no deserto e passo por ele.

É dito que havia todos os tipos de gostos do maná. Portanto, tudo o que eu sinto no maná depende do quanto posso juntar meus desejos egoístas ao meu relacionamento com o Criador. Assim, de acordo com isso, eu vou sentir que estou cheio de todos os tipos de coisas.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 11/02/15

Tire Seus Óculos E O Mundo Torna-se Diferente

Comentário: Em uma de suas palestras você disse. “Eu tiro meus óculos e o mundo torna-se diferente” Para alguns, esta expressão poderia parecer blasfêmia.

Resposta: O que esta expressão está dizendo é que percebemos o mundo por meio dos nossos sentidos. Certamente sem óculos eu vejo uma coisa, quando eu os coloco, vejo tudo diferente.

Este mundo é sentido dentro de nós, e de acordo com como eu me defino, como um instrumento musical, eu o percebo, classifico, e avalio. E isso determina a minha atitude para com ele. Então eu olho para o mundo através de meus óculos pessoais, e se eles são mudados para mim, isso significa que minha orientação interna é alterada, assim eu vejo outro mundo.

A sabedoria da Cabalá orienta a pessoa em direção a uma percepção de toda a natureza em que nós existimos, não só por este breve momento, mas além dele. Revela-nos todo o processo através do qual estamos passando, não só dentro de um corpo físico, mas também em outras emanações.

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A partir de uma entrevista no RTN, New York, 21/7/15

Material Relacionado:

A Humanidade Está Tornando-se Menos E Menos Inteligente

No jornal News (news.bcm.ru): “Em um estudo que foi feito recentemente, parece que há um limite para o desenvolvimento da inteligência e compreensão em uma pessoa, o que diminui gradualmente, de modo que a humanidade está tornando-se mais e mais estúpida. Isso reflete-se em um declínio na medição de QI no mundo, de ano para ano.

O estudo detalhou as razões para isso:

1. O nível intelectual de uma pessoa é limitado por algum tipo de barreira genética, a humanidade já atingiu-o e agora está em retirada.

2. Pessoas inteligentes são menos ativas em matéria de reprodução do que o estúpido.

3. As mulheres que receberam boa inteligência reproduzem menos do que as mulheres que não estão intelectualmente desenvolvidas, e desta forma os genes “inteligentes” estão gradualmente desaparecendo.

4. A lei da seleção natural parou de funcionar, as pessoas não precisam esforçar-se para sobreviver, o progresso retirou a humanidade da necessidade de adaptar o cérebro para obter alimento, roupas e abrigo de animais e inimigos.

5. Pessoas começaram a tirar férias com freqüência. Duas semanas de ócio à beira-mar em luxuosa ociosidade é capaz de diminuir o QI em 20 pontos, por causa da degeneração parcial das células cerebrais nos lobos frontais. Numerosos feriados pioram a situação, porque esses são férias adicionais”.

Meu comentário: O egoísmo como base e a força do nosso desenvolvimento atingiu o seu máximo “terreno”; parou de nos prover com resultados positivos. A razão para isso é que, segundo o plano da criação, precisamos começar a corrigi-lo, para construir o nosso próximo nível de desenvolvimento não dentro dele, mas acima, ou seja, em contraste com ele. Desta forma, vamos usá-lo apenas de forma negativa, para subir acima dele, com boas ações para os outros, e não para ele. E recebemos o poder de fazer isso a partir da Luz Superior, a Luz Circundante (OhrMakif).

A necessidade de tal desenvolvimento revelará para nós o nosso egoísmo; ele nos mostrará o sofrimento que ele traz, que nos forçará a subir acima dele. Trabalho acima do egoísmo é chamado espiritualidade, elevando acima dele é chamado de ir para o Mundo Superior; o método para a adaptação a este desenvolvimento é chamado a sabedoria da Cabalá. Isto é aonde nós chegamos!

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Material Relacionado:

O Extremismo De Direita Na Europa, Parte 7

Uma Direção Desastrosa Para A Europa

Pergunta: Enquanto isso, os conflitos europeus só se tornam mais nítidos. Como é possível mover o processo para o caminho certo, para a união?

Resposta: O problema é que, quando a aspiração por união é acompanhada de competitividade e ódio, isto leva ao chauvinismo.

Boas tendências para a consolidação de pessoas, ao ser misturadas com a rivalidade e a xenofobia, tornaram-se mais difíceis devido aos jogos políticos, produzindo o nazismo. E em linguagem moderna, este é o extremismo de direita, extremista união em prol da aniquilação de tudo o que “não é conosco”, “não é como nós.” Em vez de educar as pessoas e fornecer informações para elas, eles querem aniquilá-las.

E, sem dúvida, tudo está a avançar nesse sentido.

A fim de mudar a direção, devemos realizar Educação Integral na Europa. Devemos explicar às pessoas que a atual direção acabará por levá-las à III Guerra Mundial, que para este continente será um imenso desastre, pois quanto mais as nações são desenvolvidas, são mais “delicadas”, “frágeis”, e fracas. Por exemplo, a diferença do que resultaria ao desligar a eletricidade ou desligar o abastecimento de água, na África e na Europa, seria fantástica.

Hoje somos dependentes de uma multiplicidade de fatores que são mais essenciais às nossas vidas. Além disso, a fim de colocá-los no limiar da sobrevivência, não precisamos causar danos físicos a esses sistemas ou a outros, absolutamente; é suficiente perturbar o funcionamento dos computadores que os gerem. [Leia mais →]