O Segredo Essencial Dos Judeus, Parte 53

Do livro: O Segredo Essencial dos Judeus, M. Brushtein

Relacionamentos Animais

As plantas não têm liberdade individual. Portanto, as relações sociais das plantas são limitadas. Nós estendemos nosso estudo para a próxima fase natural de desenvolvimento: animal.

Os animais são organismos que compõem um dos reinos da natureza; em contraste com as plantas, eles consomem os compostos orgânicos prontos, são ativos, móveis. (Sbio. Informação, Projeto “Biologia)

Como se segue da definição, os animais são móveis e ativos. Isto não pode afetar o relacionamento entre os membros individuais e entre grupos inteiros do reino animal.

Vamos olhar para a unidade social principal dos animais selvagens: um bando, um rebanho ou um cardume.

Um bando, um rebanho, ou um cardume, são grupos estruturados, sistemáticos, de aves, mamíferos ou peixes, geralmente do mesmo tipo, que estão numa condição biológica semelhante, mantendo ativamente um contato mútuo e coordenando suas ações.

Um bando consiste de indivíduos que executam um número de funções importantes e vitais, sendo membros do bando por muito tempo em suas vidas.

Há uma opinião de que foi um bando (não manada) de humanos primitivos que serviu de base para a criação da sociedade humana. (Wikipédia)

Um bando – isto é sério. Por exemplo, as relações numa matilha de lobos em muitos aspectos são semelhantes às relações na sociedade humana e, por algumas medidas, inclusive as ultrapassa, em particular, em relação aos lobos-veteranos. Lobos tomam conta dos mais velhos e lhes dão o suficiente para comer. Para ser honesto, isso nem sempre é observado entre os humanos.

Ainda assim, qual é a principal diferença entre animais e plantas? No que eles têm de mais “avançado”? Novamente, a resposta é encontrada na Cabalá.

“Nós vemos que cada animal tem sua própria característica; eles não se limitam ao ambiente, mas cada um deles tem sua própria sensação e característica. …Pelo contrário, eles têm suas próprias vidas, e sua vitalidade não depende da vida dos seus amigos”. (Baal HaSulam, Shamati #115)

Qual é a diferença entre um animal e um ser humano?

“No entanto, eles não podem sentir mais do que seu próprio ser. Em outras palavras, eles não têm nenhuma sensação do outro. E naturalmente não podem cuidar do outro”. (Baal HaSulam, Shamati #115)

Esta definição requer alguma explicação. À primeira vista, parece que isso não está certo. Todos nós sabemos que os animais sentem o humor do seu mestre, seus estados e atitudes. Além disso, é sabido que os animais se preocupam com seus parentes, como no exemplo dos lobos. Há até mesmo casos de autossacrifício. Tudo isso é verdade, mas são instintos.

Um cão sente quando uma pessoa não se sente bem, mas o animal não entende o que é vergonha. Um cão não cora quando pega comida do chão, e não tem vergonha de andar sem roupas. O animal nunca vai se deitar sob a faca voluntariamente para perder a perna afetada pela gangrena. O animal não entende que hoje é possível dar a alguém um pedaço para amanhã tomar dois. É ainda mais impossível de imaginar que o animal entenda o que significa “a cada um segundo a sua capacidade, a cada um segundo suas necessidades,” etc.

Há uma ilustração perfeita de sentir o companheiro que é característica do ser humano e não é típica dos animais de forma alguma.

Tente alcançar qualquer transeunte na rua e continuar a mover-se ao lado dele. Depois de algum tempo, a seguinte coisa vai acontecer. O transeunte vai começar a olhar para os lados, olhar por cima do ombro, verificar os seus bolsos, vai ficar nervoso e preocupado. Mas você pode se aproximar de um estranho na praia, sentar ao lado no teatro e falar com ele em uma fila, ou em qualquer outro lugar. Um paradoxo.

A propósito, esta observação adequada não pertence ao autor. Esta observação é do satirista Mikhail Zhvanetsky.