Pergunta: A arquitetura de São Petersburgo me chocou. Cada edifício é uma obra-prima, e todos são construídos para encantar uma mulher. Se o desejo de uma mulher é tão forte e consegue forçar as pessoas a construir palácios, como podemos fazê-lo funcionar no sentido espiritual?

Resposta: O nivelamento, a igualdade de homens e mulheres, está ocorrendo hoje. Nós vemos isso nas relações sexuais, no trabalho, na nossa vida diária, em todos os lugares. Eu acho que, naturalmente, a mesma coisa acontece em nosso movimento espiritual.

Parece-me que essas propriedades que as mulheres adquiriram, digamos nos últimos 50 anos (apesar de ter começado há muito tempo), as aproximam dos homens, e, por sua vez, os homens invisíveis “flutuam” em direção às mulheres. Ou seja, suas naturezas estão se aproximando, tornando-se menos opostas.

As mulheres trabalham, estão envolvidos na política, participam de tudo no mesmo nível com os homens, e em muitos casos, mostram-se mais capazes, mais dotadas. Nós sabemos como as mulheres trabalham para nós, o quanto elas anseiam pela doação, pela realização espiritual. O desejo das mulheres por realização espiritual é muito maior do que o do homem.

Portanto, eu acho que não precisamos nos concentrar no problema das mulheres; ele não existe. Na maioria dos casos eu ouço alguma sensação inconsciente por trás das perguntas das mulheres: de que supostamente elas merecem muito mais.

Vocês não merecem mais. Eu estou falando sério. Vocês merecem tanto quanto os homens. Vocês não precisam se queixar de que “nós somos tão fracas, jogadas em algum lugar lá atrás”.

A mulher é um ser humano; a mulher é parte do grupo, parte da nossa sociedade, da mesma forma que no mundo moderno em geral. Assim, não há nenhum problema das mulheres. Trabalhem como os homens fazem, e vocês vão ter a mesma coisa. Nós não podemos viver um sem o outro. Nós trabalhamos juntos!

Sua tarefa é construir entre vocês e junto com os homens um todo: o grupo dos homens ou parte do grupo das mulheres. Nós estamos acima da nossa natureza na intenção de nos unir uns com os outros, porque todos nós temos a mesma raiz; é uma força para todos. Eu acho que todos são iguais no nosso grupo mundial.

Da Convenção em São Petersburgo 11/07/13, “Lição Preparatória”

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