Diferentes Sistemas, Um Modelo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Nós estamos disseminando a educação integral. Basicamente, esta é realmente a sabedoria da Cabalá que foi adaptada para o uso com as massas. Eu gostaria de saber a relação em porcentagem, quanto deve ser investido na disseminação interna e quanto na disseminação externa?

Resposta: Normalmente os cientistas investigam os diferentes efeitos e fenômenos da natureza, colocam tudo em fórmulas e gráficos mostrando as dependências. Então, com base nisso, eles começam a examinar os materiais apropriados, e após a experimentação eles traduzem tudo em processos tecnológicos práticos necessários para a vida.

Antes do desenvolvimento tecnológico atingir as prateleiras das lojas ele passa por um longo processo. No início, os cientistas estão envolvidos com fórmulas, gráficos, física, cálculos matemáticos e aparelhos. Então você verá os dispositivos embalados em caixas nas lojas. Toda dona de casa pode comprar, digamos, um forno de microondas, colocá-lo na cozinha, ligá-lo, e aquecer pãezinhos.

Você pode imaginar o caminho do desenvolvimento desde o estudo sobre as microondas e seu impacto em vários objetos, etc., até a dona de casa aquecendo uma torta para sua família! Embora ela não esteja familiarizada com o princípio de como o dispositivo funciona, isto não lhe interessa. Ela só sabe que é necessário definir uma temperatura particular, num determinado momento, e então ela vai ter uma torta quente. Isto também é física e da sua utilização.

É assim com a sabedoria da Cabalá. Ela explica a estrutura do mundo, as forças que nos influenciam. Mas de acordo com o nível da pessoa, ela poderia aprendê-la como física avançada, ou seja, a natureza interna das coisas, ou como uma aplicação prática em si mesma.

Nós investigamos a sabedoria da Cabalá em sua forma pura, com a ajuda de gráficos, fórmulas e um grande volume de textos complexos. Vocês mesmos sabem quantos anos ela pode ser estudado, mas não ser totalmente explorada. Porém, na prática, ela só explica a interação entre duas forças, positiva e negativa, como elas estão correlacionadas e integradas na ligação entre elas, o ambiente resultante que é formado entre elas, de que modo nós podemos mudar isso para que seja confortável e benéfico para a pessoa, para que estas forças possam ser utilizadas de forma mais eficaz. Mas o problema é que, a fim de utilizar essas forças corretamente, a pessoa deve ser corrigida.

Aparentemente, nós não usamos a cooperação entre estas duas forças (positiva e  negativa) no nível de nossas características internas, mas no nível egoísta. Nós tentamos escravizar não só toda a natureza, mas a família, a nação, toda a humanidade e toda a terra, e fazemos delas o que pode vir à mente.

E isso só se torna possível para nós até certo ponto, mas não mais, porque a natureza não o permite. Ou seja, nós não podemos manejar as duas forças no nível seguinte. Este nível nos é revelado apenas na medida em que a nossa forma se torna semelhante a essas duas forças. Somente se a pessoa começa a mudar sua natureza é que ela pode usar essas forças e manejá-las.

O nosso mundo é um espaço em que vivemos com a nossa natureza egoísta, porque é assim que nascemos e desenvolvemos, e nesse âmbito, nós podemos usar a força positiva e negativa num intervalo permitido.

Os níveis seguintes são 125 níveis de oposição entre essas duas forças. Estes não são apenas os níveis de força ou habilidade, mas são novos níveis qualitativos, a partir dos quais, devido à conexão entre eles, formas completamente novas de vida são criadas. Nós não estamos preparados para penetrar nisso, uma vez que só é possível compreender esses níveis acima de nós na medida em que nos tornamos equivalentes a eles.

Atualmente, toda a humanidade entrou na mais recente crise porque ela já evoluiu para um nível no qual ela deve mudar e subir do nível mais baixo para o próximo nível. Nós estamos começando a sentir isso agora.

A transição para a próxima fase envolve uma mudança em nossa natureza, de egoísta para altruísta. E aqui um problema é despertado. Nós estamos aprendendo a mudar nossa natureza baseado no fato de que nós mesmos somos atraídos para isso. Mas a maioria das pessoas não é atraída para nada. Portanto, a natureza e a crise vão obrigá-las a se envolver com isso.

Elas não se ocuparão nisso como nós nos ocupamos. Nós aprendemos o método em si, a estrutura, a cooperação entre as duas forças, o campo de energia entre elas, as Luzes, a mistura entre as forças. Tudo isso pode ser traduzido para a linguagem da pura física ou a linguagem da emoção, porque tudo passa pela pessoa ou em outras formas de expressão. Nós estamos familiarizados com isso a partir de nossas fontes.

E o homem comum, que não é puxado para frente, como nós, deve, no entanto, subir para o próximo nível, pois a vida vai empurrá-lo por meio do sofrimento; ele não vai ter que fazer isso. Ele é como a dona de casa que usa o microondas. Nós só precisamos mostrar a ele, ensiná-lo o que pressionar, e tudo vai ficar bem.

E é preciso pensar nisso. Por isso, cabe a nós reescrever este método na sua forma mais simples e acessível, pois o nosso futuro físico e espiritual depende disso. Isto é, se quisermos chegar à descoberta do próximo nível, do próximo estágio, mesmo da próxima dimensão (embora isso soe místico, nós não somos místicos), então cabe a nós adaptar o método para nós mesmos e reescrevê-lo de uma forma simples para os outros.

Se tomarmos um livro sobre as leis de Newton no nível universitário, nós vemos que estas fórmulas são bastante complicadas, mas na escola as aprendemos como fórmulas curtas e resumidas: massa, velocidade, aceleração, queda livre, e assim por diante. Exatamente assim nós devemos reescrever todas as nossas leis complexas, as relações integrais em sua forma mais simples. Este é um problema muito sério e devemos cuidar dele.

Nós aprendemos sobre a relação entre as duas forças de acordo com as relações entre um homem e uma mulher numa família, ou os pais com os filhos, ou outras relações no nível físico ou na conexão entre dois sistemas: positivo e negativo na forma de Abba ve Ima ou ZON, ou Arik Anpin e Atik. Apesar da mudança de nomes, o princípio permanece o mesmo, uma ligação entre positivo e negativo. Dependendo da intensidade da relação entre eles, a altura do sistema que eles geram é estabelecida.

Através das conversas sobre a “Nova Vida” ou as discussões de outros assuntos, o meu interior não muda em nada, pois para mim é o mesmo diagrama. É exatamente assim como ocorre no momento da lição matinal, durante as três horas que saltam de um assunto para outro. No entanto, eu não me esgoto; eu poderia ensinar mais dez horas. Você pode ficar cansado, mas eu não, porque para mim não existe um modelo.

Da Convenção em Krasnoyarsk 13/06/13, Lição 3