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Uma Escada Ascendente Preta E Branca

Dr. Michael LaitmanE aqui está a escada de pé no chão e sua cabeça esticada para o Céu, e aqui estão os anjos do Senhor subindo e descendo” (O Sonho de Jacob, Capítulo “VaYetze“).

Rabash: “Anjos”, que sobem e descem a escada são as pessoas que dizem que foram enviadas a este mundo para realizar correções, e é por isso que elas são chamadas de anjos. Se elas veem que estão n um estado de descida, escuridão, elas devem “descer”. Mas antes, elas estavam numa subida, caso contrário é impossível sentir que a pessoa está num estado de descida… Portanto, somente quando você aspirar a fazer o bem, você vai ver o quanto de mal há em você.

Isso está principalmente relacionado com o trabalho no grupo. Quanto mais a pessoa tenta fazer o bem nele, mais rápido ela descobre que não é capaz disso e que não tem chance de avançar. Para descobrir a verdadeira escuridão, nós temos que subir primeiro. É como se diz: “A vantagem da Luz provém da escuridão”.

Primeiro você precisa se levantar, para receber os novos atributos e discernimentos, e para estar mais perto da doação, para depois ver o que está acontecendo em você. Então, você vai ver sempre uma maior escuridão dentro de si.

Claro, a escuridão não foi criada agora, você simplesmente não a percebia antes. Elevando-se sobre ela e sendo capaz de comparar diferentes atributos e valores, você pode ver agora que estava no escuro, em seus desejos egoístas.

É por isso que devemos aspirar apenas ao bem e o mal será revelado por si só. Há pessoas que estão procurando o mal, cavando e se afogando nele. No entanto, o verdadeiro mal só é revelado ao se ascender e experimentar a alegria, por entender como é bom que o mal tenha sido revelado. Mesmo quando uma pessoa revela o mal, ela está feliz. É um sinal de que o mal é proposital, que é revelado ao longo do caminho, e que a subida é constante.

Mas se a pessoa cai e se desespera, se ela se tortura, é sinal de que ainda não está no caminho certo. A pessoa também deve avançar pela linha da esquerda, e não só pela da direita: ao andar sobre duas pernas, para frente. Mas, ela não deve se afundar na linha esquerda, numa descida.

Se a pessoa recebe o apoio do ambiente e dos livros, se ela ouve o professor, aprende e entende que só deve pensar no avanço positivo que está esperando por ela à frente, e não pensar em nada ruim, somente na grandeza do Criador, então ela economiza tempo e avança constantemente.

No caminho para cima há momentos escuros e brilhantes. Especificamente onde tudo parecia totalmente brilhante, ela agora descobre a escuridão, cada vez mais. Isso significa que ela descobre a linha de esquerda numa subida.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 11/04/12

Não Fuja Da Sociedade

Don't Run Away From SocietyO Zohar, Capítulo “BeShalach (Quando o Faraó Deixou o Povo Ir)”, Item 11: E ela disse: “Eu habito em meu povo”. O que significa isso? Quando o julgamento paira sobre o mundo, a pessoa não deve se separar do público, não deve ser distinguida de Cima e ela não deve ser conhecida separaradamente.

Porque quando o julgamento paira sobre o mundo, aqueles que são conhecidos e registrados separadamente, embora sejam justos, são capturados em primeiro lugar. Assim, a pessoa nunca deve se desprender do povo. Porque a misericórdia do Criador está sempre com todas as pessoas juntas. Por causa disso, ela disse, “eu habito no meu povo e não quero me separar deles, como eu fiz até hoje”.

Isso se relaciona tanto à percepção externa corporal como à percepção interna espiritual. Vamos começar com a última.

Uma alma unificada foi dividida em muitas partes. “Em meu povo” significa no compartilhamento que foi criado a partir da combinação das partes desconexas, que se corrigem através da conexão mútua. Eles superam seu ego individual que os repele e formam “o Criador do povo”. Afinal, essas partes compartilham a intenção de doar e por isso se assemelham ao Criador. É por isso que são chamadas de “meu povo”. Trata-se de uma coleção de vasos quebrados individuais, que se reúnem com a intenção de doar, que o Criador também tem.

Estas peças conectam-se com uma intenção mútua a fim de doar, a fim de se tornar o apoio, o vaso para a revelação do Criador, como o atributo geral de doação. Obviamente, o fenômeno chamado “Criador” (Bo-Reh), que significa “venha e veja”, é revelado nesta reunião. Esta é a fórmula para a revelação do Criador nos vasos corrigidos: “Eu habito em meu povo”.

No plano corporal, isso significa que as grandes massas de pessoas estão sob a Providência geral, que as põe em movimento.

Mais tarde, O Zohar fala do julgamento que “depende do mundo”. “O mundo” significa ocultação, uma conexão egoísta, onde o ego coletivo geral é revelado. E “a pessoa não deve se retirar do coletivo”. Nós podemos perguntar por quê? Se o atributo do ego, o “julgamento”, é revelado nas pessoas, por que eu não deveria escapar dele?

A questão é que olhando pelo prisma espiritual, eu vejo um quadro totalmente diferente. Eu vejo todos os meus desejos, que retratam o “mundo externo” e imaginário para mim. Se eu descubro o atributo do julgamento neles, eu tenho que corrigi-los pelo atributo de doação e levar essa regra para o atributo de doação. Esta é a missão de Israel: em vez de fugir do coletivo, eu deveria estar dentro dele tentando corrigi-lo.

O Zohar continua, “quando o julgamento paira sobre o mundo, aqueles que são conhecidos e registrados separadamente, embora sejam justos, são capturados em primeiro lugar”. Por quê? Porque se determinado atributo de uma pessoa se destina à doação, ele é “capturado primeiro” e começa a operar de forma a receber à medida que a fonte de Luz se encontra especificamente nele.

É o mesmo em nosso mundo, como o Baal HaSulam diz no final da “Introdução ao Livro do Zohar” que o “julgamento” atinge o melhor de nós. Portanto, as pessoas que alcançam as alturas da realização vivem em aflição.

“A misericórdia do Criador está sempre com todas as pessoas” porque este é o lugar onde a correção é realizada. Então, se quisermos ser corrigidos e avançar, não podemos nos desligar do público. Devemos fazer todo o possível para estar nele, senti-lo tanto quanto possível, embora isso não seja agradável, e nos preocupar com as pessoas, introduzindo conhecimento, sensação, e tudo que for o possível para elas só para ter certeza que elas avançam. Elas são o verdadeiro objetivo do Criador e Ele se revela apenas na nossa conexão com elas, como a centelha no desejo de receber.

Por isso, se diz, “eu habito no meu povo e não quero ser separado deles, como eu estava até hoje”.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 11/04/12, “O Papel de Israel e do Mundo”

É Hora Da Ação Espiritual!

Dr. Michael LaitmanPor milhares de anos, o nosso desenvolvimento continua nos níveis inanimado, vegetal e animal, que não são simples, uma vez que se baseiam na quebra da primeira entidade espiritual (Homem), isto é, as almas divididas. Desde o momento em que foi fragmentado, cada elemento quebrado inclui todos os outros nele. Cada partícula adquiriu a chance de viver: receber e dar, consumir e liberar.

Todas as formas de existência surgiram de duas forças: recepção e doação. O desejo por prazer em sua forma pura não pode subsistir por conta própria. Ele precisa de alguma força que atue contra ele, isto é, ele requer o desejo de doar.

É assim que a matéria (desejo) se desenvolve até atingir o nível humano (falante), que, por seu turno, também começa a progredir. O avanço do nível humano precisa de “tratamento” especial, exigindo uma maior intensidade de poder espiritual. É por isso que um grupo específico de pessoas chamado “Israel” se espalhou; a tradução direta da palavra “Israel” é “Yashar-El“, “direto ao Criador”.

Depois de sair da Babilônia, esse grupo de pessoas desceu para o Egito a fim de absorver poderosos desejos adicionais enquanto ainda estava num estado de aspiração imensa; este foi chamado de “exílio Egípcio”. Depois de receber uma parcela adicional do desejo de receber, a este grupo foi concedida a oportunidade de trabalhar com ele, a fim de transformá-lo no desejo de doar.

Naquela época, as nações do mundo costumavam estar num nível médio, do qual este grupo particular de pessoas caiu para o grau de “menos quatrocentos (400) anos”, que significa o “exílio Egípcio”. Ele caiu 400 degraus de acordo com o ciclo completo de desenvolvimento, quatro estágios descendentes da Luz Direta.

Enquanto esteve no Egito, o grupo adquiriu um desejo adicional, e junto com o desejo adicional, ele saiu do Egito, recebeu a Torá e subiu para o nível do Primeiro Templo. No entanto, este foi destruído e caiu. O Segundo Templo foi construído, mas foi novamente destruído. Como resultado, o grupo desceu para a profundidade do ultimo (atual) exílio onde todos nós estamos neste momento.

O grau da queda que aconteceu durante a escravidão Egípcia é igual ao nível quando os Templos existiam. Tudo acima aconteceu para nos fazer cair de nossa altura anterior e chegar à quebra final (exílio), que continua até hoje. A queda na qual estamos atualmente é tão profunda que nós simplesmente não podemos descer mais baixo. A partir daqui, nós podemos subir junto com as outras nações e completar nossa correção.

Cada ação espiritual provoca consequências materiais nesse mundo. Assim, somos obrigados a continuar trabalhando neste reino material durante todo o período do exílio. Exílio significa separação da espiritualidade e a incapacidade de produzir quaisquer ações espirituais. No entanto, como nós agimos de forma materialista e perseguimos desejos egoístas através de nossos corpos, ao invés de nossas almas, nós ainda cumprimos o trabalho preparatório que está associado com o período do exílio.

O último exílio está chegando ao fim e todos nós temos que mudar para a liberdade. A diferença entre o exílio (Galut) e a libertação (Geula) está apenas em uma letra “Aleph“, que representa a “revelação do Criador”. Isso significa que nós temos que chegar ao mundo superior para alcançar o estado no qual o Criador preenche todo o universo.

A realidade em que vivemos hoje vai permanecer intacta. Tudo que vamos fazer é adicionar a Luz superior, o poder de doação, às nossas sensações e pensamentos anteriores. Eles vão preencher todo o mundo no qual vamos descobrir a realidade superior, uma vez que obtivermos diferentes qualidades corrigidas.

Nesse ponto, vamos entender a essência do trabalho de preparação que fizemos anteriormente mediante o cumprimento de mandamentos materiais, uma vez que éramos incapazes de fazer qualquer outra coisa enquanto ainda estávamos no exílio. Assim, depois de conseguirmos voltar à terra física de Israel, a nossa tarefa hoje é subir para a terra espiritual (desejo) de Israel.

Diz-se: “Cada ação deixa uma marca”. Isso se aplica até mesmo às ações materiais, uma vez que construimos ações espirituais acima delas. As gerações anteriores deveriam realizar a obra neste mundo material, enquanto que o nosso dever é realizar atividades espirituais. É por isso que nos concentramos apenas no trabalho espiritual: as intenções e desejos humanos, a atitude de ocultação e revelação, e a propriedade de doação que estamos prestes a adquirir.

Da 2a parte da Lição Diária de Cabalá 30/03/12, O Zohar

Dissolver-Se No Grupo

Dr. Michael LaitmanTodos os nossos vários anos de estudo (temos pessoas que já estudam por 10-15 anos) são destinados apenas a fazer você alcançar o estado onde começa a trabalhar no grupo, à medida que você percebe que não há mais nada além dele. E tudo o que você fez ao longo de muitos anos foi destinado apenas para finalmente fazer você entender que a única coisa que pode mudá-lo e revelar-lhe que o que você quer está bem na sua frente, mesmo que este seja o último passo.

Normalmente, nós levamos muito tempo para chegar lá, para convencer a nós mesmos; de alguma forma, nós tentamos nos esquivar disso, tentando ir para algum outro lugar. Nós estudamos a Cabalá, fazemos qualquer coisa que precisamos fazer no que diz respeito à disseminação, tudo mesmo, só para evitar o trabalho no grupo.

E mesmo quando já entendemos que não há outra solução, ainda, no último momento, fugimos encontrando razões para não participar deste processo. Nós não nos permitimos fechar os olhos, joguar-nos dentro do grupo, como na água, e desaparecer completamente nele. Passa-se muito mais tempo, meses, algumas vezes anos, até que a pessoa finalmente entra no grupo.

Mas nós podemos encurtar este tempo com o nosso esforço conjunto, e vamos tentar fazê-lo.

O período de tempo que a pessoa estuda não importa, nem seu conhecimento, se ela é inteligente ou não, forte ou fraca, persistente, estável ou preguiçosa. Quando você entra no grupo e participa de sua força comum, você “desaparece” nele, se dissolve nas qualidades comuns de seus amigos, a tal ponto que adquire a integração de todas as suas habilidades, e todos elas se tornam suas.

Não precisa vir com desculpas, tais como eu ainda sou jovem, não estou pronto para isso, talvez depois de algum tempo, na próxima convenção. Agora! Não deve haver outro pensamento! Não há mais nada além deste lugar e desta ação que devemos tomar.

E a ação é muito simples: tente realizar a chamada Primeira Restrição (Tzimtzum Aleph), suba tanto quanto possível acima do seu egoísmo, sem levar em conta quaisquer das suas persuasões, razões, truques e peculiaridades. Nós devemos entender que isto aponta para as falhas em nossa aspiração, em nossa intenção.

Quando a minha intenção e aspiração não são fortes o suficiente, vou sentir que algo me distrai. E cada perturbação aponta para o que eu preciso adicionar a minha intenção de para dirigi-la de forma séria e torná-la forte o suficiente no seu tamanho e vetor. Em outras palavras, eu preciso ir direto ao objetivo e ter força suficiente para dirigir-me a ele.

É por isso que nós percebemos os distúrbios como um presente. Nós nunca nos ressentimos deles, nunca ficamos com raiva de nós mesmos; pelo contrário, cada vez que eles aparecem, nós subimos acima deles e nos esforçamos ainda mais, nos tornando mais próximos dos outros.

A principal coisa é ter paciência para com os nossos amigos, como somos pacientes com as crianças pequenas, com nosso filho favorito. Não há nada que possamos fazer sobre isso; isso também é o nosso egoísmo, que não nos permite nos conectar com os outros e nos mostra onde devemos nos aproximar e nos posicionar.

Da Convenção de Vilnius 23/03/12, Lição 2

Três Níveis Num Grupo

Dr. Michael LaitmanNós geralmente estamos em um dos três níveis em relação aos nossos amigos:

1. Quando o amigo e o grupo são maiores do que nós; em outras palavras, nós consideramos nossos amigos e o grupo superiores a nós, a fim de sentirmos a sua grandeza;
2. Quando os amigos e o grupo estão abaixo de nós;
3. Quando eles são iguais a nós.

Quando eu os considero como maiores do que eu, eu me coloco num estado em que sou capaz de aprender com eles, receber deles o que eles têm, como alguém pequeno que aprende com aqueles maiores do que ele. Eles são capazes de me influenciar. Eu recebo a sua energia, força e entusiasmo.

Se eu os percebo como sendo menores do que eu, então eu sou capaz de dar a eles como alguém que é grande dá ao pequeno.

De qualquer forma, eu tenho certo tipo de comunicação com eles, quando eu recebo a grandeza do seu objetivo, ou quando a inflamo neles introduzindo meu poder, meu investimento na grandeza da meta, na grandeza da união. Tudo isso é para atingir um estado de equivalência com eles. Então, seremos realmente amigos.

Quando eles estão acima de mim, eles são o meu professor. Quando eles estão abaixo de mim, eles são os alunos. Somente quando somos iguais é que somos amigos. É assim que sintonizamos nossos pensamentos em relação ao grupo. Eu sempre vejo: onde eu posso acrescentar, o que eu posso receber e onde eu posso me tornar completamente igual a eles.

A comparação deve ser sempre a meta. E o estado de estar abaixo ou acima deles é o estado quando eu me ajusto em relação a eles.

Da Convenção de Vilnius 23/03/12, Lição 2

Sintonizando O Grupo

Dr. Michael LaitmanEm relação aos nossos amigos, nós levamos em conta não as suas qualidades pessoais, mas sim algo que pertence ao nosso caminho espiritual. Eu não me preocupo com seus problemas cotidianos. Nós deixamos tudo de lado e esquecemos tudo o que existe ao nosso redor. Nós estamos interessados ​​apenas em uma coisa: sua aspiração para cima, seu ponto no coração, e eu estou lidando com isso! Este é o meu ponto de sintonia!

Não me importa que qualidades eles tenham. Eles podem ser impacientes, bons ou não tão bons: não importa! Todas são nossas qualidades animais terrenas. Todas permanecem no nível do nosso mundo. A coisa mais importante para mim é me unir com seu ponto no coração. Isto é o que eles aspiram, da mesma forma que eu.

O ajuste no grupo é uma ação muito especial e fina.

Da Convenção de Vilnius 23/03/12, Lição 2