Não Para Ser Sem Nome, Mas Para Ser Chamado Pelo Criador

De uma lição do Rabash: No mundo corpóreo, vemos que o embrião é o primeiro no ventre da mãe e depois ele sai para um outro lugar – o mundo. Mas no mundo espiritual não há lugar. Então, qual é o significado de “nascimento?”

A regra é: O que na espiritualidade é chamado de “perto” ou “longe” é uma questão de equivalência de forma. Se houver duas diferentes formas –  são dois lugares. Toda forma é chamada de “um lugar.”

Enquanto o embrião estava dentro da mãe ele não tinha nome. Nós não dizemos que ele está grávido, mas que a mãe está grávida, carregando o filho, porque ele não tem um nome ainda.

Um embrião é chamado de “a espessura do nível da raiz.” Ele não tem o desejo de receber por sí próprio ainda. Ele só se anula diante do Superior em todos os sentidos, e assim ele é considerado uma parte inseparável de sua mãe e ele come o que sua mãe come.

Mas quando a fase de gestação é longa e ele já tem toda a Luz de Nefesh (NRNHY de Nefesh)- o Alto lhe dá espessura que é chamada de “espessura da primeira fase.” Embora seja pequeno, o seu desejo de receber já tem sua própria entidade, o que significa que já existe uma diferença na forma. Eles não são mais o mesmo, e assim ele não anula-se perante o Superior. Isso é chamado de estar em dois lugares diferentes, ou “nascimento”.

O princípio espiritual mais importante é a equivalência de forma, e é a única coisa com a qual devemos nos preocupar. Todas as outras regras que descobrimos em diferentes ciências, na cultura, na educação, na psicologia, todas as regras da realidade são apenas resultados diferentes deste princípio grande: Equivalência ou a falta de equivalência de forma com o Criador.

Todos os movimentos no que diz respeito a ele simbolizam uma adaptação maior ou menor com Ele. Todas as alterações são feitas no ser criado. O Criador é sempre bom e benevolente, doação absoluta e amor. Nós, no entanto, passamos o tempo todo mudando em relação ao seu atributo, e tudo o que sentimos é apenas nossas mudanças com relação a este discernimento, embora não estejamos conscientes disso.

Até nos sentimos tão ruins que nós começamos a olhar para a resposta: Por que? E então descobrimos esta lei e começamos a trabalhar em nós mesmos, a fim de alcançar equivalência de forma.

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Da 3 ª parte da Lição Diária da Cabalá 17/2/12, Prefácio do Zohar

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