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Dar Uma Solução Ao Mundo

Dr. Michael LaitmanAo criar uma rede de interconexões, nós lideramos o mundo; nós estamos nos tornando o “centro de doação” do mundo. A humanidade está experimentando o sofrimento, mas é incapaz de revelar a razão por trás disso e é por isso que ela não sabe como se livrar dele. Isso já é visível e será sentido cada vez mais. É por isso que nós devemos explicar o mais rápido possível e dizer às pessoas sobre a razão por trás da crise, sobre a sua natureza, e como sair dela.

Sem isso não podemos dizer que estamos doando ao mundo. Nós precisamos participar das desgraças das pessoas com toda nossa força, sentir a sua dor e exigir mais do que a nossa. Este é o nosso principal objetivo. É para isso que nós existimos. É por isso que é necessário, no menor tempo possível, sair para o mundo com a explicação do que está acontecendo. O mundo não será capaz de discernir a solução por conta própria. Isso nos obriga a criar redes para a preparação dos educadores, a criar conteúdos, e assim por diante.

Este é o nosso trabalho. Graças a ele, nós vamos seguir em frente por nós mesmos, somente na disseminação e na preocupação com o próximo.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/02/12, “Perguntas e Respostas”

Trabalhe Durante A Aula

Dr. Michael LaitmanNós temos que manter a intenção pela união. Isso porque todo o benefício está oculto nesta intenção. O que ouvimos nas aulas não é tão importante. O importante é que durante as lições nós possamos trabalhar continuamente na união de todos os nossos amigos em todo o mundo. Conforme os nossos esforços em unir, nós nos movemos para frente, e é aí que reside todo o nosso benefício.

No entanto, se nós não trabalharmos durante a aula, ela pode nos dar uma espécie de entendimento, nos mover um pouco para frente, mas isso não será o desenvolvimento espiritual.

Esta semana nós estamos vendo as gravações das aulas do congresso de Arava. Uma pergunta surge: Durante este período, nós podemos alcançar uma união ainda mais forte do que aquela que alcançamos lá? Se não, seria melhor retornar para a rotina habitual da aula. A resposta depende de vocês.

A coisa mais importante aqui é trabalhar constantemente na união. Não é sobre o quanto eu entendo (isso é completamente sem importância), mas é sobre o quanto de esforço eu aplico em direção à união. Uma vez que é precisamente na união que seremos capazes de sentir o que está sendo falado.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/02/12, “Perguntas e Respostas”

Nostálgico Sobre O Futuro

Dr. Michael LaitmanNós tivemos uma convenção especial no deserto que teve um impacto muito forte sobre todos nós e deu a todos a sensação de certa capacidade nova de desejo (Kli), e hoje é muito importante para nós trabalhar com este vaso.

A cada momento, a cada dia, nós continuaremos a ver as consequências crescentes desse novo desejo. Ele não será perdido, esquecido ou desaparecerá como tudo nesta vida, retirando-se sob a pressão de um novo dia. Pelo contrário, o que nós experimentamos hoje ajudará a aumentar tudo o que alcançamos lá. E nós só veremos o nosso presente a partir do foco e da perspectiva da convenção, sob o prisma da sociedade e da união que recebemos lá.

Para entender isso na prática é preciso voltar para o mesmo material, e, de preferência, estudá-lo em conjunto, com pelo menos dez pessoas. Ao voltarmos para o mesmo material, nós continuaremos a despertar as memórias (Reshimot) dele, e as analisaremos criticamente do ponto de vista atual.

Mesmo que estejamos presentes na mesma conversa, ela não será como assistir a um filme de Hollywood ou uma lembrança nostálgica. Nós não retornamos ao estado anterior; agora, nós queremos atrair a mesma impressão profunda do passado para o presente, em nossos desejos atuais, e experimentar tudo.

Mas eu não volto para aquela foto antiga que eu tinha lá. Eu não estou preocupado com quando aconteceu, onde aconteceu, e quem estava lá: eu não olho para nada disso agora, apesar de apreciar essas memórias como uma parte maravilhosa da minha vida. No entanto, agora, eu quero trabalhar com tudo isso e usá-lo para o meu novo estado.

Algum tempo passou, eu mudei, deixei aquele lugar, e parece que voltei à minha antiga rotina. Mas eu quero elevar a minha vida normal para o mesmo nível. É por isso que eu volto ao mesmo sentimento inspirado que experimentei antes, mas para elevá-lo à altura do atual fardo (Aviut) de perturbações e preocupações mais severas.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/02/12,Shamati # 25

A Desigualdade Social Está Matando Todo Mundo

Dr. Michael LaitmanNas notícias (de Itogi.ru): “A desigualdade social está nos matando, e no sentido literal da palavra. Sabe-se que as pessoas saudáveis e longevas não vivem em países ricos, mas onde há mais confiança nos relacionamentos entre as pessoas. Os cientistas encontraram uma explicação para este fenômeno.

“Estudando a saúde das pessoas, nós podemos aprender sobre a estrutura da sociedade, e estudando a estrutura da sociedade, podemos aprender sobre a saúde: quanto maiores os contrastes sociais de um país, maior a diferença na mortalidade entre as camadas sociais mais altas e mais baixas. Por exemplo, em Glasgow, a expectativa de vida para as classes mais baixas é de 54 anos, e para a elite é de 82 anos. E na Finlândia, onde a diferença é pequena, a diferença de mortalidade entre as camadas superior e inferior é apenas duas vezes, e não três vezes maior.

“Mas o mais surpreendente é que nos países onde o nível geral de desigualdade socioeconômica é baixo, todo mundo vive mais tempo: tanto a parte inferior quanto as classes superiores, e a saúde global das pessoas de lá é muito melhor. A desigualdade é ruim não só para aqueles que estão no ‘fundo’, mas também para aqueles que estão no ‘topo’. Onde a sociedade é mais homogênea em termos sociais, todos os seus membros têm mais oportunidades de controlar e prever as suas próprias vidas.

“As regras da interação social devem ser claras para todos e reconhecidas como justas. Se as camadas mais baixas da sociedade e a elite perceberem a ordem estabelecida como injusta e desonesta, então, nesta situação, o estresse é garantido para praticamente todas as partes da hierarquia: a parte intermediária, a inferior e a superior. E o aumento da mortalidade em todo o país é apenas um reflexo desse estado das coisas”.

Comentário: Com base nesta pesquisa, fica claro como o equilíbrio, neste caso em termos de homogeneidade social e consentimento, tira a sociedade das crises de doença, morte e depressão.

Nossa Conexão É Mais Importante

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como eu posso verificar se fortaleço a minha conexão com os amigos durante a aula?

Resposta: Primeiro de tudo, ela é a coisa mais importante. Nosso ganho espiritual aumenta quando estamos constantemente fortalecendo ainda mais a conexão do que na última convenção de Arava. Você precisa adicionar novos esforços àquilo que você sentiu lá. A Luz que Reforma vem quando ouvimos durante as lições a história sobre o sistema espiritual como um todo e sua estrutura. No entanto, a inspiração emocional é maior durante as ações mútuas de união. É por isso que nós precisamos nos conectar uns com os outros.

De qualquer forma, nós temos que sentir como se estivéssemos juntos na aula. Mesmo se nos odiarmos, como os amigos do grupo do Rabi Shimon, não podemos deixar de sentir o estado de nossa interconexão.

Pergunta: Certa imagem pode surgir em mim, mas como eu faço para transformá-la numa posse e recompensa comum?

Resposta: O grupo, o sistema e minha atitude para com os meus amigos devem se fundir num só, numa única imagem, além da qual nada mais existe. Até você se concentrar nela, o destino não estará em suas miras. No entanto, você deve trabalhar no fortalecimento de sua interconexão, mesmo à custa de compreender o material. Esta é a diferença entre sabedoria e agir com inteligência.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/02/12, Perguntas e Respostas

Na Encruzilhada

Dr. Michael LaitmanPergunta: Você disse que não devemos definir as leis nem mudar nada nos atuais sistemas existentes na sociedade humana, mas nós devemos apenas nos concentrar numa única coisa, de modo que tudo o que fizermos seja para o bem da humanidade integral…

Resposta: No início, pode ser para beneficiar um pequeno círculo: primeiro, para o bem do grupo, depois, do país, e então do mundo; isso acontece gradualmente à medida que a humanidade se desenvolve.

No entanto, preste atenção que não estamos forçando ninguém! Tudo se passa de acordo com a taxa do nosso desenvolvimento. Nós não estaremos criando a KGB aqui, como na Rússia, onde eles tentaram construir uma sociedade justa com coerção. Nós estamos alcançando mudanças naquele que percebe isso como uma necessidade para o avanço. Nós não temos escolha. Ou nos aproximamos de uma guerra atômica, da destruição completa do mundo (embora hoje ele já esteja sendo amassado sem guerras), ou podemos mudar a nós mesmos na direção do bem! Existem apenas dois caminhos, e nós estamos numa encruzilhada.

De KabTV “Uma Nova Vida” Episódio 8, 05/01/12

A Pessoa Nasce Na Alegria

Dr. Michael LaitmanNós devemos estar muito felizes que viemos para o trabalho mais importante, a análise mais importante que existe em todos os mundos, mesmo nos espirituais. Baal HaSulam escreve que não há momento mais feliz na vida de uma pessoa do que o momento em que ela descobre que é incapaz de sair do seu ego e nenhum esforço próprio pode ajudá-la. Então, ela chega à sua primeira oração, o seu primeiro grito pelo Criador.

Este primeiro grito é o nascimento. O bebê chora assim que nasce para o mundo. E isso significa que a pessoa nasceu.

Esperemos que atinjamos este grito e nos tornemos humanos. É por isso que o esforço que fazemos para isso é chamado dores do parto. Nós temos que estar felizes que tenhamos chegado a isso. Afinal, quem é que estas dores de parto atingem? Nós temos que estar felizes e sérios ao mesmo tempo. Mas a alegria tem que vir do estado, da missão. Isto é onde a vida espiritual começa.

Quando uma criança nasce, os adultos estão felizes mesmo que ela esteja chorando e gritando. Da mesma forma, o Homem dentro de nós (aquele que fez todo o trabalho e todas as análises) regozija-se, e a criança, que está nascendo agora, ainda sofre a pressão, a tristeza e a percepção dos distúrbios. Ambos devem estar juntos.

Da Lição 1, Convenção de Arava 23/02/12

Quatro Passos Em Direcção Á Luz

Dr. Michael LaitmanPergunta: A pessoa sente o efeito da Luz que Reforma? E se o sente, como é que sente a sua influência?

Resposta: A Luz que Reforma afecta-nos constantemente. Mas o seu efeito é revelado após um número de etapas através das quais nos coloca. É como nas quatro fases de expansão da Luz Directa – apenas quando Malchut atinge a sua conclusão e ocorre nela a realização inteira de Keter, apenas então é dado um passo para um novo degrau e Malchut do Partzuf superior torna-se Keter do nível inferior. E novamente existe uma multidão de acções internas de Keter para Malchut, o degrau completa-se e ocorre o nascimento num novo degrau.

É por esta razão que a Luz age sempre sobre nós, mas naturalmente, tão forte quanto o poder que a pessoa usa para a activar. Mas mesmo quando a Luz afecta a pessoa de uma forma boa, existe ainda a necessidade de certas acções internas, até que a pessoa comece a reconhecer Keter, a raiz, dentro destas acções: porque é que as coisas ocorrem da forma que ocorrem, quem as fez, e por aí fora.

É por esta razão que quando começamos a sentir Quem trabalha connosco, para quê, o que quer de nós, como nos criou, como precisamos de interagir com Ele, e a forma como reagimos a Ele agora, isto significa que atingimos o ponto de Malchut dentro de nós. Desta forma nas quatro fases da expansão da Luz Directa, Malchut de repente sente: “Keter é um dador absoluto, e eu sou um receptor absoluto. Não consigo tolerar-me a mim próprio da forma como sou! O que é que faço comigo?! Quero restringir-me!”. Malchut tem o poder de se restringir. Os Cabalistas dizem-nos que em tal nível superior o poder para a pessoa se restringir e parar de trabalhar com a intenção egoísta existe realmente.

Mas nós não temos este poder. Por que não? Porque nós precisamos alcançar amor e doação. É por esta razão que temos de conectar-nos uns com os outros. É desta forma que aprendemos o que é doação, e juntos pedimos à raiz, Keter, que nos dê este poder.

Tudo corresponde inteiramente às quatro fases da Luz Directa, quer directamente, de Cima para baixo, ou na direcção oposta, de baixo para cima. Não há nada mais.
Assim, quando uma pessoa sente dentro dela que começa a perceber de onde está a vir a influência da Luz, isto significa que não só alcançou a realização do mal, mas também a raiz desta realização.

Da Lição 1, Convenção de Arava 23/02/12

O Que Nós Podemos Dar?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se nós temos a intenção de receber só para nosso próprio benefício e desejamos sair dessa intenção e doar, o que podemos dar? Nós não temos nada para dar, porque só queremos receber…

Resposta: Nós podemos dar o nosso desejo de doar ao grupo. Isso é o suficiente. A satisfação vem do Criador, e o desejo de doar vem de nós. Eu não tenho nada para dar, nada para doar. Eu darei a você o que Ele me der para dar a você. Desta forma, nós examinamos a conexão entre os Partzufim: a parte superior, aquela que recebe primeiro, dá para a parte de baixo o que recebeu do seu superior.

Nós só precisamos construir a intenção entre nós: para eu desejar doar em vez de me preocupar com o que posso dar.

Da Lição 1, Convenção de Arava 23/02/12

Uma Tela Contra Todas As Dúvidas

Dr. Michael LaitmanPergunta: De acordo com a nossa razão (“dentro da razão”), nós não valorizamos os amigos: nós desvalorizamo-los e odiamo-los. Contudo, com a fé acima da razão devemos aceitar a opinião da sociedade que é capaz de os ver como grandes de forma a ficarmos inspirados. Portanto resulta que eu posso forçar o meu corpo material a sorrir e a jogar, mas isso não entra ainda nos meus sentimentos. É a isto que se chama fé acima da razão?

Resposta: Se você sente ódio pelos seus amigos e deve ainda chegar ao estado no qual você começa a sentir amor por eles, isto não é chamado de fé acima da razão. É o mesmo que quando alguém me traz um prato da culinária que não me é familiar e eu não gosto dele ao início. Eu nem mesmo percebo como é que as pessoas podem comer tal coisa. Contudo, se eu todos os dias continuar a provar este prato, após um mês irá parecer-me que não há nada mais delicioso.

É como se me tivessem dito: “Verifica acima da razão que isto é delicioso, prova-o uma vez, duas vezes, e então você irá prova-lo completamente e ficará convencido. Irá então pedi-lo por si próprio”. Contudo, este não é o tipo de fé acima da razão da qual a Cabala fala. Nós não valorizamos este tipo de fé de maneira alguma. Se eu simplesmente seguir o conselho dos meus amigos, é assim como a humanidade inteira age; toda a publicidade é construída nisto, convencendo-o a aceitar fé acima da razão que você precisa desta coisa e a comprá-la.

Isto não é fé acima da razão mas é simplesmente habituar-se a qualquer coisa nova que ainda não é familiar. Nós aproximamo-la e começamos a amá-la dentro da razão; adquirimos um gosto por ela.

Contudo, na fé acima da razão em relação à Luz, eu quero que ela seja tão elevada quanto possível aos meus olhos, ou seja, superior a todas as minhas dúvidas. Mas eu quero que essas dúvidas continuem no seu máximo. Os meus sentimentos e a razão não concordam com ela, mas eu quero ser semelhante a ela na medida que é superior à minha concordância com ela. Isto significa que eu estou a conectar-me a uma Luz superior.

Digamos que existe um homem sábio e quanto menos o percebo, compreendendo simplesmente que ele é sábio e decide as coisas de uma forma completamente diferente da minha razão, mais fico impressionado com ele. Significa isto que devemos desenvolver a nossa fé acima da razão em relação à forma revestida na nossa matéria, em relação à Luz, ao Criador, e continuar a agarrar-nos a ela.

O Criador de repente veste-se em mim e diz: “Vamos nos abraçar como irmãos!”. E na mesma altura quando estou prestes a abraçá-Lo, eu devo elevá-Lo mais alto que a mim, exaltá-Lo ainda mais. De outra forma é receber dentro da razão, recebendo em prol de mim próprio, quebrado.

Sente onde é que a fronteira está aqui? Isto deve estar sempre acima da minha razão, contra o meu desejo. E desta forma eu estarei preparado para me conectar a Ele.

A diferença entre como eu O sinto dentro de mim, unido com Ele, tenho contacto com Ele, e como eu O elevo acima de mim próprio, esta diferença é criada pela tela. E então mesmo se eu receber d’Ele, eu recebo-o em prol da doação. Ele revela-Se a cada instante e mostra-me que é como se Ele fosse o mesmo que eu, enquanto que eu quero vê-Lo constantemente acima de mim, elevando-O ainda mais alto. Isto significa que eu estou protegendo-me e tenho o cuidado de ter sempre uma tela.

Fé acima da razão é a minha protecção contra receber em prol de mim próprio. A pessoa pode falar sobre isto indefinidamente, enquanto que por outro lado, não há nada mais além disto. Você deve unir com todas as criações, começando com Adam HaRishon, como um homem num só coração, e o Criador deve permanecer constantemente no topo da montanha para si.

Se eu tiver intenção de apreender isto dentro de mim mesmo, unir como iguais, então isto é chamado dentro da razão. Contudo, se eu aspirar a retê-lo constantemente acima de mim próprio, isto será acima da razão. O que importa aqui é a minha tendência, a minha aspiração, de forma que o Criador esteja acima de mim. Eu não conecto simplesmente com Ele, em termos iguais, como dois amigos que se sentem como iguais, mas eu retenho-O sempre acima.

É por essa razão que desejo que permaneça sempre algo que eu não perceba por completo ou sinta. Isto significará que eu estou a aspirar cada vez mais alto. Enquanto uma pessoa tiver perguntas e dúvidas, é graças a elas que ela continua a se desenvolver.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 15/2/12, Escritos do Rabash