No Zohar, o capítulo “VaYaera (E o Senhor Apareceu),” Item 126: … No começo, o Rabino Aha pensava que havia  Dever(praga) na cidade, no qual uma oração é necessária para trazer o Nukva de volta para a qualidade de Rachamim. É por isso que ele pediu a eles que rezassem. Mas quando ele soube que houve várias mortes, quando lhe foi dito que esse e aquele morreram e que alguém estava prestes a morrer, ele viu que era uma praga, e que uma oração não seria suficiente contra uma praga. Isto é porque isso não exige a suavização da qualidade de Rachamim. Pelo contrário, o incenso é necessário, para revelar a linha média nele e incorporar as linhas em um e outro.

As sensações internas de uma pessoa que reconhece suas numerosas propriedades, e reconhece o quão longe ela está do estado de correção são chamadas de “infecção”, “epidemia”, “ocorrências de várias mortes ” ou ” condições perto da morte.”

A “praga” (Dever) é contrabalançada por um “sábio” que vive dentro de cada um de nós, esta qualidade única é chamada de “Rabi Aha”. Os autores do Zohar são, de fato, a fonte de qualidades superiores, os quais estão presentes em cada alma – você também as têm! [Leia mais →]

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Hoje, a humanidade alcançou um crescimento tão extremo de egoísmo que nós não podemos sequer pensar sobre os seres humanos gentis e altruístas mais. Algum tempo atrás, ainda tínhamos a esperança de nossa capacidade de educar e cultivar estes tipos de pessoas. No século XX foi colocado um fim a esses sonhos. Agora, nós entendemos que o ser humano é simplesmente incapaz de altruísmo. Esta é uma grande realização, pois já é o reconhecimento do nosso mal.

Entanto, agora estamos enfrentando a questão: Será que as pessoas continuarão a existir neste mundo, se não nos tornarmos mais altruístas? Hoje, estamos percebendo que nós estamos em um sistema global e comum – uma “aldeia global” onde todos estão interligados. Com essa interligação reconhecida, seremos capazes de sobreviver se não nos tornarmos altruístas? [Leia mais →]

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Quem é Ele, o Criador? O Criador é a minha sensação interna do meu próximo estado exaltado na medida em que sou capaz de imaginar. Toda vez que eu mudar, eu imagino o Criador na nova maneira. É por isso que Ele é chamado de Bo-reh (venha e veja).

Temos que entender que não há nada absoluto e imutável aqui. Tudo depende da compreensão de uma pessoa, percepção e realização. Na realidade não existe uma verdade eterna e imutável. Precisamos estar prontos para estas mudanças de percepções. Algo que era negro se tornará branco e vice-versa. A atitude inteira, avaliação e visão das coisas vão mudar.

Nos parece que este é um sistema um tanto precário, que não têm uma base firme. Por outro lado, ele nos dá um fundamento novo, completamente original, que é chamado de fé acima da razão. Em outras palavras, em relação aos desejos egoístas, é impossível receber qualquer conhecimento concreto que pode ser escrito na pedra e que nunca fosse mudar…

Essa verdade hesitante realmente leva uma pessoa a procurar por verdades (Terra firme). E a busca nos leva a descobrir que a única verdade inabalável é revelada no mundo espiritual. A terra firme é encontrada para ser fé, na força de doação, ao invés da força de receber. Revela-se em fatos que estão acima da minha mente e sensação – ao nível de doação, Bina.

De repente, torna-se claro que lá não existem coisas que negam a outra, coisas que não estão em oposição uma a outra. Em vez disso, é revelado que, ligando e complementando uma a outra, todas se tornam partes da totalidade única e perfeita. Vê-se que o faraó, o Criador, a própria pessoa, e a serpente fazem parte de um todo singular. Esta perfeição torna-se revelada numa pessoa como uma base rígida e imutável para todos os seus atos.

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Quando lemos o Zohar, precisamos conectar tudo o que existe em uma realidade que já existe dentro da nossa alma. A alma é o que chamamos de Malchut do Mundo do Infinito (Atzilut), ou seja, todos os mundos incorporados em conjunto, “Eu” ou “o mundo inteiro e eu”. Tudo o que pertence a minha alma já que a minha alma é uma ferramenta de percepção.

Quem é o Criador? É a força interior que age dentro de minha alma, é a razão da minha existência, a causa que me obriga a prosseguir na revelação do universo e do Criador como fonte da minha vida. [Leia mais →]

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Uma pergunta que recebi: O que significa “receber do Criador, a fim de agradá-lo”? O que isto se refere?

Minha  Resposta: Baal HaSulam explica isso através do exemplo de um convidado e um anfitrião “No Prefácio à sabedoria da Cabala.” O convidado vem para o anfitrião. O anfitrião faz a mesa para o convidado porque ele ama o convidado com amor desinteressado, sem cálculos, e o anfitrião quer realmente dar prazer ao convidado.

O convidado sente o quanto ele o ama com o acolhimento e quer dar prazer a ele. O anfitrião sabe disso, desde antes e prepara os pratos que exatamente o hóspede gosta precisamente nas proporções que o hóspede gostaria. Ele fez tudo exatamente de acordo com os desejos do convidado – em quantidade e em qualidade. Percebendo isso, o convidado se sente envergonhado. O que ele faz? [Leia mais →]

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Isaac é a força que se desenvolve em oposição à Abraão e serve como “ajuda contra ele”. Nós começamos a descobrir que a espiritualidade não é uma força única como se pensava. Nós somos incapazes de entender como duas opiniões opostas podem coexistir e ambas serem verdadeiras. Além disso, não entendemos que é exatamente nessa colisão e disputa se revela a verdade. Nós achamos que tudo deve ser definido de forma clara e direta.

Entretanto, nós começamos a perceber que as coisas não são tão claras como havíamos percebido. Quando nós começamos a trabalhar com a nossa qualidade de “Isaac” e a corrigimos,  começamos a perceber que as coisas não são tão diretas como tínhamos percebido antes, através do nosso egoísmo. Em outras palavras, tudo o que vimos através do nosso egoísmo foi o desejo de desfrutar e o prazer oposto ao desejo, mas agora vemos que há uma linha esquerda e uma linha direita. Além disso, ambas podem ser verdadeiras e corretas, que nos ajudam a avançar. Por outro lado, ambas podem se contradizer; no entanto, as duas têm lugar na criação, porque estão ligadas ao Criador.

Com efeito, ambas as qualidades de “Isaac” e “Abraão” estão incluídas dentro de nós: a qualidade de recepção da pessoa, por meio da qual ela continua a ser uma criatura existindo separadamente do Criador; e acima dela uma qualidade de doação, que se adquire do Criador. Conseqüentemente, sempre haverá um conflito interno entre estas duas forças dentro da pessoa. Assim, somente elevando Isaac e Abraão conseguimos compreender a nossa verdadeira posição em relação ao Criador. É por isso que a palavra “filho” (Ben) significa “compreensão” (Leavin), que é Bina, um novo grau.

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“Abraão” é a primeira propriedade espiritual que nós revelamos interiormente. Ela é a principal qualidade de doação, Chafetz Chesed (aquele que quer misericórdia). Quando Abraão chega à “velhice”, isto é, quando um determinado estágio é totalmente revelado a ele, surge um novo estado exatamente oposto ao estágio anterior.

Este é o processo pelo qual Abraão eleva-se continuamente acima do seu desejo anterior associado à Babilônia antes de atingir a próxima fase. Primeiro, ele se distancia de todas as forças e desejos dos habitantes da Babilônia que adoram outros deuses. Quando ele se desconecta deles, ele deixa esse lugar ou estágio, surgindo uma nova etapa. Nesta nova fase, o ciclo se repete. Mais uma vez, ele revela o desejo interior que o faz retornar ao estado anterior que acabou de sair.

Visto que ele está continuamente crescendo acima dos desejos de forma qualitativa, só parece que surge uma nova etapa. O desejo se revela no “lado esquerdo”, oposto à Abraão; no entanto, ao mesmo tempo, ele é “seu filho”, o que significa que é uma conseqüência proveniente de Abraão. É assim que “Isaac”, que significa a linha de esquerda, Bina, Gevura (predominar, superar), surge como a fonte de todas as forças impuras associadas com o lado esquerdo (Klipot).

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Recebi uma pergunta: Quais são as regras do “jogo” que o Criador “joga” com a pessoa para avançá-la em direção à espiritualidade?

Minha resposta: A única regra verdadeira do “jogo” é que o Criador tem uma intenção singular: levar-nos para perto dele. Nesse “jogo”, o Criador se mostra a nós em diferentes circunstâncias todas com o objetivo de nos atrair para perto dele.

O Criador faz crescer nossos desejos egoístas de propósito. Nesse ponto, começamos a sentir falta de misericórdia, confusão, e crueldade. Nós sentimos que o mundo inteiro está contra nós, que todos ao nosso redor nos odeiam, e querem se colocar em nosso caminho. Sentimo-nos cansados, confusos, e mesmo doentes. Em outras palavras, nós sentimos um monte de “obstáculos” que estão dentro e fora da natureza. Então, de fato, esses obstáculos são acréscimos de desejos egoístas: estamos simplesmente recebendo desejos adicionais de receber prazer para nós mesmos através dos quais obtemos mais oportunidades de ficarmos mais pertos do Criador. [Leia mais →]

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Recebi uma pergunta: Por que Sodoma foi destruída? Suas leis pareciam justas. Todos recebiam o que lhes era devido.

Minha resposta: Em Sodoma, todos estavam dentro de si mesmos. “Deixe-me em paz, fique longe! Eu não dou nada a você, você não me dá nada. Então, não temos nenhum conflito. Cada um é por si. Tudo é justo e correto. Você tem um problema? Resolva com o Criador. Mas, me deixe em paz!” Os cidadãos de Sodoma transformaram isso em religião. Mas, por si só, as leis não eram más.

Em contraste, o estado do mundo hoje é de longe pior do que foi Sodoma. Agora, não só todos estão separados e dentro de si mesmos, mas todos querem destruir, roubar, e usar a todos. Esse não era o caso de Sodoma. As leis da cidade determinavam: “Não seja bom com os outros, mas também não cause mal a eles. Você está proibido de mesmo desejar mal aos outros em seus pensamentos!”

A única falha de Sodoma foi que suas leis impediam que as pessoas se unissem. “Faça o que você quiser, mas não se aproxime dos outros”. Isto é, não se conecte com os outros. Era também proibido travar guerra: embora, a guerra, também, seja um tipo de conexão ou, como numa ruptura, um tipo de interpenetração.

Uma ruptura não é mais um estado de “Sodoma”, mas sim de “Jerusalém”. Quando as partes quebradas de Bina e de Malchut se conectam, elas podem ser corrigidas. Porém, Sodoma não pode ser corrigida porque não existe conexão mútua. Ela não pode receber as qualidades de Bina, e desta forma, ela simplesmente precisa ser destruída. Está proibido tocar essas partes do desejo de gozar que não podem se misturar com outras, e como resultado não podem ser corrigidas.

A ideologia de Sodoma é incrivelmente forte. No mundo de hoje, nós a podemos expor, explicá-la às pessoas, e elas irão entender e desejar segui-la; porém, seus defeitos não permitirão a mistura das partes da alma partida, as qualidades de Bina e Malchut, o que é necessário para a próxima fase da correção.

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Cada pessoa neste mundo é governada desde dentro por duas forças: egoísmo e altruísmo. A força egoísta arrasta tudo para dentro da pessoa, fazendo com que ela se sinta o centro do universo, enquanto que a força altruísta a capacita a doar para o exterior, para outras pessoas.

No entanto, mesmo que essa força seja chamada altruísta, é claro que nos limites desse mundo, ela, também, pode somente agir egoistamente. Assim, mesmo que eu doe a outra pessoa, esse não é um ato privado de egoísmo: eu ainda espero receber algo em retorno. Eu não tenho nenhuma possibilidade de doar sem que a compensação seja a motivação ou o “combustível” do meu ato.

Assim é que o homem está construído: ele é uma máquina que só pode trabalhar com o combustível egoísta, o benefício que ele espera receber. Eu não posso trabalhar como um mecanismo eterno, Perpetuum Mobile, sem receber nenhuma energia e satisfação do exterior. Eu tenho que receber energia de fora porque eu não sou o Sol que brilha com sua própria luz.

Somente o Criador possui a verdadeira qualidade de doação já que essa é Sua natureza. Para que a criação seja capaz de doar de forma abnegada, ela precisa receber combustível do Criador na forma da sensação da grandeza do Criador. Essa é a única oportunidade para alcançar a doação – usar o Criador como fonte condutora de energia.

Isso constitui todo o problema dos comunistas, socialistas, kibbutzniks, e altruístas de toda a espécie que desejam corrigir o mundo: eles não entendem que o homem não tem a energia para a doação. Ele não tem o combustível para implementar essa ideia. Nenhuma pessoa irá se opor ao fato de que a vida será melhor se todos se tornarem altruístas. Mas o problema é que ninguém sabe como fazer isso acontecer; ninguém além dos Cabalistas, porque eles têm acesso à Fonte da energia.

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