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Use a Sua Descoberta Do Mal Para a Correcção

каббалист Михаэль ЛайтманO Zohar, Capítulo “Tazria (Quando a Mulher Dá à Luz),” Item 86: “Quem guarda sua boca e sua língua, guarda sua alma de problemas.” Sua alma, que costuma falar, está agora silenciosa, devido às palavras más que falou. Então, vem a serpente, pois tudo retornou ao principio, como antes de lhe ter sido atribuída uma alma. E quando o discurso do mal se levanta por certas maneiras de estar perante a dura serpente, vários espíritos despertam no mundo, e um espírito impuro desce desse lado, e descobre que esse homem o evocou com o discurso do mal. Ele descobre que a fala sagrada (espírito) Ruach está removida dele, em tal altura a impura Ruach está sobre ele e viola-o, e ele é um leproso.

De onde vêem as forças do mal e que poder têm elas? Elas existem apenas se a pessoa as revela dentro de si mesma e decide que elas são más. Elas são suas próprias propriedades por corrigir ou desejos maus. Contudo, se ela as quer corrigir, elas tornam-se reveladas pelo propósito da correcção e não são consideradas transgressões. Pelo contrário, está escrito, “Aquele que vem para ser corrigido é ajudado”. Essa pessoa recebe ajuda e não sente o fardo.

Contudo, o mal também se pode tornar revelado sem a participação da pessoa, quando ela está menos preparada para ele. Estas são as forças do mal que ela não corrigiu no passado e que também não está planejada para corrigir agora. É então que a serpente e outras imagens assustadoras aparecem, que são a nossa inclinação ao mal que vêem para nos destruir.

Estas são todas as nossas propriedades por corrigir, que não aparecem de acordo com o nosso desejo de as revelar e corrigir, mas de uma maneira natural. Elas tornam-se reveladas como forças más e prejudiciais que agem contra nós.

O Zohar descreve-o como uma força externa e estranha que é oposta à santidade. Todavia, ela existe dentro dos desejos por corrigir da própria pessoa. Desta forma, a pessoa não deve pensar que certo acontecimento inesperado foi enviado a nós pelo Criador, mas que todos estes acontecimentos estão a manifestar-se dentro de nós. Devemos estar sempre prontos para usar qualquer descoberta para a nossa correcção. Então, ela será para o nosso bem.

Procure Dentro de Si Mesmo

каббалист Михаэль ЛайтманDevemos verdadeiramente revelar tudo o que está escrito em O Livro do Zohar dentro de nós mesmos. Uma pessoa senta-se em frente a um livro e não compreende uma única palavra escrita nele. Isto porque cada palavra aponta para um desejo espiritual, juntamente com o seu tipo e qualidade tais, como recepção ou doação, grande ou pequeno, e todas as suas várias formas. Devemos procurar tudo isto dentro de nós mesmos.

Uma pessoa tem de se unir com os outros e desejar fundir-se num único desejo com eles. Este desejo comum para o qual a pessoa aspira dentro de si mesma e se concentra nas buscas, tentando descobrir, “Onde está tudo isto escondido em mim?” O facto é que toda a realidade existe dentro de nós. Não há nada exterior; tudo o que vemos é formado no interior. Algumas coisas apenas aparentam ser externas, todavia não há vida a sério fora de nós. Embora vejamos várias imagens imaginárias, O Zohar não escreve sobre elas. Em vez disso, ele escreve sobre as forças que criam essa imagem. É como um ecrã (tela) de computador, em que vemos várias imagens e formas, mas, na realidade, todas elas são forças eléctricas.

Nós precisamos passar da exposição externa ou demonstração de forças para uma percepção interna e o entendimento de que tudo acontece dentro do nosso “computador”. É importante distinguir isso de forma a executar vários cálculos espirituais e acções.

Na verdade, não precisamos sequer de um monitor. Podemos trabalhar directamente com o computador a partir do seu disco rígido, sem transferir tudo para uma imagem externa.

Abrindo Um Novo Livro Todos os Dias

“Eu escutei do meu professor que O Livro do Zohar tem uma nova interpretação todos os dias” (Degel Machane Efraim). Isto significa que enquanto a pessoa muda todos os dias, o livro permanece o mesmo.

O Livro do Zohar é o sistema dos mundos espirituais. Ele é um sistema global de governo englobando todos os 125 graus da ascensão da alma, do nosso mundo ao Mundo do Infinito. O Zohar não apenas fornece uma explicação deste sistema, ele trás-nos a Luz capaz de nos elevar ao longo de toda a escada espiritual, do principio ao fim. Precisamos apenas nos esforçar para alacançar as exigências deste sistema enquanto lendo este livro.

Desta forma, se nós trouxermos a nós mesmos para a correspondência com o sistema que nos governa, iremos receber a Luz que Corrige, com a qual ele é preenchido. Isto constitui o nosso trabalho. Então, quando lemos O Zohar devemos aspirar a nos unirmos em um desejo e aguardar a Luz que nos corrige.

Entre o Céu e o Inferno

O Zohar, Capítulo “Tazria (Quando a Mulher Dá à Luz), Item 20: Quando a alma descende à entrada deste mundo, ela primeiro descende até o Jardim do Éden da terra, e vê a glória dos espíritos dos justos de pé coluna por coluna. Posteriormente, ela vai ao inferno e vê os malvados gritando “Ai! Ai!” e ninguém os compadece. É lhe dado testemunho de tudo: os malvados testemunham como eles são punidos por cada pecado, e os justos testemunham a boa recompensa que eles recebem por cada Mitzva [boa acção, mandamento]. E essa imagem sagrada fica sobre ela até que ela parta para este mundo.

O Zohar fala sempre sobre uma alma, um homem. Fale ele sobre o Jardim do Éden e o inferno, ou sobre os justos e os malvados – todos eles estão incluídos num homem.

Quando entramos no sistema da nossa alma, tornamo-nos submersos na nossa realidade interna e examinamos todas as possibilidades lá. É isto que pretende-se dizer com viajar entre o Jardim do Éden e o inferno, e observar o que lá está a acontecer. Por outras palavras, nós criamos um mapa contendo a rota do nosso avanço espiritual.

O Nascimento Espiritual é O Romper Para Um Novo Mundo

каббалист Михаэль Лайтман

Se quisermos nascer espiritualmente, temos de nos esforçar em fazer boas preparações. Como resultado, começamos a revelar o nosso egoísmo (mal), porque a escuridão chamada a “serpente” surge dentro de nós.

É impossível fazer uma transição fácil e pacífica para um novo nível. Similarmente, o nascimento no mundo material é um processo critico e difícil. Ele significa que você “morre” no nível anterior, e apenas então nasce num novo mundo. Similarmente, a serpente dá-nos novos desejos egoístas, desta forma ajudando-nos a romper para uma nova vida. Então, forças boas e más trabalham juntas.

Como está escrito, “Eu criei a inclinação ao mal e a Torá como seu ‘tempero’ (um remédio para sua correcção).” Por outras palavras, o componente principal é o nosso desejo, que é a matéria da criação, e a Torá age apenas como o “tempero” para a nossa correcção.

Quando saímos do Egipto e nos aproximamos do Mar Vermelho, devemos primeiro atirar-nos na água. Apenas quando agimos primeiro, e assim o fazemos, se separa o mar. Esta é uma acção de nascimento; todavia, como somos nós capazes de fazer algo assim? Somos apenas capazes disso se o mal (nosso egoísmo) que nos persegue se revela a si mesmo, e através desta acção, nos força a nascer.

Saltamos para o mar como uma pessoa que salta do 20º andar de um edificio em chamas, por exemplo. Ela salta sabendo apenas uma coisa – que deve escapar do fogo; esta é a sua salvação. Similarmente, todos somos incapazes de pensar sobre como nos livramos do mal, e não importa o que se irá seguir. É precisamente assim que nascemos.

Desta forma, devemos valorizar o nosso egoísmo pelo seu trabalho essencial e indispensável. Sem ele, não seríamos capazes de alcançar o Objectivo final. É por isso que ele é chamado “ajuda contra ti”.

A Inclinação ao Mal é o Nosso Leal Assistente

loyalSe uma pessoa está na linha esquerda, desejando receber apenas a Luz de Hochma, então não há sensação de escuridão dado que lhe falta a Luz de  Hassadim. Por contraste, se uma pessoa está na linha direita, completamente na Luz de Hassadim, então ela não tem qualquer desejo de recepção, e não aspira à Luz de Hochma (o estado de pequenez).

Como podemos conectar estes dois estados opostos de Hassidim e Hochma? Uma vez que uma pessoa é dividida nestas duas metades sem a habilidade de as unir, a intervenção de uma terceira força é necessária. Esta terceira força causa que os dois estados opostos colidam para que uma nova acção possa começar.

A verdade da questão é que cada acção é um novo nascimento na espiritualidade. Ela é um novo estado que não existia previamente, e não sabemos como a executar. Na verdade, é impossível executá-la, uma vez que cada acção revela a nossa falta de conexão com o Criador e a nossa oposição a Ele.

Como pisamos em cima deste abismo e saltamos da corporalidade para a espiritualidade em todo e qualquer grau? Isto ocorre depois de muita preparação, quando uma força vem até nós e desperta a serpente em nós, que é a inclinação ao mal, ajudando-nos a executar este salto.

(Nota: Este principio vem de Kitrug HaYareyach, que ocorreu no quarto dia da criação.)

Um Homem Justo Descende Mil vezes e Ascende Novamente

Uma pessoa que estuda Cabalá tem de garantir o apoio externo na forma de grupo, estudo e disseminação de modo a que eles estejam sempre do seu lado, prontos para o ajudar durante um estado de descida. Está escrito: “Um homem justo descende mil vezes e ascende novamente”. Este é o caminho para alcançar a espiritualidade.

Ao longo deste caminho, ocorrem diversas situações e estados. Ao longo de todo o caminho, a coisa mais importante é manter-se num ambiente que será sempre solidário e irá inspirá-lo quando você enfrentar as descidas. No final, você vai sentir a Luz que se encontra dentro desta inspiração. A Luz Superior não estará mais oculta de si, mas será revelada.

Se formos ao Congresso do O Zohar com a mesma inspiração que experimentamos durante a nossa preparação para ele, o Congresso será muito bem sucedido. Seremos capazes de fazer grandes correcções internas e sentiremos a revelação do Criador dentro da nossa conexão com os outros. É o meu grande desejo que isso aconteça.

“Vaidade Das Vaidades” – O Significado Cabalistico

Uma pergunta que recebi: Parece-me que O Livro do Zohar tem muito mais da linha esquerda que da linha direita. É isto verdade?

Minha Resposta: O Zohar, como toda a Torá, é a linha do meio, não da direita ou da esquerda. Toda a Torá é escrita a partir da linha do meio.

Os autores destes livros revelaram sua realização espiritual ao alcançarem o Nível Superior, o Criador, e isto ocorre apenas na linha do meio da alma. Desta forma, nenhum dos livros Cabalisticos é escrito na linha direita ou esquerda. Contudo, pode haver uma inclinação para uma direcção ou outra, na maneira como o material é expresso externamente.

Por exemplo, o livro Kohelet (Eclesiastes) do Rei Salomão parece ser uma expressão da linha esquerda a nós, quando ele escreve frases como, “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade”. Contudo, “vaidade” (Evel), na verdade, refere-se à Luz Circundante. Desta forma, “vaidade das vaidades” significa que tudo é concretizado na Luz Circundante.

Quando lido desta maneira, vemos que todo este livro não está preenchido de desespero, como muitos pensam, mas precisamente o oposto. Ele fala dos anseios pela Luz Superior. Por exemplo, a mencionada frase do Rei Salomão em Eclesiastes na verdade significa, “Tudo é meu anseio pelo Criador”, em vez de como é frequentemente traduzida.

Tudo depende de um entendimento adequado do texto, unificação com o autor, e com o protagonista – o Criador.

Nossos Rostos são tão Diferentes Quanto Nossos Desejos

каббалист Михаэль ЛайтманUma pergunta que recebi: Quando eu leio O Zohar, posso transmitir a minha impressão aos outros que estão lendo junto comigo?

Minha Resposta: Não é por acaso que fomos criados diferentes. O Criador poderia ter feito todos nós iguais e produzido a mesma pessoa repetidamente. No entanto, em vez disso, Ele criou sete bilhões de pessoas diferentes, porque caso contrário, seria impossível chegar ao estado onde todos se unem 100% com todo o nosso coração e alma no final da correção, enquanto mantemos a nossa individualidade. As diferenças permitem-nos revelar o fosso entre nós de uma maneira mais profunda. A nossa unificação constrói uma ponte sobre essas diferenças, e assim revela a Luz adicional.

Apesar de eu e você nos unirmos um com o outro, de nos tornarmos corrigidos, e preenchidos com a Luz, você irá sentir isso de forma diferente de mim. Essa variação de sensações nos dá desejos adicionais para nos igualarmos num grau mais elevado e numa dimensão diferente. É assim que avançamos.

A Multidão Misturada é a Razão Do Exílio

O Zohar, Capitulo “Ki Tissa (Quando Tomas)” Item 56: Os pecadores que criaram essa nação no exterior – a multidão misturada (Erev Rav), e a sagrada nação anexa a ela; eles pecaram na mãe –  Malchut, como está escrito: “Ergue-te, faz para nós deuses”.

A multidão misturada (Erev Rav) são os que usam a doação em prol da recepção. Por um lado, eles realizam a vontade do Criador – eles doam, que é o motivo de serem chamados “temerosos do Criador”. Contudo, eles doam para seu próprio beneficio, e é por isso que também são chamados “os agentes do Faraó”. Erev Rav são pessoas que observam os mandamentos e preenchem todas as exigências do Criador, mas apenas para o seu próprio bem estar neste mundo e no mundo vindouro.

Seguramente um deus, para lhes fazer outro deus (que seja compreendido pelo egoísmo) em vez de Malchut, que é chamada “Deus” (Elokim). Em vez desta glória de Israel, ou seja, Malchut, que esteve sobre eles como uma mãe sobre os filhos.

“Israel” são pessoas que têm uma intenção que é “directa ao Criador” (Yashar Kel). Todo o propósito do seu trabalho é pelo Criador, e não por elas mesmas. A Erev Rav são os que querem e estão preparados para trabalhar; eles têm a força para completar o que é requisitado deles com completa devoção, mas em retorno eles querem dinheiro, respeito e poder. Eles são incapazes de trabalhar sem estas coisas, e eles são a razão de todos os exilios. O problema com a Erev Rav é que eles fazem as mesmas acções que Israel, falam sobre as mesmas coisas, usam a mesma Força Superior, partilham o mesmo desejo de desfrutar, mas para seu beneficio próprio. Eles dizem, “Estamos preparados para cumprir todos os mandamentos da Torá, mas apenas se isso nos beneficiar”.