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Você Está Se Fazendo As Perguntas Corretas Durante o Estudo do Zohar?

Recebi uma pergunta: Enquanto leio o Livro do Zohar, eu tento imaginar o que estou lendo dentro de meu próprio desejo, mas isso me desconecta do texto e me submerge em meu estresse interno. Então, eu percebo que perdi o foco e é como se eu estivesse flutuando, não entendendo nada. O que devo fazer?

Minha resposta: A coisa mais importante é se essas “jornadas interiores” são apoiadas pela pergunta: “Quando a salvação vai chegar, trazida a nós pela Luz que Reforma?

Não importa como a pessoa imagina o que está escrito no Zohar ou como ela vai através da sua busca interior. O mais importante é que no fundo dos seus pensamentos e esforços, ela continue a esperar que a Luz venha. Ela espera que ela a transforme e revele os conteúdos do Livro do Zohar – a sensação do Mundo Superior e a propriedade de doação.

O que mais importa é: A pessoa sente que seu coração deseja se mover nessa direção? Se ela sente, então seus pensamentos, confusão, e reminiscências sobre si mesma, bem como o fato de que ela não ouve o leitor, se tornam sem importância. Debaixo de tudo isso, a pessoa está somente perturbada por um único pensamento: “Quando a ajuda do Alto chegará a mim?”

Não Podemos Revelar O Zohar Por Conta Própria

No Zohar, lemos sobre todos os tipos de qualidades e desejos que existem dentro de cada um de nós, bem como os estados pelos quais eles passam. Juntos, nós precisamos fazer o esforço de tentar reconhecê-los em nós.

Não é eficaz para cada pessoa, individualmente, tentar e revelar essas qualidades e desejos. De preferência, deveríamos todos esforçar-nos para revelá-los dentro de nossos vasos comuns da alma (Kli) como se esses desejos, como o Faraó, Moisés, e outros, não existissem dentro da própria pessoa. Uma pessoa não sabe quem eles são ou o que eles simbolizam. Ela não pode reconhecer essas qualidades, ver as conexões entre elas, ou avaliar seu nível. Ela somente ouve os sons e as palavras. Ela precisa tentar vê-las como uma estrutura coletiva e como as dez Sefirot comuns de nossa alma.

De fato, os autores do Livro do Zohar eram dez amigos que se uniram em um só vaso e alcançaram a correção de todos os graus. Da mesma forma, nós precisamos imaginar nosso próprio estado.

Claro, cada pessoa tem seu próprio sentido pessoal com o qual sente o mundo espiritual, pois cada um de nós é formado por dez Sefirot. No entanto, nosso trabalho não será completo a menos que nos conectemos em um vaso comum da alma, que também inclui dez Sefirot, dentro da completa HaVaYaH.

Nós Mesmos Nos Lançamos Dentro da Masmorra

O Zohar Capítulo “Miketz”, Item 34: “José estava triste”, triste em espírito e triste de coração, desde que ele foi aprisionado lá. Desde que Faraó mandou que o buscassem, está escrito: “E eles o aprisionaram rapidamente, significando que ele o acalmou e lhe respondeu com palavras de alegria, palavras que deliciam o coração, já que estava entristecido por ele estar na masmorra. Primeiro, ele se sentiu na masmorra, mas da masmorra, ele depois subiu à grandeza”.

Parece-nos que a história sobre José fala sobre coisas materiais e das mudanças sofridas por essas no nível material. José cai numa cova e depois sobe à grandeza. Nós vemos o deserto, o Faraó, os ministros do Faraó, a prisão, etc.

No entanto, de fato, é José mesmo quem decide como ver a realidade. José decide se é uma cova onde ele cai ou o palácio do rei. Ele decide se é noite ou dia. Ele percebe cada uma dessas condições de acordo com seu grau de revelação do Criador, como também como ele pensa sobre sua conexão com o Criador e sobre a situação em que está.

Na realidade, nós estamos sempre no estado de infinita satisfação. Mas, nossa percepção corrupta descreve quadros que são incorretos até o momento. As cenas que vemos são um reflexo da nossa atitude e julgamento com respeito ao Criador e Seu papel em nos governar. A situação na qual nos encontramos é, de fato, nossa avaliação da atitude do Criador em relação a nós. Assim somos os únicos que criamos nosso próprio estado.

Nós Podemos Ver o Paraíso ao Invés do Inferno

Temos que revelar o desejo do Criador precisamente enquanto estamos na escuridão. Temos que entender que, para Ele, esse é o mais desejável e digno estado, uma vez que não há tempo na espiritualidade nem ocorrem mudanças nesses estados.

É a pessoa mesma que muda sua atitude e, como resultado, vê o Paraíso ao invés do Inferno. A pessoa pode ver uma subida ao invés de uma queda e Luz ao invés de escuridão. A atitude da pessoa é a única coisa que é sujeita à mudança.

Não existem mudanças no estado que o Criador preparou para nós; ele é permanente. Nós simplesmente temos que concordar mais com ele e nos tornar mais prontos para ele até que estejamos habilitados a aceitá-lo com amor e gratidão, de vê-lo como o estado mais desejável. Então, não iremos querer nenhum outro estado. Como resultado disso, nosso consentimento, amor, entendimento, e devoção ao plano do Criador vão aumentar e crescer.

O Criador deseja que descubramos que tudo depende somente da nossa atitude em relação à condição imutável na qual nós já estamos presentes. Nessa realidade, nada muda exceto nossa atitude.