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Escravizado Sem Ao Menos Saber

laitman_600.04Observação: Hoje, o homem tem mais liberdade do que os escravos na América no século XIX ou os servos sob servidão.

Minha Resposta: Isso não é liberdade! A propósito, um escravo não era escravizado mais do que somos hoje. Ele sentia que pertencia ao seu mestre, o que significava que não tinha preocupações.

Ele sabia que seu mestre iria alimentá-lo, garantir que ele tivesse um lugar para dormir, garantir que estivesse saudável, que tivesse uma família e assim por diante. Isto é, o mestre estava cuidando do escravo, e havia um certo acordo entre eles.

O fato é que havia acordos especiais sobre o status dos escravos determinando como o proprietário deveria cuidar deles, fornecer tratamento médico e assim por diante. Escravos não eram pessoas sem direitos. Além disso, um escravo era muito caro, portanto, o proprietário cuidava de seus bens.

Hoje, ao contrário, tudo é bem diferente. Você é demitido, está perdido. Existem mais 100 pessoas no portão para substituí-lo. Ninguém lhe deve nada, porque o proprietário pensa apenas em como se livrar de você e não pagar nada.

Pergunta: Você acha que, em termos de valorização da liberdade, não houve um avanço nas relações humanas nos últimos cem anos e meio?

Resposta: O avanço está no fato de que hoje uma pessoa é escravizada e usada de tal maneira que ela nem sabe que é escrava.

Pergunta: Escravidão significa a proibição de se mudar de um lugar para outro, não ser capaz de cuidar de sua família, é violência e falta de justiça. Como a condição dos escravos no século XIX pode ser comparada à do trabalhador moderno?

Resposta: Não vejo muita diferença. De qualquer forma, você não se move de acordo com sua própria vontade, mas de acordo com os comandos da publicidade na televisão. Você não escolhe sua profissão sozinho, mas sob a influência do que foi incutido em você na infância. Não há liberdade nisso. Converse com bons psicólogos e você verá que é esse o caso.

É claro que existem liberdades relativas, mas são como se você tomasse uma pílula e não sentisse sua falta de liberdade. E você tem até orgulho disso: “Olha, nós visitamos este lugar. Olha, nós vimos isso. Olha, nós estávamos lá. Por que você estava lá? Sim, é porque outros vão para lá. Em tudo, sem exceção, seguimos nossa mentalidade de rebanho e, portanto, não temos liberdade.

De KabTV, “Fundamentos de Cabalá”, 12/04/20

“Por Que As Pessoas Veem Que O Ego Humano É Mau?” (Quora)

Dr. Michael LaitmanMichael Laitman, no Quora: Por Que As Pessoas Veem Que O Ego Humano É Mau?

O ego humano é visto como mau quando é exagerado, levando as pessoas a explorar, manipular e abusar umas às outras em nome do prazer.

Devido ao ego causar tanta divisão e conflito nas sociedades e entre as sociedades, muitas pessoas tentam diminuir o impacto do ego, tentando contê-lo usando uma variedade de técnicas.

Eu tenho estudado e ensinado a sabedoria da Cabalá há mais de quarenta anos, a qual difere fundamentalmente de muitas outras abordagens do ego.

Não se trata de restringir o ego. Em vez disso, usando a Cabalá, alcançamos um reconhecimento do propósito do ego e aprendemos a navegar no ego de uma maneira que o torna benéfico para a sociedade.

O ego humano nos diferencia dos animais. É um desejo adicional de nos desfrutarmos além de nossas necessidades de sobrevivência.

Enquanto superficialmente pode parecer que certos animais são maus porque vivem suas vidas matando outros, isso está longe de ser o caso. Os animais seguem uma programação interna que os leva a satisfazer suas necessidades de sobrevivência e, se matam outros animais, é devido à sua programação de alimentar a si e a seus filhos, que emerge naturalmente.

Os seres humanos, por outro lado, podem matar por ódio aos outros, desfrutando da dor dos outros e de seu próprio crescimento em status acima daqueles que matam. Tal ódio e gozo na dor dos outros é uma qualidade única para os seres humanos, inexistente nos animais e que se estende do ego humano.

Assim, o ego separa os seres humanos dos animais.

Por outro lado, o ego é um impulsionador do progresso humano. Nossas atividades em ciência, tecnologia, artes, música, cultura e muitas outras são alimentadas principalmente pelo ego que quer mais que o outro.

Ele nos colocou no topo da pirâmide de quatro camadas da natureza, compreendendo o inanimado, o vegetativo, o animal e o humano.

A questão então se torna quando o ego é prejudicial e quando é benéfico?

O ego se torna problemático quando o usamos em benefício próprio às custas dos outros. Quando ajustamos a intenção sobre o ego, direcionando-o a beneficiar os outros em detrimento de seus propósitos de benefício próprio, o ego se torna benéfico para outras pessoas, bem como para todos os outros níveis da natureza.

O ajuste de nossa intenção sobre nosso ego, de benefício próprio para benefício dos outros, é possível quanto mais reconhecemos a rigidez de nossa interdependência.

Quanto mais nos sentimos dependentes um do outro, mais percebemos que precisamos apontar nossos egos para o bem comum.

Por um lado, golpes como a pandemia de coronavírus aumentam nossa compreensão e sentimento de nossa interdependência. Por outro lado, não precisamos esperar que esses golpes nos despertem para a nossa interdependência, mas, ao invés disso, podemos aprender sobre como podemos realizar nossa interdependência de maneira positiva e, ao fazer isso, aliviar muitos golpes que, de outra forma, sentimos.

Na sabedoria da Cabalá, a maneira de acumular sofrimento e golpes para nos despertar para a nossa interdependência chama-se “o caminho da dor”, e a maneira de nos despertarmos ativamente para a nossa interdependência e como ajustar nossos egos a ela chama-se “o caminho da luz”. O último caminho é aquele para o qual a sabedoria da Cabalá oferece um método de acesso.

“Acima Do Nosso Eu Mesquinho” (Medium)

Medium publicou meu novo artigo: “Acima Do Nosso Eu Mequinho

Detectar novas fases no desenvolvimento da humanidade é fácil: se um novo nível de interconexão e interdependência surgir, é sinal de que passamos para uma nova fase. O COVID-19 é um caso clássico de emergência de uma nova fase.

Até agora, mesmo nos piores golpes sofridos pela humanidade, como as duas guerras mundiais ou a Peste Negra, nem toda a humanidade esteve envolvida. O coronavírus provocou a primeira pandemia que realmente merece seu nome. Este é um sinal claro de que a evolução da realidade entrou em uma nova fase. Quanto mais cedo aceitarmos isso e pararmos de esperar que a vida volte ao modo pré-coronavírus, melhor será para todos nós.

Esse supergerme não é apenas mais um vírus. Seu impacto no mundo está nos forçando a subir para novos níveis de conexão. Até recentemente, poucas pessoas pensavam na saúde de outra pessoa. Agora, todos nós estamos pensando na saúde de todos. Embora exista claramente um motivo egocêntrico nesse pensamento, é um nível de conexão que não poderíamos alcançar antes. Mesmo que o nível de contágio na sociedade diminua, continuaremos a pensar na saúde dos outros, pois não queremos que eles fiquem doentes e ponham em risco nossa própria saúde. Dessa maneira, o vírus inadvertidamente nos conectou e nos fez considerar um ao outro.

Uma vez que esse nível de interconectividade e interdependência se manifesta, ele não diminui. A partir de agora, teremos que calcular todos os nossos movimentos como sociedade e não como indivíduos. Claramente, é uma mudança muito difícil que nossos egos evitam, mas a evolução não atende aos nossos egos. A evolução avança em seu caminho, que sempre foi em direção a aumentar a complexidade, aumentar a interconectividade e a interdependência e, portanto, aumentar a consideração dos outros. O fato de nossos egos se sentirem desconfortáveis ​​com isso é irrelevante. Este vírus ou o próximo, ou o seguinte, nos impulsionará a aprender a pensar nos outros, tanto quanto agora pensamos em nós mesmos. Na medida de nossa obstinação, assim será nossa dor.

O objetivo da natureza não é nos torturar. Seu objetivo é nos levar a uma alegria maior e muito mais profunda do que podemos imaginar hoje. O objetivo é abrir os olhos para toda a realidade, para nos tornar oniscientes. No entanto, a natureza só pode fazer isso se nos elevar acima de nossa concentração em nós mesmos. Ela precisa nos elevar a alturas das quais seremos capazes de ver o mundo inteiro, não apenas nossos pequenos corpos. Para fazer isso, ela precisa elevar nosso olhar acima do nosso eu mesquinho.

Assim como uma mãe pressiona dolorosamente seu bebê para fora de seu útero através de um estreito canal de nascimento, toda a humanidade está sendo pressionada para fora de sua antiga visão de mundo para uma nova realidade, um novo mundo. Assim como um bebê não tem escolha a não ser nascer, também nasceremos no novo mundo, pois, de acordo com a dor, nossa consciência aceita a realidade de nossa interconexão. Mas uma vez que aceitarmos, descobriremos que o mundo em que tínhamos vivido antes era escuro, apertado e inibidor.

Por meio da simpatia com os outros, aprenderemos o que significa o verdadeiro amor, o que é a responsabilidade mútua e como cada um de nós é tão único que o mundo inteiro não estará completo se não estivermos lá para lhe dar a nossa parte. Vamos viver em uma realidade de total expressão pessoal e absoluta devoção à humanidade, tudo ao mesmo tempo. Nós nos sentiremos satisfeitos e seguros, e transmitiremos esse sentimento a todos ao nosso redor e a toda a realidade. A vida deixará de ser um pesadelo e começará a ser o mundo dos sonhos que todos sentimos que deveria ser.

Conseguir essas recompensas depende inteiramente de nossa contribuição mútua. Somente se todos colaborarmos, o novo mundo emergirá. E até nos unirmos, teremos de suportar os gostos do coronavírus.

O Que Nos Move: Nosso Ego Ou O Amor Superior?

laitman_947Pergunta: Como posso determinar quando estou motivado pelo meu ego ou pelo amor superior? Suponha que eu esteja com raiva de uma determinada pessoa ou tenha um conflito com alguém, como posso determinar se é por causa da minha boa intenção de ajudar outra pessoa ou se estou motivado pelo meu ego?

Resposta: Se você deseja determinar se possui impulsos, pensamentos, desejos ou ações altruístas, precisa estar com um grupo de pessoas que pensam da mesma maneira, chamado dezena, onde tenta se sintonizar com a doação mútua.

Você começará a sentir como é incapaz e despreparado para isso. Na verdade, é então que o reconhecimento do mal começa e a compreensão de quão longe você ainda está das propriedades espirituais.

Tudo depende do trabalho do seu grupo quando você está junto com amigos que também anseiam pela propriedade de doação, pela conquista e pela revelação do Criador. Comece a desenvolver essa propriedade entre você e verá que não apenas não está se aproximando dela, mas também está se afastando dela. Este é o estado que você precisa atingir. Então você verá que não há nada espiritual em você por enquanto.

De KabTV, “Fundamentos de Cabalá”, 26/01/20

Nova Vida # 9 – O Poder Do Ego

Nova Vida # 9 – O Poder do Ego
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi

É possível aproveitar o tremendo poder do ego para construir uma sociedade que realmente apoie, desenvolva e unifique seus membros. Os seres humanos querem controlar o ambiente e usá-lo para seu próprio benefício, para dobrá-lo de modo que ele esteja abaixo deles. Se colocarmos o ambiente em primeiro lugar e mostrarmos a cada pessoa que a sociedade espera que ela trate bem os outros, a inveja, a luxúria, a honra e o controle funcionarão para o bem. Isto é, ela usará os mesmos desejos que costumava usar egoisticamente, em detrimento do ambiente, para o bem da sociedade, porque entenderemos nossa dependência mútua. Usar o ego corretamente equilibra nossos relacionamentos e todos os níveis da natureza.

De KabTV, “Nova Vida # 9 – O Poder Do Ego”

O Ego Não Pode Ser Destruído

laitman_566.02Pergunta do Facebook: A Cabalá sugere destruir o ego?

Resposta: Não. A Cabalá é um método que ensina como trabalhar corretamente com o egoísmo e usar plenamente seu poder. É por isso que se chama “a sabedoria da Cabalá” (“Cabalá” em hebraico significa “recepção”), da palavra “LeKabbel” (“receber”).

Pergunta: Então é impossível destruir o egoísmo?

Resposta: É impossível e desnecessário.

De KabTV “Notícias com Michael Laitman”, 10/04/18

Elevar-Se Acima Do Ego

Laitman_165Pergunta: o que significa elevar-se acima do egoísmo nas minhas respostas durante os workshops? Jogar com palavras, concordar com os outros e continuar seu pensamento, mesmo que sinta e pense o contrário?

Resposta: Elevar-se acima do egoísmo significa tentar estabelecer conexões com outros que são muito gentis e altruístas de modo que o Criador possa entrar em seu relacionamento com um amigo, aparecer nele e estar nele. É assim que você O descobre.

Você joga nele, sabendo claramente que não é você. Mas seus esforços estão gradualmente despertando o impacto da Luz circundante e ela eleva novas propriedades em você.

Pergunta: Mas isso muitas vezes provoca uma reação negativa nas pessoas. Elas dizem: “Por que eu deveria fingir? Onde está a verdade vindo do coração?”.

Resposta: Sua verdade é apenas o seu egoísmo, nada mais.

Pergunta: Qual o benefício de se apresentar artificialmente, digamos, como o último dos participantes?

Resposta: Você é criado como um egoísta, despreza todos e tudo. O mais importante para você é apenas você, e você entende isso perfeitamente. Portanto, você deve atuar de forma completamente diferente das propriedades que alegadamente possui.

Por que você deve fazer isso? Para que o mundo superior reaja ao seu jogo. Isso acontece de uma maneira muito simples. A Luz conhece tudo o que criou em você e avalia seus esforços. Você se esforça para ser grande, bom, para se unir com os outros, para alcançar o Criador.

No entanto, em princípio, com base nas propriedades que a Luz criou em você, você não pode desejar, mas tenta jogar, e isso é contado como seus esforços. Segundo eles, a Luz superior muda você. Este é o seu pagamento pela mudança.

Da Lição de Cabalá em Russo 22/10/17

Quando O Termo “Ego” Apareceu Pela Primeira Vez?

laitman_208Pergunta: A ciência acredita que o termo “ego” foi introduzido pela teoria da psicanálise de Sigmund Freud. Mas a Cabalá é muito mais antiga do que a psicologia. Quando esse termo apareceu primeiro nela?

Resposta: Na Cabalá, esse termo foi originalmente chamado de desejo de receber prazer. Foi apresentado por Adão há 5778 anos. O desejo de receber prazer é a matéria do nosso mundo.

Pergunta: E quando apareceu a palavra “Cabalá”?

Resposta: Eu não posso dizer com total certeza quando a palavra “Cabalá” surgiu pela primeira vez, mas os antigos gregos a traduziram como “recepção”, isto é, “receber”, a ciência da recepção, da revelação.

Da Lição de Cabalá em Russo 10/09/17

Nova Vida # 893 – A Atitude Correta Para O Ego

Nova Vida # 893 – A Atitude Correta Para O Ego
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Tal Mandelbaum ben Moshe

Resumo

Por que o ego nos ataca com o medo? Por que é importante fornecer-lhe o ambiente correto para o desenvolvimento e como é possível controlá-lo através da comunicação com o poder superior?

De KabTV “Nova Vida # 893 – A Atitude Correta Para O Ego”, 03/08/17

Nova Vida # 892 – Um Ego Saudável


Nova Vida # 892 – Um Ego Saudável

Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Tal Mandelbaum ben Moshe

Resumo

O que é o ego e qual o seu papel na nossa vida? Como medimos um ego saudável e o que a sabedoria da Cabalá nos diz sobre desenvolvê-lo corretamente?

De KabTV “Nova Vida # 892 – Um Ego Saudável”, 3/8/17

OBS: Multímidia em idioma inglês

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