Opinião (Fyodor Lukyanov, editor-chefe da revista Rússia em Assuntos Globais, presidente do Presidium da ONG “Conselho de Relações Exteriores e Defesa Política”): “A elite mundial não pode entender o que está acontecendo com todos aqueles a quem ela, em teoria, deve operar – a sua própria população está se distanciando cada vez mais dessas elites. …

“Por que isso está acontecendo? A elite mundial é globalizada. É uma fundação combinada: americana, francesa, alemã, croata, chinesa, etc. Na verdade, as diferentes “classes superiores” têm mais em comum entre si do que com as comunidades nacionais que representam. Isso surge repetidamente. O recente ‘dossiê do Panamá’ causou uma forte reação no mundo. Por quê? Porque no pior momento possível houve outra confirmação de que essa elite esconde dinheiro offshore, enquanto seus compatriotas correm o risco de perder suas poupanças em seus países de origem.

“Portanto, em minha opinião, o mundo está em uma virada crítica. O atual modelo de globalização atingiu o limite além do qual há um dilema: ou o verdadeiro governo mundial, de qualquer forma – o governo, que controla vastos territórios, as comunidades e unidades -, ou o movimento das elites globalizadas volta às suas raízes, sem o qual elas, de fato, não têm legitimidade. …

“O próximo passo é uma revanche das pessoas que acreditam que a elite tem se deparado delas, se esquecido e não quer saber o que elas precisam”.

Meu Comentário: Há um limite para o controle de qualquer sistema: se o mundo é interdependente, ele precisa ser unido, universal e gerido por uma única instituição, ou dividido em subsistemas e encontrar um equilíbrio mútua entre eles. A situação atual, onde as elites estão unidas e a classe baixa está separada, não pode continuar por muito tempo.

Desenvolvimento natural é no sentido de um governo mundial. Mas, na ausência de um método de consolidação, a sabedoria da Cabalá, todo mundo acredita que alcançar tal estado é impossível. Mesmo que todo mundo esteja consciente da necessidade de um governo mundial, eles preferem manter a distância em vez de entrar em uma briga.

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