Comentário: Marios Droushiotis, um trabalhador num escritório do governo em Chipre, escreveu uma carta ao presidente do país expressando sua insatisfação com o seu alto salário para a sua atual falta de atividade. Ele escreveu: “Eu me sento. Não faço nada e ganho 5.000 euros. O Estado teria poupado mais dinheiro simplesmente me dizendo para ficar em casa e me pagando dessa forma. Pelo menos, eu não estaria criando custos como aquecimento, luz e água por estar no escritório!”.

Resposta: Ao que parece, ele quer ser Primeiro-Ministro.

Pergunta: Isso significa que você não acredita que ele tenha uma consciência?

Resposta: Isso me lembra de como uma pessoa pode roubar e corar. Há motivos obscuros aqui. Se isso viesse de um grito de consciência, ele teria se voltado de forma calma e suave, e escrito um memorando, “Reduza o meu salário pela metade”. A ideia é que, em última instância, nós não entendemos o desenvolvimento egoísta. O ego não se desenvolve quantitativamente apenas crescendo. Em vez disso, ele também se torna maior qualitativamente. Ele evolui na direção do aperfeiçoamento, da aquisição de novas formas, mais sutis e sofisticadas. Assim, ele pode não estar mais satisfeito com o dinheiro. As pessoas já não aspiram a honra, glória e poder. Tudo isso deixou de satisfaze-las.

Pergunta: Para onde vai isso?

Resposta: Isso vai fazer com que as pessoas não queiram uma grande variedade de comida e sexo. Elas não vão querer criar uma família e ter filhos. Esse desejo simplesmente desaparecerá, e as pessoas não vão ter nada a ver com a ideia. Depois vem a depressão, o uso de antidepressivos, o abuso de drogas e o suicídio. A questão é, o que isso estará satisfazendo?

Pergunta: Se o espectro anterior de valores egoístas desaparece, qual será o resultado?

Resposta: Todos nós vamos chegar a um grande clamor universal, como um lobo uivando para a lua. É assim que as pessoas também vão sair e começar a uivar, gritando ao Criador, “Para que Você nos criou, em nome de quê e por quê?! O que você quer de nós?” Haverá um grande uivo como esse em toda a Terra rumo à fonte de nossa existência, mesmo inconscientemente. Isso vai nos levar a decidir que temos que encontrar o sentido da vida. A natureza não poderia ter sido criada com tal perfeição onde não há começo nem fim, e não haja nenhum propósito para ela. Nós apenas não o vemos.

O que estamos vendo hoje indica que, se um desejo aparece em nós, isso significa que a fonte de sua realização, que está oculta de nós, está nos iluminando e estimulando esse desejo em nós. Isto é, nós podemos alcançar essa satisfação. A natureza não apenas cria alguma coisa. Um estado de insatisfação aparece, que é basicamente egoísta, e nos dirige a procurar o poder superior, a fonte superior.

De KabTV “Notícias com Michael Laitman” 04/03/16

Categoria: Crise, Egoísmo, Globalização |