Convenção Do México – “Um Coração Para Todos”, 17 – 19.07.15, Lição 2

Lição No. 2: A Fundação Para O Estabelecimento Da Sociedade

A Necessidade De Um Bom Ambiente Que Permita Que Eu Avance Ao Longo Da Escada Espiritual

1) Está escrito sobre isto, “Ó Senhor, a porção da minha herança e da minha taça; Tu mantiveste meu lote. Tu colocaste a minha mão no bom destino, para dizer, ‘Isto tome para você'” […]

Agora você pode ver verdadeiro significado de suas palavras. É certamente verdade que o próprio Criador coloca a mão da pessoa no bom destino dando a ela uma vida de prazer e contentamento dentro da vida corpórea que é preenchida com tormentos e dores, e vazia de qualquer conteúdo. …

E a escolha de uma pessoa refere-se somente ao fortalecimento. Isto é porque há certamente um grande esforço aqui antes que uma pessoa purifique seu corpo para ser capaz de manter a Torá e Mitzvot corretamente, não para seu próprio prazer, mas pata trazer contentamento para seu Criador, que é chamado de Lishma (para Seu Nome). Somente desta maneira que uma pessoa é dotada com uma vida de felicidade e prazer que vem com a manutenção da Torá.

Entretanto, antes que uma pessoa chegue a aquela purificação há certamente uma escolha para se fortalecer no bom caminho por todos os meios e táticas. (Baal Ha Sulam – “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot”).

2) Uma pessoa não pode se elevar acima de seu círculo. Portanto, ela deve se apegar em seu ambiente. E não há outro conselho para ela, a não ser através de muito trabalho e Torá. Por esta razão, se ela escolhe para si um bom ambiente, ela poupa tempo e esforços, uma vez que é atraída de acordo com seu ambiente. (Baal HaSulam, Shamati Artigo 235. “Elevar-se”)

3) Embora cada uma tenha “sua própria fonte”, as forças são reveladas abertamente somente através do ambiente em que a pessoa está. …

Portanto, Rabbi Yosi Ben Kisma corretamente assumiu que se ele tivesse que abandonar o bom ambiente que tinha escolhido e caísse num mau ambiente, numa cidade onde não houvesse Torá, não somente seus conceitos anteriores seriam comprometidos, mas também todas as forças ocultas em sua origem, as quais ele ainda não havia revelado em ação, permaneceriam ocultas. Isso porque eles não estariam sujeitos ao ambiente correto que seria capaz de ativá-los. Somente na questão da escolha do ambiente é que o governo do homem sobre si mesmo é medido. (Baal HaSulam, “A Liberdade”)

4) Entretanto, inicialmente existe liberdade para o desejo escolher tal ambiente, como livros, e tais orientações que transmitem para ela (pessoa) os bons conceitos. Mas se uma pessoa não quer fazer isto, mas está desejosa de entrar em qualquer ambiente que aparece para ela e ler qualquer livro que caia em suas mãos…

Por consequência, ela será compelida a conceitos corrompidos, que farão com que ela peque e se condene. Ela será certamente punida, não por causa dos seus pensamentos e ações egoístas, nos quais ela não tem escolha, mas porque não escolheu estar em um bom ambiente, porque nisto existe definitivamente uma escolha.

Por esta razão, a pessoa que se esforça continuamente em escolher um ambiente melhor é digna de louvor e recompensa. Mas aqui, também, não é devido a seus bons pensamentos e ações, quem vêm a ela sem escolha, mas pelo seu esforço de conquistar um bom ambiente, que lhe traz estes bons pensamentos e ações. É como Rabbi Yehoshua Ben Perachya disse “Faça para ti um Rav, e compre um amigo”. (Baal HaSulam, “A Liberdade”)

5) Nossos sábios disseram: “Faça para ti um Rav e compre um amigo”. Isto significa que uma pessoa pode criar um novo ambiente para si mesma. Este ambiente a ajudará a obter a grandeza de seu Rav através do amor dos amigos que apreciam o Rav. Através das discussões dos amigos sobre a grandeza do Rav, cada um deles recebe a sensação de sua grandeza. Portanto, doar para seu rav se tornará recepção e motivação suficiente em tal medida que trará a pessoa a se engajar na Torá e Mitzvot Lishma.

Eles disseram sobre isto, “A Torá é adquirida por quarenta e oito virtudes, por servir aos amigos e pela meticulosidade dos sábios”. Isto é assim porque além de servir o Rav, a pessoa precisa da meticulosidade dos amigos, e também da influência dos amigos, de modo que eles a afetarão para obter a grandeza de seu Rav. Isto é assim porque obter a grandeza depende inteiramente do ambiente, e uma única pessoa nada pode fazer. (Baal HaSulam, “Um Discurso Para a Conclusão do Zohar”)

6) Se uma pessoa não tem nenhum desejo e anseio pela espiritualidade, se ela estiver entre pessoas que tem um desejo pela espiritualidade, se ela gosta destas pessoas, ela também, tomará a força delas para prevalecer, e o desejo e aspirações delas, embora pelas suas próprias qualidades (da pessoa), ela não tenha estes desejos e vontades e o poder de superar. Mas, de acordo com o encanto e a importância que ela atribui a estas pessoas, ela recebe novos poderes. (Baal HaSulam, Shamati 99, “Ele Não Disse Ímpio ou Justo”).

7) Cada um deve tentar trazer para a sociedade um espírito de vida e esperança, e infundir energia para dentro da sociedade. Portanto cada um dos amigos será capaz de dizer para si mesmo, “Agora eu estou começando o trabalho com uma lousa limpa”. Em outras palavras, antes que ele viesse para a sociedade ele estava desapontado com o progresso no trabalho de Deus, mas agora a sociedade o preencheu com vida e esperança.

Portanto, através da sociedade, ele obteve a confiança e a força para superar, porque agora sente que pode alcançar a plenitude. E todos os seus pensamentos – que ele estava enfrentando uma alta montanha que não podia conquistar, e que estes são verdadeiramente obstáculos formidáveis – agora sente que eles (obstáculos) não são nada. E ele recebeu isto tudo da força da sociedade porque todos tentaram inculcar um espírito de encorajamento e a presença de uma nova atmosfera na sociedade. (Rabash, “O que Procurar na Assembléia dos Amigos”)

8) “Na multidão do povo está a Glória do Rei”, resulta que quanto maior o número do coletivo, mais efetivo é o poder do coletivo. Em outras, eles geram uma forte atmosfera sobre a grandeza e importância do Criador. Nesta ocasião, o corpo de cada pessoa sente que tudo o que ela deseja fazer é para a santidade – ou seja doar para o Criador – como uma grande sorte, que ela foi privilegiada em estar entre pessoas que foram recompensadas em servir o Rei.

Na medida em que a sociedade considera a grandeza do Criador com seus pensamentos durante a assembléia (reunião dos amigos), cada um de acordo com seu degrau, cria a importância do Criador em si. Portanto ela (pessoa) pode caminhar o dia inteiro no mundo da alegria e felicidade. (Rabash, “A Agenda da Asssembléia 2”)