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Transcender Os Limites Do Tempo

Laitman_197_01O tempo é uma opção egoísta, interna, pessoal, psicológica, quando eu meço o tempo como a diferença entre o tempo em que quero algo para aspirar e quando realizo esse desejo. Eu sinto que o tempo é sempre uma falta de contentamento.

Se eu recebesse imediatamente o que quero, tão logo o quisesse – se o desejo fosse realizado de uma só vez – eu não sentiria o tempo. Isso é chamado de estar acima do tempo. Por exemplo, se a recepção do desejado acontecesse com velocidade infinita, o tempo se aproximaria de zero.

Toda a nossa natureza existe abaixo da velocidade da luz, e todos os processos são limitados pela velocidade. Devido a isso, nós temos o tempo. Afinal, tempo, velocidade e distância são relacionados.

Teoricamente, se nós recebêssemos aquilo que é desejado de uma só vez, não sentiríamos o tempo.

Quando eu alcanço um estado onde o tempo se iguala a zero – isto é, se a velocidade fosse infinita e a distância reduzida a zero – o espaço se transforma num ponto? Quando será que eu posso executar uma ação, e imediatamente executá-la, no mesmo momento, assim que eu desejar? Isso só é possível no ato de doação, que depende de mim.

Se nos afastássemos da conexão atual entre nós, onde cada um recebe do outro, de tais comunicações, quando cada um doa ao outro e pode doar – ele tem algo para dar e os outros desejos para receber dele – sentiríamos o mínimo de tempo.

O tempo é um hábito. É um parâmetro puramente psicológico, e isso cientificamente falando.

Em essência, o que nós precisamos, se estamos falando a verdadeira implementação da vida, da correta gestão do tempo que nos é dado? Nós precisamos saber como alcançar a ação de doação pura, pela qual subir ao nível em que existimos fora do tempo, espaço e movimento.

Com efeito, se o tempo for igual a zero, não há movimento nem espaço. Tudo está localizado no mesmo lugar, nesse ponto. Nós podemos chegar a esse estado se mudarmos nossa atitude de recepção para a doação.

De KabTV “Uma Nova Vida” 22/04/15

A Verdade Sobre O Boicote A Israel, Parte 2

laitman_570Nós devemos entender que a governança superior desperta uma atitude negativa dos povos em relação a nós, porque nós, de nossa parte, não geramos nada de positivo.

Nós precisamos nos tornar um “reino de sacerdotes” e uma “nação santa”. Baal HaSulam fala sobre isso nos artigos “Matan Torá (A Entrega da Torá)”, “O Arvut (Garantia Mútua)”, e outros. Este é o nosso destino, mas nós não o executamos

Até à data, o processo da formação do Estado moderno de Israel se esgotou. Nós não criamos uma nação cujo projeto seja consistente com o conceito de “povo de Israel”. Como resultado, nosso país não pode ser chamado de “nação de Israel”. No que diz respeito à cultura e à educação, nós não nos correlacionamos com o que deveria ter sido.

Por conseguinte, nos últimos anos, a pressão externa tem crescido. Não faz diferença quem está por trás dela, se é o presidente norte-americano, o primeiro-ministro da França ou da Inglaterra, uma organização estudantil, ou os nossos vizinhos árabes.

Além disso, nós temos sentido recentemente a pressão de todos os lados. Hoje, chegou-se à conclusão que nenhum país, povo ou partido elevará a sua voz a favor de Israel. Esse é um sinal claro do esgotamento da quantidade de tempo que foi atribuída a nós para nos organizarmos para nos tornarmos verdadeiramente o que deveríamos ter nos tornado: “Uma Luz para as nações”.

Além disso, nós só podemos ser uma Luz para as nações com a condição de que nos unamos entre nós. Afinal, a nossa nação, ao contrário de outras, não foi fundada numa base genética. Nossa nação é um grupo de pessoas unidas por ideologia, em vez de biologia.

É necessário levar em conta o que é dito na Torá e o que os Cabalistas dizem: nós temos um papel especial, e precisamos implementá-lo corretamente, em primeiro lugar, no que diz respeito ao povo no Estado de Israel.

Continua…

De KabTV “Sobre o Boicote de Israel” 03/06/15

Em Vez De Boicotar: Amor

laitman_568_01Pergunta: A atitude hostil da Europa em relação a Israel nos dias de hoje me assusta. Nos últimos anos há um verdadeiro boicote de Israel por todos os lados. Tanto assim que mesmo a FIFA ameaçou proibir Israel de ir à Copa do Mundo.

Por que eles não nos querem? De onde vem todo esse ódio que alcançou até o esporte? Afinal, o esporte sempre aproximou as nações.

Resposta: Essa atitude negativa tem sido sentida por muito tempo. Os judeus geralmente não são bem-vindos em nenhum lugar. Mas o problema é que nós não queremos admitir isso. Afinal, se nós reconhecêssemos isso e quiséssemos resolver esse problema, nós exploraríamos a raiz desse ódio. A sabedoria da Cabalá nos diz que o antissemitismo decorre do fato de que os judeus têm a chave para a vida boa e feliz em todo o mundo.

Isto é especialmente evidente hoje, quando nós aprendemos cada vez mais sobre o nosso mundo, em que medida ele está integralmente conectado, e como todos nós estamos conectados um com o outro. Nesse sistema integral, nós precisamos de um plano especial, de uma educação correta, que nos ajude a estabelecer boas relações entre nós. Caso contrário, vamos simplesmente devorar uns aos outros.

A humanidade está descobrindo a nova lei da integralidade no mundo, o que significa completa interdependência mútua, e a humanidade está desesperada com o desamparo que está enfrentando. Todos os sistemas que construímos nos últimos três séculos não funcionam.

Nós sabíamos como viver num mundo que era formado por individualistas, onde todos viviam por conta própria. Mas hoje estamos descobrindo que somos totalmente dependentes um do outro. É impossível se mover sem tocar os outros, e os laços entre as nações são tão apertados que precisamos de outro estilo de vida. Nós ainda não conseguimos estabelecer relações de amizade no seio da família; todos estão em conflito com os outros, filhos, pais, etc., tudo está desmoronando porque não há força de conexão entre nós, a cola que pode nos manter juntos. Essa força vem através de uma conexão especial de acordo com a sabedoria da Cabalá.

A nação de Israel foi estabelecida por um grupo de estudantes de Abraão que ele reuniu na antiga Babilônia e ensinou como se conectar e unir. No entanto, milhares de anos mais tarde, a nação de Israel perdeu os princípios de que todos em Israel são amigos, ama o teu próximo como a ti mesmo, e a garantia mútua de ser como um homem em um só coração.

Apenas as palavras permanecem, mas nós não sentimos qualquer conexão entre nós. Quando voltamos para a terra de Israel, não construímos a nós mesmos como a nação de Israel deve ser: unidos como um só homem.

Todas as nações estão com raiva de nós precisamente porque não estão conectados com os laços corretos e, portanto, não constituímos um exemplo para os outros. Se a nação de Israel estabelecesse boas relações entre seu próprio povo, nos sentiríamos como a felicidade e a prosperidade fluem para o mundo, a boa força de união. Isso significa que a nação de Israel se tornará uma Luz para as nações do mundo ao estabelecer um exemplo para todos de como eles devem se conectar. Essa é a razão que, agora, a coisa mais importante é alcançar a unidade entre a nação de Israel. Então, o mundo inteiro vai querer seguir esse exemplo. Se o mundo exigisse que Israel desse um exemplo deste método de unidade todos os dias, teríamos que aprender a ser esse exemplo.

A Natureza nos une juntos, mas nós mesmos temos que transformar esses laços em bons laços. A missão da nação de Israel é a de ensinar todas as nações do mundo como fazer isso. A fonte do antissemitismo é, na verdade, o fato de que Israel não revela o método de unidade ao mundo.

Se a nação de Israel se unisse, todas as nações do mundo sentiriam isso e aprenderiam conosco. Isso significa ser um reino de sacerdotes e uma nação santa. A atitude do mundo em relação a Israel mudaria imediatamente do ódio ao amor e gratidão pelo bom exemplo. As pessoas viriam até nós para aprender como alcançar a unidade.

Do Programa da Rádio Israelense 103FM, 17/05/15

A Revolução Do Século XXI: Em Benefício Da Sociedade Integral

laitman_944(Continuação de “A Revolução Do Século XXI: Homem Rico, Homem Pobre”)

Pergunta: Como exatamente a relação entre ricos e pobres mudará devido ao método da educação integral?

Resposta: Graças a ele, vamos revelar o sistema de nossa interconexão. Não há alternativa. Na medida em que esses e os outros são capazes, é necessário formar os mecanismos de correção de interação.

A questão é que as duas categorias da população recebem um novo lucro, uma nova realização. Elas revelam a força superior, a vida no grau humano, Adão, que é semelhante à força superior. Elas sentem que adquirem um novo mundo que está acima da vida e da morte, acima da pobreza e riqueza.

Isso preenche uma pessoa, substituindo antigos prazeres. Agora, ela é aquecida não pelo dinheiro, contas bancárias, vendas e fábricas, jornais e navios a vapor. Tudo isso dá apenas prazer indireto e fugaz. Aqui, a pessoa recebe satisfação diretamente.

De fato, nossa natureza corpórea é o desejo de desfrutar. Sua verdadeira realização é o que definimos pelo termo “Luz”. Portanto, o método integral nos permite preencher este desejo não com dinheiro, honra e poder, mas com a Luz.

Não há substituto. Comparado a isso, tudo o resto é um substituto. Relações sociais bem estabelecidas nos permitirão receber satisfação natural, que é, obviamente, mais eficiente e atraente do que seus substitutos, que são geralmente aceitos hoje.

Pergunta: Como uma pessoa pode obter essa Luz?

Resposta: Ela deve estar conectada corretamente com os outros. Então, juntos, eles criam um sistema único correspondente à unidade da Luz. As propriedades desse sistema em que a pessoa existe coincidem com a propriedade da Luz, satisfação e, assim, a pessoa sente satisfação em si mesma.

Assim, a nossa unidade é apenas uma condição na qual recebemos a satisfação eterna e perfeita, e devido a isso, revelamos a vida num grau mais elevado.

Pergunta: Portanto, em última análise, tudo depende de nossos relacionamentos?

Resposta: Claro. A Luz me mostra que estamos todos no mesmo sistema. A formação das condições atuais nele não depende de nós, mas agora, com base na situação atual, temos que chegar a uma decisão.

Eu faço cálculos não com o que costumava ser, mas com o que será. Precisamos formar uma conexão mútua, de modo que, juntos, construamos uma nova sociedade. Para que? Para revelar a vida eterna nela.

Em suma, o ódio dos ricos vai acabar quando eles, em conjunto com os pobres, agirem em benefício de uma sociedade integrada unificada.

De KabTV “Uma Nova Vida” 14/05/15

Comunismo: Utopia Ou Realidade, Parte 8

Laitman_115_05Milhares de anos atrás, a sabedoria da Cabalá previu que no final do século XX, começando de 1995 em diante, a humanidade chegaria a um nível de desenvolvimento egoísta em que sentiria que não há um futuro brilhante, sedutor e atraente a sua frente, mas uma “grave massa comum”.

Até essa época era inútil recorrer às pessoas que acreditavam que possuíam um ego normalmente desenvolvido com o qual podiam construir uma sociedade que parecesse racional e correta para elas. As pessoas tinham tudo para satisfazer seu ego: família, filhos, um lote de terra. No entanto, o egoísmo cresceu constantemente: havia duas vacas, então, haverá inclusive outra; havia uma dúzia de ovelhas, haverá outra dúzia, etc.

Mas quando uma pessoa atinge o pico do desenvolvimento egoísta, ela começa a entender que esse desenvolvimento é um beco sem saída; não leva a lugar algum: “Eu sinto que não sou o único usando o ego para a autossatisfação; ele me controla”. Em outras palavras, a pessoa sente o egoísmo como uma força estranha.

Uma sensação como essa despertou e surgiu na década de 60, nos Estados Unidos, com o movimento “hippie” da juventude. A juventude tinha atração pelas doutrinas orientais, começou a organizar comunas e usar drogas. Tudo começou com isso.

Essa foi um novo impulso criado nas pessoas, um novo egoísmo que indicou que não era oportuno investir qualquer coisa nesse mundo; ele é finito. Então, vale a pena pensar em outra coisa. Mas em que? E uma vez que não havia respostas, os hippies permaneceram vazios e gradualmente desapareceram do mundo.

Continua…

De KabTV “Sobre a Nossa Vida” 11/05/15