Nosso trabalho deve se concentrar em orar para tornar o nosso pedido o mais correto e preciso possível, na forma máxima que estivermos preparados para obter de nossa condição. A cada momento precisamos tentar localizar o pedido certo de acordo com sua direção, intensidade e caráter. Isso é o mais importante.

Se examinarmos a nós mesmos, veremos que não estamos pedindo para o Criador. E mesmo se pedimos, pedimos por nós mesmos, lamentando nossa condição pessoal. E esta é, certamente, a manifestação do maior ego.

Pessoas comuns neste mundo que não estão envolvidas com o estudo de Cabalá estão em melhor condição do que nós. Afinal, elas não exigem que o Criador mude, melhore ou corrija o que Ele fez para elas, descordando Dele. Elas simplesmente aceitam tudo como é, uma vez que estão separadas do Criador. Pelo menos elas não vão até Ele com demandas e reivindicações, perguntando onde está a sua merecida recompensa. Uma demanda como essa é completamente oposta à oração certa.

É possível organizar uma mudança tão grande em nós de modo que vamos pedir corretamente apenas para trabalhar num grupo. Uma pessoa sozinha não pode se manter neste processo. Se estiver sozinha, ela vai cair no seu ego novamente; ela vai começar a atribuir tudo e pedir para si mesma. Ela não tem os meios para se formatar e organizar corretamente o seu apelo ao Criador. Isto é possível somente através da oração comum.

É útil vermos todos esses conceitos muito claramente. Se não conseguirmos quaisquer alterações no caminho, este é um sinal de que não estamos pedindo por eles. Todo progresso espiritual é realizado apenas através da descoberta prévia de uma deficiência, um pedido.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 07/04/14, Escritos do Rabash

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