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Educação No Mundo Real

Dr. Michael LaitmanOpinião (Nina Erofeeva, PHD, Professora da Universidade Estadual de Udmurte, Rússia): “A estratégia de aprendizagem em todos os níveis da educação é projetada mais para meninas. Uma das principais razões para isso é um percentual maior de professores mulheres, e o tipo de pensamento das mulheres é diferente. Coletivos pedagógicos são femininos na organização cultural.

“As seguintes qualidades são dominantes: o desejo de ser ordinário (o desejo de ser a primeira a dominar na cultura masculina); interesse em problemas dirigidos ao uso de notícias (e não na criação de notícias); mais atenção às opiniões dos outros (ao invés de fatos); cuidado com as pessoas (não sucesso) é mais valioso; intuição e consenso (ao invés de ações decisivas) são levados em conta na tomada de decisão; relacionamentos são mais importantes do que resultados (e não vice-versa).

“Lições de escola são na sua maioria verbais, orientadas ao hemisfério esquerdo. Garotas fazem bem tarefas típicas, exigindo o algoritmo para resolvê-las, e meninos fazem bem tarefas criativas. Na maioria das vezes, há apenas o tempo suficiente durante a aula para resolver problemas com o algoritmo, mas não há tempo para problemas criativos.

“A falta de métodos de ensino para crianças de ambos os sexos facilita a educação das meninas. Os meninos começam a se sentir infelizes, não adquirem competências-chave e perdem o interesse em aprender. O sistema educativo torna impossível perceber a busca potencial do sexo forte.

“Os professores homens, ensinando matemática e ciências naturais, ensinam seus alunos em plena conformidade com a estrutura do cérebro masculino, de modo que as meninas que estudam matemática e ciências no ensino médio estão atrás de seus colegas masculinos. A estrutura do discurso dos homens é uma cadeia lógica de três partes: introdução, conteúdo e conclusões.

“O discurso da mulher é multifacetado; ele pode carregar vários enredos e mesmo intervir simultaneamente em conversas alheias; homens não podem manter o controle de sua estrutura e perdem o interesse. Quando uma professora ensina uma lição, ela ouve simultaneamente os alunos falando. Comentando sobre eles, ela se afasta do tema da aula; meninos imediatamente perdem o enredo e têm dificuldade de retornar ao tópico.

“Uma professora pode começar com um assunto e saltar para outro no meio da frase e, depois voltar para o primeiro, mencionando algo estranho. Tal diversidade cansa os rapazes, cujos cérebros só podem olhar para uma linha de cada vez e processar informações apenas sobre um assunto.

“O fluxo de informações entre os hemisférios direito e esquerdos do cérebro feminino é mais poderoso, de modo que as meninas podem falar e ouvir simultaneamente. Meninos também podem falar ou ouvir, mas não podem fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Assim, é difícil para eles escrever ditado. Para eles, o texto precisa ser primeiro lido e depois ditado.

“Os pressupostos básicos para a introdução da educação separada:

• A maioria dos métodos e técnicas educacionais é projetada para uma pessoa média.

• A educação de meninos e meninas da mesma idade, mas de uma idade psicológica diferente (devido à diferença de desenvolvimento físico), traz um impacto negativo sobre a cultura de sua comunicação;

• Contrariamente à crença popular de que coeducação ajuda a construir relacionamentos interpessoais ideais, não é assim. Relações interpessoais entre meninos e meninas na educação tradicional são extremamente limitadas.

“Esses fatores não permitem encontrar compreensão nas relações familiares”.

Meu Comentário: De acordo com a Cabalá, homens e mulheres são tão diferentes que devem ser separados com a idade de dois anos, e os filhos criados por cuidadores de mesmo sexo. Só então todos nós seremos capazes de cumprir a nossa missão, que é alcançar a semelhança com o Criador através da nossa conexão correta: “um homem e uma mulher e a revelação do Criador entre eles”.

Guerra Contra A Ocultação

Dr. Michael LaitmanSalmos, 27:3: Ainda que um exército me cercasse, o meu coração não temeria; ainda que a guerra se levantasse contra mim, nisto confiaria.

Se uma pessoa se lembra de que tudo resulta de uma fonte, que não há outro além Dele, e sabe como se relacionar com isso, ela descobre que a guerra é apenas para a revelação do Criador e que não há nenhuma outra guerra.

Nós não deveríamos lutar contra os obstáculos, que é realmente como lutar contra moinhos de vento, mas sim deveríamos lutar contra a ocultação na medida em que nos aproximamos do Criador, do não há outro além Dele, e segurá-Lo com toda nossa força. Não devemos deixar os diferentes distúrbios nos confundir e nos desviar da direção correta.

A guerra toda é apenas contra a ocultação. Não há nada que o ser criado possa fazer na criação, exceto revelar a força superior. Assim, nos livramos de todos os nossos aborrecimentos e de nossos problemas, que são o resultado da ocultação, e da influência da Luz superior em nós, então nos tornamos vasos de doação. Assim, avançamos pelos níveis de correção até o verdadeiro fim da correção, o que significa até a revelação completa.

Não devemos esquecer que o trabalho contra a ocultação é o trabalho em nossos vasos, para que eles sejam apropriados para a revelação. Se eu vejo que estou no sistema de ocultação, que opera contra mim para me dar a chance de me esforçar, eu descubro que a verdadeira ocultação é a mão de Deus que preparou isso para mim.

Eu não peço que a ocultação desapareça, mas peço somente pela força de doação, mesmo que o Criador esteja oculto. Eu não espero que a ocultação seja removida, mas que eu seja capaz de trabalhar na ocultação como na revelação.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 22/04/14

Este Momento Foi Criado Por Um Poder Superior

Dr. Michael LaitmanTodas as dificuldades em nossa vida são derivadas da não organização de um apoio para nós mesmos que nos lembre de que, em cada momento, recebemos uma situação organizada para nós pelo poder superior. E cada situação como esta é uma condição onde temos que descobrir que ela está vindo do Criador a fim de descobri-Lo.

Nós devemos nos relacionar com cada momento de nossas vidas como proveniente do Criador e entender que tudo isso são diferentes formas de ocultação que nos são dadas, para que através de nossos esforços, tentemos sair delas.

O poder superior organiza cada momento da vida para nós, e a cada momento nós pedimos apenas uma coisa: descobrir o Criador a fim de aderir a ele sob todas as condições, seja doação ou recepção, a fim de doar sob um Tzimtzum (restrição), aconteça o que acontecer.

Na verdade, nosso trabalho é dividido em várias partes. A primeira e principal parte é organizar todos os tipos de suporte para mim de modo a não se esquecer de onde tudo vem. Sozinho, nunca vou ser capaz de esclarecer que tudo vem do Criador.

Para descobrir o Criador deve haver um grupo, pois o Criador é um poder coletivo que se revela entre nós. Portanto, deve haver uma rede de conexões entre nós, e estando nela, eu não serei capaz de esquecer que recebo todas as condições do poder superior, e que desde o início existe algum tipo de iluminação pequena no nosso sistema.

Depois o grupo me corrige a um estado tal que eu sinto certa iluminação dentro de nossa conexão que vem de Cima. O desenvolvimento deste estado me aprofunda cada vez mais nele, e lá nesta profundidade, eu entendo que devo descobrir o Criador neste estado, por meio de um pedido.

Este pedido é o nosso pedido compartilhado e ele é composto por vários amigos com quem eu estou conectado, e através deles nós estamos preocupados que este sistema vai começar a viver e revelar no seu interior o poder interior que o criou e formou desde o início, e este é revelado de acordo com nosso pedido. O principal é voltar tão rapidamente quanto possível a cada momento para uma “consciência” de que este momento foi colocado diante de nós por uma força superior.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 14/04/14

Onde É Melhor Ir: A Uma Convenção Ou A Um Concerto?

Dr. Michael LaitmanUma Pergunta sobre a Convenção “Um por Todos e Todos por Um” em Paris:

Pergunta: Qual é a diferença entre uma reunião de pessoas para uma Convenção Cabalística e um concerto musical?

Resposta: Cada encontro é bom por si só, mas eu prefiro estar entre pessoas com quem eu posso ganhar mais.

Se eu for a um concerto, passarei o tempo agradavelmente. Se eu for me sentar num restaurante com parentes e colegas de trabalho, também será agradável e bom para mim.

Eu passo muito mais tempo numa Convenção, quase três dias. Mas eu posso ganhar incomensuravelmente mais lá, que é parte de outro mundo. Eu posso ganhar algo que não se encontra em nosso mundo, algo muito mais elevado, eterno, que não pode ser comparado a qualquer coisa que se encontra aqui!

Portanto, é necessário considerar bem isto. Um concerto, isso é bom. Um restaurante, isso também não é ruim, mas uma Convenção pode dar a possibilidade de receber algo que eu não terei de outra forma. Então, pense: vale a pena perder uma oportunidade como esta?

Eu não atraio ninguém pela força, mas acho que para todos vale a pena levar em conta que eles se beneficiam vindo à Convenção. Uma pessoa recebe e ganha a eternidade, que é um mundo imenso e completo. Ela deve considerar se vale a pena vir para isto.

Isto não impede que ela se sente com os amigos em um restaurante ou vá a um concerto. Mas se ela aloca tempo em sua vida para isso e para aquilo, o que resta de vida para ela? Esta vida deve acabar, não há dúvida disso. Então, ela deve considerar o que resta para ela nesta vida. O que é que ela ganha por estar viva e existir sob a forma de alguma matéria proteica neste mundo por alguns anos? Ela ganha algo que está além desta vida, ou não?

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 18/04/14, Escritos do Rabash

É Impossível Construir Um Partzuf Espiritual Sem Unir As Pessoas

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como é a tarefa de unir as pessoas conectadas para construir o nosso Partzuf espiritual?

Resposta: Em primeiro lugar, nós organizamos uma pequena parte, todos que pertencem ao Israel espiritual: todos os nossos amigos em todo o mundo, todos os grupos. Se nós ansiamos em nos conectar, estamos construindo o Partzuf espiritual, mas esse Partzuf é muito pequeno. Isto é apenas Galgalta ve Eynaim (GE).

Para que GE tenha poder, nós devemos conectar o AHP a nós. Em GE, há o Aviut (espessura) de 0-1-2-3-4. Também, na Luz de Hassadim, há seu NRNHY. Portanto, nós somos obrigados a organizar a disseminação externa. Está escrito sobre isso que as pessoas vão carregar os filhos de Israel sobre seus ombros e vão leva-los à Jerusalém para construir o Templo. Como está escrito “e os povos devem tomá-los e levá-los para seu lugar; e a casa de Israel os possuirá na terra do Criador” (Isaías 14:2), bem como, “…e eles trarão seus filhos em seu seio, e suas filhas serão carregadas sobre seus ombros”. (Isaías 49:22).

Dessa forma, nós podemos subir para a altura do Templo. No entanto, quando começarmos a construí-lo, as nações do mundo, que nos levaram até lá, vão entrar e serão integradas neste edifício do verdadeiro Partzuf espiritual que é construído de dez Sefirot em Malchut do mundo do Infinito.

Não podemos construir nosso Partzuf espiritual sem o povo de Israel e sem todo o mundo. Mas antes de tudo, nós precisamos conectar o povo de Israel como AHP ao nosso GE.

Portanto, nós estamos envolvidos com a disseminação. Simplesmente não temos escolha, porque se não disseminarmos, não cresceremos. Não estamos falando de um crescimento tal que as pessoas vão se juntar a nós e ser como nós como resultado de nossos esforços de disseminação. Em vez disso, graças a servir às pessoas, nosso GE vai crescer em direção ao objetivo mais elevado.

Pergunta: O que as pessoas receberão de nossa disseminação?

Resposta: Se as pessoas nos apoiarem, elas receberão Ohr Makif (Luz Circundante) através de nós e até mesmo um pouco mais do que isso. Tudo depende de quanto elas estão conectadas a nós. É possível inclusive receber iluminação interior. Sem dúvida, surgirá um forte sentimento de apoio, segurança e proteção.

Não há nenhuma diferença na Luz, se é Hochma ou Hassadim. Tudo depende apenas de quem recebe a Luz. Se as pessoas se anulam e se conectam a nós, elas atingem o primeiro nível, o inanimado, e começam a sentir o poder espiritual nele.

Pergunta: O que mais nós exigimos das pessoas além de se alinhar conosco e dar apoio?

Resposta: Nós precisamos fornecer educação às pessoas, não apenas uma vez, para explicar o que estamos fazendo e então contar com o seu apoio. Nós temos que envolver todos num processo sistemático de educação. Graças a isso, cresceremos.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 16/04/2014, Escritos do Rabash

Trabalhar Sem Intenção Também É Trabalhar

Dr. Michael LaitmanNão é certo pensar que não há nenhum benefício a partir de nosso estudo e disseminação, se ainda não tivermos a intenção correta. Essas ações também nos avançam. A ação de uma pessoa não pode ser completamente sem intenção. Ela precisa ver o objetivo desejado diante dela; isso lhe dá o combustível sem o qual ela não poderia avançar.

Se agirmos para receber, então temos combustível para isso, mas em prol da doação, sequer conseguimos nos mexer. Portanto, na primeira fase nós realizamos ações de Lo Lishma com a mesma intenção egoísta que temos, e essas ações são úteis e nos ajudam a avançar. Enquanto isso, nós estamos conectados por uma conexão inseparável com nosso ego:  a Luz superior não faz qualquer separação entre nós.

Já que estamos em um estado quebrado, através de nossas ações, nós ainda podemos atrair e evocar de Cima o Parsa, do mundo de Atzilut, a Luz que Reforma que chega até nós através do centro do grupo, nos influenciando e nos fazendo avançar. Em trabalhos como este parece à pessoa que ela não avança e não realiza as ações corretas. Mas mesmo que ela veja que todos os frutos de seu trabalho são deixados com Faraó, é assim que deve ser, pois o avanço no Egito em direção à redenção é serviço sob o domínio do Faraó.

Nosso ego nos domina e leva toda a nossa energia. Às vezes, ele nos dá energia, mas depois disso, ele retira todos os resultados do nosso esforço. Mas não há nada a fazer se estamos em sua servidão; este é o exílio egípcio.

Eu não devo pensar que as ações que são feitas sob o controle do ego são inúteis e não trazem nada. A pessoa deve superar (Itgabrut) isso, como um verdadeiro homem (Gever), a fim de avançar, apesar de tudo.

Os filhos de Israel tiveram que entrar no Egito a fim de tirar os Kelim, desejos de receber, desta servidão. Se não há nenhum desejo, mesmo que seja destrutivo, não há nada para corrigir e não há lugar para descobrir o poder superior, porque a Luz corresponde ao Kli.

Portanto, é necessário respeitar o trabalho em Lo Lishma, que nos é dado agora no período do exílio egípcio, e ver que adquirimos Kelim precisamente através dele. Nós precisamos olhar tudo isso de uma forma equilibrada e, por um lado, respeitar o Faraó. Como se diz quando Jacó entrou Egito, ele abençoou o Faraó, pois especificamente com a ajuda do Faraó nos elevamos do nível de Jacó para o nível de Israel através do Aviut adicional do desejo que o Egito adicionou. Portanto, não pense que é inútil trabalhar sem intenção, ou seja, sem uma verdadeira intenção de doar.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 16/04/14, Escritos do Rabash

Nosso Mundo: Uma Estação No Caminho

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como eu estou ajudando na correção de uma pessoa se eu lhe explicar a ideia de Abraão?

Resposta: Três mil e quinhentos anos atrás toda a humanidade vivia na Babilônia. Algumas pessoas compreenderam que era impossível continuar a viver como viviam. A crise que se desenvolveu as obrigou a procurar uma resposta de por que e para que fim estavam vivendo.

Suas vidas inteiras foram destruídas e elas se tornaram extremamente confusas. A Babilônia daqueles tempos era um grande império com cerca de três milhões de habitantes. Alguns deles, perto de cinco mil pessoas, entenderam que certo processo existe na natureza, uma fórmula específica para o desenvolvimento da matéria.

Dentro da matéria, há uma força evolutiva que a dirige e passa por todos os níveis de desenvolvimento e, por fim, a leva ao nível da próxima existência.

Todo o nosso mundo é uma estação. Nós chegamos aqui, realizamos nosso trabalho e vamos embora. Alguns dos Babilônios descobriram isso e entenderam que é possível fazer uma transição daqui para o outro nível da existência humana, juntamente com os níveis inanimado, vegetal e animal da natureza, que se combinam no nível de Adam (Humano).

Nós estamos falando de desejos. Nós só vemos desejos e agimos somente dentro deles. Toda a matéria na criação é um desejo de receber, incluindo o inanimado, vegetal, animal e até mesmo a essência de Adam. Eles compreenderam que deviam mudar o método de trabalhar com a matéria, trazendo-a em consonância com o poder superior que a gerencia, ou seja, com a natureza, dentro da qual nos encontramos.

Nós podemos ser controlados diretamente pela natureza, e podemos evitar isso e querer ser como a fonte da natureza. Esta é toda a diferença.

Our World - A Station On The Way

Eu posso ser ativado egoisticamente por alguma fonte, que é o Criador. Se eu existo nesta forma, eu sinto os níveis da existência inanimada, vegetal e animal, e me falta o nível de Adam.

O nível de Adam é quando eu apago tudo o que recebo do Criador e me torno como Ele. Este é um nível absolutamente diferente de existência. Este não é o nível inanimado, vegetal e animal, mas o quarto nível, o nível de Adam.

O princípio importante é que eu posso receber constantemente do Criador, sendo ativado por Ele, e esta é a primeira forma de existência. Mas pode haver também uma segunda forma de existência onde não quero só existir de acordo com os comandos do Criador que ativam meu ego. Neste caso, eu não O chamo de “Criador”, mas sim de “Faraó”, Achoraim (parte posterior) do Criador. Eu quero ser semelhante ao Criador e ser como Ele. Para fazer isso, eu anulo Seu controle, não concordo com Sua ativação. Esta é uma verdadeira revolução na cabeça das pessoas. Alguns dos babilônios chegaram a esta descoberta e aceitaram esta abordagem. Eles viram que a vida estava empurrando-lhes nesse sentido. O Criador gradualmente os obrigou, enviando-lhes uma crise, problemas e sentimentos ruins.

Hoje, nós estamos novamente como que na Babilônia; a vida é muito ruim. E o problema é que nós somos como os babilônios antigos que não conheciam o Criador. Mesmo assim, apenas um pequeno grupo aprendeu que, aparentemente, essa ação da natureza foi deliberada e sua origem estava no poder superior. Hoje nós temos que aprender a compreender isso e depois ensinar ao mundo inteiro.

Da Lição Diária de Cabalá 10/04/14, Conversa sobre Disseminação: Perguntas e Respostas com o Dr. Laitman

Procurando Os Irmãos

Dr. Michael LaitmanDo Rabash, Artigo “Amor dos Amigos”: “E o homem perguntou-lhe, dizendo: ‘O que você está procurando?'”, isto é, “Como posso ajudá-lo?”, “E ele disse: ‘Eu procuro meus irmãos'”. Ao estar junto com meus irmãos, isto é, ao estar em um grupo onde há amor dos amigos, eu serei capaz de subir a trilha que leva à casa de Deus.

“E o homem disse: ‘Eles partiram daqui'”. E Rashi interpretou que eles tinham se afastado da irmandade, ou seja, que não queriam criar laços com você. Isso, no final, causou o exílio de Israel no Egito. E para sermos resgatados do Egito, temos que assumir nós mesmos a entrada nm grupo que quer estar no amor dos amigos e, através disso, seremos recompensados com o êxodo do Egito e a recepção da Torá.

Nós precisamos entender tudo o que está escrito na Torá em seu sentido autêntico, espiritual. Não importa o que aconteceu com seus personagens reais, visto que os corpos não tem significado. A matéria da criação é o desejo que foi deliberadamente quebrado em muitos pedaços. Nós temos que encontrar por quais forças, programas, demandas, impactos, ajustes e ações é possível conectar todas as partes de volta num único desejo.

Nós precisamos olhar apenas para os nossos desejos e procurar como conectá-los juntos. Todo mundo quer algo diferente, porque, caso contrário, estaríamos unidos num único desejo. Mas porque nós somos diferentes, nós somente podemos nos conectar acima dos desejos em intenção pelo apoio mútuo.

Nós temos que sentir os desejos, necessidades, expectativas e objetivos dos nossos amigos e ajudá-los a atingir seus objetivos com o melhor de nossa capacidade. Devemos ajudar nossos amigos a implantar seus desejos; esta é a única forma pela qual a unidade pode ser alcançada.

Embora nenhum de nós seja como o outro e cada um seja bastante diferente, todos nós nos esforçamos para ajudar os outros. Assim, de repente, vemos que, elevando-nos acima de nossos desejos com a intenção de ajudar um ao outro, nos conectamos. A união não acontece nos desejos; ela acontece na intenção. Assim, nós construímos um novo vaso de intenção que está acima dos nossos desejos. É como a cabeça (Rosh) de um Partzuf.

Quando percebemos que este trabalho não está nos corpos materiais ou dentro de nossos desejos, mas unicamente nas intenções, nós começamos a sentir a necessidade dos amigos. É por isso que está escrito na Torá sobre José “Eu procuro meus irmãos”. Neste caso, eles se tornam vitais para nós.

Se a nossa aspiração é correta, nós recebemos a união. Anteriormente, nós nunca pensávamos que poderíamos atingir a união, nem nos esforçávamos por ela até que a propriedade denominada “Yosef” (José) se manifestou em nós. Esta propriedade coleta (Osef) todas as nossas intenções. Neste momento, nós estamos atuando com a ajuda desta força chamada Yosef (José) que age entre nós.

Nós elevamos José acima de tudo. Nós o estendemos além do nosso egoísmo e o deixamos governar nossa natureza. Em outras palavras, seu reinado é colocado por cima de nós designando-o primeiro assistente do Faraó (o desejo de receber). O desejo de receber é a nossa natureza, e José está acima dele controlando e reinando sobre todo este desejo, todo o Egito.

Neste momento, nós somos capazes de trabalhar corretamente com o nosso desejo de receber prazer. Este período é chamado de sete anos de saciedade. Esta é a medida completa que pode possivelmente revelar nossa unidade sob a liderança de José.

Depois disso, uma etapa superior chamada Jacó desce ao Egito (ou seja, entra no desejo de receber) porque começa a adquirir uma estrutura que conecta todos os irmãos, todos os tipos de desejos, juntos. Por isto um vaso chamado José é construído acima dos desejos.

Visto que nós continuamos trabalhando com o desejo de receber nos níveis mais elevados, os sete anos de fome chegam, as cidades pobres de Pitom e Ramsés são construídas. Torna-se claro para nós que é impossível atingir a unidade dentro de um desejo incompleto. Então, vem o período de fome, a incapacidade de usar o desejo de receber para alimentá-lo sem mantê-lo sob a tela, sob o governo do poder da doação.

Depois de adquirir e trabalhar com a pequena força do desejo (Aviut), torna-se possível. Quando o Aviut aumenta, ou seja, um novo rei que nunca conheceu José nasce no Egito, este trabalho torna-se impossível novamente, visto que um desejo de receber maior é revelado como resultado da quebra. A propriedade de José desaparece e aparece uma nova etapa chamada Moisés, para continuar o processo de correção.

Tudo está centrado em torno de recolher novamente os fragmentos dos desejos. Mas dentro deles cresce uma força oposta ao desejo de receber, a intenção de doar, como assistência pela regra dos contrários. Cada vez nós decidimos o que é mais importante para nós, assim nós avançamos ao ponto de perceber como a Força Superior que nos controla é essencial. Então, nós nos elevamos acima do nosso desejo de receber prazer e nos reunimos no Monte Sinai.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 24/03/14