Uma Nova Vida No 2º Pavimento

Como você pode verificar que estamos avançando corretamente? É claro que uma pessoa é muito apreciadora de si mesma e sempre se avalia em termos de seu egoísmo, inconscientemente. Nós não somos capazes de verificar a regularidade do nosso caminho objetivamente.

A única oportunidade para mudar é através da aquisição de uma situação como aquela entre o convidado e o Anfitrião, ou seja, pelo sentimento de um tratamento especial por parte do anfitrião, nos transformamos de apreciadores do preenchimento, naqueles que começam a apreciar Aquele que dá o preenchimento. Ou seja, nos elevamos acima do desejo e da Luz que o preenche, que estão diretamente ligados uns aos outros na forma física natural e passamos para o nível da relação entre o convidado e o anfitrião.

O convidado não é propriamente o desejo de apreciar, mas uma nova propriedade construída dentro dele que está familiarizada com o Anfitrião, que o entende, e sente Sua atitude. Há um desejo e um preenchimento, e acima deles, suas relações mútuas são subitamente reveladas. Ou seja, o “2º. andar” é construído entre o Criador, e não Suas ações, mas o próprio Criador e o ser criado, onde a imagem do Criador é formada.

Então um conflito eclode no 1º. andar entre o vaso e a Luz e a relação entre o Criador e o ser criado no 2º andar. Por isso, o ser criado sente uma contradição interna. Toda vez que meu desejo muda, a minha atitude para com os prazeres muda. Eu estou começando a ver isto em uma nova forma, e de acordo com isto eu tenho que escolher o objetivo correto.

Então, eu dou o primeiro ponto de partida. Se eu quiser estabelecer uma relação entre mim e o Criador no 2º andar e não no primeiro, então eu deveria agradá-Lo tanto quanto Ele tenta me agradar. A razão para a minha criação é o Seu amor por mim, o desejo de me dar prazer? E como eu posso fazer a mesma coisa para Ele em troca?

Eu preciso explorar isso, tentar descobrir como posso agradar a Deus durante a minha vida: o que Ele quer, o que Ele procura, o que O fará sentir-se bem. É difícil descobrir porque se eu fizer algo para dar prazer ao Criador e sentir, então eu vou receber mais prazer do que posso suportar. Eu seria tão corrompido pelo prazer egoísta que eu nunca seria capaz de sair dele, para elevar-me acima, até o 2º andar.

Portanto, começando com o primeiro homem, Adam HaRishon, somos providos com a ajuda neste mundo. Os cabalistas dizem-nos que, a fim de revelar a relação entre o ser humano e o Criador, eu preciso do ambiente correto em que eu possa realizar tais ações que Lhe trarão prazer. Afinal, o ambiente é desejo e prazer independentes e não relacionados a mim. Eu não sinto isso. E se eu posso preencher um ambiente externo que está fora de mim: o inanimado, vegetal, animal e humano, então eu darei prazer ao Criador. É um princípio muito simples.

O único problema é que eu não posso dar prazer a alguém, porque eu só penso em mim mesmo. Esta é a minha natureza. Mas não importa o que, eu tenho que tentar. E se eu quiser trazer à outra pessoa alegria com o objetivo de deleitar o Criador, todo o processo tem que ser no 2º. andar, porque não depende de meu próprio prazer.

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Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 26/8/13

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