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Preferência: Fontes Primárias

Dr. Michael LaitmanPergunta: Os exercícios e jogos que usamos no curso de educação integral, em geral, não são novidade. Muitas empresas de treinamento usam jogos em combinações similares, organizam mesas redondas, e o fazem de uma forma muito mais sofisticada.

Resposta: Nós não precisamos aprender com os outros. Isso só pode nos confundir, porque não estamos interessados no nível em que as outras empresas estão.

É por isso que é desejável, como em tudo mais, usar apenas as nossas próprias fontes Cabalísticas, seguir apenas eles. Então, como dizem, vamos ver.

Quando você segue as fontes primárias, você se desenvolve naturalmente, e com base no que é revelado a você no caminho espiritual, você transfere isso aos alunos. Eu nunca tomo nada das fontes externas: filosofia, psicologia, nova era, etc. Eu sempre senti alguma rejeição em relação a elas e acho que não temos nada a aprender com isso.

Da Palestra sobre Educação Integral 20/01/13

O Livro “Esculpe” A Pessoa

Dr. Michael LaitmanPergunta: Nós só precisamos chegar a uma equivalência de forma com o Criador. Então, por que precisamos de todos os livros e toda a conversa sobre auto-anulação e unidade? Devemos simplesmente exigir a equivalência de forma e pronto.

Resposta: Vá em frente, exija-a. Mas como? Os Cabalistas escreveram livros só para que possamos avançar. Em geral, nós estudamos dois tipos de livros:

– Há livros que nos trazem a Luz que Reforma, que são principalmente os escritos do Baal HaSulam.

– Os outros livros, os livros do Rabash, nos ensinam como abordar os escritos do Baal HaSulam: em unidade, com o grupo, com a intenção correta.

Sem esta orientação você não atingiria nada. Você precisa de alguém para guiá-lo.

Pergunta: Ainda assim, por que o Baal HaSulam não escreveu um livro sobre como alcançar a equivalência de forma com o Criador?

Resposta: É proibido. Eu tenho que buscar a equivalência de forma sozinho; eu tenho que sentir meu caminho de volta e encontrá-lo. Então eu vou entender o que é, e que é exatamente o que preciso e exatamente o que aspiro.

Eu também entendo como pedir o poder de fazê-lo. Os desejos não podem vir de fora; eu tenho que organizá-los internamente. No nosso mundo tudo é o contrário: eu abro um livro de física, matemática ou mecânica e estudo. Eu tenho a base necessária para isso. Na preparação espiritual não há essa base, não há tais ferramentas ou desejos. Mesmo que Cabalistas escrevessem um livro como esse, eu não entenderia o que eles querem de mim. O que significa elevar NHY para HGT?

Isso significa que primeiro eu preciso extrair dos livros novos níveis de percepção, novos poderes e novas respostas internas, para desenvolver minha mente e expandir meus sentimentos. Primeiro eu tenho que me desenvolver internamente, e para fazer isso, o livro tem que executar determinadas ações em mim, “esculpir” algo de mim, amassar minha matéria e esticá-la através da doação direta e oposta. É só então que eu adquiro a delicadeza e sensibilidade suficientes para que, numa segunda leitura, já entenda do que se trata.

Depois de vários anos a pessoa não lê o “Shamati” como no início. Mas como isso pode ser explicado para um principiante? Isso significa que é impossível administrar sem orientação e treinamento…

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 03/02/13, “Um Discurso para a Conclusão do Zohar

Com O Grupo Até A Montanha Do Criador

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Um Discurso para a Conclusão do Zohar“: Se a intenção da pessoa na Torá e Mitzvot não for para beneficiar o Criador, mas a si mesma, não só a natureza do desejo de receber nela não será invertida, como o desejo de receber vai ser muito maior do que o que ela recebeu pela natureza de sua criação.

Pergunta: O Baal HaSulam está falando sobre nós aqui?

Resposta: Sim e não. Primeiro, o desejo de receber deve ser revelado em sua plenitude. Isto é porque a pessoa só pode corrigir as falhas que estão nela. Mas até que a pessoa adquira uma Masach (tela), o desejo cresce de diferentes maneiras: seja pelo prazer ou pela dor. No segundo caso, ela cresce querendo evitar a dor, e esta pressão dirige seu crescimento numa determinada direção, na direção que é “anti-sofrimentos”. Quanto ao prazer, ele cresce ao “engoli-los” e permanece sempre numa deficiência dupla.

Assim, durante o tempo de preparação, quando ansiamos por conexão e amor, o desejo cresce em direção oposta, a fim de constantemente fornecer material para correção. No geral, o crescimento do desejo não para ou recua, ele sempre se move para frente.

Pergunta: Qual é a diferença entre o desejo que cresce oposto à meta e o desejo que cresce de forma orientada à meta?

Resposta: Suponha que exista um lugar agradável onde todos tenham presentes. Há uma estrada de ferro que chega a este lugar e eu posso chegar lá de trem.

Eu posso estar me movendo para trás, enquanto acredito que é bom (!), até atingir algo e descobrir que escolhi o caminho errado. Ao descobrir algo negativo (-), resta-me uma pergunta (?): O que devo fazer agora? Então, eu começo a avançar gradualmente. Este é o longo caminho do sofrimento. Depois de tudo, eu faço um desvio antes de descobrir que tenho ido na direção errada. No entanto, no processo, o meu desejo de receber cresce.

Eu posso ser puxado para frente através dos 125 degraus; mais uma vez, o meu desejo de receber cresce tornando o caminho cada vez mais difícil. Digamos que não é mais uma via férrea plana, mas a subida de uma montanha que se torna cada vez mais íngreme. Lá, no topo da montanha, está o palácio do Rei, e o caminho para ele pode ser difícil, mas ele se move em linha reta sem quaisquer desvios.

With The Group To The Creator's Mountain

Pergunta: Portanto, com quais parâmetros eu verifico a mim mesmo? Como eu sei que estou indo para a montanha e não na direção oposta?

Resposta: Os parâmetros são o grupo, e, dentro dele, a auto-anulação e conexão. Em termos práticos, não há outros meios pelos quais você possa certamente verificar e medir seus passos.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 03/01/13, ” Um Discurso para a Conclusão do Zohar

Necessidade Para O Mundo Imaginário, Tudo Para O Mundo Real

Dr. Michael LaitmanPergunta: Baal HaSulam diz no artigo “Um Discurso para a Conclusão do Zohar” que a alma é vestida no corpo neste mundo. O que significa isso?

Resposta: O “corpo neste mundo” significa o desejo de receber para si mesmo. Ele preenche todo o espaço aqui (ver desenho), e existe também o ponto no coração (•), a parte posterior de Nefesh de Kedusha. Ele é quebrado, o que significa que também quer receber para si, mas ele pode ser transformado no estado oposto.

Pergunta: Onde está o desejo com o ponto no coração?

Resposta: Primeiro você sente que o desejo existe e começa a notar o fato de que o ele não tem lugar corpóreo. Este desejo é a essência da criação espiritual.

Hoje você ainda vê os níveis inanimado, vegetal e animal da natureza, assim como as pessoas. Tudo isso é o mundo imaginário. Não olhe para ele, deixe-o de lado, não é o principal.

Além disso, existe o desejo de receber no qual há uma centelha. Nós temos que cuidar dessas centelhas. Dê ao mundo imaginário as necessidades básicas e você não será obrigado a fazer nada mais do que isso, já que tudo é uma ilusão. Você deve fornecer tudo à sua parte principal.

Isto significa que você tem que isolar o ponto no coração de tudo o que está no desejo de receber. Nós devemos diferenciá-lo de dentro do desejo e trazê-lo o máximo possível para fora, separá-lo do desejo de receber, e desenvolvê-lo. O desejo em si deve ser restringido e anulado. Assim, haverá uma conexão que irá ajudá-lo e, depois, vários outros degraus…

Necessity For The Imaginary World, Everything For The Real World

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 03/03/13, “Um Discurso para a Conclusão do Zohar

Tornar-Se Um Gerente No Lugar Do Criador!

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (de Inside Science): “Quando as formigas são confrontadas com uma sobrecarga de informação e enfrentam muitas decisões (sobre onde morar, por exemplo), elas voltam para a sabedoria da multidão”.

“As próprias colônias não são muito grandes, geralmente algumas centenas de trabalhadoras, disse o professor associado de biologia Stephen C. Pratt, e se um animal rouba uma colônia, o teto desaba, ou se precisar de mais espaço, as formigas têm que se mover”.

“Mas as formigas vivem em áreas em que o número potencial de possíveis locais de ninho é esmagador. Uma formiga não pode lidar com tomada de decisão. Ninguém é responsável num formigueiro”.

“Eles distribuem a tarefa entre os membros da colônia. É aí que entra a massificação”.

“De acordo com Pratt e Sasaki, as formigas enviam olheiros para verificar potenciais locais de moradia. Os batedores olham para coisas como o tamanho da entrada e quão grande é a cavidade. Se a formiga gosta do que vê, ela volta para a colônia”.

“Ela envia uma mensagem de feromônio, ‘Siga-me’, e outra formiga vai se juntar a ela no que é chamado de “tandem running” (recrutamento por contato físico). Ela leva seu colega para ver o local potencial”.

“Se a segunda formiga gosta do que vê, ela volta e repete o processo, trazendo de volta outra formiga. Se ela não gosta, ela simplesmente retorna para a colônia. Se várias formigas gostam do lugar, a colônia atinge quórum, basicamente escolhendo o novo lar”.

“Os batedores pegam seus companheiros no ninho e os levam para suas novas casas, geralmente levando a rainha do ninho junto com eles”.

“Sasaki construiu um experimento em que uma formiga teve que tomar a decisão a partir de dois locais possíveis e depois de oito. Metade dos locais potenciais era inadequado em ambos os experimentos. Ele estava forçando as formigas em laboratório a fazer o que as formigas na natureza não fariam: ‘enviar uma formiga para tomar a decisão pela colônia’, disse Pratt”.

“Formigas individuais, confrontadas com duas opções, não tinham problemas em escolher o local mais adequado. No entanto, quando confrontada com a escolha entre oito locais, uma formiga muitas vezes escolhia o lugar errado”.

“Os dois pesquisadores testaram uma colônia inteira com as mesmas escolhas, deixando que elas enviassem mais de um olheiro. As colônias, atuando como uma multidão, deram-se igualmente bem em ambos os experimentos, escolhendo locais adequados 90 por cento do tempo. …

“Parte da vantagem do sistema de colônia, teorizaram Sasaki e Pratt, é que cada olheiro visitou apenas alguns locais possíveis, minimizando a informação que deveria processar, enquanto uma formiga individual, designada a fazê-lo sozinha, tinha que visitar todos eles e foi vítima de sobrecarga cognitiva”…

“‘Sobrecarga cognitiva é um problema crescente para a tomada de decisão no ser humano, como o acesso sem precedentes a dados lança novos desafios às habilidades individuais de processamento’, escreveram Pratt e Sasaki em seu artigo de jornal. ‘Os grupos humanos também resolvem melhor problemas difíceis quando cada membro do grupo tem acesso limitado à informação’”.

Meu comentário: A mente individual de pássaros “migradores” e animais de “pastoreio” possui uma força e capacidade mínima, a inteligência coletiva é usada para todas as ocasiões, o poder do coletivo. Assim, a natureza mantém conserva “em si mesma” o inanimado, vegetal, e o animal.

O ser humano deve conscientemente, pela necessidade percebida e contra a sua natureza individualista, fazer um trabalho coletivo e unificado em si mesmo e nos demais egoístas, e daí ele vai subir para o grau de “Adão” (humano), vai sentir e compreender a unidade e integralidade do sistema da natureza, e será capaz de existir de forma inteligente e ativa no nível de Adão. Ele não terá o corpo animal porque ele só é necessário para subir do nível do animal (natureza completamente controlada) para o nível de Adão (que controla a própria natureza, ao invés do Criador).

A Alegria Da Libertação

Dr. Michael LaitmanNós recebemos a força de doação de Cima sem saber o que ela é, uma vez que pertence à existência em outra dimensão. Pelas subidas e descidas chegamos a um estado em que começamos a compreender que devemos pedir para existir em outra força, na força de doação. Eu não quero depender do meu humor, se sinto que algo é agradável ou não, mas quero estar acima de tudo isso.

Primeiro o desejo egoísta me motiva, mas, gradualmente, pela Luz que Reforma, como resultado de uma influência cada vez maior da força superior que me transforma, eu começo a querer subir por causa do que sinto. Cada vez que eu sinto a doçura da minha aproximação com o Criador, como resultado do meu trabalho para doar, da conexão, em todas as manifestações dos estados espirituais, eu me “pego” e peço para ter a permissão de estar neste estado não porque ele é doce, agradável e confortável, ou me aquece com a grandeza do Criador, a importância do objetivo, a importância da minha única missão superior.

Eu prefiro sentir a minha humildade, embora o sentimento de humildade também possa ser sentido de diferentes maneiras e, por vezes, resulta de grande orgulho. Mas eu sinto a humildade de tal forma que não me permito ser subornado pelo prazer, pela satisfação na mente e no coração; eu preferiria ser conduzido por outra força que não entendo, e só sei que é a força da fé. Ela me permite ser independente da minha própria razão, que é chamada estar acima da razão.

Se eu realmente exijo estar acima da satisfação do meu coração e mente, o resultado é algo que transcende os limites deste mundo, algum espaço vazio. Então eu oro e peço pela fé, ou seja, a força de doação que a Luz deve me trazer para me libertar da conexão de mim mesmo, da dependência de qualquer gosto mais fascinante, de tudo de Malchut de Ein Sof (Infinito) que está cheia de prazeres.

Eu quero estar acima de tudo isso, na força de doação, a fim de não ver e nem pedir para ver a grandeza do Criador, a fim de não ser dependente de quaisquer prazeres, satisfações, e conhecimentos. Eu estou acima disso e não dependo de nada. E o sinal para este estado é a alegria.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 04/02/13

Educação Integral Não Pode Ser Confundida Com Outra Coisa

Dr. Michael LaitmanPergunta: Quantas aulas serão necessárias para moldar a visão integral dentro de uma pessoa?

Resposta: Eu tenho certeza que a sensação da nova atitude para com o mundo é formada dentro de uma pessoa durante a primeira aula. Ela pode ser de uma hora e meia ou duas horas, dirigida à formação da conexão e interação com os outros.

Normalmente, durante a primeira aula a pessoa começa a sentir que já olha de forma diferente para as pessoas, o mundo, e para si mesma. De repente, ela percebe que não existe apenas o “eu individual”, mas há algo além disso. Ela se torna muito atraída por este “além de mim individualmente”. De repente ela sente calor. Através de sua interação com os outros ela sente confiança e relaxamento como se estivesse no ventre de sua mãe.

Comentário: Mas há vários treinamentos deste tipo…

Resposta: Isso não é a psicologia. É impossível confundi-lo com qualquer outra coisa, porque aqui a pessoa obtém um meio totalmente diferente de conexão fora de si mesma. Ela começa a sentir o mundo fora de si, além de suas propriedades. Não importa com que propriedades eu nasci, e qual educação recebi. Agora eu começo a subir acima das minhas propriedades originais e acima das propriedades já adquiridas até hoje, e começo a sentir os outros, o que eles realmente são.

O ambiente integral inevitavelmente dá à pessoa sentidos adicionais. Ela começa a sentir o mundo de forma muito mais ampla.

De KabTV, “Mundo Integral”, 27/11/12