Os Únicos Entre Sete Bilhões

Dr. Michael LaitmanEscritos do Rabash, 1984, Artigo 2, “Sobre o Amor dos Amigos”:

1) A necessidade do amor dos amigos.

2) Qual é a razão pela qual eu escolhi especificamente esses amigos, e por que eles me escolheram?

3) Deve cada um dos amigos revelar seu amor pela sociedade, ou basta sentir o amor em seu coração e praticar o amor dos amigos em segredo, e, portanto, não precisa mostrar abertamente o que está em seu coração?

Essas questões são, obviamente, importantes. Na verdade, em geral, eu não sinto qualquer necessidade do amor dos amigos. Onde vou encontrar forças? Como posso me convencer? E o mais importante, onde está a recompensa aqui?

Se me prometessem algo real, talvez eu pudesse me convencer, mas só me dizem que através do amor dos amigos eu vou receber uma recompensa que está acima de todo este mundo: nem dinheiro ou ouro, nem saúde, nem diferentes entretenimentos, mas algo que é muito maior. Mas como eu não vejo essa recompensa, eu realmente não valorizo o amor dos amigos.

Seria melhor se me dissessem: “Ame o seu amigo e você vai se sentir bem”. Se eu dependesse de alguém, por exemplo, que pudesse me tirar da prisão, então eu estaria certamente pronto para fazer tudo por ele, só para que ele ajudasse a escapar. Mas aqui também, eu não vejo nenhuma maneira de sair da prisão, eu não vejo uma recompensa muito grande para o amor dos amigos. Dizem-me sobre o mundo superior, mas por algum motivo eu não o acho tão atraente.

Mais tarde, o Rabash diz que eu escolhi os amigos, e os amigos me escolheram. Mas quando eu realmente os escolhi? E, realmente, eu os escolheria tivesse a chance de escolher entre muitos outros candidatos? Pelo que vejo aqui, eu escolheria um ou dois, não mais do que isso. Portanto, verifica-se que ninguém escolheu seus amigos.

Nós também não escolhemos o professor. Eu tenho certeza que vocês prefeririam alguém mais sólido e respeitável. Portanto, onde está o nosso livre arbítrio?

Parece que pela conexão no grupo eu tenho a sensação de que cada um é tão especial que de toda a humanidade, eu realmente escolho apenas esses amigos. Esta etapa está diante de nós: sentir o amigo, sua alma, chegar tão perto dele que ele se torne o único dos sete bilhões, e o mesmo para cada membro do grupo.

Além disso, o Rabash pergunta se devemos expressar nosso amor por algum meio externo: por exemplo, agir diante do outro, dar presentes um ao outro, etc. Ou se devemos sim trabalhar modestamente, uma vez que o verdadeiro trabalho é interno, enquanto que os “adornos”, como bem sabemos, não valem muito, porque podem vir a ser bajulação, hipocrisia e falsidade. Eu realmente não amo ninguém. Portanto, será que posso expressar algo que não sinto? Afinal, isso é uma mentira.

No entanto, se cada um deles não mostrar à sociedade que está praticando o amor dos amigos, então lhe falta a força do grupo.

Nós temos que entender que somos pequenos e fracos, e uma vez que nos falta a compreensão, somos impressionados por atos externos e por isso temos que usá-los. Cada um deve se comportar de uma forma que os amigos possam ver: ele realiza um trabalho interno sério, faz esforços pelo amor dos amigos, e de fato já alcança um nível elevado. Assim, nós avançar.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalé 24/01/13, Escritos do Rabash