O mundo é a imagem, o holograma que o Criador exibe para nós hoje, e nós estamos nele. Estamos envolvidos nesta ilusão, e ela é o reflexo das nossas qualidades internas.

Olhando para o mundo, vejo o meu reflexo e posso dizer de quais qualidades internas sou feito. Eu gosto desta pessoa e não gosto muito daquela outra; isto é dessa maneira e aquilo de outra maneira, etc. Assim, todas estas qualidades estão dentro de mim. Cada uma das minhas pequenas qualidades me atrai certa imagem: cada um de nós, tudo no mundo, da natureza inanimada, vegetal e animal.

É por isso que se vejo algo negativo à minha volta, eu vejo esta deficiência em mim; de outra forma, eu teria visto apenas a Luz superior absoluta.

Claro, nós estamos muito longe deste nível. Mas só podemos abordar este estado e revelá-lo se estivermos seriamente comprometidos à auto-análise daquilo que vemos.

Portanto é dito que o mundo foi criado apenas para os totalmente justos ou totalmente pecadores. Quando uma pessoa admite que é pecadora, ela percebe que é oposta ao Criador. Quando ela vê e justifica tudo – apenas se não mentir a si mesma, mas realmente ver o mundo cheio de tudo que é bom, gentil, perfeito – então ela é dirigida ao Criador e é chamada de “totalmente justa”. Se ela tem uma avaliação misturada, uma visão misturada do mundo, o seu estado não é completamente consciente. Está a faltar-lhe a percepção do mal e ela deve continuar a trabalhar em si mesma.

Resulta que tudo depende das nossas claras percepções: se eu me sinto bem no mundo, ou se me sinto mal.

A propósito, ouço de muitos dos nossos amigos que estavam à espera de algo mais grandioso do Congresso. Eles pensavam que agora poderiam fazer “crescer asas” e que ficariam arrebatados.

Isto é, as pessoas que têm estudado durante muitos anos não perceberam ainda a essência da nossa correcção. E é natural que não percebam! Não estou a rir-me delas de nenhuma maneira ou a culpá-las. Eu sei qual a escola pela que passei, e o quão difícil foi, muito difícil! As pessoas não percebem que elas têm de corrigir, independentemente do quão paradoxal possa parecer, a sua atitude para com o mundo.

Do Congresso em Vilnius 25/3/2012, Lição 5

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