Uma Mina De Ouro De Bons Relacionamentos

Pergunta: Você deu um exemplo que em uma sociedade integrante para que eu sirva uma xícara de chá para mim, primeiro tenho que ter certeza que todo mundo tem chá. Como devo entender isso?

Resposta: Eu dei o exemplo, que metade do mundo está morrendo de fome, enquanto a outra metade está jogando fora dois terços do que está consumindo. Então, por que vivemos em um mundo assim? Não é disso que o terror vem, todos os outros problemas e guerras sem sentido, o desperdício de energia, a poluição da natureza.

Pergunta: Mas agora, se eu quiser beber um copo de água, como devo agir corretamente, de acordo com seu exemplo?

Resposta: Vamos estudar a forma de se preocupar com o outro dentro do nosso grupo. Depois, vamos passar do grupo para as nações, e vamos começar a construir sistemas de relações entre eles, que nos permitam progredir em direção a uma vida mais equilibrada.

Obviamente, se você está servindo um copo de água para si mesmo, então você vai perguntar a todos aqueles que te rodeiam se querem beber água. Você não vai ficar servindo água na rua. A água vai chegar até lá, devido ao fato de que vamos construir sistemas especiais para isso.

Mas eu quero que eles estejam lá! Depois que algumas pequenas mudanças ocorrem dentro de mim, um pouco mais de entendimento alcançado por meio do curso, de estudos práticos, eu vou concordar que a sociedade deve se tornar mais equilibrada e alcançar um padrão mais ou menos semelhante da vida.

Numa primeira fase, vamos providenciar para que todos tenham um conjunto de necessidades: X, Y, Z. Vamos definir um objetivo para que em cinco anos nós possamos fornecer a todos um teto sobre suas cabeças, um fornecimento grande de roupas, alimentos e tudo o que é necessário para o lar.

Nós fornecemos tudo isso com base no excesso, porque se você fizer o cálculo você verá que temos 90% acima do que precisamos. Se eu amo você, então você pode vir e levar metade das roupas do meu guarda-roupa. Acredite em mim, você não vai se arrepender. Ou, eu posso ter um salário 10% menor por causa de outra pessoa e eu também não me sentiria mal por isso.

Tais sistemas deverão ser construídos em escalas governamentais e mundiais, mas não pela força, não por obrigação, mas pela educação preliminar. Os bolcheviques uma vez tentaram impor isto pela força, e todo mundo sabe o que veio disso. É por isso que as pessoas primeiro precisam ser educadas a fim de obtermos o seu apoio para o que estamos fazendo.

Cada vez temos que demonstrar os resultados positivos que estamos alcançando. Onde estão os ricos que estão sacrificando pelos outros, onde estão os pobres que estão recebendo, como tudo é equilibrado, e como todo mundo está feliz. Graças ao cuidado mútuo seremos capazes de nos livrar das necessidades excedentes das quais ninguém precisa. Vamos parar de produzir milhares de medicamentos desnecessários, que agora estão sendo produzidos por alguém por causa de seu próprio lucro, e estão envenenando a humanidade.

Por que devemos jogar fora essas somas enormes em armas, nos militares, e muito mais? Há inúmeras coisas que teremos que corrigir agora que chegamos a esta nova era. Não seremos capazes de continuar desta maneira. A crise nos levará a um estado tal que nós teremos que apertar o cinto. Nós não teremos os meios para seguir apoiando os sistemas de excessos egoístas que construímos. É por isso que eles estão sendo atingidos pela crise e estão começando a quebrar.

Temos que mostrar isso juntos. Olhe o mal que é feito por nós como resultado da falta de cuidados pelo outro e o tesouro que é revelado diante de nós, graças aos nossos bons relacionamentos, uma mina de ouro de bons relacionamentos.

No entanto, antes de tudo, a educação integral é necessária. A questão toda não é para redistribuir o excedente e compensar as faltas. A questão é que existe uma tendência interna que nos leva  à necessidade de união. A rede, que conecta todos nós, está sendo revelada, que nos obriga a ter relacionamentos amáveis uns com os outros.

​ ​Por esta razão, a crise comum global está ocorrendo em todos os níveis de nossas atividades em tudo o que nos conecta com o outro.  A crise é a falta das conexões corretas entre as pessoas. Esta é a explicação para todas as crises distintas: na família, na educação, na cultura, em tudo, e agora na economia. Devido às conexões erradas entre nós, estamos todos sofrendo.

Essas crises, isto é, as conexões externas entre nós, não vão melhorar até que, sinceramente, investirmos nelas e construirmos a confiança um no outro. Só então seremos capazes de desenvolver os sistemas que nos levam ao equilíbrio.

Vemos que existe uma forma global, integrante sendo revelada em nosso mundo externo, bem como em nossos estados internos. Ou seja, não temos para onde correr. Não é em vão que entramos nesta crise. Já não estamos simplesmente nos desenvolvendo  sob a pressão da natureza.

Agora entramos em tal situação que enquanto o homem não pensar e descobrir o seu mal e decidir que ele deve mudar, e vê-lo como uma escolha entre a vida e a morte, até que isso aconteça, ele não vai concordar com uma nova educação. Ele tem que sentir que não há saída e que ele precisa se ​​educar de uma maneira nova e construir novos sistemas.

Em seguida, ele começa a busca, o que pode ajudá-lo com isso? Neste ponto, todos devem ter uma palavra a dizer: os psicólogos que irão aconselhar nos trabalhos com o grupo, sociólogos, cientistas políticos, pedagogos, educadores e formadores de esportes. Precisamos construir tais sistemas para que uma pessoa comece a entender a necessidade de mudança com base em conhecimentos adquiridos e ele ou ela saibam como realizar as mudanças na prática. Para este efeito, é necessário fornecer um lugar para a educação.

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Do KabTv “Uma Nova Vida” Episódio 6, 3/1/12