“Eu Sou Negra E Bela”

Dr. Michael LaitmanO Livro do Zohar, Genesis, 183: A escuridão é o preto na Torá, a tinta em suas letras. A luz é o branco na Torá, os pergaminhos onde as letras são escritas. Quando a luz se veste na escuridão, está escrito sobre a Torá: “Eu sou negra e bela”. Quando a luz – o branco na Torá – sai de lá, a Torá diz: “Não percebes que eu sou morena”,

Pela forma de livro, letras pretas sobre um fundo branco, nós vemos que é a cor preta que transmite todas as informações para nós. Embora possamos dizer o contrário: se entrarmos no atributo da doação pela Luz branca do fundo do livro, estudamos a parte branca, em contraste com a preta – não preto sobre um fundo branco, mas no branco onde há pequenos vazios pretos.

Portanto, duas coisas foram ditas sobre a Torá: “Não percebes que sou negra” e “Eu sou morena e bela”. Por um lado, existe a Luz, o atributo de doação, e por outro lado, há o desejo, o vaso, o atributo de recepção. Portanto, nós estamos num estado de altos e baixos, quando nos sentimos e estudamos o branco em contraste com o preto, e vice-versa.

Este é um estudo em que um completa o outro e, assim, nos permite ver não em nosso desejo, não no atributo de recepção, mas sim a partir da percepção da parte superior, a partir do atributo de doação. Quando nós estamos em nosso próprio desejo, agimos a partir de nossas letras, a partir das trevas sobre a Luz no fundo branco. Mas, se somos incorporados na parte superior, como Galgalta ve Eynaim e AHP, aprendemos com a Luz de Ein Sof, porque então nós estamos incorporados nela, e aprendemos a Luz branca que está nos livros e não a preta.

Assim, nós aprendemos um atributo em contraste com o outro, até que ambos se completem e as letras completem o fundo branco, e o branco complete a parte preta das letras. As letras não desaparecem, mas toda a Torá se transforma totalmente em Luz, como se diz: “A noite brilhará como o dia”.

Da 2a parte da Lição Diária de Cabalá 01/02/12, O Zohar