O Princípio Fundamental De Todos Os Cursos De Estudo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Você disse que o currículo da educação geral e integral consiste em cerca de dez cursos. A história da evolução do egoísmo é um curso cotínuo, que continua até a completa integração da humanidade. Quais outros cursos estão incluídos além da percepção da realidade e a psicologia?

Resposta: Nós deveríamos definitivamente estudar a fisiologia humana e demonstrar apenas até que ponto o nosso corpo é estruturado de uma forma holística, onde todos os órgãos do corpo estão interligados. Todos eles são compostos de elementos opostos e funcionam de forma diferente, mas cada órgão atua em harmonia consigo mesmo e com os outros. O desaparecimento desta harmonia é o que chamamos de doença, e ela causa imediatamente o mau funcionamento na operação de todo o organismo.

Da mesma forma, dentro do organismo da sociedade cada pessoa deve ser uma parte única e individual, bem como uma parte integral e unida da sociedade. Ninguém viola a minha individualidade, mas eu preciso me equilibrar corretamente com toda a sociedade, e a sociedade vai representar um único organismo saudável, um coletivo saudável. Juntos, este coletivo irá se unir com a natureza.

Geralmente, eu preciso pensar constantemente em como estar conectado de forma orgânica e integral a mim mesmo, à sociedade e à natureza. Inicialmente, eu não consigo me conectar com outras pessoas, e eu preciso saber se em relação à natureza, esta também seria uma unificação ou não. Em outras palavras, tudo precisa ser formado simultaneamente: indivíduo, grupo, sociedade e natureza.

É por isso que nossos cursos precisam incluir os seguintes estudos sequenciais:

  1. Fisiologia humana, fisiologia dos sistemas integrais, a estrutura dos sistemas integrais, sua interdependência e mecanismos de realimentação, o fator de controle e equilíbrio do sistema ou a progressão ao longo de um curso fixo a um objetivo particular, como em pequenos sistemas cibernéticos com curvas simples de realimentação;
  2. A estrutura da criação e da sociedade, a percepção da realidade, e história;
  3. Aplicação prática dentro de um grupo, família, sobre si mesmo, e na sociedade;
  4. Crise, sua causa e efeito;
  5. Cursos sobre educação, onde suprimos todos com atividades práticas. Isso inclui viagens, excursões, e assim por diante.

O princípio orientador de todos os cursos é fornecer à pessoa a sensação de integralidade do mundo, que é percebido por nós egoístas, como isolado, oposto e antintegral. É mais conveniente para nós imaginá-lo desta maneira, de modo a “engolí-lo” em partes, para explorá-lo ao máximo em nosso próprio benefício.

Mas quando eu penso sobre o fato de que este sistema deve trabalhar precisamente nessa forma integral e que vou me sentir bem por causa dele, então eu tenho que estudá-lo, sua interação, interdependência e alcance global. Isso me ajuda a ser um co-participante compassivo e compreensivo.

É por isso que todos os cursos acima mencionados são necessários e não incluem mais que dez disciplinas interconectadas. Todos os cursos (cada um com sua própria ênfase particular) desenvolvem um esclarecimento dos temas: desde os pequenos detalhes técnicos dos sistemas integral, analógico e servo, passando pela estrutura do nosso organismo, fisiologia e psicologia, até uma transição gradual para o envolvimento mútuo.

Cada curso deve ser ministrado por um especialista. Cada especialista, naturalmente, deve ser apropriado para determinado grupo, ou seja, como é conhecido na prática psicológica, ele deve ser compatível com o curso para que as pessoas o aceitem, respeitem e valorizem, e ouçam o que ele tem a dizem. Ele deve tratá-los correspondentemente, ser de uma idade correspondente, título, e assim por diante, porque estamos lidando com iniciantes que julgam os outros “pelo envoltório” por assim dizer. Embora, em princípio, qualquer um possa ser um instrutor se estiver estudando atualmente em nosso sistema e não tenha títulos acadêmicos. Mas é preferível que o instrutor seja alguém a quem os ouvintes respeitem.

Da “Discussão sobre a Educação Integral” # 4, 13/12/11