A Europa É Um Osso Duro De Roer

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que há de tão especial na Convenção de Berlim? O que temos que fazer lá? O que cada um de nós deveria fazer, bem como entre os grupos?

Resposta: Agora mesmo, quer queira quer não, você está sob a impressão das coisas que eu digo. É como se você estivesse ligeiramente anulado e incluído por mim em um único desejo, um pensamento unificado. E isso nos une.

Todas estas qualidades, meios, desejos, pensamentos, as coisas que já processamos, as coisas que desejamos, nossas aspirações, a enorme quantidade de pessoas e grupos – tudo isso se junta em um só. O resultado é que isso age em nós, dando-nos um poderoso e progressivo impulso.

Mas nós temos um “pequeno problema”: parece-nos que temos um pequeno egoísmo e que devemos somente superá-lo, ligar um pequeno botão, pressionar certa tecla, e com isso terminaremos o trabalho. Nós não entendemos que aqui existe um grande sistema em ação. Não é apenas uma “engrenagem” que alguém em cima quer ou não quer mudar. Estamos em um sistema de duas forças opostas: doação e recepção. E até que esse sistema não funcione por sua dialética, por seu movimento para a frente, pela lei da união das partes, isso não acontecerá.

Nós só aceleramos o tempo com os nossos esforços, mas nunca seremos capazes de dar um salto. Isso é impossível, devido à natureza das coisas. Tudo é feito por meio do movimento gradual, sequencial, e estritamente determinado, passo a passo. E através deste movimento adiante, passo a passo, chegamos constantemente mais perto do sucesso, quando o egoísmo será “lançado para fora”. A transição acontecerá! E será súbita.

Nossas Convenções aceleram consideravelmente o movimento e, portanto, elas são muito importantes. Durante os vários dias em que estamos juntos, e ao nosso redor também há muitas pessoas ao redor do mundo, ocorre um processo muito sério nos graus do nosso desenvolvimento interior.

De uma forma ou de outra, um milhão de estados têm que passar por nós. Nós temos que passar por eles. E cada Convenção ocorre de forma diferente, com novos aspectos, novas formas e sentimentos.

Portanto, a Convenção de Berlim tem a obrigação de ser especial, pois será um encontro de pessoas que são permeadas pelo desejo e as qualidades do ambiente onde vivem. Esse ambiente é muito ruim; a Europa é um continente muito problemático, a fonte de todos os problemas e guerras, e com o egoísmo extremamente grande, embora ele já esteja diminuindo agora, junto com toda a nossa civilização do passado. Ainda assim, ela é um osso duro de roer. É por isso que esta Convenção não é simples e, de fato, é a mais difícil.

A Convenção mais fácil é a realizada na América Latina. As pessoas de lá são ardentes, de coração aberto e sinceras. Eu nunca conheci pessoas assim em qualquer outro lugar. Depois vem a Rússia. Mas na Europa as coisas são mais difíceis, e quanto mais difíceis são as coisas, mais interessante, e mais espetacular é o resultado e a eficácia do trabalho.

Portanto, eu espero ter o apoio de vocês, tanto físico quanto virtual, para que possamos “influenciar” a Europa juntos.

Da Lição em Moscou em 16/01/11, Escritos do Rabash