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Detectar O Criador

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que é um grupo?

Resposta: O grupo é o desejo de cada um de nós de encontrar-se unido com os outros e com o Criador. Está escrito: “Israel, a Torá e o Criador são um”. O grupo é formado por aqueles que se esforçam em se conectar com o propósito de revelar a força que os preenche nesta conexão.

O “eu” é o meu movimento espiritual para frente; é apenas esse movimento, nada mais importa. O meu “eu” pode ser egoísta, contrapondo-se: “Eu não quero conectar”, ou, pelo contrário: “Eu quero conectar”. Eu só posso levar isso em consideração.

Um grupo é formado por todos os outros que querem estar juntos com os mesmos movimentos, apesar deles poderem contrapor-se. Aqui nós estamos tentando fazer isso em conjunto, a fim de revelar o Criador no nosso desejo, de acordo com a lei da equivalência de forma.

Nós nunca podemos revelá-Lo de outra maneira, mas apenas como a qualidade que criaremos entre nós. Esta nossa “ferramenta” escolherá o que está acontecendo fora de nós. Nós estamos criando um detector que descobre que o Criador conforme a sensibilidade que alcançamos entre nós.

Da 2ª Lição em Moscou, 16/01/11, “A Oração de Muitos”

Tudo Depende Do Observador

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como nós aceleraremos o nosso progresso?

Resposta: Isso é muito difícil. Eu sei pela minha própria experiência. Eu acho que a única possibilidade é através da sorte. A mente não funciona aqui, e nada ajudará. Aqui, o que é necessário é chamado de “boa sorte” ou sorte, “Mazal ” em hebraico.

Ou de forma mais simples, anular-se, transformar-se em uma pequena engrenagem, um mecanismo dentro do grupo: “Eu farei tudo como dizem os meus amigos; eu faço tudo que eles querem, com menos dos meus próprios pensamentos”. Pegue algum tipo de trabalho e execute-o automaticamente, sem ativar os seus sentimentos ou pensamentos; apenas envolva-se nele, e apegue-se aos seus amigos. Isso ajuda.

Mas no geral, isso é muito difícil. Incorporar-se de forma apropriada no grupo é o passaporte para o sucesso. Você não precisa de mais nada. Uma vez que você se sintoniza no grupo, descobre que ele está completamente corrigido, que todos os mundos existem nele, e que o Criador está dentro dele.

Seus amigos nem sentem isso, mas quando você se anula em relação a eles, você começa a descobrí-lo entre eles. De repente você vê: “Céus, onde estou? Nosso mundo passa a ser o mundo do Infinito? Para onde foi toda a negatividade? Não há nada disso aqui! Tudo é belo, a perfeição absoluta”.

É assim que você vê o mundo quando você se corrige. É por isso que em hebraico “mundo” é “Olam“, da palavra “Nehelam” (ocultar). Ele é relativo. Assim como a teoria da relatividade, tudo depende do “usuário”, do observador.

Da 2ª Lição em Moscou, 16/01/11, “A Oração de Muitos”

O Que A Cabalá Dá A Uma Pessoa?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Qual é o foco da Cabalá e o que ela pode dar a uma pessoa?

Resposta: Quando a infância termina, os olhos da pessoa aos poucos começam a se abrir e ela se vê em um mundo particular. É possível viver nele sem pensar muito; simplesmente viver “como todo mundo”, observando os outros. Mas, possivelmente, a pessoa queira entender um pouco mais da vida. Tudo depende da necessidade interna da pessoa, que a empurra.

A pessoa quer descobrir a realidade ao seu redor: seu quarto durante a sua infância, depois o seu quintal, cidade, país, mundo, todo o planeta; então, ela vai para o espaço sideral. Mas no final, ela começa a compreender que todas essas tentativas não lhe trazem satisfação.

Hoje, a humanidade perdeu até o interesse pela exploração do espaço. A única coisa que resta dela é o uso mercantil para o funcionamento de celulares via satélites ou para espionagem. Não estamos mais inspirados por viagem espacial para galáxias distantes. O desejo interno do homem mudou e não aspira ao longínquo, às distâncias cósmicas, mas, ao contrário, aspira para dentro.

Então a pergunta é: De onde é que isto vem e para quê? Pela primeira vez na história humana, não estamos simplesmente tentando fazer “mais”, mas primeiro queremos entender: Por que deveríamos fazê-lo? Esta é uma questão sobre a nossa raiz: de onde é que vem tudo? E para onde é que está me levando?

Ano após ano, torna-se mais difícil para as pessoas vender algo novo, e isso porque elas já estão saciadas com tudo. Isso não significa que elas não tenham desejos, mas que você simplesmente não pode dar-lhes o que elas querem! É por isso que elas ficam insatisfeitas, desiludidas, e começam a usar drogas para esquecer tudo isso.

Elas precisam de uma resposta sobre o sentido da vida, e não simplesmente como organizar uma existência bem alimentada e confortável para si mesmas, que seja agradável ao corpo animal.

Isso pode ser visto até mesmo na moda, pelo quanto mais simples e livre ela se tornou. Isso indica que o homem está se tornando livre de valores materiais, à medida que ele não vê mais sentido e satisfação neles. Ele simplesmente quer se sentir confortável e não sente a falta de algo material, sem focar ou cuidar excessivamente isso.

Isso faz toda a diferença. Eu preciso de um carro, uma casa, e mil coisas diferentes para viver confortavelmente. Mas eles não são interessantes para mim por si mesmos. Eu simplesmente quero proporcionar conforto para mim mesmo, mas eu realmente não preciso de nada. Eles tornam minha vida mais fácil, e isso é ótimo, mas tudo isso não é um fim em si. Quero descobrir algo mais, algo maior.

É aí que surge uma pergunta interna sobre a essência ou significado da vida. A pessoa já não pode encontrar ajuda no desenvolvimento da tecnologia, ciência, filosofia ou psicologia; nada será capaz de responder a esta pergunta. E isso ocorre porque é uma questão sobre a sua raiz: de onde é que eu venho? Será que eu tenho um propósito maior, além desta vida animal?

Eu já esgotei esta vida, mas o que mais eu posso receber? Mais um brinquedo super na moda ou uma TV? Você pode inventar qualquer entretenimento possível, mas tudo isso vem de um nível do qual eu não tenho mais interesse. E eu não sou o culpado! Dentro de mim há questões despertando que pertencem a outro nível.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 24/01/11, “A Essência da Sabedoria da Cabalá”

A Geração Determina Tudo

Dr. Michael LaitmanNão depende do Cabalista o momento em que a sabedoria da Cabalá deve ser disseminada. Ele recebe um sinal do Alto como uma revelação: a rejeição do mundo em certo grau e um esforço para realizar sua missão.

Estes sinais são totalmente claros, e ele os entende, pois vive na realização espiritual. Devido ao fato de que ele está conectado com a força superior no sistema espiritual, ele vê como ela organiza essas condições para ele.

Ele também não escolhe o método. Não existem outros métodos; há apenas um. No entanto, em cada geração, surge uma nova necessidade, e, portanto, o Cabalista é capaz de explicar mais do que era exigido anteriormente.

Os Cabalistas das gerações passadas conheciam todo o método. Você realmente acha que Moisés ou Rashbi não estavam familiarizados com ele? No entanto, eles não podiam expressá-lo abertamente, e é por isso que eles escreveram em uma linguagem codificada.

Na nossa geração, como o Baal HaSulam nos informa, o Cabalista não apenas tem a oportunidade, mas a obrigação de revelá-la. Surgiu a geração que exige evolução espiritual. Por isso, os Cabalistas revelam-na.

O tipo e o grau da revelação são determinados pela geração, e não pelo Cabalista, porque a necessidade da geração é o que importa. Por exemplo, se não houvesse alunos na minha frente durante a aula e se eu não absorvesse seus desejos, eu não teria nada a dizer. Mesmo que eu tivesse a realização, ela não seria revelada ou renovada.

Portanto, individualmente com a câmera, eu posso expressar algumas coisas mundanas, mas não posso revelar nada de novo, como fazemos durante nossas aulas diárias. Isso acontece porque um novo desejo desperta no mundo a cada dia, e através dos meus alunos que estão espalhados ao redor do mundo eu sinto a necessidade comum.

Isso inclui todas as perguntas e desejos, como a falta de perfeição, esforçar-se para revelar as telas, a qualidade de doação e a interconexão. As sensações de milhares de meus estudantes que estão presentes na lição ficam concentradas dentro de mim, e eu as coleto como uma mãe que sente a necessidade de alimentar seu filho. Então, à medida que nossos estudos continuam, eu vejo algo novo nos textos e na minha percepção, que não existia antes.

Isto ocorre todos os dias, mesmo que ninguém perceba isto. Os sábios dizem que há uma razão: “dos meus alunos eu aprendi mais do que tudo”. Por quê? Porque eu recebo o desejo dos alunos, o que me permite aprofundar na matéria da criação.

Do Cabalá para Principiantes, “Quem é Cabalista” 13/12/10

Um Raio De Luz Na Escuridão

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que os autores de O Zohar escrevem usando uma linguagem muito mundana em alguns trechos, o que só nos confunde, como se estivessem falando sobre o nosso mundo, e em outros trechos escrevem usando a linguagem dos Partzufim e Sefirot?

Resposta: A linguagem que foi criada desde Adão HaRishon contém várias Segulot  (qualidades milagrosas). Por que existem as Segulot? Porque nós não entendemos o significado do mundo espiritual. Nós não o alcançamos e não podemos imaginá-lo corretamente. Não podemos expor o mundo espiritual com precisão diante de nós, qualquer que seja a sua forma.

Inicialmente, está claro que todos os nossos conceitos, mesmo os deste mundo, são totalmente falsos. Como pessoas cegas, estamos tentando avançar sentindo o caminho a nossa volta, sem saber com o que nos deparamos e o que está acontecendo. Todas as nossas lembranças e imagens fictícias são incorretas e falsas.

Estamos em um estado tão obscuro que nunca provamos o sabor da verdade. Nem mesmo um tênue raio de Luz penetrou nesta escuridão a fim de iluminar, mesmo que seja um pouco, quaisquer detalhes do mundo em que vivemos, bem como as conexões entre nós.

É por isso que surge uma pergunta: é possível falar com estas criaturas? É ainda pior do que cavar minhocas no chão e tentar ensinar-lhes a Torá. Isso é não é uma piada!  A diferença entre nós e o mundo espiritual é muito maior do que entre nós, seres vivos, e um verme no chão, que também é uma criatura viva.

Você difere do verme pelo tamanho da sua consciência e conhecimento, na mesma escuridão em que ambos existem. No entanto, você e uma pessoa que está na espiritualidade estão separados por percepções opostas – um abismo que é impossível até de imaginar.

Adão HaRishon foi a primeira pessoa que revelou o fato de que além de nosso estado, existe uma fonte – o mundo espiritual, a verdadeira realidade, enquanto que nós estamos na escuridão total, como vermes no chão que nunca se arrastaram para o exterior e nem ao menos sabem que existe um mundo diferente. Por isso, nós devemos receber ao menos a ponta de uma corda onde possamos nos agarrar.

Assim, aqueles que atingiram a espiritualidade a partir de Adão HaRishon inventaram o que parece ser todos os tipos de histórias. No entanto, elas não são histórias, mas um sistema que nos conecta com o mundo e as almas que atingiram a espiritualidade, com a conexão entre elas e a Luz que está nelas.

Neste momento, nós não sabemos qual é o significado de nenhuma dessas palavras – nem sobre esse mundo, nem sobre as almas, nem sobre a conexão, nem sobre a Luz – nada! No entanto, eles traçaram certa conexão a partir do estado que é desconhecido para nós, e nós não temos idéia do que seja essa conexão. Mas eles fizeram isso para conectar de certa forma este estado a nós. E se usarmos esta conexão seguindo seus conselhos, isso nos influenciará de forma gradual.

Portanto, é totalmente irrelevante perguntar porque eles escreveram usando um tipo ou outro de linguagem – uma que é mais sensível ou racional, uma que é mais clara ou menos clara. Nós só conseguimos ficar confusos com as descrições que parecem mais mundanas e próximas de nós.

Existe apenas uma oportunidade de se aproximar do Zohar: conectar-se mutuamente, o máximo possível. Conforme nos unimos através dos esforços para estarmos acima do nosso ego, nós damos a estes estados espirituais a oportunidade de serem revelados. Mas enquanto eles não forem revelados, não descobriremos o que eles são. Está escrito: “Eu vi um mundo inverso”. Você verá que o mundo espiritual é completamente diferente daquilo que você era capaz de imaginar.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 24/1/11, O Zohar

Jogando Para A Nova Verdade

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se o ambiente não me convencer de que a doação é boa e agradável, eu nunca vou alcançá-la. No entanto, por outro lado, se eu não buscar a doação, o ambiente não vai desejá-la. Como é que nós vamos romper com este círculo vicioso?

Resposta: Nós devemos concordar em jogar um jogo um com o outro. O Rabash escreveu sobre isso em seus artigos sobre o grupo e o seu propósito. Ninguém chegou aqui com um desejo pronto para se unir com os outros, mas nós decidimos que queremos agir dessa forma.

Você está se queixando de que é impossível avançar sem desejo, mas se você o tivesse, você iria avançar egoisticamente, neste mundo material. No entanto, como você avança transcendendo esse desejo egoísta? Você precisa superá-lo, e é por isso que fazemos um pacto em nosso ambiente, de que valorizamos mais a doação do que a recepção.

Nós entendemos como isso funciona na teoria, mas não sentimos isso na realidade. Por isso, precisamos jogar o jogo da doação, descrito como: “Eu trabalhei e encontrei”. Nós fingimos que o objetivo é extremamente importante para nós, embora, na verdade, não vejamos nenhuma importância nele. Nós não estamos nos enganando. Nós admitimos isto, mas dizemos que isto não nos incomoda.

Neste mundo, eu estou imerso no meu egoísmo, mas, para elevar-me ao próximo nível, para ascender ao mundo superior, eu jogo este jogo com os amigos, como se fosse de vital importância que chegássemos a este mundo futuro, o grau de Binah  (amor e doação). Se todos os que estão diante de mim fingir que isso é importante, eu vou aceitar isto como sendo a verdade. Caso contrário, permaneceremos para sempre no nosso ego. Se eu não me obrigar a aceitar valores que são mais elevados do que os que eu tenho hoje, e não aceitá-los acima da razão, eu nunca vou alcançá-los.

Se o ambiente  constantemente joga assim comigo, este jogo finalmente se tornará minha segunda natureza. No entanto, você não quer jogar. Em vez disso, você deseja permanecer “honesto”, sem corromper o seu coração? Uma vez que não há mais nada no coração, exceto o egoísmo, você vai ficar parado!

Sim, eu admito que há apenas egoísmo em meu coração, mas eu finjo, a fim de estar acima dele. Eu não posso manda que o meu coração sinta de forma diferente, mas eu desejo receber um coração novo, um coração diferente. Agora, eu atuo como se não tivesse esse coração egoísta, como se tivesse saído dele e começado a tratar tudo apenas com doação.

Eu ascendo acima de tudo que tenho dentro. Há certo ser selvagem vivendo dentro de mim, com quem eu não quero mais manter relações. Deixe-o sofrer lá dentro de mim, mas eu, pessoalmente, estou mudando para outro sistema, outro corpo. O ambiente vai me afetar, assim como a Luz superior. No entanto, tenho que pressionar a mim mesmo, para que eu consiga chegar até ele! Eu não quero ouvir nenhum argumento; eu não deixo essas pessoas sequer chegarem perto de mim.

Nós devemos concordar que todos nós estamos, de certa forma, jogando, trabalhando  um para o outro. Se eu não cumprir meu dever, eu enfraqueço a todos, e o dano que retorna para mim aumenta muitas vezes. Portanto, eu não devo ter medo de satisfazer as condições dagarantia mútua; caso contrário, eu vou sofrer muito. A Arvut (garantia mútua) é uma arma terrível, uma espada de dois gumes.

Da Lição Diária de Cabalá 10/12/10, Baal HaSulam, Carta No.13

A Revelação Tem Resposta Para Tudo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Os sábios disseram que devemos esperar a salvação do Criador todos os dias. Porém, como eu faço para manter este entusiasmo, de modo a sempre sentir como se estivesse prestes a receber a revelação e não soltá-la?

Resposta: Você deve fazer dessa antecipação uma coisa agradável. Uma pessoa pode pensar em coisas agradáveis o tempo todo. No entanto, se você fica cansado de pensar nisso, significa que você não recebe prazer disso.

Nós somos feitos do desejo de desfrutar, e se estamos gostando de algo, nos esforçamos por ele. Se não, tentamos nos livrar dele. Portanto, devemos dar o nosso melhor para que os pensamentos sobre a revelação do Criador e o mundo espiritual sejam doces e deliciosos. Então, não conseguiremos parar de pensar nisso.

Eu tenho que dizer constantemente a mim mesmo que isso trará uma satisfação que compensará tudo o que me falta. Que isso saciará todos os meus desejos, fome, sede e cansaço. A revelação espiritual é a resposta para tudo. Então, não vou esquecê-la, mas sim desejá-la sempre. Esse pensamento me perseguirá constantemente em relação a todo o resto.

Se pensar na espiritualidade for um dever pesado para mim, isso certamente será um esforço torturante. No entanto, isto não é um trabalho. Ele deve ser agradável, como um “bálsamo para uma alma exausta”.

Afinal, você jamais havia sentido o amor pelos amigos como uma agradável realização espiritual. Você simplesmente gostava de passar um tempo com eles. No entanto, imagine que isto o levará a uma experiência gratificante, plena, elevada e incrivelmente agradável, a um sentimento indescritível de paz que você nunca sentiu antes, como se estivesse em águas tranquilas e calmas. Então, você começará a desejar isso.

É claro que, por enquanto, esta é uma aspiração egoísta, Lo Lishma (não em Nome Dele), e você simplesmente busca o prazer. No entanto, isto ainda lhe permitirá permanecer neste pensamento e, ao mesmo tempo, você começará a discernir a verdade e a mentira, avançando desta maneira.

Da Lição Diária de Cabalá 10/12/10, Baal HaSulam, Carta No.13

Esfera Feita De Pontos

Dr. Michael Laitman with StudentsPergunta: Por que noções como as de união e garantia mútua nos parecem desinteressantes e sem qualquer conteúdo?Ouvir 

Resposta: Isso está incorreto. A união e a garantia mútua são correções que nos conectam com o sistema. Elas contêm Partzufim e Sefirot, mundos e Luzes, mas nós não os vemos. 

Por exemplo, o que significa a união? Nós somos opostos, repelindo e odiando uns aos outros, mas temos que superar nosso desejo e nos unir em similaridade, afastando nossas diferenças. Cada um de nós tem um ponto que é capaz de unir-se com os outros. Nós conectamos esses pontos e tentamos aumentar a sua quantidade e qualidade. 

Neste processo, nós nos anulamos e, acima dele, revelamos a nossa conexão e garantia mútua. Nós queremos criar um espaço entre estes pontos, mas com que meio? Nós criamos esse espaço adicionando Aviut (espessura) a eles, porque deve haver algo do Faraó. 

Nós tratamos os desejos dos níveis inanimado, vegetal e animal como uma espécie de necessidade, mas trabalhamos com o resto dos desejos, conectando-os com os pontos. Ao estar conectado a esses pontos, estes desejos passam Aviut para eles e criam um lugar onde ocorre a revelação. 

Então, os desejos que se opõem à unidade aumentam, e isso provoca atrito e discussões entre os pontos. Alguns deles não querem estar juntos, e outros tentam assumir o controle. Nós devemos trabalhar com esses desejos. Em primeiro lugar, devemos restringi-los, mas depois, devemos anexá-los aos pontos 

Então, começa o trabalho nas três linhas. Nós estamos constantemente reforçando a nossa união e, juntos, construimos um lugar onde o sistema dos mundos e o Criador se revelam. Assim, no topo dessa dimensão, as noções de união e garantia mútua incluem toda a realidade, inclusive este mundo. 

Da Lição Diária de Cabalá 10/12/2010, Talmud Eser Sefirot