Textos arquivados em ''

Por Que Os Judeus Foram Perseguidos Ao Longo Da História? (Quora)

Laitman_154Michael Laitman, no Quora: “Por Que Os Judeus Foram Perseguidos Ao Longo Da História?”

Existem algumas razões para a perseguição dos judeus ao longo da história. A razão principal está enraizada no estabelecimento espiritual do povo judeu na antiga Babilônia, cerca de 4.000 anos atrás. O povo judeu era originalmente uma reunião de babilônios de todas as classes sociais que se reuniram sob a orientação de Abraão, que os ensinou a unir-se (“ame o próximo como a si mesmo”) para que a unidade se espalhasse a todos os povos (para ser uma luz para as nações”). Tendo atingido uma vez um elevado estado espiritual de unificação, os judeus mais tarde caíram desse estado espiritual, quando entraram no período de exílio, e se tornaram inconscientes de já terem experimentado isso. Como tal, a perseguição atingiu o povo judeu de várias formas ao longo da história, como parte do desenvolvimento em direção a um estado onde os judeus precisarão recuperar a unidade espiritual que uma vez alcançaram.

Quando os judeus estavam mais perto de sua raiz espiritual, tendo uma inclinação e orientação sobre como se unir acima de seus impulsos egoístas e divisores, eles foram apreciados. Isso é exemplificado nos períodos do Primeiro e Segundo Templos. Da mesma forma, na medida em que os judeus se distanciavam de sua raiz espiritual, especialmente em momentos em que uma certa quantidade de unidade espiritual era necessária para se expandir na humanidade, eles recebiam uma resposta negativa da natureza através de povos começando a odiá-los inconscientemente, colocando a culpa neles. Isso ocorre porque o papel do povo judeu, que eles estão ociosos em realizar, é unir-se entre si e com a força superior e disseminar a unidade espiritual em todo o mundo. Especificamente, a ociosidade é o ponto problemático.

Portanto, hoje os judeus também experimentam uma pressão crescente na forma de sentimentos, crimes e ameaças antissemitas em ascensão exponencial, a fim de incentivá-los a cumprir sua função no mundo.

A sabedoria da Cabalá, que é o método de unificação com que Abraão guiou os judeus à unidade, tornou-se divulgada hoje com o propósito de servir o mundo. Os judeus de hoje só precisam acessar esse método, aplicar esforços para se unir a ele e, ao fazer isso, mostrar um exemplo para o mundo do que ele faz com eles: o quanto conecta eles e a todos e como uma vida eterna e perfeita se revela através de tal conexão. A inatividade dos judeus na implementação desse método – por não querer ser uma “luz para as nações”, isto é, para as nações do mundo – repercute sobre eles com uma resposta negativa das nações do mundo.

Se os judeus falharem em cumprir seu dever espiritual no mundo, uma contínua escalada de antissemitismo acontecerá. O Holocausto serve como um exemplo do que poderia surgir em tal caso.

Relacione-Se Com A Perfeita Governança Do Criador

laitman_962.5Nada deve ser corrigido na realidade, exceto a nossa atitude em relação a ela. Deixe o mundo se desenvolver à sua maneira, não temos nada a acrescentar a ele. Afinal, nós vemos isso de acordo com nossas próprias qualidades. Precisamos corrigir nossa visão da criação, mas a criação que aparece diante de nós está em absoluta perfeição. A paz no mundo é a perfeição que precisamos alcançar.

Ao meu redor vejo apenas a mim mesmo, minhas próprias falhas. Se vejo que todas as partes da realidade são imperfeitas e a conexão entre elas também é falha, isso mostra a extensão da minha corrupção. Por um lado, toda a realidade é perfeita e só a pessoa precisa de correção. Mas, para ser corrigida, o seu ambiente deve ser corrigido para influenciar a pessoa.1

O Criador influencia a pessoa através do mundo, assim como através da natureza humana interna. Assim, nos encontramos entre dois fogos, tudo para nos levar ao estado corrigido, para a compreensão de que devemos aceitar o governo do Criador como perfeito e nos adaptar a ele. Este trabalho vai contra o nosso desejo egoísta interior até que equilibremos a nossa força egoísta interior com a força externa do mundo, relacionando-os ao perfeito governo do Criador.

Aquele que deseja corrigir a força externa é chamado de reformador do mundo, e aquele que deseja se corrigir é chamado de servo do Criador.

O Criador constantemente muda todos os desejos, qualidades e atitudes dentro de mim, governando a minha natureza interna. Ao meu redor, vejo o mundo aparentemente externo, que o Criador também me mostra. Segue-se que estou sob duas influências do Criador: interna e externa. Tudo o que tenho que fazer é equilibrá-las, colocando o Criador como um governante sobre ambas.2

O mundo inteiro está gritando que não é o Criador que governa o mundo, mas eu. É assim que revelamos que é o Criador que governa sobre todos. Não há outro além Dele.3

Há um resultado desejável e a existe realidade. É desejável ver o mundo corrigido, isto é, sob o domínio da única força do Criador, além da qual não há nada. Eu estou conectado a esta única força e vejo que somente o Criador preenche toda a realidade.

Mas se ainda não estou corrigido, julgo de acordo com minhas imperfeições e vejo guerras e turbulências em vez do estado corrigido. Tudo acontece apenas em relação àquele que alcança e todas as guerras e desastres que vemos acontecem dentro de nós, dentro de nossa natureza. Se eu não for corrigido, ainda não posso atribuir tudo a mim e parece-me que a guerra está acontecendo do lado de fora. Eu ainda não aderi ao Criador e, portanto, a realidade para mim é dividida em duas: eu e Ele, em vez de sentir “nós” como um todo.4

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá, 10/07/19, Escritos do Baal HaSulam, “Paz no Mundo”
1 Minuto 04:05
2 Minutos 12:20
3 Minutos 19:00
4 Minutos 19:50

O Próximo Pequeno Passo Para A Humanidade

Dr. Michael Laitman

Da Minha Página No Facebook Michael Laitman 21/07/19

O próximo pequeno passo para a humanidade.

A Estrutura Do Universo, Parte 2

laitman_251Estágios do Desenvolvimento da Criação

O Criador emana a Luz (+) de preenchimento, satisfação, que dá origem a um desejo por ela, o Kli (vaso) (-).

A Luz é o estágio 0 (Keter). O primeiro estágio, Hochma, já é um desejo de receber que quer desfrutar da Luz. Esse desejo é natural, instintivo. Costumamos retratá-lo na forma de uma taça recebendo a Luz.

Depois que a Luz criou o desejo, ele começou a se transformar. Agora ele quer ser como a Luz e, portanto, recusa-se a desfrutar. A Luz gradualmente transfere suas propriedades de doação, e o desejo, que agora quer doar por si mesmo e ser semelhante à Luz, esvazia-se. Este é o terceiro estágio, Bina.

Pergunta: Se no estágio um eu queria receber, então no estágio dois, sob a influência da Luz, eu de repente quero doar, tornar-me como a Luz?

Resposta: Sob a influência da Luz, você começa a mudar.

O terceiro estágio é muito interessante. É o oposto do primeiro estágio, ou seja, aqui o ser criado alcança o estado oposto àquele em que foi criado. Posteriormente, Bina decide: “Se eu quiser doar, tenho que me realizar”. Portanto, com seu desejo de doação, cria uma nova etapa chamada Zeir Anpin.

Este é um desejo de receber, mas muito pequeno, não tão grande quanto o estágio de Hochma.

Pergunta: Por que o estágio dois é insuficiente? Afinal, nos tornamos como a força superior que doa.

Resposta: Não. Nós nos tornamos como a força superior em nossa intenção, mas não em nossa forma. Não doamos nada a Bina, simplesmente nos recusamos a receber. Mas quando Bina se realiza em Zeir Anpin, o terceiro estágio, é assim que se percebe como semelhante ao Criador.

Portanto, Keter é a propriedade do Criador para doar. Hochma é a realização desse desejo, doação. Bina recebe a propriedade que Hochma passa para ela e, por sua vez, se recusa a receber.

Mas, por enquanto, ela não tem nada para dar e nem sequer quer.

No terceiro estágio, Zeir Anpin, Bina percebe sua propriedade de doação. É como se tivesse dado à luz a ela, criado essa próxima propriedade e a preenchido.

Pergunta: Então, neste terceiro estágio, eu dou e tomo um pouco?

Resposta: Sim. Zeir Anpin é complexo, composto, como se fosse composto de duas partes, como Bina. Hochma também consiste de duas partes e o mesmo acontece com Keter. Isto é, o desejo de receber está sempre presente.

Quando Zeir Anpin é completamente preenchido por Bina, começa a sentir que o mais importante é ser preenchido em vez de se recusar a receber. Portanto, a propriedade que deseja ser preenchida é chamada Malchut (reino): o reino dos desejos.

Malchut é completamente oposto à Keter. Isto é, a criação, que é completamente oposta ao Criador, finalmente quer perceber o que Ele planejou para ela, ou seja, que o Criador quer doar, e Malchut quer receber o que Keter quer doar.

De KabTV, “Fundamentos de Cabalá”, 27/11/18

Nova Vida # 269 – Amor Próprio, Parte 1

Nova Vida # 269 – Amor Próprio, Parte 1
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Tal Mandelbaum ben Moshe

O amor próprio é o material ou software fundamental que controla tudo e seu funcionamento já passou do auge. O amor próprio humano tornou-se insaciável e destrutivo. Estamos em desespero porque não resta nada com o qual possamos satisfazer nosso desejo de nos amar. Desde meados dos anos 90, formas mórbidas de amor próprio se desenvolveram e estamos fora de equilíbrio. Precisamos transcender nosso amor próprio para sair desse ciclo. Para nos sentirmos bem, precisamos agora aprender a nos cercar de relacionamentos mutuamente amorosos. A felicidade só pode ser encontrada através do amor pelos outros.

De KabTV, “Nova Vida # 269 – Amor Próprio”, Parte 1, 15/12/13