Textos arquivados em ''

O Que Celebramos Em Pesach

Dr. Michael LaitmanPergunta: Quem são os Egípcios e os filhos de Israel em termos do trabalho espiritual?

Resposta: A Torá fala de uma pessoa como de um objeto que inclui em si o mundo inteiro. Tudo está dentro da pessoa.

Os Egípcios em nós são forças egoístas; o povo de Israel são forças altruístas ou forças que querem ser altruístas, mas estão sob o comando dos Egípcios (egoísmo). O Faraó representa a totalidade do ego em que nós existimos.

O Criador é a força superior que controla o Faraó, Moisés e todos os outros. Sua tarefa é trazer toda a criação à equivalência de forma com Ele, ao altruísmo. Mas isso requer o reconhecimento do ego como um mal e a saída dele.

Moisés é a força que representa a parte do Criador que existe dentro da pessoa e que a puxa para a revelação e realização das qualidades espirituais superiores. Entre estas forças ocorrem interações quando a pessoa sente dentro de si quais de seus desejos são egoístas, quais são altruístas, quais deles necessitam de uma conexão com o Criador e quais se agarram ao Faraó.

Desta forma, ela os classifica internamente e, como resultado deste trabalho, entende o que realmente a impulsiona. Ela vê que está completamente sob o controle do Faraó. Para onde quer que se vire, em todos os lugares, ela descobre o Faraó escondido dentro dela.

Ela acha que já trabalha em prol da doação e amor ao próximo, que está acima de todos os desejos egoístas terrenos, mas ela ainda continua revelando-os dentro de si mesma. No final, ela não apenas se desespera, mas está convencida de que o Faraó a possui 100%.

Mas, ao mesmo tempo, um ponto especial chamado Moisés, que resiste ao Faraó, emerge dentro dela. Ela começa uma luta com o Faraó e condena-se às dez pragas do Egito que deve passar por cima do ego. Desta forma, a pessoa começa a entender que pode se livrar do ego. Mas como ela pode fazer isso? Não está claro ainda.

Com essa sensação ela entra em uma noite escura, onde, por um lado, não consegue ver e entender como a redenção acontece, mas, por outro lado, deseja-a apaixonadamente. Esta noite é chamada de noite da saída do Egito e nós a celebramos em Pesach.

Nos Braços Do Criador

laitman_527_03Pergunta: Qual é a coisa certa a fazer quando recebemos golpes? Cada estado é diferente. Portanto, como eu posso entender o que o Criador quer de mim?

Resposta: O Criador quer apenas uma coisa de você: que continue se aproximando Dele, seja individualmente, se não houver outra opção no momento, ou em conjunto com o grupo. O Criador abriu intencionalmente Seus braços para você e lhe enviou golpes para que, ao se sentir assustado, você corra para Ele.

Mas, no momento em que a sua adesão a Ele fica mais fraca, como uma criança inicialmente aderida a sua mãe quer romper com ela, novas perturbações vêm imediatamente junto e lhe dam a oportunidade de se aderir ao Criador.

Essa é a forma como devemos olhar para toda a nossa vida! Se você tentar se aproximar do Criador, alterando a sua natureza antes dos golpes chegar, não vai sentir qualquer dor ou problemas e simplesmente vai sentir que está se banhando na Luz Superior! Todos os sofrimentos resultam da falta de conexão entre nós e a falta da sensação do Criador.

No momento em que nós O sentirmos na conexão correta entre nós, todos os sofrimentos vão desaparecer e todo o mundo será preenchido com bondade.

Pergunta: O que significa se aproximar do Criador?

Resposta: Aproximar-se do Criador é se adaptar aos Seus atributos, que são as qualidades de amor absoluto e doação.

Da Lição de Cabalá em Russo 14/02/16

A França Prefere Refugiados Muçulmanos

Laitman_049_02Comentário: A França é uma nação cristã e católica, mas aceita principalmente refugiados muçulmanos, enquanto os refugiados cristãos que se encontram no meio da multidão na fronteira do Iraque buscando entrar na França são recusados.

O jornal Figaro realizou um estudo e descobriu que a ala esquerda do Partido Socialista não quer parecer como se a França preferisse os cristãos.

Resposta: A humanidade corrigida deve considerar todos de forma totalmente igual, mas isso não está acontecendo em nenhum lugar do mundo. Uma nação cristã, católica, ou protestante deve, em primeiro lugar, assimilar os cristãos que estão sofrendo no Oriente Médio antes deles serem mortos. Seu número não é tão grande.

Comentário: Eles estão matando inúmeras famílias iáziges que fugiram de Mossul.

Resposta: Os muçulmanos estão intencionalmente matando os cristãos; por isso, eles devem ser assimilados em primeiro lugar.

Comentário: Eles estão sentados no Iraque à espera de vistos de saída, mas não estão recebendo-os. Em vez disso, as autoridades realizam testes rigorosos e exigem provas da vulnerabilidade de sua posição.

Resposta: Por enquanto eles estão aceitando extremistas muçulmanos de direita.

Comentário: O jornal Figaro pergunta: “Por que uma grande nação, tal como a França, que concordou em aceitar trinta mil refugiados sírios de acordo com a quota alemã, se recusar a levar os cristãos?”

Resposta: Eles querem se retratar como liberais, mas, por enquanto, os cristãos estão sendo mortos. Como é possível compreender o mundo de hoje? As pessoas estão jogando um jogo de duas caras: embora eu seja assim por dentro, por fora eu preciso olhar de outra forma. Esse é um paradoxo muito interessante, eu vou aceitar aqueles que estão matando e aqueles a quem eles estão matando vou deixar para trás.

Portanto, não temos nada com que se indignar que entre os judeus que vivem na diáspora, a mesma coisa acontece. Eles são contra Israel e em prol da nação deixar de existir, que o povo de Israel se dissolvesse completamente entre os outros povos, para que nenhuma memória deles permaneça.

Acredita-se que dentro de apenas uma ou duas gerações os judeus americanos vão simplesmente “morrer”, ou seja, se tornar completamente assimilados entre os americanos.

É mais correto dizer que especificamente dentro de uma ou duas gerações vamos sentir golpes muito sérios nos Estados Unidos e entre os judeus americanos, quando o Criador vai devolvê-los à sua raiz com a ajuda de uma força brutal.

Isso será revelado na forma de um holocausto ou problemas maiores. Os judeus vão começar a voltar às suas raízes, porque não vão ter para onde fugir.

Aqueles que rejeitam Israel e estão desconectados dele estão decretando para si muito grandes golpes, e seu retorno para a terra vai acontecer através de uma fonte intratável. Isso é mencionado na Torá: ” Mesmo que tenham sido levados para a terra mais distante debaixo do céu, de lá o Senhor, o seu Deus, os reunirá e os trará de volta” (Deuteronômio 30:4).

De KabTV “Notícias com Michael Laitman” 10/04/16

Os Benefícios Do Estresse

Laitman_182_02Comentário: Uma pesquisa sobre o estresse se tornou muito popular hoje. Cientistas da Universidade de Wisconsin seguiram 30.000 pessoas por oito anos e descobriram que o estresse aumenta a taxa de mortalidade em 43%, mas somente quando a pessoa acredita que o estresse é prejudicial ao seu corpo.

Contatou-se que a maioria dos indivíduos tinha vasos sanguíneos estreitos, mas naqueles que foram informados que o estresse era um resultado benéfico da ameaça, os vasos sanguíneos se relaxaram e tudo estava em ordem.

Os cientistas chegaram a uma conclusão interessante: se durante situações estressantes você decide se juntar a outras pessoas, recebe a decisão de se unir com outras pessoas, então você cria uma defesa sólida contra influências externas.

Resposta: É claro, isso é natural.

Comentário: Ao mesmo tempo, o estresse mata um grande número de pessoas.

Resposta: As pessoas morrem de estresse porque não sabem como usá-lo corretamente. Afinal, mesmo em animais, uma reação protetora natural ao estresse é se unir, não se separar. As pessoas, pelo contrário, se afastam, entram em si mesmas, se mantêm longe umas das outras.

Ao mesmo tempo, as coisas se tornam ainda mais restritas, não só os vasos sanguíneos, mas também a capacidade de pensar e de tomar decisões corretas. As pessoas se retiram para dentro de si mesmas, se fecham, embora devesse ser exatamente o oposto.

O nosso problema é que nós usamos incorretamente os dados iniciais. Nós temos que estar conectados uns com os outros. E quanto mais sentimos uma repulsa mútua entre nós, mais precisamos nos envolver em atração mútua.

É sobre essa atitude perante a vida que a sabedoria da Cabalá fala.

Comentário: No estado de estresse, a pessoa começa a trabalhar mais no “eu”. Ela diz, “Eu estou sofrendo, eu me sinto mal”. Ela procura um nicho para se esconder, ou pode tentar suportar o estresse.

Resposta: Isso vem da organização incorreta da sociedade. Nós não estamos preparados para o fato de que agora, chovendo sobre nós, está o estresse, a depressão, os problemas com a nossa atitude para com o mundo, a vida, consigo, a casa, etc.

Nós fugimos dos problemas, não queremos criar uma família, não queremos ter filhos, não estamos interessados ​​em amigos, em ninguém, e nos sentamos sozinhos na frente do computador. A atenção constante de uma pessoa em seu smartphone é uma medida da depressão do homem. As pessoas não querem interagir entre si. Esse é um problema terrível.

Pergunta: Será que essas pressões são dadas a nós de propósito para que comecemos a se conectar com os outros?

Resposta: Sim, é claro, a questão vai chegar a um fim, seja pelo caminho do bem ou pelo caminho do sofrimento. Isso pode levar a humanidade a uma grande guerra ou as pessoas vão entender que devem se unir e se adaptar à sabedoria da unidade, a sabedoria da Cabalá, porque muito rapidamente se tornará evidente que todos os outros meios não ajudam.

De KabTV “Notícias de com Michael Laitman” 16/04/16

O Efeito Dos Livros Cabalísticos

Laitman_165Pergunta: Como devemos usar o poder dos livros Cabalísticos?

Resposta: Não há nenhuma força especial no livro em si. O poder está na pessoa que se conecta ao que está escrito no livro e tenta alcançar a essência interna, o nível espiritual, que as letras e as palavras nos livros Cabalísticos representam.

Por exemplo, pegue duas palavras: “bife” e “Malchut”. Nós sabemos o que é um bife, sentimos imediatamente o seu sabor em nossa boca, entendemos o que é e quando precisamos dele, mas não sabemos o que é “Malchut“. Portanto, da nossa perspectiva essa palavra é como uma erva sem gosto que não invoca nenhum sentimento.

Os livros Cabalísticos foram escritos de tal forma, em tal terminologia, e em tal linguagem que não invocam qualquer pensamento ou sentimentos.

Como podemos nos conectar com eles, por que eles nos falam sobre o mundo superior, nossa gestão e nosso destino? Nesse caso, é necessário fazer o que os Cabalistas nos dizem. Os Cabalistas nos aconselham a se unir com um grupo de dez amigos e estudar juntos em um círculo.

Ao estudar juntos os livros Cabalísticos, nós devemos sentir que nos conectamos mutuamente e atingir um estado onde os nossos desejos e pensamentos sejam compatíveis, quando cada um se anula diante de todos os amigos e todos se sentem como um todo único.

Isso significa que temos que se assemelhar à Luz Superior tanto quanto possível no nosso mundo corpóreo, à Luz que é uma só e única, e assim ela vai brilhar sobre nós de acordo com os nossos esforços.

Comentário: Por um lado, nós dizemos que a sabedoria da Cabalá não é misticismo, mas atrair a Luz é um ato místico.

Resposta: Não há nada místico aqui. O “eu” é o corpo físico que tem certas forças de atração e rejeição. Atrair a Luz não é misticismo, mas uma ação física.

Pergunta: Como vamos descobrir que os livros nos influenciam?

Resposta: Não é o livro que influencia você, mas o seu desejo comum.

Você vai senti-lo como o calor em relação aos amigos de acordo com a força comum que aparece entre vocês e os conecta. Você vai começar a sentir o que os livros Cabalísticos dizem sobre fundir-se, a conexão, as qualidades de BinaMalchut, e a força de doação entre elas.

Da Lição de Cabalá em Russo 07/02/16

Nova Vida # 715 – Os Filhos De Israel No Egito, Parte 1

Nova Vida # 715 – Os Filhos De Israel No Egito, Parte 1
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Nitzah Mazoz

Como o Egito representa o ego de uma pessoa? Como as figuras na história sobre o êxodo do Egito ilustram as forças que operam em uma pessoa, e qual é a analogia entre a escravidão do Egito e a crise que o mundo está passando hoje?

Resumo

A história do êxodo do Egito em seu sentido literário é bem conhecida em todo o mundo, por que não é clara? No entanto, se quisermos penetrar no significado profundo dessa história e compreender as forças que constroem as figuras nela, devemos nos afastar da simples descrição dos personagens da história. Nosso mundo é gerido da mesma forma que diferentes forças criam a exibição em uma tela de computador. A realidade é feita de duas forças: a força de doação e a força de recepção, o Criador e a criatura.

A mão do Criador transforma as imagens desde dentro, e também motiva Bátia a tirar Moisés do Nilo. Moisés simboliza uma força especial que deve corrigir todos os outros desejos que estão no atributo de recepção e levá-los para fora do Egito, que simboliza o ego. Moisés foi criado como um príncipe na casa do Faraó, o sistema egoísta do capitalismo saudável, onde todos se preocupam apenas consigo mesmo e tudo gira em torno do dinheiro.

Dinheiro (Kesef) representa a capacidade de cobrir (Kisuf) (mesma raiz, em hebraico), a capacidade de pagamento pela satisfação do meu desejo, enquanto o Egito simboliza o mesmo sonho que nós temos em nosso mundo hoje. Hoje, já não podemos gerir o nosso mundo desta maneira porque é contra o Criador, a qualidade de amor e doação, e por isso temos que avançar para um sistema onde cada um examina o que pode dar aos outros e não receber.

Quando os filhos de Israel fugiram do Egito, foi porque eles não queriam viver de acordo com seu desejo por dinheiro, de acordo com o desejo de receber, e sentiram que isso significava a morte para eles. A alternativa é viver no amor, não no orgulho, e é isso que Moisés representa.

De KabTV “Nova Vida # 715 – Os Filhos De Israel No Egito, Parte 1”, 14/04/16

The Jerusalem Post: “Pesach – Uma Chance De Passar Por Cima

Meu artigoPesach – Uma Chance De Passar Por Cima”*, foi publicado recentemente no The Jerusalem Post, uma fonte de notícias em inglês para os judeus.


Pesach – Uma Chance De Passar Por Cima”

Logo, como fazemos todos os anos, vamos estar sentados mais uma vez em torno da mesa do Seder.

De acordo com o calendário judaico, Pesach é realmente o início do ano. Oficialmente, o ano começa em Rosh Hashanah, mas o calendário judaico tem também um nível mais profundo escondido, que descreve o nosso desenvolvimento interno, espiritual.

A nação judaica é especial. Ela não foi formada por um parentesco biológico ou proximidade geográfica, mas pela adesão a uma ideia: a ideia de unidade! Nós nos tornamos uma nação somente quando concordamos em viver “como um homem com um só coração”, e nos foi dada a tarefa de ser “uma luz para as nações” quando nos comprometemos a amar o nosso próximo como a nós mesmos. E Pesach é o lugar onde tudo começou.

Até o nascimento de Moisés, o povo de Israel era muito feliz no Egito. Eles eram prósperos e ricos, e desfrutavam as amenidades da vida de “panelas de carne” e “pão em abundância” (Êxodo, 16:3). Mas a satisfação material só pode nos levar para longe. É da natureza humana que, uma vez que temos o que queremos, começamos a querer algo mais, algo maior. Nesse ponto, começamos a buscar prazer na conexão humana.

Esse momento inicial é o nascimento de Moisés: a aspiração à fraternidade e conexão. Ele existiu desde o princípio, amadurecendo na casa do Faraó e desfrutando os prazeres materiais que a vida tem a oferecer até que teve seu preenchimento.

Nesse momento começa o exílio no Egito. O Faraó, o nosso egoísmo, não pode se render a essas ideias “nobres”, como fraternidade, conexão e responsabilidade mútua. Ele as odeia e despreza.

No entanto, quanto mais os filhos de Israel se desenvolviam como indivíduos e como sociedade, mais sentiam que a unidade era o próximo passo, e um cenário deveria acontecer. Os filhos de Israel passaram por um processo semelhante ao que acontece hoje, onde estamos percebendo que a nossa felicidade, saúde e bem-estar geral dependem da qualidade das nossas relações sociais. O Faraó não queria torturar os filhos de Israel; ele simplesmente queria que eles continuassem a atendê-lo, ou seja, ao ego, ao invés de seguir Moisés, isto é, visar à fraternidade e o cuidado mútuo. E quando eles não concordaram, ele se tornou o rei vicioso que conhecemos da história.

Nossos antepassados ​​insistiram em sua unidade e acabaram vencendo. Eles se uniram ao pé do Monte Sinai e receberam a lei, cuja essência o Santo SHLAH expressa com estas poucas palavras: “O amor é o mandamento onde se sustenta toda a Torá: ‘Ama o teu próximo como a ti mesmo'”. Os filhos de Israel cuidadosamente se limparam do chametz [fermento], o egocentrismo dentro deles, e passaram por cima do egoísmo para a fraternidade, até que se tornaram uma nação unida pela visão do amor ao próximo.

Hoje, na medida em que estamos acordando do sonho americano para a realidade de que não podemos basear nossa sociedade na concorrência e isolamento, estamos começando a nos sentir cada vez mais como os filhos de Israel no exílio. Até aqui o Egito foi bastante divertido, mas agora ele está se tornando hostil e parece cada vez mais como o exílio.

Agora é a hora de reacender nossa fraternidade e amor ao próximo e passar por cima mais uma vez. É o início de um novo ano, uma nova era em nossa sociedade. É hora de mudar para um novo paradigma de relações.

A cultura do “eu, eu, eu” se esgotou porque simplesmente não estamos felizes confinados a nossas conchas separadas. Para sermos felizes, nós, descendentes dos filhos de Israel, devemos nos mover como os nossos antepassados: ​​do egoísmo para a fraternidade e responsabilidade mútua.

Imagine a vida que teremos quando cuidarmos uns dos outros. Ninguém vai ter que lutar pelas provações da vida, porque todo mundo vai ajudar. Da mesma forma, vamos desfrutar ajudar os outros. E como cada um de nós contribui com seu próximo, nossos laços irão se fortalecer e criar um vínculo que irá construir uma sociedade baseada na amizade, calor e unidade. “Ama o teu próximo como a ti mesmo” deixará de ser um clichê, e vai se tornar o que sempre foi concebido para ser: a nossa realidade.

Recentemente, tem havido numerosas referências na imprensa à desunião da comunidade judaica. É um bom sinal. Isso mostra que estamos começando a ver a fragmentação e alienação como a raiz de nossos problemas. Sempre teremos diversidade, mas, ao invés de temê-la, devemos abraçá-la! Quanto mais diversificados formos, mais nossa fraternidade vai crescer, enquanto valorizamos a unidade acima de tudo.

E há outro bônus. Ao nos unirmos acima de nossas diferenças, vamos apresentar um modelo de uma comunidade próspera, que prospera por causa de sua diversidade, e não apesar dela. Isso é algo que o mundo de hoje precisa desesperadamente. Nós podemos oferecer isso. Nós tivemos isso quando saímos do Egito, e podemos reacendê-lo agora e compartilhá-lo com o mundo. Nisso nós podemos nos tornar “uma luz para as nações”, um farol de esperança para o mundo.

Nessa Pesach, vamos passar por cima da alienação à fraternidade, da indiferença à responsabilidade mútua. Em suma, vamos todos sair do Egito, juntos.

* Pesach em inglês é Passover, que significa “passar por cima” (nota do tradutor).

Por Que Não Comemos Chametz (Alimento Fermentado) Em Pesach

laitman_961Pergunta: Por que não podemos comer Chametz em Pesach (Pesach Judaica)?

Resposta: Porque Chametz simboliza a conexão entre a farinha e a água. A farinha simboliza o atributo do desejo egoísta e a água simboliza o atributo do desejo altruísta.

Assim, em Pesach, nós estamos na fase final da dominação do ego e começamos a sentir que o egoísmo nos controla em tudo já que não temos o atributo de Hassadim, o atributo de Hesed, o atributo da água, simbolizado pelo Matzá.

Matzá é a conexão entre a farinha e água. Eles são misturados por um período de tempo muito exato, por 18 minutos, de modo que a farinha não comece a subir. Se eles são misturados por muito tempo, temos que amassar constantemente a massa sem parar …

Este processo simboliza o nosso trabalho com o egoísmo, o processo em que temos que continuar a trabalhar com ele, dando-lhe novas formas repetidas vezes, movendo-se para o altruísmo. Então é possível.

Mas, em princípio, não é possível trabalhar com o Chametz por mais de 18 minutos, o que significa que a conexão deve ser mínima, tal como aparece no nosso egoísmo. O que é o altruísmo? Que nós queremos mostrar boas intenções em relação a alguém para que o ego se beneficie disso? O Matzá simboliza a falta de água, a falta de Hassadim, a falta de Hesed, em nossa atitude egoísta, e por isso que é chamado o “pão da pobreza”, o que significa a pobreza de um grande coração, na abertura entre as pessoas.

É costume comer Matzá na véspera de Pesach, porque é nesta noite que revelamos até que ponto não temos o atributo de amor e doação entre nós, o atributo de Bina, ou o atributo de Hesed. Nós estamos prontos para qualquer coisa, contanto que possamos sair desse estado egoísta, e por isso comemos Matzá na noite de nossa libertação do egoísmo.

De KabTV “Notícias com Michael Laitman” 13/04/16

Purificando O Vaso Da Alma

laitman_571_03Pergunta: Será que nós somos responsáveis ​​por todos os sofrimentos que encontramos?

Resposta: O Criador que criou o mal é o responsável. Está escrito: “Eu criei a inclinação do mal; eu criei a Torá como tempero”. Se transformarmos o mal em bem, vamos chegar ao nível do Criador. Tudo em nosso mundo é organizado de modo que a pessoa cave e descubra os problemas em sua natureza, na natureza de sua inclinação ao mal, e encontre uma maneira de superar esses problemas usando corretamente o método de correção.

Se tais perguntas surgem, isso significa que a pessoa está pronta para começar a usar esse método, e assim ela gradualmente percebe por que tudo foi criado do jeito que está e não de forma diferente. Então, ficará claro para ela que o Criador é a força especial da natureza que inclui toda a criação, toda a natureza, todos os níveis superiores, que são inacessíveis para nós agora, mas que vamos revelar.

Quando corrigirmos o egoísmo que o Criador criou intencionalmente como cruel, imenso e universal, nos tornaremos os gestores de toda a natureza, tanto em nosso mundo como em todos os outros mundos. A humanidade ascenderá ao nível de eternidade e perfeição mesmo sem ter que morrer; vamos simplesmente subir ao próximo nível.

A humanidade está no nível de desenvolvimento quando a pergunta sobre o sentido da vida surge na maioria das pessoas. De acordo com a sabedoria da Cabalá, isso indica que nós amadurecemos e atingimos o nível em que estamos prontos para perceber e se adaptar ao mundo superior.

Pergunta: Por que sofremos se o pensamento da criação é para o homem desfrutar?

Resposta: A razão é que não nos corrigimos. Se soubéssemos como fazer isso e começássemos o processo de correção, imediatamente nos sentiríamos melhor, subindo os níveis da escada do bem.

Comentário: Há uma fábula interessante sobre isso. Um homem sedento está ao lado de um riacho de água fresca e tenta encher um copo sujo. A água parece ter um gosto ruim, amargo, e ele não pode bebê-la, de modo que amaldiçoa o riacho sujo. É assim que muitas vezes amaldiçoamos o Criador que nos envia sofrimentos.

Quando a pessoa finalmente perceber que a causa não é a água, mas o copo, tudo vai mudar. Ela limpa e purifica o vaso e o gosto da água muda, torna-se claro para ela que a água no copo estava sempre pura, mesmo quando ela sofria.

Resposta: Sim, essa é a nossa vida, mas só seremos capazes de aproveitar a vida se pudermos extrair as forças corretas dela.

Da Lição de Cabalá em Russo 16/02/16

Estar Em Conexão Estreita Com O Criador

Dr. Michael LaitmanPergunta: Existe uma diferença entre a comunicação com o Criador através de um texto escrito por um Cabalista e a comunicação com Ele por uma situação que a pessoa atravessa?

Resposta: A comunicação com o Criador pode ser através de uma situação. Eu me lembro que uma vez eu tive que ir a um julgamento e foi muito desagradável e humilhante, embora realmente não tivesse uma atitude em relação à situação. Mas foi precisamente essa situação que me deu um sério apego ao Criador.

Pergunta: É possível se comunicar com o Criador através do prazer?

Resposta: Isso é muito difícil.

Pergunta: Será que isso significa que é melhor através do sofrimento ou de um livro?

Resposta: Não é necessário escolher. Você precisa aceitar o que é bom e ruim da mesma maneira. Como está escrito: “A pessoa deve abençoar o mal assim como abençoa o bem” (Mishná Berachot 9:5).

Se a pessoa não é dirigida desta forma, ela não é boa. Ela precisa se preparar e se corrigir. A singularidade do Criador é o pré-requisito para olhar o mundo corretamente: de onde vem tudo que existe, tudo que está diante de nós ou que é sentido dentro de nós? Não importa o que aconteça, tudo o que é sentido e retratado dentro de mim vem do Criador.

Pergunta: E se eu sinto que a situação é ruim?

Resposta: Não faz diferença como nós sentimos a situação. O Criador a retrata para que através do mal nós nos conectemos com Ele, e, depois, o mal se torna bem. É o único caminho. O amor surge acima de todo o mal.

O mais importante, você não deve permitir que a imagem deste mundo oculte de forma alguma o mundo espiritual, a rede, a força superior que nos controla. Não podemos permitir que as várias forças e circunstâncias do nosso mundo ocultem o Criador de nós.

Nós temos que fortalecer isso com a ajuda dos amigos, livros, tudo o possível, e constantemente se agarrar a uma conexão íntima com Ele. Nós temos que acompanhar todos os nossos pensamentos, sentimentos, circunstâncias e problemas. E temos que juntá-los imediatamente a um desejo maior pelo Criador. Não perca nada. Isso significa que o Criador quer muito você.

Da Lição de Cabalá em Russo 07/01/16