Vida E Prazer, Parte 1

Laitman_632_4O Prazer Máximo Com O Mínimo Investimento

Pergunta: Do ponto de vista da Cabalá, que tipo de força impulsiona toda a criação? O que obriga tudo a se mover?

Resposta: Somente duas forças existem no mundo. Uma força é o desejo de prazer, o desejo de se satisfazer, e a segunda força é o desejo de doar. O desejo de doar pertence ao Criador.

O desejo de prazer é inerente a toda criatura, desde a menor partícula atômica, passando por cada molécula, até todos os objetos que existem no mundo: inanimado, vegetal, animal e humano. O desejo de prazer é a substância da criação, e ele pode existir no pensamento ou na substância física. O objetivo é a preservação da vida, tornando mais confortável e agradável tudo o que existe. Consciente ou inconscientemente, a cada momento, nós nos esforçamos por esse objetivo.

A energia de prazer é o que impulsiona a matéria. Se a matéria entra em contato com o poder da Luz, com a energia da vida, ela se sente equilibrada, cheia, e no melhor e mais agradável estado.

O nosso desejo funciona de acordo com uma fórmula única e permanente: o máximo de prazer com o mínimo de esforço. No entanto, cada um recebe prazer de acordo com sua natureza e de diferentes fontes. Um quer encher a sua barriga, um segundo a sua mente, e um terço suas emoções.

Existem três tipos de realizações materiais que também caracterizam os animais: comida, sexo e família, e há mais três realizações humanas: riqueza, honra e conhecimento. Não faz diferença o que a pessoa faz. Ela é conduzida exclusivamente pelo prazer. Nós não temos como nos comportarmos de outra forma.

Todo mundo se esforça para receber mais prazer ou para evitar o sofrimento. Essa lei está na base da nossa substância. É assim que nascemos, e é assim que existimos. Todos nós somos egoístas que querem desfrutar cada momento de nossa existência, no passado, presente e futuro.

Quanto é que uma pessoa desfruta às custas dos outros? Depende de sua educação, do medo de punição, e da influência do ambiente. Baseando-se nisso, ela faz um cálculo. Vale a pena roubar para ser rico? Talvez, ela poderia até mesmo matar para ganhar o paraíso, como os jihadistas imaginam.

Não importa qual, o prazer é sempre encontrado na base do cálculo, na base de todas as ações. Como se diz, um ser humano não é o único a agir desta forma; em geral, toda a criação age dessa forma. De acordo com a fórmula de buscar o prazer máximo com o mínimo investimento, é possível calcular o comportamento de cada parte da criação.

Do Programa da Rádio Israelense 103FM 29/11/15