Chanucá 2015: Uma Luta Existencial

Laitman_631_4Comentário: Durante a cerimônia de acendimento das velas de Chanucá no Muro das Lamentações, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse: “Israel é uma tocha na escuridão. Uma grande escuridão nos rodeia e aqui em Jerusalém, na nação de Israel, nós elevamos o milagre da independência da humanidade, em honra da humanidade, pelo direito do povo de Israel de viver livremente na sua terra e na sua cidade, a mesma cidade que os Macabeus libertaram. Essa luta continua mesmo em nossa geração. Em cada geração eles se levantaram para nos eliminar e em cada geração o Santo, Bendito seja Ele, nos salvou de suas mãos, desde que nos apegamos à bandeira e tocha, e até mesmo à espada de Israel “.

Meu Comentário: Chanucá é uma batalha dos apoiadores da união do povo judeu como uma ideologia e como o único meio de nossa salvação. Especificamente através da unidade, o poder superior é despertado em nós, e Abraão criou o povo judeu exatamente através da unidade na antiga Babilônia, de modo que a nossa existência depende da nossa unidade. Mas quando nos separamos, nos dispersamos, e nós já vimos isso por 2000 anos, especialmente em nosso tempo. Benjamin Netanyahu pode reivindicar qualquer coisa que queira, mas até hoje, em Israel não há nenhuma nação ou povo. De acordo com a definição natural e histórica, o povo e a nação só podem existir quando estamos unidos por uma única ideologia, um único objetivo, uma compreensão da nossa existência e seu significado.

Assim, o milagre de Chanucá aconteceu. Isso é o que aconteceu na história e é isso que deve acontecer agora, mas isso não está acontecendo porque não estamos unidos.

Nós precisamos entender por que estamos conduzindo guerras intermináveis ​​com escudo e espada na mão em vez de segurar uma Menorá de sete braços na nossa mão e trazê-la ao mundo. A Menorah simboliza a unidade do povo de acordo com a ideologia do “E amarás o teu amigo como a ti mesmo” (Levítico 19:18). Mas nós não temos essa unidade.

Não temos tal política; não há nenhuma ideologia como essa e não há educação do povo como essa que coloque o objetivo de fornecer a educação do método de união. Ela não existe em lugar algum: nem na vida privada ou na sociedade.

Judeus de diferentes países, com diferentes visões de mundo, convivem em Israel, e de forma alguma eles se consideram um povo único, unido. Eles podem dizer: “Nós somos um povo”, mas seu sentimento vem do fato de que estão cercados por inimigos que os forçam a se defender. E neste estado de autodefesa, eles se sentem como um povo. É especificamente o inimigo que os une e não um desejo interior pelo outro. Por isso, é graças aos nossos inimigos que nos pressionam que ainda existimos; sem eles não teríamos sido um povo judeu há muito tempo. Se eles parassem de nos pressionar externamente, deixaríamos de existir como povo.

Isso é um paradoxo! Pois, por outro lado, pareceria que se uma pressão fosse aplicada, todo mundo fugiria em todas as direções. Não! Aqui eles não vão fugir. Aqui, como ovelhas, eles se amontoam para escapar dos lobos.

Porém, será que essa é a única maneira que podemos existir como um só povo e ainda transmitir a ideologia da nossa unidade ao mundo inteiro, que é tão necessária agora?

Portanto, não devemos apenas ter um escudo e uma espada, mas também a consciência de que estamos lutando pelo bem da unidade. Assim, o escudo e a espada se tornarão a Menoral de Chanucá.

De KabTV “Notícias com Michael Laitman” 08/12/15