Baal HaSulam, “O Arvut (Garantia Mútua)”, Parte 20: Assim, toda Mitzva que cada pessoa de Israel executa a fim de trazer contentamento ao seu Criador, e não para qualquer autogratificação, ajuda, em certa medida, o desenvolvimento de todos os povos do mundo. Isto é assim porque isso não é feito de uma só vez, mas por um desenvolvimento gradual e lento, até aumentar para um grau tal que possa levar todas as pessoas do mundo à pureza desejada. E é isso que nossos sábios chamam de “mudar o equilíbrio para a virtude”, o que significa que o peso necessário de pureza foi alcançado. E eles comparam isso à pesagem numa balança, onde o deslocamento do equilíbrio é a realização do peso desejado.

Estas são condições muito sérias. Há pessoas que estão mais dispostas a cumpri-las, e há aquelas que estão menos dispostas. Isto depende da sua preparação anterior. Depende do seu passado e da raiz de sua alma. Há pessoas que não podem cumprir isso, e saem. Quando uma pessoa vem estudar, nos primeiros anos, ela não ouve o que lhe dizem, e é bom que não ouça! Portanto, a sabedoria da Cabalá esteve oculta por tanto tempo que as pessoas não sabem sobre as condições sérias.

Especificamente devido a esta condição, a Shevira (quebra) aconteceu, a destruição do Primeiro e Segundo Templos. Portanto, nós precisávamos nos afastar do local da Shevira porque não estávamos prontos para resistir a ela. Então, fomos forçados a suportar o exílio por 2.000 anos para chegar gradualmente mais perto da condição devido a qual o grande povo caiu nos dias do Beit ha Mikdash (Temple).

Em nossos dias, chegámos a prontidão, e temos recebido todas as explicações de Baal HaSulam no artigo “O Arvut (Garantia Mútua)” de forma tão direta e aberta que nos coloca de frente a esta condição, de modo que não há para onde fugir. Mas, mesmo depois de tudo isso, as pessoas que vêm estudar não absorvem o que é dito nos primeiros dez anos.

Mas pelo menos elas estão perto dessas coisas, porque em todas as encarnações anteriores elas estavam longe da descoberta, e a mensagem foi revelada agora, ainda que, nesse meio tempo, elas não a estejam absorvendo. Ainda há resistência. Há contato, mas ainda não é interno. Mais tarde estas palavras gradualmente começam a penetrar na pessoa através de decepções, vários problemas desagradáveis e eventos.

Elas devem continuar, apesar de tudo, e a Luz vai continuar a agir.

O ambiente obriga a pessoa, dá-lhe várias tarefas, mandando-a disseminar, a várias funções. Ele a desperta e obriga. Ela deve fazer o seu dever, caso contrário eles não vão deixá-la descansar. Portanto, isso é muito influente sobre ela e ela avança, acelerando seu desenvolvimento e, finalmente, começa a ver que não tem escolha, que a espiritualidade não é de todo como ela costumava pensar, e ela não alcança e é incapaz de atingir a verdadeira espiritualidade.

Ela começa a entender que tudo é determinado pela emoção e não o intelecto, mas é impossível controlar as emoções. Isso não depende de nós, mas apenas da Luz que Reforma, que muda os sentimentos de uma pessoa, o seu desejo. Então, gradualmente, ela digere estes conceitos: o que significa realmente o amor ao próximo e como é impossível atingi-lo por conta própria; ele depende inteiramente da Luz que Reforma.

Assim, ela começa a organizar todas as suas atividades de modo que a Luz vai influenciá-la e corrigi-la. Esta é uma grande revolução que acontece numa pessoa depois de muitos anos dentro do grupo no processo de correção, estudo e disseminação, e todo o mundo deve passar por isso.

Mas cabe a nós a entender que cada ação que fazemos contribui para o equilíbrio favorável de todo o mundo. No sistema integral, nada acontece comigo individualmente sem ser sentido por todos. No fim da correção, o que fizemos para todos e o que todos fizeram será revelado. Vamos ter um entendimento comum e bom senso, e todos vamos ser capazes de sentir todo este sistema em conjunto. Cada um será equivalente a todo o sistema.

Então, de que forma exatamente cada um dentro de todo este sistema age para o bem dos outros vai ser descoberto. Eles não vão levar em conta como trouxeram a pessoa de cima para baixo, a forçaram, e quais as condições que ela recebeu. Pelo contrário, será o que esforços ela investiu nas condições que lhe deram e se ela realizou sua liberdade de escolha.

Tudo isso será revelado no final da correção, e cada um ficará envergonhado de si mesmo devido às realizações de seu amigo. É assim que nós corrigimos a vergonha que está enraizada em nós e é a causa para a evolução de todos os mundos.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabala 04/03/14

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Pergunta: Vários pesquisadores do antissemitismo moderno referem-se ao fato de que a Torá chama a nação de Israel de escolhida e nação santa, o que é difícil de engolir para aqueles que procuram uma correção em igualdade…

Resposta: Não é que a Torá nos diga essas coisas; além disso, a nação de Israel não as exibe ou proclama como sua fundação. Muitos não sabem disso, mas isso não diminuiu a intensidade de seus sentimentos.

Nós estamos realmente lidando com a força encontrada na natureza, em nossos desejos humanos. Mesmo as pessoas que não sentem nada pela nação de Israel e que não sabem nada sobre as suas raízes, ainda sentem esse ódio. Isso decorre da sua própria natureza, e não há nada que possamos fazer sobre isso. Os vasos do desejo de receber naturalmente odeiam a doação e a verdadeira conexão que a Torá fala.

Nós não sentimos ódio contra isso, mas resistência. A doação ainda pertence a nós e não a qualquer outro povo. Aqueles que não se sentem parte dela a odeiam de tal forma que estão realmente prontos para destruir, matar e eliminá-la.

Nada é mais natural do que isso. Esta é realmente a razão de Esaú querer matar Jacó, mas não pôde fazê-lo porque a imagem inconsciente de Esaú numa pessoa é o pensamento de que sem Jacó não sobreviverá. Nós vemos na Torá que é impossível gerir o mundo sem uma fonte de doação. Mas o desejo de destruir ou subjugar e de dobrar o atributo de doação ainda arde na pessoa, especialmente agora.

Nós podemos nos perguntar como isso é possível no século XXI. As pessoas não entendem que uma nova era está começando, que exige que a nação de Israel realmente atue. Anteriormente foi assim. Apesar do ódio das outras nações, ela não era realmente obrigada a cumprir a correção, mas ainda assim passou por terríveis sofrimentos.

Só recentemente não temos sofrido por um curto período de tempo, porque o Criador nos permitiu voltar à terra de Israel e determinar que estamos aqui para iniciar a correção. Mas o período inicial de nosso retorno a esta terra acabou. Baal HaSulam nos diz sobre isso no “Um Discurso para a Conclusão do Zohar”, dizendo que nos foi dada a oportunidade e agora, se a nação de Israel não cumprir realmente a sua correção, todos os sofrimentos que temos passados vão parecer nada em comparação com os novos sofrimentos que virão.

É porque nós nunca estivemos num estado em que tivemos de cumprir a correção após o exílio da nação de Israel, e assim a conta com esta nação vai ser muito difícil. Todos os golpes que recebemos antes eram só para nos impedir de se conectar com as nações do mundo, para que não nos esqueçamos. Eles nos ajudaram a permanecer separados e nos proteger, para que possamos ser capazes de voltar à correção que virá mais tarde. Mas aqueles também foram golpes terríveis.

Agora, no entanto, eles virão de uma fonte totalmente diferente. Nós temos que entender que é nosso dever levar a mensagem da correção ao mundo. Afinal, em última análise, a quem devemos culpar. Outros ainda não sabem disso, enquanto nós sabemos, e por isso teremos de cumpri-lo. Se adormecermos, todos os golpes do mundo vão estar em nossa consciência.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 02/03/14, Escritos do Baal HaSulam

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Nossa realidade é dividida em mundos, Partzufim e Sefirot, que são o invólucro e o lugar onde a alma se encontra. A alma é o resultado da evolução dessa estrutura e se desenvolve desde o seu ponto interior.

Do mesmo modo, a natureza inanimada se desenvolveu primeiro em nosso mundo e, depois, a natureza vegetal neste planeta, depois os animais e, finalmente, o homem. É exatamente assim que se desenvolveu o sistema espiritual que precedeu o sistema da natureza.

Existe uma correlação entre os sistemas dos mundos e todos os seus mecanismos e o sistema da alma que está no sistema dos mundos. Os mundos são apenas a parte exterior enquanto a alma é interna.

Há de fato uma só alma, mas nós não a sentimos. Nós teremos que alcançá-la no futuro. Quanto mais nos conectamos, mais nos tornamos parte deste sistema, mais começamos a senti-lo. Mas, por enquanto, estamos desconectados deste sentimento.

O sistema dos mundos é dividido em interioridade e exterioridade. A interioridade é os sistemas do mundo de Ein Sof (Infinito) e o mundo de AK e Atzilut. A exterioridade é os mundos de BYA, incluindo este mundo, que é o nível mais baixo.

Existe uma alma que sofre a quebra nesses mundos, e ela também inclui duas partes: interioridade e exterioridade, tanto antes como após a quebra, tanto em prol da corrupção como da correção.

A interioridade das almas são as pessoas que anseiam direto ao Criador, (Yashar-El), que anseiam em se aderir a Ele. Há 5.774 anos, Adão foi o primeiro a descobrir esse anseio, o sistema da alma geral e os mundos.

Depois houve vinte gerações até que Abraão reuniu as pessoas que queriam alcançar o Criador num grupo e chamou-lhe de Israel (Yashar-El). Assim, ele também os distinguiu de todos os outros para que eles fossem capazes de começar a trabalhar de acordo com o princípio do “ama teu amigo como a ti mesmo” e alcançar a equivalência de forma com o Criador, e, consequentemente, atingir o sistema superior.

Mais tarde, este grupo sofreu a quebra e foi exilado; a partir de hoje, este grupo, juntamente com todos aqueles que se juntam a ele no dia a dia, está formatando e preparando-se para a correção. Em geral, a fase de correção veio não apenas para este grupo, mas para toda a humanidade.

Em geral, a divisão em duas partes é mantida durante todo o caminho: a nação de Israel (que anseia pelo Criador) é dividida em duas partes, GE (interioridade) e AHP (exterioridade). A humanidade também é dividida em interioridade e exterioridade, e em geral, podemos identificar as duas partes em cada indivíduo, uma vez que o “o indivíduo e o geral são iguais”. Isso se refere tanto aos mundos e às almas após a alma geral ter sido quebrada.

A interioridade e exterioridade são opostas e a Luz Superior age sobre elas, a fim de assegurar a coordenação entre o sistema dos mundos e o sistema das almas.

A influência da Luz Superior sobre nós também é dividida em interioridade e exterioridade, porque há uma divisão nos vasos em duas partes no que diz respeito à Luz, o Criador, o sistema superior; a separação de funções é perceptível em todos os aspectos.

Por conseguinte, a exterioridade dos mundos é chamada de nações do mundo e a interioridade é chamada de Israel, de acordo com a direção de Yashar-El. A nação de Israel e as nações do mundo também estão divididas em interioridade e exterioridade.

Todo mundo, cada Partzuf, no sistema geral em que existem as almas até que elas se conectam numa só alma; este sistema operacional inteiro que gerencia as almas também é dividido em interioridade e exterioridade, em GE (vasos de doação) e AHP (vasos de recepção).

Da Lição Diária de Cabalá 03/03/14, Escritos do Baal HaSulam

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Pergunta: O que uma pessoa precisa para estar numa equivalência de forma tão íntima quanto possível com o professor?

Resposta: Todo mundo sente isso de acordo com as sutilezas de sua alma. Mas se decidirmos executar alguma ação geral, todo mundo deve participar, caso contrário, a pessoa não está nem com o grupo nem comigo, e é como se ela fosse jogada para fora do barco no mar tempestuoso, embora não possa sentir isso.

Além disso, se eu trabalho com alguém num determinado projeto, não importa qual: um pode cuidar da eletricidade, outro pode preparar extratos de artigos, etc., há outros que devem ver o que lhes é exigido. Eles vêm a mim para esclarecer exatamente o que eu quero e por que penso assim, um especialista pode me explicar que isso deve ser feito de uma maneira diferente e, então, eu posso mudar minha mente.

Mas o estudante deve cuidar que a sua opinião e a minha opinião sejam uma só! Se ele não concorda comigo, que venha e me convença. Isso muitas vezes acontece, eu não sou tão teimoso que não ouça a razão. Trata-se geralmente de assuntos corporais, incluindo a disseminação, pois pode haver diferentes condições locais das quais não estou ciente. Mas o princípio é “torne o seu desejo o desejo dele”, o que significa que deve haver um acordo entre o aluno e seu professor e a realização do desejo.

Pergunta: Como eu deveria saber que tornei o meu desejo o desejo dele? Nem todos podem vir e perguntar!

Resposta: Se for um projeto pessoal, você pode vir e perguntar. Se for um projeto geral de disseminação, eu conto com os responsáveis ​​por este projeto. Eu espero que eles entendam a responsabilidade que têm de guiar todos de acordo com o que foi decidido. É como se todos nós chegássemos a um desejo, uma intenção, uma direção, e depois saíssemos e disseminássemos. Lá você tem que se certificar de que as coisas não se desviam em outras direções, e se isso acontece de repente, você deve me consultar.

Se não mantivermos a direção exata, é como dois tubos conectados onde um muda repentinamente e nada pode fluir por eles. Eu tenho que tornar o meu desejo o desejo dele para que a Luz flua.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/02/14, Tópico da Lição “Professor”

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