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Metodologia Do Amor

Laitman_524_01Pergunta: Ultimamente, você tem dado atenção especial ao tema do amor aos nossos próximos e depois ao amor do Criador. Quando eu ouço isso, eu desejo imediatamente me desprender completamente de você apesar de ser seu aluno permanente há vários anos. Não que eu seja indiferente a esse tema; eu me sinto hostil ao assunto.

Resposta: Você pensava que a Cabalá era uma ciência séria com desenhos e fórmulas. Como eu continuo explicando por muitos anos, ela é uma ciência do universo, a sabedoria de como corrigir o mal. No entanto, você nunca assumiu que este conhecimento também pode ser definido como o amor, ou seja, a conexão completa entre todas as partes da natureza, especialmente os seres humanos.

Eu entendo completamente você, porque eu tive pensamentos semelhantes por muitos anos, mesmo quando me tornei estudante do Rabash.

Além disso, é impossível ouvir sobre a “metodologia do amor” porque o nosso egoísmo rejeita. Nós somos incapazes de perceber essa doutrina em nossos corações ou mentes. Nós tendemos a ouvir diferentes aspectos da Cabalá como se a necessidade de amar os nossos próximos fosse algo estranho, secundário à sabedoria.

Eu observo esse fenômeno entre os meus alunos ao longo de todos os anos que tenho ensinado Cabalá.

Curiosamente, há dois grupos de alunos: aqueles que aceitam o princípio de “amar o próximo” e aqueles que consideram essa condição como algo “extra” que só pode ser usado para conectar os membros do seu grupo de estudo. Mais tarde, ambas as categorias de estudantes se misturam e se aproximam. Aos poucos, os grupos que inicialmente rejeitaram o princípio de “amar o próximo” percebem que não é um “fator subsidiário” quando se trata da correção do nosso egoísmo, mas é a qualidade mais importante e desejável! Acontece no grupo que inicialmente rejeitou o princípio de amar o próximo numa extensão muito maior do que nos grupos que inicialmente aceitaram essa noção.

Baseado em minhas observações, eu gostaria de dividir meus alunos em duas categorias: aqueles que aceitam a noção de amar o próximo e aqueles que são incapazes de ouvir isso. Ambos os grupos estudam a metodologia e juntos compreendem um vaso comum. Eles se complementam e preenchem, tornando assim possível disseminar a sabedoria da Cabalá como o ensinamento de amor e uma transição do amor as outras pessoas para o amor ao Criador.

Êxodo Do Egito Em Cada Geração

laitman_749_01A Torá, “Números” 9:9 – 9:11: Então falou o Senhor a Moisés, dizendo: “Fala aos filhos de Israel, dizendo: Quando alguém entre vós, ou entre as vossas gerações, for imundo por tocar corpo morto, ou achar-se em jornada longe de vós, contudo ainda celebrará Pessach ao Senhor. No décimo quarto dia do segundo mês, à tarde, a celebrarão; com pães ázimos e ervas amargas a comerão”.

No décimo quarto dia do segundo mês, no crepúsculo do aniversário do Êxodo do Egito, é necessário trazer o chamado sacrifício de Pessach, ou seja, identificar a próxima camada de egoísmo que deve ser corrigida como se estivéssemos saindo do Egito neste exato momento.

É dito que em cada geração, em cada ação, a pessoa deve imaginar que sai do Egito porque há desejos que não foram revelados no Egito, porque a saída do Egito foi feita às pressas, sob a cobertura da escuridão.

Nesse estado, a pessoa não entende se é capaz de analisar e diferenciar quais das suas qualidades estão associadas à doação e quais não estão, e como podem ser corrigidas.

Agora, depois de um ano da libertação da escravidão egípcia, depois de passar por todo o círculo de correção, a pessoa volta ao mesmo ponto de partida e pode voltar a tomar Malchut, o desejo de receber egoísta, e sair novamente do Egito.

Esse ciclo se repete a cada ano. A pessoa se purifica ao se elevar de MalchutBina quarenta vezes.

Ao passar por quarenta etapas de purificação, em cada uma delas a pessoa descobre outro sacrifício de Pessach que ainda deve ser corrigido, ou seja, “tirado” do Egito. Anteriormente, ele estava escondido dentro da pessoa; não era visto, sentido, já que nenhum de nós entende do somos constituídos.

Neste mundo, avançando pelo sofrimento apenas devido às angústias, nós começamos a perceber quem somos. A Torá explica como analisar nossas aflições de uma boa forma, com a ajuda da Luz.

De KabTV “O Segredo do Livro Eterno”, 02/04/15

Sobre O Que A Torá Fala?

laitman_527_05Pergunta: Será que os eventos descritos na Torá realmente ocorrem nesse mundo? Em um de seus programas, você disse que nós temos que passar por toda a história da Torá dentro de nós mesmos.

Resposta: Claro, todas as palavras da Torá ocorreram neste mundo, porque cada raiz espiritual superior deve se desenvolver e finalmente tocar seu ramo material.

É por isso que nós passamos por todo o processo neste mundo: Adam HaRishon e todas as futuras gerações até Abraão, e mais adiante através de nossos antepassados ​​Isaac e Jacó, os filhos de Jacó, depois baixar até o Egito, Moisés, Aarão, diante do Monte Sinai, a entrada para a terra de Israel, a conquista da terra de Israel, a destruição do Primeiro e do Segundo Templos, etc.

Qualquer coisa que passamos neste mundo é apenas um dos lados da imagem. A coisa mais importante é o nosso estado atual e quais eventos descritos na Torá ainda temos que percorrer.

A Torá não se trata de eventos históricos; ao contrário, trata-se do que devemos corrigir depois do pecado de Adão HaRishon. Como resultado da nossa correção, vamos alcançar o mundo espiritual que é eterno e infinito; é aqui e agora, assim que concordamos em passar pelo processo de correção, como está escrito: “Você deverá ver o seu mundo durante a sua vida”.

Do Programa da Rádio Israelense 103FM, 21/06/15

O Nível Daqueles Que Se Arrependem

Laitman_509A Torá, “Números”, 09:14: E, quando um prosélito (estrangeiro) peregrinar entre vós, e também celebrar a páscoa ao Senhor, segundo o estatuto de Pessach e segundo o seu rito assim a celebrará; um mesmo estatuto haverá para vós, assim para o prosélito, como para o natural da terra.

Um prosélito se refere ao desejo que pode ser adicionado aos desejos que já foram corrigidos. Quando você escolhe um desejo dos desejos egoístas chamados “nações do mundo” que podem ser adicionados ao atributo de doação, chamado “Israel” (das palavras, Yashar El, direto ao Criador), ele não é mais considerado um prosélito.

É a mesma lei para todos. Portanto, é dito que mesmo um justo completo não pode ficar no lugar onde aqueles que se arrependem se encontram.

É porque uma pessoa que se arrepende e retorna ao Criador traz consigo o maior ego, na medida em que corrige partes egoístas cada vez mais internas, o que leva a uma subida que os justos, os pioneiros, não podem produzir. Esta é a forma como o sistema espiritual funciona.

Isto significa que as nações do mundo que se unem a Israel não ascendem simplesmente a esse nível, mas sim sobem mais alto, visto que trazem esses atributos egoístas com elas que não existem em Israel.

Portanto, é dito: “Há sabedoria entre as nações, acredite…”, o que significa que durante a correção dos desejos egoístas mais fortes, elas sobem mais alto que todos os outros.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 04/02/15

Competição: Dois Lados Da Mesma Moeda

laitman_546_02Pergunta: Como a sabedoria da Cabalá se relacionam com a competição?

Resposta: De acordo com a sabedoria da Cabalá, a competição é muito importante. Como se diz: “A inveja dos sábios aumenta a sabedoria”. Eu acredito que ela é vital. O que poderíamos alcançar se não houvesse concorrência? Os grandes inventores, Nicola Tesla e Thomas Edison, por exemplo, fizeram grandes descobertas no campo da engenharia elétrica e inventaram os geradores a dínamo, dispositivos operando em corrente alternada, etc.

Curiosamente, muitas grandes descobertas benéficas para a humanidade resultaram da competição infantil e do desejo de não deixar que os outros estejam à sua frente. Ao mesmo tempo, os cientistas não estão realmente interessados ​​em dinheiro, mas querem determinar seu eu: “Eu vou provar que sou melhor”.

É impossível ter sucesso sem competição. A verdadeira competição sempre leva ao surgimento de um novo atributo.

A competição é muito benéfica, mesmo para crianças.

No entanto, tudo deve estar dentro dos limites normais egoístas que entendemos: “Eu quero aprender com os outros”. Aprender com os outros significa ser como eles. No entanto, ser como eles significa competir contra si mesmo, a fim de chegar a certo nível.

Portanto, existem dois tipos de competição. Ela pode ser uma competição que motiva e uma competição que mata. Há sempre o elemento da inveja nela, mas a questão é saber se eu gostaria de esmagar meu concorrente ou se, graças ao seu exemplo, eu quero ser como ele ou mesmo maior. Esta é a razão pela qual existem aspectos positivos e negativos na competição.

De KabTV “De Conversas com Michael Laitman” 17/06/15

Liberdade Imaginária E Liberdade Verdadeira, Parte 8 – A Universidade Mundial

laitman_578Comentário: Se eu fosse um médico na futura geração e sinais de vazio, depressão, estar fechado e desespero aparecessem em meu paciente, eu não extinguiria esses sinais com a ajuda de comprimidos; ao contrário, eu explicaria a ele para onde ele estava indo e o conduziria na direção certa.

Resposta: Eu acho que, no futuro, ao invés de médicos, haverá guias que proverão às pessoas novos estados, por meio de treinamento, educação, preparação de workshops internos, psicológicos e espirituais que levarão a pessoa a uma sensação de espaço exterior. Então, ao invés de estar fechada dentro de si e só sentir o ambiente inteiro dentro de si mesma, como acontece hoje, é necessário levar a pessoa a um sentimento do que está fora dela. Este será o papel da nova universidade em todo o mundo, e agora que a passagem para uma nova necessidade está acontecendo dentro da humanidade, uma nova avaliação da vida, nós precisamos pensar na criação de uma nova rede de ensino.

Continua…

De KabTV “A Última Geração” 11/06/15