(Continuação de “A Revolução do Século XXI: Homem Rico, Homem Pobre“)

Antigamente, a riqueza e a nobreza eram muito respeitadas. Plebeus ficavam felizes em atender aos ricos para obter as sobras de sua mesa. A própria proximidade com o “grande homem” era vista como uma grande honra.

No entanto, por fim, a servidão desapareceu, e as pessoas começaram a fazer outra pergunta, “Por que não podemos ocupar a mesma posição? Por que eles têm, e nós não?”.

Disso há uma curta distância para a revolução, quando os pobres roubam os ricos, muitas vezes matando-os ou tentando trocar de lugar com eles. Em última análise, isso trouxe uma infinidade de dificuldades e problemas.

Eu não acho que essas “iniciativas” tenham tido sucesso alguma vez. Toda revolução se devora mais tarde e promove não aqueles que se esforçam por ideais elevados, mas pessoas completamente diferentes que vêm e colhem todos os frutos para seu próprio interesse.

Aconteceu nos dias da Revolução Francesa. Foi o que aconteceu na Espanha, na Rússia, e em muitos outros países. Toda a humanidade passa por esse processo.

De KabTV “Uma Nova Vida” 14/05/15

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A Torá, “Números”, 3:11 – 3:13: Disse também o Senhor a Moisés: Eu mesmo escolho os levitas entre os filhos de Israel em lugar do primogênito de cada mulher israelita. Os levitas são meus, pois todos os primogênitos são meus. Quando feri todos os primogênitos no Egito, separei para Mim todo primogênito de Israel, tanto entre os homens como entre os rebanhos. Serão Meus. Eu sou o Senhor.

Cada novo nível começa com a Sefira Keter, que contém tudo. Quando ela se espalha, ela constrói outras Sefirot. A Sefira Keter nasce do estado anterior, que é o primogênito.

Pergunta: Por que o primogênito de Israel é comparado com o primogênito que morreu no Egito?

Resposta: Porque o primogênito que morreu no Egito são desejos egoístas que não devem ser mantidos vivos e, portanto, tinham que morrer. É graças a isso que um novo tipo de primogênito aparece. Isso significa que os desejos que estavam focados apenas em receber para si morrem em seu anseio e se tornam o próximo nível do primogênito de Israel, a Sefira Keter.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 31/12/14

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Pergunta: É possível ter sucesso sem competição?

Resposta: A competição positiva e a inveja positiva são sempre úteis: “Veja como eles têm sucesso e eu não”. Atletas sentem esse tipo de competição em nosso mundo e ela os estimula a maiores conquistas.

Quando adquirimos as forças superiores, a inveja nos motiva a ser melhores, maiores, e a cooperar mutuamente com outras pessoas, a fim de expandir nossa alma através da conexão com os outros, para ter sucesso em se expandir tanto quanto possível, estar sob a influência da Luz Superior e se assemelhar a ela. Essa é uma competição muito útil. É dito: “A inveja dos sábios aumenta a sabedoria”.

Pergunta: Que desejo é mais natural para um atleta moderno, que seu rival quebre uma perna ou que ele mesmo alcance melhores resultados?

Resposta: Claro que ele quer que seus rivais quebrem a perna e que ele não tenha que competir com ninguém. Afinal, o ego não se moverá se não tiver um motivo pelo qual ache que vale a pena agir. Ele tem que se concentrar num determinado objetivo e, em seguida, persegui-lo.

Mas hoje, como o homem é muito egoísta e já tentou alcançar muitos objetivos, é muito difícil se mover do seu lugar. Isso só é possível sob a influência do ambiente que pode convencê-lo a não se sentar em sua poltrona! Caso contrário, ele não vai fazer nenhum movimento desnecessário: sofá, TV, séries de TV, e isso é tudo.

De KabTV “Conversas com Michael Laitman” 13/05/15

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Pergunta: Até agora, eu não posso dizer que tenho estudado Cabalá. Eu ouço o seu programa de rádio, vejo televisão e filmes. Eu simplesmente não consigo obter uma resposta para uma pergunta. Em seu livro, Cabalá Para O Principiante, você escreveu que o processo de estudo da Cabalá refere-se a leitura das fontes, contemplação e a participação no grupo…

O que exatamente vai nos elevar ao Criador? Como os mundos serão revelados a um ser humano? Será que isso vai acontecer através de leitura, pensamento e interação? Há práticas que ensinam contemplação, orações, e interpretação de sonhos? É possível instigar ou alterar certos desejos em nós?

Resposta: A conquista do mundo superior ocorre através do desenvolvimento de nossa propriedade de doação. Dentro dessa propriedade, seremos capazes de sentir a natureza superior “de doação e amor”. A fim de desenvolver tal propriedade, nós precisamos participar de um grupo (de preferência 10 pessoas) e trabalhar na construção desses tipos de relações entre nós. Toda a Cabalá e a Torá em geral falam apenas sobre esse processo!

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As doze tribos posicionadas numa ordem específica ao redor do Tabernáculo da Revelação, cada uma sob a sua bandeira, representam as propriedades de um único  Kli (vaso) perto do qual se reuniram todos os membros do acampamento liderados por Moisés.

Pergunta: Essa forma foi adquirida pela primeira vez pelo grupo de Abrão quando eles deixaram a Babilônia?

Resposta: Abraão é o ponto de partida a partir do qual o método de correção do egoísmo foi lançado associado ao nível humano na antiga Babilônia.

Adão foi o primeiro que revelou o egoísmo; Noé foi o próximo. A sua cognição não egoísta emergiu como o primeiro e segundo níveis. O terceiro e quarto níveis pertencem a uma parte egoísta da alma, à espessura do egoísmo.

O Criador corrigiu Adão, concedendo-lhe uma vestimenta (roupa); como Noé, ele escondeu todas as propriedades terrenas egoístas no “casulo” da Arca, ao passo que na Babilônia uma torre foi construída, que atingia os céus. Ela simbolizava o verdadeiro egoísmo humano, a falta de compreensão mútua entre as pessoas.

Elas realmente tinham algo a transcender e corrigir. Nesse ponto, Abraão revelou o método de correção do egoísmo e começou a implantá-lo.

Pergunta: Nós podemos dizer que Abraão chamou todo mundo a se unir para que eles pudessem recuperar o sentido de uma família comum?

Resposta: Não. Não havia para onde voltar, porque os seguidores de Abraão eram extremamente diversificados. Eles vieram de diferentes tribos babilônicas que eram completamente estranhas durante todo o período de várias gerações e que alcançaram um grau de completo afastamento interno.

Elas rejeitaram totalmente a ideia de unidade! A única coisa que conseguiram alcançar foi a construção da Torre de Babel de sete níveis. Isso significava que seu egoísmo estava pronto para avançar em todos os sete níveis, para alcançar os céus e descobrir onde o Criador estava escondido.

A Torre refletiu a aspiração interna mais séria na sua busca pelo propósito na vida. Afinal, em algum momento, eles viveram, pode-se dizer, numa sociedade comunista, como um povo, como companheiros.

Anteriormente, não havia tensão entre eles. Antes que seu egoísmo explodisse, tudo estava bem, tranquilo e calmo. De repente, eles começaram a buscar superioridade sobre os demais; então, tudo desmoronou, porque eles se esforçaram em alcançar o Criador egoisticamente.

Os babilônios tentaram incorporar todo o seu conhecimento do poder superior na construção da Torre. Era a sua compreensão de como alcançar o Criador. A torre era um lugar de sacrifício, onde todos os tipos de magos e adivinhos poderiam ser encontrados. Vários tipos de manipulações que ainda são muito populares e difundidas até hoje eram realizadas lá: feitiços, cartas de adivinhação, amuletos, cordas vermelhas; tudo estava em voga.

No entanto, eles não tinham a coisa mais importante: e desejo de revelar o Criador. Essa foi a sua ruína.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 31/12/14

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Pergunta: Em seu tempo, a União Soviética foi uma tentativa de construir uma sociedade comunista, uma sociedade de oportunidades iguais. Por que a humanidade não aprendeu nada com isso? Por que ela se transformou numa tragédia como essa?

Resposta: Eu não diria que o que eles queriam construir na União Soviética era o comunismo. Era uma ditadura. O Império Russo era uma sociedade feudal onde a população era predominantemente ignorante; os camponeses foram confinados a suas terras.

No entanto, em seus escritos, Marx indicou que antes da construção do comunismo, temos que passar por determinados desenvolvimentos sociais. Afinal de contas, uma sociedade comunista, em primeiro lugar, é uma sociedade onde todos têm uma consciência, todos estão conectados como uma família acima do seu ego, e cada um se sente uma parte dos outros. Isso exige que a pessoa tenha uma plena compreensão de sua natureza e da meta que devemos alcançar.

A pessoa moderna é a antítese da sociedade do futuro. Ela é completamente contra a conexão com os outros. Ela quer pensar e se preocupar apenas consigo mesma. Ela tem a si mesma e sua família, e todo o resto não importa para ela, e de repente dizem-lhe: “Você deve entender e perceber que é uma unidade singular e plena com todos!”, ou seja, ela precisa entender que, de acordo com a lei da natureza, devemos chegar a um estado onde somos uma família e, mais ainda, porque essa família ainda é apenas uma conexão física entre as pessoas, enquanto que aqui está se falando sobre a nossa conexão interna, não no nível físico, mas no nível da consolidação interna em que cada um sente o “nós”, e não o “eu”.

Nós somos como um todo único e completo. Em outras palavras, isso requer uma transformação interior da pessoa e sua visão de mundo, o que é impossível de implementar num curto período de tempo, nem pela força nem pela persuasão. Isso exige um longo processo de educação. Nós sabemos que a educação correta para uma criança exige um mínimo de 25 anos desde o nascimento até sair para enfrentar a vida. Que tipo de educação é possível falar na Rússia, quando o comunismo era aparentemente inserido por métodos violentos, por meio da revolução, através de uma luta civil entre diferentes estratos da população? No final, tudo se transformou em terror, terrível poder, e na contrarrevolução. Não houve socialismo ou comunismo lá.

Comentário: No entanto, para os primeiros revolucionários, havia pensamentos puros e ideais elevados.

Resposta: Sem dúvida, as pessoas estavam prontas a se sacrificar. Enquanto eu ainda era um estudante em Leningrado, eu aluguei um quarto de uma mulher velha, uma revolucionária. Ela me contou como ela se levantava e tremia no frio, distribuindo biscoitos aos soldados que estavam indo para a frente de batalha, e, mesmo que ela mesma estivesse com fome, não tinha sequer um pensamento sobre a pegar um biscoito para si mesma. As pessoas não pensavam em si mesmas, seu ideal era a revolução que mais tarde começou a devorar seus amantes, e esse é um processo natural. Ideais movem nosso mundo egoísta para a frente, mas depois disso uma onda pragmática totalmente diferente vem e começa a esmagar esses ideais debaixo dela e funciona de acordo com as leis egoístas habituais.

Continua.

De KabTV “Sobre Nossa Vida” 11/05/15

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