Ver Outros Mundos

Dr. Michael LaitmanA integração entre as duas forças, recepção e doação, é a base da criação. A ciência moderna está se aproximando desse fenômeno, mas ainda não está pronta para senti-lo. Os cientistas estão se aproximando de um limite após o qual vão descobrir que tempo, espaço e movimento não existem, que não há vida e morte, e que a matéria não existe, nem mesmo as partículas fundamentais. Em vez disso, tudo isso se encontra em nossas sensações.

O que existe? Como podemos adquirir os sentidos para a nova dimensão?

Os cientistas já chegaram à conclusão de que não há vida e morte, mas que tudo é derivado de algum tipo de sensação interna. Portanto, quem somos nós? Será que meu corpo realmente existe, ou só parece dessa forma para mim? O conceito de “existência” desaparece; para quem ela existe? Artigos científicos recentes indicam que eles chegaram à conclusão que ela é puramente uma contemplação interna.

Pergunta: Suponha que os Cabalistas têm um objetivo que muitas pessoas podem ver como transitório, mas ainda é um objetivo. O objetivo dos cientistas é simplesmente descobrir alguma coisa, e o que mais?

Resposta: O mesmo objetivo existe para nós e para os cientistas. Nós queremos descobrir o propósito da vida! Que diferença faz se nós o chamamos de Criador, natureza ou de qualquer outra coisa? Eu quero descobrir a verdade, mas não estou pronto para fazer isso, porque eu descubro isso em relação a mim mesmo; e, se eu mudar, ele também muda. Isso quer dizer que já não é a verdade, não é mais absoluta, e se nós estamos falando sobre o absoluto, eu não posso alcançá-lo. Eu não estou preparado para sentir e entender isso, porque não estou pronto para isso. Eu devo mudar a mim mesmo de antemão. No entanto, como posso mudar em relação ao mesmo espaço em que vou descobrir a verdade?

Esta é verdadeiramente a teoria da relatividade, mas não a de Einstein. Pelo contrário, é mais moderna. Afinal de contas, nós nos encontramos agora no limiar de atravessar a barreira para a compreensão de um novo espaço. É possível chamar isso de um espaço, pois é sentido dentro de nós, semelhante ao nosso espaço. No entanto, cabe a cada um de nós verificar se temos sentido a verdade. Isto é obrigatório. Nós só podemos analisar isso com a condição de que saímos de nós mesmos e nos calibramos em relação a algo eterno e pleno. Como podemos fazer isso? É exatamente aqui que a ciência para e falha. Portanto, os cientistas acabarão nos ouvindo. Eles terão um grande desejo de avançar, juntamente com a grande decepção de que não podem avançar por causa da barreira que não estão prontos para atravessar. Eles vão entender que do outro lado da barreira se encontra algo que não estão prontos para perceber porque não têm outros sentidos. Onde estão esses sentidos? Como eles são adquiridos? Como podemos mudar, a fim de adquiri-los?

Quando um estado como esse for criado, eles estarão prontos para nos ouvir e entender. Eles terão todas as condições prévias de anseio, uma tremenda atração para o avanço, o reconhecimento de sua impotência, e a sensação de que estamos falando de algo que surge no mesmo padrão que a sua sensação.

O que é a ciência? É o desejo de descobrir o Criador. Os cientistas aspiram a descobrir o Criador, mas eles O chamam de natureza. Nós também O chamamos de natureza, mas para eles a natureza é só as leis que agem neste mundo, e nós estamos dizendo que a natureza é muito mais ampla. Nós oferecemos a investigação sobre as leis do outro mundo.

Quando as pessoas se tornam objeto de investigação, seus valores são alterados. Isto ocorre mesmo que não pensemos desta forma, porque nos acostumamos a pensar que somos imutáveis. Por exemplo, numa fórmula matemática, um fator é a constante, e o resto dos fatores mudam, e é assim que vamos resolver a equação. Depois disso, nós começamos a mudar este fator e não mudamos os outros, e assim por diante.

É assim conosco também. Nós achamos que não precisamos mudar a nós mesmos e estão explorando a natureza mutável. No entanto, quando chegamos a uma barreira, um beco sem saída, começamos a ouvir e a entender algo como investigadores. No entanto, se começamos a mudar a nós mesmos, pode ser que também descubramos que causamos uma mudança? Quando começamos a ser alterados, adquirimos novos sentidos.

Os cientistas dizem que a percepção é subjetiva. Se a emoção é subjetiva, vamos mudar o sujeito, e assim vamos ver outros mundos.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 10/12/13