Unindo O Mosaico Da Humanidade

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, Shamati, artigo 199: “Para Cada Homem de Israel”: Cada homem de Israel tem um ponto interno no coração, que é considerado a fé simples. Esta é uma herança de nossos pais, que estavam no Monte Sinai. No entanto, ele é coberto por muitas Klipot (cascas), que são todos os tipos de vestidos de Lo Lishma (não em Seu Nome), e as cascas devem ser removidas. Então, sua base será chamada de “fé”, sem qualquer tipo de apoio e ajuda externa.

De acordo com o ponto no coração, uma pessoa é chamada de Israel, o que significa Yashar El (direto ao Criador). São os vasos de doação que despertam uma pessoa a ansiar pelo Criador, enquanto as Klipot a puxam em direções diferentes, exceto para a força superior da fé. A base de Israel é o atributo de doação que é totalmente livre de qualquer recepção para si mesmo.

Pergunta: Como o ponto interior de Israel está conectado à nação de Israel?

Resposta: Os vasos foram quebrados e passaram por correções nos níveis da natureza inanimada, vegetal e animal, e depois tomaram a forma do falante em nosso mundo, até que finalmente a forma espiritual interior foi sendo revelada neles, uma atitude para com o Criador. Tudo começou com o primeiro homem (Adam HaRishon) e por isso ele é chamado de primeiro, porque foi o primeiro em nosso mundo que assumiu a forma de um homem (Adam), o que significa que ele se parecia com o Criador. Mas a direção da Yashar El não foi realmente esclarecida até mais tarde durante vinte gerações, desde Adão até Abraão. Ela também não foi esclarecida durante o tempo de Abraão, Isaac e Jacó. Foi apenas como resultado do trabalho de Jacó (Israel), com a força de Esaú (a linha esquerda) que foi revelada através do Faraó, que foi possível compreender esta inclinação. Só então os descendentes de Abraão alcançaram o nível de Israel (Yashar El), o que significa que eles se estabeleceram acima de seu desejo de receber e acima dele conseguiram se concentrar diretamente para o Criador.

Assim, o grupo de Abraão alcançou o nível da recepção da Torá e novas correções que mais tarde lhes permitiram atingir o nível do Primeiro Templo, o fim da correção privada.

No entanto, nenhum estado é preservado na espiritualidade, mas logo muda e passa para a próxima fase. Portanto, imediatamente depois, os filhos de Israel entraram na fase da quebra, a fim de ser incorporados com os babilônios, com o resto da humanidade. A incorporação começou com a destruição do Primeiro Templo, quando as dez tribos de Israel se dispersaram entre as nações do mundo; nós ainda não sabemos o que aconteceu com elas. Isso será revelado posteriormente. Desde então, tem havido uma adição do atributo de doação às nações do mundo.

No final, apenas um pequeno grupo permaneceu após a destruição do Segundo Templo e foi exilado. Ao longo da nossa história muitas partes foram separadas deles. Numa visita a um museu em Portugal, por exemplo, me disseram que 35% a 40% da população local tem raízes judaicas, e é o mesmo na Espanha.

Isso significa que nós não sabemos o que aconteceu com as tribos perdidas de Israel, mas a sua incorporação nas nações do mundo ainda tem o seu efeito. Assim, os Reshimot (genes espirituais) despertam hoje em muitas pessoas em diferentes países, e elas sentem que são atraídas ao Criador. Elas são chamadas de Israel de acordo com a sua inclinação, de acordo com a voz interior que está despertando nelas.

Essa inclinação as coloca num nível espiritual e cria a conexão espiritual com o Criador que as incita. Não faz diferença como elas recebem o desejo que costumava pertencer àqueles que Abraão reuniu de toda a Babilônia, já que hoje a mesma lei de evolução, a Luz que Reforma, que eles atraíram com a sabedoria da Cabalá, afeta todos eles. Essas pessoas em quem o ponto no coração foi revelado precisam da sabedoria da Cabalá, a fim de satisfazê-lo.

Há também pessoas em quem a voz interior não desperta, mas elas são os descendentes daqueles que haviam revelado o Criador uma vez, de depois foram quebrados. Essas pessoas também são chamadas de Israel, e têm que participar do processo, embora esta força, a atração em direção ao objetivo da criação, ao Criador, ainda não foi revelada nelas.

Nós, de nossa parte, primeiro trabalhamos com aqueles cujo ponto no coração despertou. Nós os unimos e estabelecemos o grupo mundial Bnei Baruch.

Pessoas que se dizem judeus não têm idéia de quem elas são, qual a sua origem, e o que acontece com elas. Elas acreditam que são uma nação comum, assim como todas as outras, e não estão conscientes de sua missão e de seu papel em tudo. Nós também temos que trabalhar com elas e dar-lhes explicações e atraí-las para o trabalho de conexão.

Nós também temos que trabalhar com as nações do mundo e explicar-lhes qual é o seu trabalho, porque hoje nós estamos nas fases do fim da correção, quando todos os vasos têm que participar neste processo juntos.

De um modo geral, quem sente uma inclinação pela correção tem que usá-la para o bem do coletivo. Em outras palavras, a fim de abrir os olhos das pessoas e explicar-lhes o que a humanidade precisa fazer para avançar ao objetivo pré-determinado, que é obrigação de todos.

Nós temos duas opções, dois caminhos para alcançar o objetivo: bom ou ruim. Isto não pode ser evitado. Vamos esperar que consigamos ensinar a todos como avançar ao longo do bom caminho. Os Reshimot são revelados a cada momento e nós temos que estar preparados para cumpri-los corretamente. Se nós recusarmos, seremos obrigados a cumpri-los ao longo do caminho ruim. Nossa escolha está em avançar pelos golpes ou pelo nosso esforço.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 06/07/14, Lição sobre o Tema: “A Unidade da Nação”