Os Sinais De Ruptura Do Ego

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que na época do feriado da Páscoa (Pessach) é tão importante a realização de atividades físicas neste “mundo imaginário”?

Resposta: Isso é importante para que possamos trabalhar com elas como se estivéssemos trabalhando com características espirituais. Os símbolos do feriado da Páscoa indicam que queremos nos abster completamente do desejo de receber, nos libertar do Faraó. Depois disso, nós começamos a corrigi-lo, a construir o “Bezerro de Ouro”, mas isso já é após o Êxodo do Egito.

Nós fugimos e nos separamos dele, mas levamos conosco os vasos de ouro e prata. No deserto todos os nossos desejos são despertados novamente e nós lamentamos a perda da carne, cebola e alho que comemos no Egito. Tudo isso vai ser depois, mas por enquanto nós simplesmente nos separamos do Faraó.

A separação é possível a partir de algo que é conhecido por você. Nós não temos um sentimento de nosso desejo de receber que fará com que seja possível nos separarmos dele, porque não o sentimos. Como é possível se separar do “coração de pedra” se eu não o sinto e não entendo o que é isso?

Nós estamos em tal estado, no momento do Êxodo do Egito onde precisamos descobrir as 49 portas de Tuma’a (impureza), mas não sabemos exatamente o que elas são. Assim, nós realizamos um exercício através de atividades simbólicas em nosso mundo que mostram o nosso anseio de sermos separados do nosso desejo de receber em prol da recepção, que é chamado de “Hametz” (fermentação).

Na época do êxodo do Egito é proibido estarmos conectados ao desejo de receber. Portanto, nós temos que levar a cabo estas condições com precisão: em todos os lugares onde você pode ver o seu desejo de receber em prol da recepção, você precisa ser separado dele. Faça esta ação no mundo físico também e você vai ver como isso é difícil; ele depende de você e coloca você num estado único.

Os símbolos que conectam ramo e raiz, esses momentos únicos, os Cabalistas sempre relacionaram com reverência a estas condições.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 31/03/14, O Zohar