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Casas Vazias

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (do The Guardian): “Mais de 11 milhões de casas estão vazias por toda a Europa – o suficiente para abrigar todos os sem-teto do continente duas vezes – de acordo com dados recolhidos pelo Guardian em toda a UE…

“Muitas das propriedades espanholas vazias foram recuperadas pelos bancos depois que proprietários inadimplentes entraram em hipotecas…

“Ativistas de habitação disseram que o ‘número incrível’ de casas deitadas vazias, enquanto milhões de pessoas pobres clamam por abrigos, era um ‘desperdício chocante’”.

Meu Comentário: Há uma condição semelhante nos Estados Unidos. Tudo isso leva a uma explosão revolucionária. As pessoas vão exigir as condições essenciais para a existência. O método de educação integral exige a satisfação dos requisitos necessários para a existência, em troca da inclusão de todos no sistema obrigatório de educação integral.

Medindo O Mundo Perfeito Com RéguasTortas

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como você justifica o Criador? O que está incluído neste processo?

Resposta: Justificar o Criador significa calibrar-se corretamente na direção da verdadeira percepção da realidade. Apesar de não vermos ou sentirmos desta forma, queremos sentir.

Vamos supor que eu tenha uma régua torta e constantemente meça tudo dessa maneira torta. Agora eu quero endireitar esta régua à força, de modo que todas as minhas medidas e meus cálculos sejam de acordo com uma régua em linha reta.

A régua reta é a condição de que o Criador é bom e benevolente e que tudo o que eu vejo é o mundo de Ein Sof (Infinito), um mundo ideal maravilhoso que é o melhor mundo que possa existir. O que quer que eu veja de forma diferente é uma indicação da diferença entre a minha percepção corrupta e fictícia e a percepção correta, a qual ainda me falta. Mas se eu fizer um esforço para atingir a imagem correta, a revelação da força infinita do bom e benevolente, que não há outro além Dele, eu executo uma correção em meus sentidos, eu os calibro para que eu possa perceber a realidade corretamente.

Então, de repente, eu vejo uma imagem totalmente diferente! Eu era simplesmente vesgo e por isso o mundo parecia distorcido, e agora vejo a sua verdadeira forma. Eu calibro minha ferramenta que não está calibrada, a fim de ver que o Criador é bom e benevolente. Toda a distorção era somente em meus sentidos e não no Criador quem eu pensava ter criado um mundo mau. É por causa das minhas corrupções que eu via que o mundo perfeito de Ein Sof é tão corrompido. Mas, graças à correção, eu me aproximo da verdade e alcanço a adesão com o Criador, em concordância com Ele.

Esta é a única coisa que devemos fazer: corrigir nossa percepção. A sabedoria da Cabalá é a revelação do Criador aos seres criados neste mundo, mas como você pode revelá-Lo neste mundo? Nós pensamos que este mundo é onde estamos até morrer. Isso não é exatamente assim, mas sim um conceito muito mais profundo.

A revelação do Criador neste mundo significa que devemos descobrir e ver o mundo de Ein Sof acima da imagem deste mundo. Esta revelação é o resultado de nossos esforços: no momento em que eu realmente quiser ver o Criador como o absoluto bom e benevolente, Ele será revelado. Até lá estaremos pedindo nossa correção e a Luz virá e resolverá tudo.

Comentário: Uma pessoa geralmente entende que tudo vem do Criador, mas pensa que é impossível compreender e justificá-Lo.

Resposta: Não, nós realmente chegamos a compreender o Criador, a justificar, revelar, medir e atingir toda a percepção e sabedoria. Isso é realmente o que chamamos de revelação do Criador aos seres criados, que deve preencher todas as células de uma pessoa, tanto as emocional quanto as mentais.

Da preparação para a Lição Diária de Cabala 07/03/14

Operar-me Sob Anestesia Local

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como nós vamos avançar para um estado de Hafetz Hesed?

Resposta: O avanço só é possível através da Luz que Reforma. Com isso,nós realizamos rigorosamente essas ações que os Cabalistas aconselham que façamos. Aqui, um trabalho muito rigoroso, relativamente simples e consistente é necessário, que devemos realizar sem parar, enquanto a Luz nos influencia e nos leva ao resultado.

Mas você realiza esse trabalho rigoroso em seu desejo de receber, em sua carne. Você realmente a corta, perfura e continua rigorosamente essas atividades. E todo o tempo você está atraindo uma nova iluminação para si mesmo, e então, “um centavo e outro centavo se acumulam numa grande soma”.

Pergunta: Eu devo investir algum tipo de demanda, uma oração especial em minhas atividades?

Resposta: O seu pedido deve ser não exigir nada além de doação. E esta oração é também o resultado da influência da Ohr Makif (Luz Circundante). Nós temos que passar por um processo de distanciamento do nosso ego, e isso é muito doloroso. E para tornar esta dor não tão insuportável, ela é dividida em pequenas etapas de acordo com a capacidade da pessoa de tolerá-la.

Se você quer acelerar este processo, você recebe um grupo. Tente compartilhar esse processo de distanciamento com ele. Existe uma oportunidade única e maravilhosa aqui que possibilita que possamos fazer isso, a ajuda da Klipa (a força egoísta).

Nós constituímos um só corpo, uma carne coletiva, só que ela é cortada em vários pedaços pequenos. Se agora você tivesse que sentir como eles cortaram sua carne viva em muitos pedaços, você não conseguiria suportar tal sentimento. Basta imaginar que eles estão começando a cortar gradualmente pedaço por pedaço de você. É impossível suportar tudo isso.

Para que você não sinta esta dor, eles lhe deram um sentimento de falta de contato com todos. Em tal circunstância, você pode passar por todas essas ações. Esta Klipa egoísta que nos separa, nos ajuda a passar por esses estados com mais facilidade. Isto é, essas duas partes, tanto a Klipa como a Kedusha, estão trabalhando pelo mesmo objetivo.

Klipa realmente funciona da maneira oposta. Se não fosse por isso, não conseguiríamos suportar. Ela nos perturba para que possamos alcançar o melhor estado, porque ele é alcançado através da conexão com um todo, uma unidade. Mas, por outro lado, ela nos ajuda a superar o mal, porque o divide em muitas partes. Eu não sinto o mal, os desastres que estão acontecendo com alguém em outra parte do mundo. Se eu sentisse todos os sofrimentos do mundo agora, será que eu estaria pronto para tolerá-los? Por isso se diz que “a casca protege o fruto”.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 02/03/14

Apelar À Luz A Partir Da Escuridão

Dr. Michael LaitmanA Torá, “Êxodo” (Ki-Tissa), 33:9-10: E sucedia que, entrando Moisés na tenda, descia a coluna de nuvem, e punha-se à porta da tenda; e o Senhor falava com Moisés.

E, vendo todo o povo a coluna de nuvem que estava à porta da tenda, todo o povo se levantava e cada um, à porta da sua tenda, adorava.

Assim que o Criador se aproxima de uma pessoa, o desejo egoísta dela cai, o que significa que ela se inclina diante da propriedade de doação. Para que o Criador desça a nós, precisamos de uma preparação correta. Tudo depende dos nossos incentivos e das ações que fazem com que o Criador desça gradualmente até nós. Então, os nossos desejos mudam.

Pergunta: Será que as preocupações e ansiedades que passamos no nosso trabalho significam que nos aproximamos de propriedades espirituais?

Resposta: Em geral, essas são qualidades ruins, porque na realidade um estado corrigido é um estado de alegria. A alegria deve estar presente no momento da nossas quedas. É exatamente assim que podemos nos analisar: se você enfrenta as “noites” (escuridão que lhe dá a chance de subir) com alegria. Nós podemos apelar à Luz a partir da escuridão?

Nós temos que converter todos os nossos problemas em alegria. Não há alternativa, já que tudo vem do Criador com um propósito: promover o nosso avanço. Para ter sucesso, nós precisamos do apoio do nosso ambiente, do grupo. Se você tiver um grupo, não haverá qualquer problema. A principal coisa é não se debruçar sobre estes períodos da vida.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 16/09/13

Entrar Na Terra De Israel

Dr. Michael LaitmanA Torá, “Êxodo” (Ki Tissa)“, 33: 11: E falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo; depois tornava-se ao arraial; mas o seu servidor, o jovem Josué, filho de Nun, nunca se apartava do meio da tenda.

Aqueles que já obtiveram a propriedade de doação falam com o Criador como iguais, pois a qualidade de Bina em seu ponto mais alto é semelhante ao Criador (a propriedade de Keter). Nesse nível, eles se fundem entre si.

Josué não possui os mesmos poderes que Moisés para descer aos menores mais inferiores (Malchut), ao povo, e interagir com eles lá. José permanece no ponto de fusão e é por isso que ele é chamado de “servo de Moisés”.

Mais tarde, Josué ben Nun entra na terra de Israel (“terra” deriva da palavra “Eretz“, que significa um “desejo”, Malchut) já que Malchut está pronta para aceitar a qualidade de doação, enquanto que Moisés não é capaz de entrar na terra de Israel porque permanece na propriedade pura de Bina, estando separado de Malchut. Ele pode corrigi-la, mas não é capaz de entrar. Isso só vai ser possível quando toda a terra de Israel for conquistada, ou seja, quando Malchut aceitar todas as propriedades de doação e amor. Então, a propriedade de Moisés se revelará.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 16/09/13

Igualdade Complicada

Dr. Michael LaitmanComo o todo e uma parte individual se relacionam entre si? Como poderia um pequeno grupo reunido por Abraão na antiga Babilônia influenciar o desenvolvimento de toda a humanidade? Por que tudo gira em torno desse grupo? Por que este grupo continua a sua “rotação”?

O problema deste mundo é que nós “contamos” a humanidade como se ela fosse gado. Nós avaliamos os seres humanos por milhões e bilhões; este tipo de cálculo parece ser suficiente para nós. Nós simplesmente não somos capazes de fazer cálculos qualitativos.

Isso resulta num constante conflito entre qualidade e quantidade no mundo. Nós proclamamos que somos iguais. No entanto, como isso pode ser verdade, se as posses de uma pessoa são comparáveis ​​com os ativos de um bilhão de outras pessoas ou se a sua saúde é útil para o bem-estar de milhares de outras pessoas? Será que somos realmente iguais porque cada um de nós tem um corpo? Este é um critério que deve ser utilizado quando se avalia os seres humanos?

Nós somos incapazes de “avaliar” os outros porque nos faltam verdadeiros instrumentos de medição. O que estamos comparando: sentimentos, intelecto? Como podemos igualar uma pessoa a outra?

Não há qualquer igualdade! Todo mundo nasce com um conjunto específico de qualidades; assim, cada um de nós é único. Embora desejássemos ser iguais, ainda não somos. Baal HaSulam explica esta questão em seu artigo “Paz no Mundo”: “… Nós precisamos trabalhar muito para alcançar a verdadeira igualdade entre nós”.

Isso também se aplica ao caminho espiritual. Nossos objetivos espirituais também são bastante diferentes. Cada um de nós tem qualidades pessoais, um “destino” individual, uma forma de avanço e um propósito único em todo o sistema, que serve como um corpo comum, onde cada célula é importante, mas todas as células e órgãos ainda são extremamente diferentes.

Isso explica por que o papel do grupo de Abraão é tão importante: este grupo de pessoas atingiu um novo propósito que era totalmente contrário ao propósito das outras nações. A Babilônia foi impulsionada por um desejo egoísta que se expandiu e aumentou cada vez mais, enquanto que o grupo de Abraão, pelo contrário, centrou-se no desejo de doar. O egoísmo pode continuar a crescer sob a condição e conforme o avanço do desejo altruísta, pela fé acima da razão.

O progresso dos estudantes de Abraão difere radicalmente do progresso de outras nações: estas desenvolveram inteligência, ao passo que o primeiro grupo concentrou-se na fé. Isso explica por que no momento em que o grupo de Abraão seguiu fielmente sua predestinação, eles não estavam desenvolvendo ciências ou cultura, como música ou dança. Eles não prestavam quase nenhuma atenção a essas coisas; seus principais esforços foram feitos no sentido da espiritualidade. Era o seu único foco.

Mais tarde, outras nações aproveitaram os “frutos” de seu trabalho e sobre esta base desenvolveram ciências, cultura e artes. Por exemplo, os antigos gregos pegaram emprestado os primeiros “brotos” de sua filosofia com a sabedoria da Cabala. Mais tarde, eles admitiram este fato.

Como vemos, as especificidades das relações entre o todo e a parte, entre pequenas nações e toda a humanidade, permaneceram intacta ao longo de toda a história e serão preservadas no futuro. Como Abraão fez, nós juntamos amigos de todo o mundo e rogamos a eles que escolham o caminho comum para Criador. Ainda assim, nós continuamos a ser uma pequena minoria. Deve ser assim, porque deve haver um equilíbrio entre os poderes quantitativos de toda a humanidade e nossa energia qualitativa.

Ambas as partes devem estar harmonizadas. Por exemplo, se uma criança pequena recebe um enorme poder, ela pode ferir gravemente os outros, mas se ela adquirir profunda compreensão do que está fazendo, sem receber poderes extras, ela não será capaz de implementar a sua compreensão da vida. É por isso que tudo deve ser equilibrado para que o nosso corpo, o intelecto e os sentimentos sejam corretamente divididos enquanto crescem.

Isso significa que nós podemos inclusive nos tornar menores conforme o desenvolvimento do resto do mundo. Diz-se: “Todos Me conhecerão, do menor deles ao maior deles”. Eles vão conhecê-Lo através de nós, mas eles não vão se juntar a nós em milhões. Isso vai acontecer apenas no último estágio da correção.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 04/03/14, Escritos do Baal HaSulam

Sempre Numa Encruzilhada

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, Shamati # 53, “A Questão da Limitação”: … Este é o significado de “Servir ao Senhor com alegria”. Isto é assim porque durante Gadlut é irrelevante dizer que Ele lhes dá trabalho para estar em alegria, já que durante Gadlut a alegria vem por si só. Em vez disso, o trabalho de alegria lhes é dado pelo tempo de Katnut, de modo que eles vão ter alegria apesar de sentir Katnut. E esta é uma grande obra.

Isso é chamado de a parte principal do grau, que é o discernimento de Katnut. Este discernimento deve ser permanente, e Gadlut é apenas uma adição. Além disso, a pessoa deve ansiar pela parte principal, não pelas adições.

Em nosso trabalho, nós chegamos a uma encruzilhada, uma bifurcação na estrada, após o qual já temos que medir os nossos estados ao longo do caminho espiritual, seja dentro do nosso desejo de receber prazer ou fora dele. Tudo depende de onde medimos o nosso estado, o nosso sucesso, o nosso progresso contínuo.

Always At A Crossroads

Se nós o medimos dentro do desejo, já estamos felizes com a grandeza: a altura e o preenchimento. É a linha esquerda que nos puxa para o lado do ego, de acordo com o qual aspiramos a ver e medir tudo. Na linha direita medimos tudo em relação ao grupo e o Criador.

Na linha direita, nós não percebemos o estado em que estamos e aceitamos todos os estados como o estado perfeito. Isso significa que nós não levamos nossos sentimentos em conta, não importa o que o Criador nos envia. Nós sempre medimos tudo de acordo com a doação, ou seja, fora de nós mesmos. Na linha esquerda é o oposto: eu não tenho outros pensamentos, exceto pensamentos sobre mim mesmo e sobre o que acontece comigo, e essa é a única coisa com que eu me preocupo o dia todo.

Assim, o trabalho ao longo das duas linhas é diferente e depende do que eu exijo de cada estado. Se for a linha direita, eu exijo permanecer do jeito que sou ou me preocupar apenas em como não perder o sentido de doar ao Criador através do ambiente e através de toda a criação.

Aqui eu trabalho na minha pequenez (Katnut), a fim de me tornar tão pequeno quanto possível. Eu só quero doar ao Criador tanto quanto possível e não sentir que doo ou que Ele desfruta da minha doação. Isso significa que eu diminuí a resposta em todos os sentidos possíveis, cortei todos os laços e todas as maneiras pelas quais posso obter uma resposta para a minha ação de doação, a qual eu tento aumentar o máximo que puder.

Este tipo de trabalho é em doação máxima e recompensa zero. Na medida em que posso executar cálculos limpos em relação à doação absoluta sem uma recompensa, dessa forma é medido o meu nível espiritual (como Rosh -Toh- Sof). Assim, eu já me estabilizo e começo a trabalhar mutuamente com o Criador, na medida em que o Criador abre cada vez mais oportunidades para mim.

Quando eu estou estabilizado no nível anterior, eu peço mais e mais forças, a fim de aumentar a minha doação. Claro, eu tenho que superar o meu ego mais e mais para alcançar isso e para não receber nenhuma recompensa em troca. E o que eu recebo do Criador, eu tenho a oportunidade de transformar em doação, e este é um trabalho extra para além deste trabalho. É assim que avançamos.

O problema está na verdadeira encruzilhada, na divisão que é criada. Este trabalho é repetido em todos os níveis. À medida que subimos ao próximo nível espiritual, as Reshimot (reminiscências) quebradas são reveladas e eu tenho que ficar nessa encruzilhada para ter certeza onde está a linha esquerda e a linha direita. Eu não posso simplesmente virar para a direita e não olhar para a esquerda.

Isto é impossível, porque uma linha se baseia na outra linha. Se eu seguir a linha direita corretamente e chegar a certo ponto, a linha esquerda também cresce na mesma medida, mas eu cortei uma linha da outra, e assim o “tronco” (Toch) e o “fim” (Sof) do meu Partzuf espiritual são criados. O lugar em que eu calculo coisas é chamado de “cabeça” (Rosh). Assim, eu começo a construir o meu Partzuf espiritual. Este é o trabalho espiritual prático. Isso tudo é baseado na imagem do mundo que o Criador apresenta para mim como resultado da minha atitude para com a realidade.

Pergunta: Qual é o ponto da nossa independência no desenho?

Resposta: Nós somos independentes apenas na encruzilhada, mas ela sempre existe. Nós temos que sentir constantemente que estamos numa encruzilhada, como se diz: “Eles devem parecer novos para você todos os dias”. Todo o tempo nós temos que decidir e sempre escolher a linha direita, e em vez de apagar a linha esquerda, nós devemos avançar sobre ela.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 02/03/14

Como Peixe Num Mar De Luz

Dr. Michael LaitmanNós precisamos sentir que estamos totalmente dentro da Luz, como um corpo que está imerso na água. Por todos os lados, meu corpo é cercado por água que está intimamente ligada a todos os meus movimentos.

Neste estado, eu preciso sentir que estou dentro da Luz Superior, de modo que através de cada um dos meus minúsculos movimentos, no pensamento ou no desejo, em cada tendência do meu coração e cérebro, eu atraio imediatamente a Luz para vir para mim. Isso acontece imediatamente, sem qualquer transição. Eu preciso chegar a essa sensação na minha vida.

Todos nós estamos nos afogando nessas águas, recebendo oxigênio apenas no instante em que nos movemos em direção ao outro. Se nossos corações são atraídos a se unir entre si, então temos algo do qual respirar. Se o coração não quer se unir, então não podemos respirar sem ar. Nós precisamos sentir esse estado em nosso trabalho espiritual: nós estamos submersos num mar de Luz, como a água, e o oxigênio só depende da conexão entre nós. Assim, nós precisamos de alguma forma forçar nossos corações a lutar pela unidade.

A presença do oxigênio depende da nossa proximidade. Assim nós começamos a nos conectar, não para receber oxigênio, mas para dar alegria ao Criador! Como podemos aumentar o desejo de receber oxigênio para desejar dar alegria ao Criador, mesmo que estejamos sufocando sem ar?

No final, nós chegamos ao estado em que de repente deixamos de precisar de oxigênio e nos sentimos como peixe na água! Nós sequer pensamos nisso, mas apenas em como podemos trazer-Lhe alegria.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 21/02/14, Workshop