Um Contra Toda A Natureza

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Introdução ao Livro do Zohar“, Item 1: Quando examinamos a nós mesmos, descobrimos que somos tão corrompidos e baixos quanto possível. E quando examinamos o operador que nos fez, somos obrigados a estar no mais alto grau, pois não há ninguém tão louvável quanto Ele. Por isso é necessário que somente operações perfeitas derivem de um operador perfeito.

Na verdade, nós vemos que a natureza é perfeita e que tudo nela é organizado com muito mais sucesso do que em nossas vidas. A atitude de uma pessoa para com os outros desce nó nível do desejo de estuprar, matar, comer, abusar e bater nos outros, de qualquer maneira possível. Vemos que essa abordagem é ruim e prejudicial. A fim de levar uma vida normal, seria melhor se existíssemos muito bem com base nos princípios da mutualidade, preservando a natureza e protegendo-nos uns aos outros. Nós ensinamos nossos filhos a não brigar, a serem generosos e brincar juntos. Mas parece que as crianças não podem fazer isso e nem os adultos podem. Acontece que nossa natureza é má. Isso é o que descobrimos quando olhamos para nós mesmos.

Por outro lado, na natureza tudo é construído maravilhosamente. Numerosos estudos estão mais claramente desenhando o retrato deste equilíbrio harmonioso e a cooperação mútua. No final, a natureza criou a vida, que requer a coordenação entre mecanismos delicados e complexos trabalhando juntos. Vemos quão versátil e complexo é o mundo, e como sabiamente foi criado. Tudo isso de onde vem? De algum pequeno “átomo” que foi criado como resultado do Big Bang?

De uma forma ou outra, a versatilidade precisa e complexa que vemos nos impressiona, mas quando olhamos para o homem que é a “coroa da criação”, vemos uma inclinação: a de destruir tudo. Isso faz com que consideremos como pode ser isso; que a parte mais complexa, a “melhor” parte, também é a pior parte.

Uma formiga ou uma barata não prejudicam ninguém, só agem de acordo com as ordens da natureza e ajudam os outros no sistema geral que está mutuamente conectado. Nele, todos vivem a fim de sustentar os outros e cada um tem seu próprio nicho e se sustenta a fim de estar conectado com milhares de outras criaturas. Juntos, todos formam um perfeito quebra-cabeça, uma combinação inseparável das linhas do quadro geral. Se você tirar um item, tudo é imediatamente perturbado, e a perfeição será destruída.

Entretanto, em geral, isso é o que o homem faz. Suas ações estão em contraste com a perfeição da natureza. Todos os animais e plantas, tudo, existe em perfeito acordo e, sobretudo, em perfeição mútua; todos estão conectados e dependem de todos, precisam um do outro. Na natureza tudo é baseado no equilíbrio, onde você não pode tirar um elo e movê-lo para outro lugar; é um quebra-cabeça completo. E junto vem o homem e o destrói até que o mundo gradualmente se aproxima do desastre. Até agora nós não compreendemos que, diferente de nós, toda a natureza é perfeita, e as coisas que nos parecem imperfeitas são uma indicação do “espelho distorcido” da nossa percepção ou resultado de nossa participação destrutiva.

O homem não pode ser incorporado à plenitude já que é corrupto. Ele é a única criatura que é oposta à natureza e isso mostra que a chave para a correção está realmente dentro de nós.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 26/02/13, “Introdução ao Livro do Zohar