O Ponto Onde Há Um Lugar Para Todos

Eu não esperava que nós fôssemos experimentar o que experimentamos na convenção passada. É uma fase muito importante: nós sentimos o que significa quando se diz “nos elevar acima de nós mesmos, dar espaço para o amigo, para o outro em seu lugar, estar integrados uns nos outros, para nos conectarmos”. Nós experimentamos todos os tipos de sentimentos como esses: quando todos nós entramos num ponto e ninguém toma todo o espaço, e graças à auto-anulação, há espaço para todos. O mesmo foi dito sobre o templo sagrado: todo mundo se mantém muito perto numa massa apinhada, mas quando todos tinham que curvar-se, então havia espaço suficiente para todos.

Vivenciamos muitos estados. Primeiro, nós os provamos, e esta prova é muito importante. Desde então, na verdade, isso acompanha a entrada para a fase de transição. Até agora não sabíamos como interpretar, como sentir o nosso estado. Dizemos palavras sem saber o que está por trás delas.

E agora uma sensação foi criada: nós sentimos que estamos de pé ao lado de uma barreira psicológica, perto de uma barreira pela qual nós não podemos passar com nossa própria força, e aqui sem dúvida é necessário a ajuda do Alto. Ela é simplesmente essencial, mas devemos solicitá-la uma vez que a Luz não chega se o Kli não está pronto para ela.

Esta é a forma que as Luzes e Kelim são construídos. Para o primeiro nível que queremos atingir, a lei é a lei, e avançamos para esse desejo que será compatível com a Luz desse nível.

Nós não paramos. É proibido fazer isso. Ainda precisamos descobrir este portão, o portão das lágrimas, o portão de entrada, o pedido de correção, MAN (Mayin Nukvin). Nós mesmos o formamos. Visto que não há nenhum Kelim nem nunca haverá os que estejam imediatamente prontos para o trabalho.

Somos os primeiros nisso. Nossos pais nos deram a bênção, aqueles que estenderam as bases da Kabbalah, aqueles que criaram o sistema Cabalístico, que descobriram a força superior e todos os níveis que estão entre as Luzes e os Kelim. Mas nós somos os primeiros na atualização de baixo para acima, verdadeiros pioneiros.

Temos uma grande responsabilidade para com toda a humanidade. Esperamos que sejamos capazes de conduzi-la corretamente através do caminho da Luz e não pelo caminho do sofrimento. Exatamente agora, de acordo com os acontecimentos do mundo que vemos, estamos nos aproximando do ponto decisivo da escolha entre esses dois caminhos. Tudo depende de nós.

E o mais importante é nos verificar pelo desejo do superior. Mesmo que avancemos de acordo com as leis espirituais, acima delas está o desejo da parte superior, a quem podemos obrigar, ao elevar acima do caminho “em seu tempo,” acima da oposição permanente entre as Luzes e os Kelim e podemos acelerar o caminho com a ajuda de Hassidim (misericórdia).

À medida que nós somos atraídos para isso, nesta medida a misericórdia irá colocar em funcionamento a doação, o amor, renúncias, conclusão e auto-anulação entre nós, nesta medida vamos convidar nós mesmos a influência da Luz acima da lei. Uma vez que nisso mostramos nossa correta prontidão para dobrar nossa cabeça e receber o caminho ante a Luz que nos compromete fazê-lo. Nós mesmos nos forçamos.

Esperamos que rapidamente faremos a penetração e descobriremos a influência da Luz sobre nós. É claro que isso tem que se transformar em um hábito onde cada um sente que todos pertencem ao Kli, um desejo, uma família, uma só alma. Só isso é a criação e somos partes dela. Agora a nossa percepção é nublada, e em nosso mundo parece-nos que cada parte existe como se por si mesma. Mas na espiritualidade, lá só existe um todo perfeito.

Se podemos nos conectar e unir, como dois líquidos ou como gotas de metal fundido que se fundem num só, em essência, será o estado espiritual entre nós. Dentro dele não há ninguém que esteja separado, só todos nós juntos. E depois o conceito de “nós” também desaparece e o que resta é apenas um Kli para a Luz.

Da Convenção de Arava 18/01/13, Workshop 5